Youtube

domingo, 10 de agosto de 2014

ARTIGOS SOBRE A TRINDADE - O VERBO É DEUS



o VERBO É DEUS

 Um dos passos bíblicos que, de forma explícita e categórica, apresenta a natureza divina do Filho de Deus é S. João 1:1, que reza: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."
Apesar da clareza meridiana que envolve o versículo, os atuais russelitas, na sua tradução consignam: "Origi­nariamente era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era um deus." Assim está na Tradução "New World", em inglês. Na subtradução brasileira está: "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era um deus." E o medíocre "The Emphatic Diaglott" verte: "Num princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e um deus era o verbo. " Pois bem, so­bre estas três traduções equívocas em que o nome augus­to de Jesus, referido como Deus, é grafado com inicial minúscula, rebaixado, assim, à categoria dos deuses pa­gãos representados por ídolos, tentam os jeovistas armar o frágil jirau de seu doentio unitarismo.
Haverá realmente base para tal desconchavo lingüís­tico? O que motivou tal perversão tradutória? Por que "um deus era o Verbo"? Estarão, de fato, erradas todas as traduções clássicas e aceitas da Bíblia, que nos vêm às mãos desde a descoberta da Imprensa? Por que, só ago­ra surge a "inovação"?  Merece crédito a sensacional "descoberta" dos jeovistas?
Analisemos pacientemente o texto em lide, como se encontra no original grego; com tradução interlinear ad literam:
       "ÉN ARCHE ÉN HÓ LOGOS, KAI HÓ LOGOS         
       No princípio era         o      Verbo.      e       o       Verbo
ÉN PRÓSTÓN THEÓN,KAI THEÓS ÉNHÓ LOGOS'.'
era junto a o            Deus,  e     Deus era o Verbo
       Neste período há três orações, que vamos individua­lizar para maior clareza:
1ª. Én arché én hó Logos (No princípio era o Verbo). Verifica-se o seguinte: a) que Logos (o Verbo) é o sujei­to da oração, e b) isto é determinado pelo artigo hó.
2ª. Kai hó Logos én prós theón (E o Verbo era, ou estava junto com Deus). Verifica-se o mesmo fato ocor­rido na primeira oração, pois Logos (Verbo) é também sujeito desta segunda oração.
3ª. Kai Theós én hó Logos, que aí está numa ordem inversa, mas que se traduz corretamente "E o Verbo era Deus". Por quê? Porque Théos (Deus) aí é predicado e não sujeito, pois o sujeito da oração ainda é Logos (Ver­bo). O certo é que Theós qualifica Logos, deter­minando-o como sujeito. Em outras palavras, Theós (Deus) é o que se afirma de Logos (Verbo).
Ensinam os gramáticos helenistas, e é princípio ele­mentar da sintaxe do Grego, que o adjetivo vindo antes do artigo é predicado; vindo o adjetivo também depois do substantivo sem tomar artigo, é predicado. Ora, na última oração Theós én hó Lagos, funciona esta regra sintática porque a palavra Theós vem ANTES do artigo, hó, e portanto funciona como adjetivo qualificativo de Lagos. Além disso, a palavra Lagos (Verbo) vem prece­dida do artigo que aponta nela o sujeito da oração. Necessariamente Lagos é sujeito e Theós, predicado, e a tradução correta, única, irreversível é: "o Verbo era Deus. "
Salta aos olhos que nenhum artigo é necessário para Theós (Deus), e traduzi-lo por "um deus" é crasso erro gramatical, pois Theós é o predicado nominativo de era, e necessariamente se refere ao sujeito. Assim se desfaz o tremendo equívoco do Diaglotão Enfático.
Também errada a tradução Novo Mundo, porque calcada no Diaglotão mantém "um deus", diminuindo a Divindade de Jesus, reduzindo-a a uma entidade se­cundária, criada, de poderes limitados, não da mesma natureza que o Pai. No Novo Testamento tradução No­vo Mundo, nos Apêndices 773-777 procuram desautorar o texto grego neste ponto. Argumentam elas, as chama­das Testemunhas de Jeová, que ocorrendo o artigo defi­nido TÓN Theón em S. João 1: 1 segunda oração, e não ocorrendo o artigo com Theós na terceira oração da mesma passagem do Evangelho, é porque essa omissão se destina a mostrar uma diferença. E vão mais longe ainda: dizem que essa "diferença" é no primeiro caso significar o Único Deus Verdadeiro (Jeová), e no segun­do caso significa apenas "um deus", outro que não o primeiro, inferior a Ele, sendo este último "deus" Jesus Cristo.
