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domingo, 10 de agosto de 2014

A MORTE NA BÍBLIA - NOS LIMITES DA MORTE


Nos limites da Morte
Experiências próximas da morte e a vida depois do túmulo.
jack Provonsha

    Pessoas de diferentes culturas e religiões acreditam que uma parte de nós  transcende o corpo quando morre­mos. Não há evidências que compro­vem isso, entretanto, alguns observadores dizem ser possível trazer de volta o ente que “partiu”,  algumas ve­zes simplesmente para dizer-nos como são as coisas do outro lado.
O Dr. Raymond A. Moody Jr. discute experiências de pessoas próximas da morte. Ele diz que a maioria delas experi­mentou um senso de estar fora do corpo. Descrevem um sentimento de leveza. Para algumas o tempo pára e para outras o tempo se acelera intensamente. Com fre­qüência os sentidos parecem tornar-se mais aguçados.
Muitas das pessoas descritas por Moody experimentaram um encontro com uma luz cujo brilho, embora fraco inicialmente, torna-se cada vez mais in­tenso até atingir um brilho sobrenatural. Todos os que passaram pela experiência não tinham dúvida de que a luz era um ser pessoal, cuja identidade variava de acordo com as crenças religiosas de cada um. Alguns falam de um anjo, outros de Cristo.Todos concordam que se sentiram plenamente amados e aceitos na presen­ça desse ser.
Essas pessoas recordaram a vida pas­sada numa série de brilhantes retrospecti­vas. Muitas disseram que a experiência próxima da morte as tornavam mais refle­xivas e preocupadas com os mais impor­tantes assuntos filosóficos.Todas elas, pra­ticamente, se convenceram de que existe vida após a morte e agora consideram-na um livramento.
Será que a ciência finalmente teve êxito em estender-se para além da sepul­tura? Temos agora a evidência irrefutável de que a vida continua após a morte? Es­sas experiências próximas da morte pare­cem fornecer a prova necessária até que se descubra que outras pessoas tiveram experiências semelhantes provocadas ~ por circunstâncias totalmente diferentes.

LSD NA LINHA


Fascinantes paralelos das experiên­cias relatadas por Moody e outros são en­contrados na literatura conhecida como psicodélica. Quase todos os aspectos da experiência próxima da morte são iguala­dos pelos usuários de alucinógenos, como LSD e outros.
Uma característica comum nos dois grupos é a impossibilidade de descrever suas histórias. A experiência parece estar sempre além da com­preensão dos envolvidos. Ou­tra característica é a ilusão de estar fora do corpo. Alguém que estava sob o efeito de LSD disse: “Eu podia ver a mim mesmo da cabeça aos pés, bem como ver o sofá onde me deitava. Eu flutuava numa ilha solitária de éter. Nenhuma parte do meu corpo estava sujeita às leis da gravidade (cita­do por Sanford M. Unger, na revista Psychiatry de maio de 1963).
Outra característica partilhada por ambos é a crença na imortalidade da alma. Para Jane Dunlap, autora do livro Exploring the Inner Space, o que até agora parecia meramente um conceito intelectual tornou-se uma convicção emocionalmente carregada: que nossa alma, a parte divina em nós, vive pela eternidade, permanecendo para sem­pre imortal.
Mais da metade de um grupo de usuários de LSD alegou ter encontra­do “a mais profunda experiência espi­ritual de sua vida” (citado por Timothy Leary, na revista Psychedelic Review, vol. 1, pág. 325). Muitos dependentes encontram uma maior consciência de Deus, ou um poder superior, ou a su­prema realidade, maior tolerância pe­los outros e um novo senso de direção e de novas decisões para a vida. Ti­mothy Leary diz ainda que um senti­mento de intenso amor domina o esta­do mental criado pelas substâncias químicas.

