o VERBO É DEUS
Um dos passos bíblicos que, de forma explícita
e categórica, apresenta a natureza divina do Filho de Deus é S. João 1:1, que
reza: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus."
Apesar da clareza
meridiana que envolve o versículo, os atuais russelitas, na sua tradução
consignam: "Originariamente era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o
Verbo era um deus." Assim está na Tradução "New World", em inglês. Na subtradução
brasileira está: "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus,
e a Palavra era um deus." E o medíocre "The Emphatic Diaglott"
verte: "Num princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e um deus
era o verbo. " Pois bem, sobre estas três traduções equívocas em que
o nome augusto de Jesus, referido como Deus, é grafado com inicial minúscula,
rebaixado, assim, à categoria dos deuses pagãos representados por ídolos,
tentam os jeovistas armar o frágil jirau de seu doentio unitarismo.
Haverá realmente base para
tal desconchavo lingüístico? O que motivou tal perversão tradutória? Por que
"um deus era o Verbo"? Estarão, de fato, erradas todas as traduções
clássicas e aceitas da Bíblia, que nos vêm às mãos desde a descoberta da
Imprensa? Por que, só agora surge a "inovação"? Merece crédito a sensacional
"descoberta" dos jeovistas?
Analisemos pacientemente o
texto em lide, como se encontra no original grego; com tradução interlinear ad
literam:
"ÉN
ARCHE ÉN HÓ LOGOS, KAI HÓ LOGOS
No
princípio era o Verbo. e o Verbo
ÉN PRÓSTÓN THEÓN,KAI THEÓS ÉNHÓ
LOGOS'.'
era junto a o Deus, e Deus era o Verbo
Neste
período há três orações, que vamos individualizar para maior clareza:
1ª. Én arché én hó Logos (No
princípio era o Verbo). Verifica-se o seguinte: a) que Logos (o Verbo) é
o sujeito da oração, e b) isto é determinado pelo artigo hó.
2ª. Kai hó Logos én prós theón (E
o Verbo era, ou estava junto com Deus). Verifica-se o mesmo fato ocorrido na
primeira oração, pois Logos (Verbo) é também sujeito desta segunda
oração.
3ª. Kai Theós én hó Logos, que
aí está numa ordem inversa, mas que se traduz corretamente "E o Verbo era
Deus". Por quê? Porque Théos (Deus) aí é predicado e não sujeito,
pois o sujeito da oração ainda é Logos (Verbo). O certo é que Theós qualifica
Logos, determinando-o como sujeito. Em outras palavras, Theós (Deus)
é o que se afirma de Logos (Verbo).
Ensinam os gramáticos helenistas, e é
princípio elementar da sintaxe do Grego, que o adjetivo vindo antes do artigo é
predicado; vindo o adjetivo também depois do substantivo sem tomar artigo, é
predicado. Ora, na última oração Theós én hó Lagos, funciona esta
regra sintática porque a palavra Theós vem ANTES do artigo, hó, e
portanto funciona como adjetivo qualificativo de Lagos. Além disso, a
palavra Lagos (Verbo) vem precedida do artigo hó que aponta nela
o sujeito da oração. Necessariamente Lagos é sujeito e Theós, predicado,
e a tradução correta, única, irreversível é: "o Verbo era Deus. "
Salta aos olhos que nenhum
artigo é necessário para Theós (Deus), e traduzi-lo por "um
deus" é crasso erro gramatical, pois Theós é o predicado nominativo
de era, e necessariamente se refere ao sujeito. Assim se desfaz o
tremendo equívoco do Diaglotão Enfático.
Também errada a tradução
Novo Mundo, porque calcada no Diaglotão mantém "um deus", diminuindo
a Divindade de Jesus, reduzindo-a a uma entidade secundária, criada, de
poderes limitados, não da mesma natureza que o Pai. No Novo Testamento tradução
Novo Mundo, nos Apêndices 773-777 procuram desautorar o texto grego neste
ponto. Argumentam elas, as chamadas Testemunhas de Jeová, que ocorrendo o
artigo definido TÓN Theón em
S. João 1: 1 segunda oração, e não ocorrendo o artigo com Theós
na terceira oração da mesma passagem do Evangelho, é porque essa omissão se
destina a mostrar uma diferença. E vão mais longe ainda: dizem que essa
"diferença" é no primeiro caso significar o Único Deus Verdadeiro
(Jeová), e no segundo caso significa apenas "um deus", outro que não
o primeiro, inferior a Ele, sendo este último "deus" Jesus Cristo.