Ora, isto é um contra-senso, além de ser um sacrilé­gio! Não há nenhuma base lingüística nem lógica para tal desconchavo. Pura invencionice! Sabendo que isto não tem amparo nos fatos, então à pagina 776, segundo parágrafo do Novo Testamento referido, escrevem esta grande tolice: que a tradução "um deus" é correta por­que "toda a doutrina das Escrituras Sagradas confirma esta tradução". Argumento fenomenal!
A omissão do artigo junto de Theós de modo algum significa "um deus" diferente do Deus verdadeiro. Isto é uma fantasia. Basta examinar outras passagens em que igualmente não ocorre o artigo junto de Theós para se convencer da improcedência desta ficção. Por exemplo,
       S. Mateus 5:9:
"porque eles serão chamados filhos de Deus"
       S. Lucas 1:35:
"será chamado Filho de Deus"
       S. João 1 :6:
"um homem enviado por Deus"
Pode-se honestamente traduzir-se por "filhos de um Deus", "Filho de um Deus" e "enviado por um Deus"? Embora Theou nestas passagens signifique "de Deus", caso genitivo do mesmo nome (segunda declinação) e há também o caso dativo "por Deus", as próprias Teste­munhas de Jeová não traduziram por "de um Deus" ou "por um Deus", embora também com ausência do arti­go. Assim não está no Diaglotão nem no Novo Mundo. Por que, então deveria estar somente em S. João 1: I?  Is­to quer dizer apenas que os russelitas apresentam ou dei­xam de apresentar a ênfase sobre o artigo ou sua ausên­cia conforme convenha à fantasia que criaram, sem con­siderar as normas gramaticais que se lhes opõem. Essa é a verdade crua!
Num dos muitos Apêndices da Tradução Novo Mundo, em inglês, citam uma reconhecida autoridade no Grego, o Dr. Robertson, mas nisto revelam falta de lisura. Na página 776 do Novo Testamento em exame, citando palavras do Dr. Robertson "entre antigos escri­tores O THEOS era empregado para designar a religião absoluta distinguindo-a dos deuses mitológicos", dei­xam propositadamente de citar a sentença seguinte em que o Dr. Robertson diz: "No Novo Testamento, contu­do, embora tenhamos PROS TON THEON (S. João 1: 1, 2) é muitíssimo mais comum encontrarmos simples­mente THEOS, especialmente nas Epístolas." E isto destrói todo o castelo de cartas construído sobre a omis­são do artigo! Mais ainda: indica falta de honestidade mental. Porque o que o erudito Dr. Robertson quis di­zer é que os escritores do Novo Testamento não empre­gam freqüentemente o artigo com Theos e mesmo assim o sentido é perfeitamente claro no contexto, ou seja, que significa o Único Deus Verdadeiro. Examine alguém as seguintes referências em que em versículos sucessivos e até na mesma sentença o artigo é empregado em relação a Theos (por exemplo S. Mat. 4:3 e 4; 12:28; Atos 5:29 e 30, e muitas outras passagens), e a conclusão é de que é insustentável a teoria jeovista. Especialmente em S. Mar. 12:26 e 27, e S. Luc. 20:37 e 38, NÃO HÁ O ARTIGO, e no entanto refere-se a Jeová, inquestionavelmente ao "Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó"! Isto pulveriza a pretensão das "testemunhas".
Convém repisar o fundamento gramatical em que nos baseamos para destruir o disparate russelita: no gre­go o predicado geralmente dispensa o artigo, porém o sujeito quase sempre o tem. E quando um nome está em relação predicativa com outro nome, o nome que repre­senta o predicado não leva o artigo. Isto é ponto pacífico.
E vamos documentar exaustivamemte o que afirma­mos, deitando por terra os falsos pilares do erro. Invo­quemos uma nuvem de testemunhas, colhidas entre re­nomados gramáticos e abalizados cultores do grego.
1. Na sua gramática "Beginners of the Greek New Testament", página 63, WILLIAN H. DAVIS, é taxativo:

“Observe-se que o sujeito deferência-se do predicado sempre que o sujeito leva o artigo e o predicado não leva. Exemplo: ágape estin o Theos. Deus é amor. Neste caso, ágape é o predicado porque não leva o artigo, ao passo que Theos leva”.


