“As promessas do Apocalipse asseguram que,
mesmo nos dias difíceis em que vivemos, podemos ter esperança e genuína
felicidade”
Vida além-túmulo
O Apocalipse garante vida plena após a morte
José Carlos Ramos, PhD,
professor de Daniel e Apocalipse no Seminário
Latino-Americano de Teologia, Engenheiro Coelho,SP.
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O livro do Apocalipse registra
sete promessas de bem-aventuranças feitas por Deus. Elas nos asseguram que,
mesmo nos dias difíceis em que vivemos, podemos ter esperança e desfrutar
genuína felicidade.
A primeira dessas promessas é proferida em favor
de quem estuda as profecias bíblicas “e guarda as coisas nelas escritas” (Apoc.
1:3). A promessa também garante que está próximo o reino de Deus. Quem deseja
ter vida plena e real felicidade precisa conhecer os planos de Deus com
respeito à salvação. Em breve Jesus voltará à Terra para buscar os Seus
seguidores, por isso é preciso estar preparado para esse encontro espetacular.
Para alcançar esse preparo, o conhecimento da Bíblia e sua aplicação à vida
são indispensáveis.
Enfrentando a morte - Eis a promessa: “Bem-aventurados os mortos que
desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas
fadigas, pois as suas obras os acompanham” (Apoc. 14:13).
Essa bem-aventurança apocalíptica tem que ver com
o mais temido evento - a morte. É
maravilhoso, porém, ver como Deus, mediante o plano da redenção, pode
transformar um evento de tristeza e dor num motivo de exultação e triunfo.
Como pode, porém, a morte ser uma vitória, ou um meio
de salvação? A morte do ser humano não salva. A única morte que se tomou um
meio de salvação é a de Jesus. Logo, a pessoa que nEle confia, ao morrer,
descansa certa de sua salvação. Portanto, é bem-aventurada.
Uma vez que só a morte de Jesus pode salvar, são
felizes somente aqueles que “morrem no Senhor”. Morrer no Senhor é descansar
crendo nEle, tendo-O aceitado como Salvador pessoal e Senhor da vida. Os que
morrem no Senhor” não ficarão para sempre na sepultura. Ressuscitarão no grande
dia do Mestre para encontrar-se com Ele e com Ele permanecer para sempre (lª.
Tess. 4:16 e 17). Pode haver certeza mais confortadora para um mundo que geme
sob o peso da doença e da morte?
Em vez de a morte significar o fim de todas as
coisas, ela é apenas uma pausa até
que Jesus retorne. Um merecido descanso para aqueles que fielmente viveram por
Ele nesse mundo.
Nesta promessa, o livro profético endossa o
conceito que outros trechos do Novo Testamento já haviam ensinado. A morte é
comparada a um sono, em versos como
São João 11:11 e 14, 1a. Coríntios 15:51 e 1a.
Tessalonicenses 4:13 e 15. Da mesma forma que após o trabalho árduo nos
recolhemos para o repouso confiantes que ao despertar estaremos revigorados,
assim os que “morrem em Jesus” adormecem para ser despertados. para a vida
eterna.
Ressurreição - A Bíblia não alimenta a idéia de que
uma pessoa entra na glória logo ao morrer, como indica o conceito popular da
imortalidade da alma. Se assim fosse, o Apocalipse sem duvida o declararia,
especialmente nessa promessa. pois não há, afinal, bem-aventurança maior do
que a de unir-se a Jesus em Seu reino. Se a alma fosse imortal, o profeta teria
escrito assim: “Bem-aventurados os que morrem no Senhor porque imediatamente
são transladados para o Céu.” Mas não foi assim que escreveu. Em harmonia com
Outros escritores do Novo Testamento, o Apocalipse afirma que é exclusivamente
pela ressurreição que finalmente os redimidos passarão a reinar com Cristo
(Apoc. 20:6).