Ora, isto é um
contra-senso, além de ser um sacrilégio! Não há nenhuma base lingüística nem
lógica para tal desconchavo. Pura invencionice! Sabendo que isto não tem amparo
nos fatos, então à pagina 776, segundo parágrafo do Novo Testamento referido,
escrevem esta grande tolice: que a tradução "um deus" é correta porque
"toda a doutrina das Escrituras Sagradas confirma esta tradução".
Argumento fenomenal!
A omissão do artigo junto
de Theós de modo algum significa "um deus" diferente do Deus
verdadeiro. Isto é uma fantasia. Basta examinar outras passagens em que igualmente não
ocorre o
artigo junto de Theós para se convencer da improcedência desta ficção. Por exemplo,
S.
Mateus 5:9:
"porque eles serão chamados
filhos de Deus"
S.
Lucas 1:35:
"será chamado Filho de
Deus"
S.
João 1 :6:
"um homem enviado por Deus"
Pode-se
honestamente traduzir-se por "filhos de um Deus", "Filho
de um Deus" e "enviado por um Deus"? Embora Theou
nestas passagens signifique "de Deus", caso genitivo do mesmo
nome (segunda declinação) e há também o caso dativo "por Deus", as
próprias Testemunhas de Jeová não traduziram por "de um Deus" ou
"por um Deus", embora também com ausência do artigo. Assim não está
no Diaglotão nem no Novo Mundo. Por que, então deveria estar somente em S. João 1: I? Isto quer dizer apenas que os russelitas
apresentam ou deixam de apresentar a ênfase sobre o artigo ou sua ausência
conforme convenha à fantasia que criaram, sem considerar as normas gramaticais
que se lhes opõem. Essa é a verdade crua!
Num
dos muitos Apêndices da Tradução Novo Mundo, em inglês, citam uma reconhecida
autoridade no Grego, o Dr. Robertson, mas nisto revelam falta de lisura. Na
página 776 do Novo Testamento em exame, citando palavras do Dr. Robertson
"entre antigos escritores O THEOS era empregado para designar a religião
absoluta distinguindo-a dos deuses mitológicos", deixam propositadamente
de citar a sentença seguinte em que o Dr. Robertson diz: "No Novo
Testamento, contudo, embora tenhamos PROS TON THEON (S. João 1: 1, 2) é
muitíssimo mais comum encontrarmos simplesmente THEOS, especialmente
nas Epístolas." E isto destrói todo o castelo de cartas construído sobre a
omissão do artigo! Mais ainda: indica falta de honestidade mental. Porque o
que o erudito Dr. Robertson quis dizer é que os escritores do Novo Testamento
não empregam freqüentemente o artigo com Theos e mesmo assim o sentido
é perfeitamente claro no contexto, ou seja, que significa o Único Deus
Verdadeiro. Examine alguém as seguintes referências em que em versículos
sucessivos e até na mesma sentença o artigo é empregado em relação a Theos (por
exemplo S. Mat. 4:3 e 4; 12:28; Atos 5:29 e 30, e muitas outras passagens), e a
conclusão é de que é insustentável a teoria jeovista. Especialmente em S. Mar. 12:26 e 27, e S.
Luc. 20:37 e 38, NÃO HÁ O ARTIGO, e no entanto refere-se a Jeová,
inquestionavelmente ao "Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó"! Isto
pulveriza a pretensão das "testemunhas".
Convém repisar o
fundamento gramatical em que nos baseamos para destruir o disparate russelita:
no grego o predicado geralmente dispensa o artigo, porém o sujeito quase
sempre o tem. E quando um nome está em relação predicativa com outro nome, o
nome que representa o predicado não leva o artigo. Isto é ponto
pacífico.
E vamos documentar
exaustivamemte o que afirmamos, deitando por terra os falsos pilares do erro.
Invoquemos uma nuvem de testemunhas, colhidas entre renomados
gramáticos e abalizados cultores do grego.