2. Os autores do "Beginner's Greek Book", AL­LEN R. BENNER e HERBERT W. SMYTH, à página 50, declaram:

"O predicado substantivo geralmente não leva o artigo: Ex.: stra­tegos en o kuros, Ciro era general."

3. A. FREIRE, em sua "Gramática Grega", página 178, confirma:

"Omite-se o artigo diante do nome predicativo do sujeito. Ex.: ou­tos enos etairos en. Este era meu companheiro."

4. Em "Noções da Língua Grega", ARNALDO DE SOUZA PEREIRA, à página 145, sentencia:

"O predicado, em geral, não tem artigo. Ex.: Kuros egeneto Basi­leus ton Person. Ciro tornou-se rei dos persas."

5. Prof. E. C. COLWELL, catedrático da Universi­dade de Chicago, considerado uma das maiores autori­dades no assunto. Num extenso trabalho de sua autoria, intitulado "A Definite Rule For the NT Greek Article Usage" (Uma Regra Definitiva Para o Emprego do Ar­tigo no Grego do Novo Testamento), afirma:

"Um predicado nominativo definido tem o artigo quando vem de­pois do verbo. O primeiro versículo do Evangelho de S. João encontra­se em uma das muitas passagens que, conforme esta regra, sugere a tradução de um predicado como nome definido. A ausência do artigo antes de "Theós" NÃO torna esse predicado indefinido, pois que vem antes do verbo "én". Nesta posição só poderá ser definido quando o contexto o requer. Mas o contexto, no Evangelho de S. João, não jus­tifica tal exigência, porquanto esta declaração não pode, de modo al­gum, ser julgada estranha ao prólogo do Evangelho que chega ao seu ponto culminante na confissão de Tomé, no capítulo 20, verso 28: 'Se­nhor meu, e Deus meu""

Essa afirmação, partida de uma das maiores autori­dades na matéria, pulveriza a aberração jeovista que in­siste na tradução tendenciosa: "e o Verbo era um deus". O predicado não pode ser indefinido.
6. Invoquemos, a seguir, o testemunho de outro profundo helenista, o Prof. BRUCE M. METZGER, especializado no grego do NT, mestre emérito do Semi­nário de Princeton (EE.UU.), que, no seu trabalho "Je­hovah Witnesses and Christ", comenta:

"Empregando o artigo indefinido "um" os tradutores [da Tradu­ção Novo Mundo] desprezaram o bem conhecido fato de que na gra­mática grega os nomes podem ser definidos por várias razões, quer es­teja presente ou NÃO o artigo definido. Uma frase prepositiva, na qual o artigo definido não vem expresso pode ser definida no grego, como ocorre realmente em S. João I: I" ...

       7. Outro gramático grego de renome universal é o
Prof. J. W. WHITE, que no seu famoso First Greek Book, pág. 266, também define com propriedade a regra da sintaxe do
artigo. Diz textualmente:

"Um adjetivo, quer preceda o artigo, quer venha depois do subs­tantivo sem tomar artigo, é sempre predicado adjetivo."

E, para ilustrar a regra, o Prof. White, cita uma fra­se grega em duas versões.
A oração é a seguinte: MÍKRAI (pequenas) HÁI (as) OIKIAI (ca­sas) EÍSEN (eram). A frase "Míkrai hái oikiai eísen" significa: "As casas eram pequenas." A ordem é inversa. Nota-se que o adjetivo "mikrai" (pequenas) vem antes do artigo "hái" (as). O adjetivo ai é o predícado da oração. Claro?
No entanto, há outra maneira de se escrever a mesma oração: "HÁI (as) OIKIAI (casas) MÍKRAI (pequenas) EÍSEN (eram)." Sig­nifica "Hái oikiai míkrai eísen", também" As casas eram pequenas". Vemos, porém que aqui o adjetivo "mikrai" (pequenas) está sem arti­go e vem depois do substantivo precedido do artigo ("hái oikiai", as casas) .
     Em ambos os casos, o substantivo é sempre "oikiai" (casas), e o adjetivo "mikrai" é infalivelmente o predicado adjetivo.
     Ora, no texto de S. João 1:1, última sentença, aplica-se esta regra. Diante deste fato irrecusável, é evidente que B. Wilson, autor do "Diaglotão Enfático" cometeu erro crasso em traduzir "kai Theós én hó Logos" por "e um deus era o Verbo", Por quê? Já o dissemos e re­petimos: Theós (Deus) é predicado adjetivo, vindo antes do artigo "hó". O sujeito é "Logos". Daqui não há como fugir. O correto é "e o Verbo era Deus".