ALTERAÇÕES QUÍMICAS

É interessante notar que uma over­dose de dióxido de carbono produz efeitos semelhantes aos produzidos pe­las experiências próximas da morte e pelas drogas psicodélicas. L. J. Meduna, autor do livro Carbon Dioxide Therapy, resume o resultado da adminis­tração de dióxido de carbono em um grande grupo de pessoas, na seguinte declaração: “Podemos definitivamente ver que as formas constantes nas vi­sões provocadas por mescalina estão presentes nas alterações sensoriais produzidas por C02”.
Pessoas submetidas ao dióxido de car­bono tiveram experiências fora do corpo. Como nos casos dos viciados e dos que passam pelas experiências próximas da morte, descreveram cavernas, túneis e lu­zes intensamente brilhantes. Disseram ter voltado ao passado e vivido diversas experiências espirituais.

Alterações na química do sistema nervoso central podem produzir alucinações


L. J. Meduna relatou também as im­pressões de uma pessoa em seqüência à uma visão inicial de cores e desenhos bri­lhantes:
“Senti-me estar sendo dividido; era como se minha alma estivesse sendo separada do meu corpo físico. Parecia-me estar deixando a Terra e estar indo para cima até onde alcancei um espíri­to maior, com quem mantive comu­nhão. Senti um notável relaxamento e profunda segurança. Parecia-me rece­ber a segurança de que eu superaria as coisas que estavam me aborrecendo. Senti até que esse espírito maior sor­ria indulgentemente ao ver meus pe­quenos e inúteis esforços. Então eu me aproximei para sentir o seu calor e a sua terna força. Em seguida me veio a certeza de que receberia poder sufi­ciente para superar o que quer que me acontecesse”.
Alterações na química do sistema nervoso central podem produzir ilu­sões e alucinações, sejam elas induzidas por agentes externos, como drogas psi­codélicas ou por fatores internos, bio­químicos. O fato é que durante o pro­cesso da morte, quando o organismo começa a parar de funcionar - como no caso de um ataque cardíaco - gran­des mudanças ocorrem no funciona­mento do corpo. A falta de circulação do sangue provoca a formação de dió­xido de carbono e de outros subprodu­tos do metabolismo. Essas mudanças
podem muito bem produzir alucina­ções como as relatadas pelas pessoas que estiveram próximas da morte.
As experiências descritas por Raymond Moody ocorrem somente quando a parada cardíaca é gradual. Isso não acon­tece quando o coração pára subitamente.
Muitas coisas acerca das mudanças bioquímicas que ocorrem durante a mor­te ainda permanecem desconhecidas. Por outro lado, alucinações provocadas por drogas psicodélicas e overdose de díóxi­do de carbono formam paralelos extrema­mente semelhantes às histó­rias contadas por pessoas que disseram ter estado próximas da morte. Esse fato sugere que tais experiências são pro­vávelmente o produto da dis­torcida química do cérebro,
condicionado pelo sistema de crenças. ex­pectativas e insinuações ambientais. Não devemos considerá-las como prova de que a vida continua após a morte.

A BÍBLIA
E A VIDA APÓS A MORTE

A Bíblia diz que o pecado resulta em morte (ver Gênesis 2:17: 3:19 e Ro­manos 6:23). Diz também que se todos pecaram, todos devem morrer (ver Ro­manos 5:12). Ela descreve a morte co­mo o mal, um “inimigo” (1 Coríntios 15:26, comparar com os versos 54 e 55). Por isso, subestimar a morte, fazer dela uma mera porta para uma existên­cia melhor, é subestimar ou mesmo negar essa verdade bíblica.
Como é a morte? As Escrituras dizem que ela é como um sono (ver João 11:11-14). Os mortos estão inconscientes (ver Salmo 115:17; Eclesiastes 9:5,6 e 10). Só Deus é imortal (ver ITimóteo 6:16). Na segunda vinda de Cristo. por ocasião da res­surreição, é que aqueles que creram em Deus (ver João 3:16) receberão o dom da vida eterna (ver Romanos 6:23 e I Corín­tios 15:51-54).
Quando os conversos do tempo de Paulo perderam seus queridos, ele não lhes disse que se regozijassem, pois seus amados estavam ainda vivendo apenas num lugar diferente. Pelo con­trário, apontou-lhes a esperança da ressurreição (ver I Coríntios 15:51-54 e I Tessalonicenses 4:13-18). Só então é que as pessoas viverão para nunca mais morrer.



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