1.
Na sua gramática "Beginners of the Greek New Testament", página 63,
WILLIAN H. DAVIS, é taxativo:
“Observe-se que o sujeito
deferência-se do predicado sempre que o sujeito leva o artigo e o predicado não
leva. Exemplo: ágape estin o Theos.
Deus é amor. Neste caso, ágape é o predicado porque não leva o artigo, ao passo que Theos leva”.
2. Os autores do
"Beginner's Greek Book", ALLEN R. BENNER e HERBERT W. SMYTH, à
página 50, declaram:
"O predicado
substantivo geralmente não leva o
artigo: Ex.: strategos en o kuros, Ciro era general."
"Omite-se o artigo
diante do nome predicativo do sujeito. Ex.: outos enos etairos en. Este era meu companheiro."
4. Em "Noções da
Língua Grega", ARNALDO DE SOUZA PEREIRA, à página 145, sentencia:
"O predicado, em geral,
não tem artigo. Ex.: Kuros egeneto Basileus
ton Person. Ciro tornou-se rei dos persas."
5. Prof. E. C. COLWELL,
catedrático da Universidade de Chicago, considerado uma das maiores autoridades
no assunto. Num extenso trabalho de sua autoria, intitulado "A Definite
Rule For the NT Greek Article Usage" (Uma Regra Definitiva Para o
Emprego do Artigo no Grego do Novo Testamento), afirma:
"Um predicado
nominativo definido tem o artigo quando
vem depois do verbo. O primeiro versículo do Evangelho de S. João
encontrase em
uma das muitas passagens que, conforme esta regra, sugere a tradução de um
predicado como nome definido. A
ausência do artigo antes de "Theós" NÃO torna esse predicado indefinido, pois que vem antes do verbo
"én". Nesta posição só poderá ser definido quando o contexto o
requer. Mas o contexto, no Evangelho de S. João, não justifica tal exigência, porquanto esta declaração não pode,
de modo algum, ser julgada estranha ao prólogo do Evangelho que chega ao seu
ponto culminante na confissão de Tomé, no capítulo 20, verso 28: 'Senhor meu,
e Deus meu""
Essa afirmação, partida de
uma das maiores autoridades na matéria, pulveriza a aberração jeovista que insiste
na tradução tendenciosa: "e o Verbo era um deus". O predicado não
pode ser indefinido.
6. Invoquemos, a seguir, o
testemunho de outro profundo helenista, o Prof. BRUCE M. METZGER, especializado
no grego do NT, mestre emérito do Seminário de Princeton (EE.UU.), que, no seu
trabalho "Jehovah Witnesses and Christ", comenta:
"Empregando o artigo
indefinido "um" os tradutores [da Tradução Novo Mundo] desprezaram o
bem conhecido fato de que na gramática grega os nomes podem ser definidos por várias razões, quer
esteja presente ou NÃO o artigo definido. Uma frase prepositiva, na qual o
artigo definido não vem expresso pode ser definida no grego, como ocorre
realmente em S. João I :
I" ...
7.
Outro gramático grego de renome universal é o
Prof. J. W. WHITE, que no seu famoso First Greek Book, pág. 266,
também define com propriedade a regra da sintaxe do
artigo. Diz textualmente:
"Um adjetivo, quer preceda o artigo, quer
venha depois do substantivo sem tomar artigo, é sempre predicado
adjetivo."
E, para ilustrar a regra,
o Prof. White, cita uma frase grega em duas versões.
A oração é a seguinte: MÍKRAI (pequenas) HÁI (as) OIKIAI (casas)
EÍSEN (eram). A frase "Míkrai
hái oikiai eísen" significa: "As casas eram pequenas." A ordem é
inversa. Nota-se que o adjetivo "mikrai" (pequenas) vem antes do artigo "hái" (as). O
adjetivo ai é o predícado da oração. Claro?
No entanto, há outra
maneira de se escrever a mesma oração: "HÁI (as) OIKIAI (casas) MÍKRAI (pequenas) EÍSEN (eram)." Significa "Hái oikiai míkrai eísen",
também" As casas eram pequenas". Vemos, porém que aqui o adjetivo
"mikrai" (pequenas) está sem artigo e vem depois do substantivo precedido do artigo ("hái oikiai",
as casas) .