Isso foi exatamente o que
Jesus prometeu quando esteve na Terra: “E a vontade de quem Me enviou é esta:
que nenhum Eu perca de todos os que Me deu; pelo contrário, Eu o ressuscitarei
no último dia. De fato, a vontade de Meu Pai é que todo homem que vir o Filho e
nEle crer, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:39
e 40; ver também o verso 44). O Senhor prometeu ainda que aqueles que confiam
nEle, de fato, subirão à casa do Pai, mas somente quando vier buscá-los (João
14:1-3). Não faria sentido a promessa de que Jesus virá para levar os salvos
para o Céu, se eles já estivessem lá desde que morreram.
Segundo o apóstolo Paulo, os crentes aguardam a
volta de Jesus, para só então serem revestidos de imortalidade (lª. Cor. 15:52
e 53), e se reunirem com Ele (lª. Tess. 4:16 e 17). Isso é tão claro que o
apóstolo chega a afirmar que, se não houvesse ressurreição, os que morreram em
Cristo estariam “perdidos” (lª. Cor. 15:18).
“Desde Agora” - Naturalmente, pessoas que em qualquer época morrem “no
Senhor” são bem-aventuradas. Mas o Apocalipse prevê privilégios especiais para
“os que morrem desde agora”. Desde agora, quando?
Os sete versos anteriores (Apoc. 14:6-12) falam de
três anjos proclamando mensagens a todo o mundo. Como o quadro seguinte é a
volta de Jesus (versos 14-16), fica claro que os anjos proclamam a última mensagem
de salvação a ser dada antes do fim do mundo.
A primeira dessas mensagens anuncia a chegada da
hora do juízo e chama a humanidade a temer a Deus e dar-Lhe glória. A segunda e
terceira advertem a todos contra os enganos de Babilônia, a adoração à besta e
à sua Imagem, e a aceitação de sua marca na testa ou na mão. É a maneira de o
Apocalipse falar da necessidade de não nos deixarmos iludir diante da operação
dos poderes anti-cristãos, atuantes nos últimos dias e capazes de efetuar
terrível obra de engano e destruição.
A compreensão das profecias relativas a esses
temas, principalmente no livro de
Daniel, nos leva à conclusão de que as mensagens desses anjos estão sendo
pregadas desde o ano 1844. As profecias de Daniel indicam que nesse ano teve
início a obra do julgamento divino, no Céu; e a obra de restauração das
verdades bíblicas, na Terra (ver “Profecias”, na edição de agosto de 1998).
Outra conclusão importante é que a segunda
bem-aventurança apocalíptica se aplica especialmente a quem viveu ou vive,
neste mundo, desde 1844. Este fato está em paralelo com a bem-aventurança de
Daniel 12:12:
“Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco
dias.” Esse período profético nos conduz igualmente ao tempo que se segue a
partir de 1844 (veja o gráfico).
Aceitar a Jesus como Salvador é o maior privilégio
ao nosso alcance, uma vez que a fé nEle avança triunfante para além da morte.
Com efeito, os que morrem no Senhor são bemaventurados porque nada deste
mundo, nem mesmo a morte, será capaz de separá-los “do amor de Deus que está em
Cristo Jesus nosso Senhor” (Rom. 8:38 e 39).
Feliz quem morre ‘desde agora’
Razões por que é
bem-aventurado quem morre no Senhor desde 1844:
1.
Não morre sem primeiro ver a
restauração das verdades de Deus, por muito tempo jogadas por terra (ver
Dan.8:12)
2.
Descansa seguro de que os planos
divinos estão sendo consumados, o que é indicado pelo cumprimento das profecias
referentes ao fim da História
3.
É “recolhido”antes que venha o
“tempo de angustia” ou a grande tribulação”, que antecede a volta de Jesus
(Daniel 12:1, Apoc. 7:14)
4.
Morre para ser imediatamente
vindicado pelo grande Juiz
5.
Ressuscitará um pouco antes dos
demais salvos, salvos, para contemplar a volta de Jesus a este mundo
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1844 Tempo do Juízo Volta de Jesus
Mensagem dos Três Anjos Ressurreição
Mortos Bem-Aventurados dos Justos
Sinais dos
Tempos Jan-Fev / 2000
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