Em ambos os casos, o substantivo é sempre "oikiai"
(casas), e o adjetivo "mikrai" é
infalivelmente o predicado adjetivo.
Ora, no texto de S. João 1:1, última sentença, aplica-se esta
regra. Diante deste fato irrecusável, é evidente que B. Wilson, autor do "Diaglotão
Enfático" cometeu erro crasso em traduzir "kai Theós én hó
Logos" por "e um deus era o Verbo", Por quê? Já o dissemos e repetimos:
Theós (Deus) é predicado adjetivo,
vindo antes do artigo "hó". O sujeito é "Logos". Daqui não
há como fugir. O correto é "e o Verbo era Deus".
8. W. MARTIN & KLANN,
também doutos no grego, no seu trabalho Jehovah of the Watchtower, páginas
50, 51 e 52, comentando a insustentável pretensão russelita na versão de S.
João 1:1, concluem:
"Contrariamente ás
traduções do 'Diaglotão Enfático' e 'Novo Mundo', a construção gramatical grega
não deixa nenhuma dúvida de que esta [a tradução clássica e usual] é a única
possível do texto. O sujeito da oração é 'Verbo' (Logos), e o verbo, 'era'.
Não pode haver objeto direto seguindo 'era', pois de acordo com a praxe
gramatical, os verbos intransitivos não pedem objeto, mas, em vez disso pedem
predicado nominativo, o qual se relaciona com o sujeito que, no caso vertente,
é 'Verbo' (Logos). Salta aos olhos que nenhum artigo é necessário para 'Theós'
(Deus) e traduzi-lo por 'um deus' é não apenas uma incorreção gramatical como
um grego estropiado, pois 'Theós' é o predicado nominativo de era, na terceira
oração do versículo, e certamente se relaciona com o sujeito 'Verbo'
(Logos),"
As chamadas Testemunhas de
Jeová não têm nem mesmo o senso do ridículo ao insistirem na sua esdrúxula
"tradução". Seus "ministros" (todos os membros são ministros)
não admitem que ninguém mais conheça o grego. Todas as sumidades de renome
mundial daquele idioma são uns ignorantes. Só as traduções "diaglótica"
e "novo mundo" são intocáveis. Não querem examinar. Não querem
cotejar. Não querem analisar. Escondem a cabeça sob a areia, como o avestruz.
Tudo que não proceda deles, é falsidade dos "religionistas". E de
penalizar!
9. W. C. TAYLOR, na sua
conhecida "Introdução ao Estudo do NT Grego", afirma (edição de 1932,
página 195):
"Quando se emprega o
artigo, o substantivo é definido; quando não se emprega, pode ser definido ou indefinido... Nunca devemos falar de 'omissão
do artigo'. O grego não omitiu...
mas escreveu segundo a sua própria indole. Se não há artigo, é porque não lhe
era natural usá-lo"..
.
"Em geral o sujeito
tem o artigo, mas o predicado não o tem. Hó
Theós agapé estio (Deus é amor) (I S. João 4:16). Deus é amor, mas o amor
nem sempre é Deus. Em S. João
1: 1 Theós én hó Logos, traduzimos'
A Palavra era Deidade', e não' Deus era a Palavra'. Porque o adjetivo sem o
artigo é geralmente predicativo."
"No Novo Testamento...
embora tenhamos 'prós ton Theon', é muitíssimo mais comum encontrarmos simplesmente 'Theos' [sem artigo] especialmente
nas Epístolas."
Essa opinião arrasa o
castelo de cartas jeovista, não há dúvida.
Poderíamos ainda citar
William H. Davis, Samuel G. Green, Július R. Mantey, H. E. Dana e outros notáveis
gramáticos da língua grega. Mas os que citamos são suficientes para fulminar a
cidadela jeovista erguida sobre S. João 1:1.
Para provar a falta de
sinceridade e de coerência das chamadas Testemunhas de Jeová, vamos citar um só
exemplo, dentre muitos. Teimam de maneira irritante que a tradução "um
deus" é certa devido à ausência do artigo. Pois bem. Em S. João 1:18, lemos:
"Ninguém jamais viu a Deus." No grego está textualmente: "Théon
oydeis eóraken popa/e." Vamos decompor a frase, por amor aos leitores
menos cultos. "Théon (Deus, no acusativo grego),
"oydeis" (ninguém), "eóraken" (viu, no perfeito),
"popote"(de alguma maneira, ou de modo nenhum). Como se
observa, NÃO há o artigo. Pela lógica vesga dos jeovistas, deveria ser
"um deus", devia ser indefinido. Mas, na sua famigerada tradução
"Novo Mundo", traduziram este passo por "Deus" (Deus mesmo,
o Jeová) e não "um deus", menor, criado, o Rei Jesus. Os tradutores
por certo perceberam que a tradução "um deus" aqui seria uma aberração
gramatical.
Devemos ainda dizer que,
no Novo Testamento, tradução "Novo Mundo", com o objetivo de apoiar
a tradução errada de S. João 1:1, há um longo Apêndice
no qual citam mais 35 passagens de S. João nas quais o nome-predicado tem o
artigo definido no grego (pág. 776). Pretendem com essas citações provar que a
ausência do artigo em S. João
1:1 significa que "Theós" ali precisa ser traduzido por "um
deus". Verifica-se, porém, que nenhum dos 35 casos é paralelo,
porque em cada exemplo o nome-predicado vem depois do verbo e, por
conseguinte, levam apropriadamente o artigo, conforme a regra que citamos e
repetimos: "Um predicado nominativo definido tem o artigo quando vem depois
do verbo."
(E. C. Colwell). Em última análise,
esses 35 exemplos, em vez de serem contrários à tradução usual e aceita de S.
João 1:1, constituem uma confirmação, uma prova adicional da regra para o
emprego do artigo definido no grego. Esta é a verdade.
As "testemunhas"
fazem tremendo estardalhaço em torno da omissão do artigo definido grego junto
da palavra "Deus" na frase "E o Verbo era Deus". Ignoram,
porém, (ou fingem ignorar) que esta forma de omissão é comum junto aos
substantivos (nomes) NUMA CONSTRUÇÃO PREDICATIVA. O emprego do artigo aí igualaria
o "Verbo" e somente o "Verbo" com Deus, ao passo que sua
omissão força o sentido: "E o próprio Verbo era Deus." O artigo
também é omitido, no original, em outras construções e, nesse mesmo capítulo joanino,
isto ocorre quatro vezes, melhor dito nos versos 6, 12, 13 e 18 todos
referentes a Deus mesmo e não a "um deus". Em S. João 13:3 há um fato
curioso que também reduz a frangalhos a pretensão dos jeovistas. Diz: "Ele
viera de Deus e voltava para Deus" (no grego: oti apo Theou e ezhelthen
kai pros TON Theon upagei). Nesse versículo, a palavra "Deus"
ocorre duas vezes, contudo na primeira não leva o artigo e na segunda leva. Ora,
seria absolutamente indefensável traduzir a primeira ocorrência por "um
deus". Meditem seriamente nisto os jeovistas sinceros, e não venham
com bobagens do "The Emphatic Diaglott" - que não é seguro - ou
do "Novo Mundo" (Escrituras Gregas Cristãs) -
que o é menos ainda! Meditem no fato
indisputável que estamos apresentando. Meditem nele honestamente.
Se fosse exata a versão
"e um deus era o Verbo", como está no "Diaglott", então,
pela mesma lógica, deveríamos traduzir I S. João 4: 16 "o amor é
Deus" em vez de "Deus é amor". E ainda S. João 1: 14 "a
carne se fez Verbo". Vejam a que ponto se chega!!!
Para finalizar, apontemos
uma tremenda contradição. Em
S. Mateus 4:4 traduziram "da boca de Jeová". Mas
nesta passagem NÃO HÁ o artigo antes da palavra Deus. E o pior foi em Atos 13:2
onde se diz: "servindo eles ao Senhor" (isto é, a Cristo), traduziram
erradamente: "ministravam publicamente a Jeová." Também no verso 12,
"doutrina do Senhor" (isto é, Jesus) traduziram por "ensino de
Jeová".
Para nós foi bom. Quer
dizer que Jesus e Jeová é a mesma coisa!!! Né?
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