8. W. MARTIN & KLANN, também doutos no gre­go, no seu trabalho Jehovah of the Watchtower, pági­nas 50, 51 e 52, comentando a insustentável pretensão russelita na versão de S. João 1:1, concluem:

"Contrariamente ás traduções do 'Diaglotão Enfático' e 'Novo Mundo', a construção gramatical grega não deixa nenhuma dúvida de que esta [a tradução clássica e usual] é a única possível do texto. O su­jeito da oração é 'Verbo' (Logos), e o verbo, 'era'. Não pode haver objeto direto seguindo 'era', pois de acordo com a praxe gramatical, os verbos intransitivos não pedem objeto, mas, em vez disso pedem predicado nominativo, o qual se relaciona com o sujeito que, no caso vertente, é 'Verbo' (Logos). Salta aos olhos que nenhum artigo é ne­cessário para 'Theós' (Deus) e traduzi-lo por 'um deus' é não apenas uma incorreção gramatical como um grego estropiado, pois 'Theós' é o predicado nominativo de era, na terceira oração do versículo, e cer­tamente se relaciona com o sujeito 'Verbo' (Logos),"

As chamadas Testemunhas de Jeová não têm nem mesmo o senso do ridículo ao insistirem na sua esdrúxula "tradução". Seus "ministros" (todos os membros são ministros) não admitem que ninguém mais conheça o grego. Todas as sumidades de renome mundial daque­le idioma são uns ignorantes. Só as traduções "diaglóti­ca" e "novo mundo" são intocáveis. Não querem exa­minar. Não querem cotejar. Não querem analisar. Es­condem a cabeça sob a areia, como o avestruz. Tudo que não proceda deles, é falsidade dos "religionistas". E de penalizar!

9. W. C. TAYLOR, na sua conhecida "Introdução ao Estudo do NT Grego", afirma (edição de 1932, pági­na 195):
"Quando se emprega o artigo, o substantivo é definido; quando não se emprega, pode ser definido ou indefinido... Nunca devemos fa­lar de 'omissão do artigo'. O grego não omitiu... mas escreveu segun­do a sua própria indole. Se não há artigo, é porque não lhe era natural usá-lo".. .
"Em geral o sujeito tem o artigo, mas o predicado não o tem. Hó Theós agapé estio (Deus é amor) (I S. João 4:16). Deus é amor, mas o amor nem sempre é Deus. Em S. João 1: 1 Theós én hó Logos, traduzi­mos' A Palavra era Deidade', e não' Deus era a Palavra'. Porque o adjetivo sem o artigo é geralmente predicativo."

­

10. A maior autoridade, talvez, no idioma helênico, é o Prof. A. T. ROBERTSON, que além de sua monu­mental gramática, muito escreveu sobre questões lin­güísticas e um tratado especial sobre o artigo. Ele é cita­do na Tradução Novo Mundo das chamadas Testemu­nhas de Jeová, mas truncado e torcido, e incompleto. Falando do emprego do artigo, e sua ausência em S. João 1:1 e 2, conclui:

"No Novo Testamento... embora tenhamos 'prós ton Theon', é muitíssimo mais comum encontrarmos simplesmente 'Theos' [sem ar­tigo] especialmente nas Epístolas."

Essa opinião arrasa o castelo de cartas jeovista, não há dúvida.
Poderíamos ainda citar William H. Davis, Samuel G. Green, Július R. Mantey, H. E. Dana e outros notá­veis gramáticos da língua grega. Mas os que citamos são suficientes para fulminar a cidadela jeovista erguida so­bre S. João 1:1.
Para provar a falta de sinceridade e de coerência das chamadas Testemunhas de Jeová, vamos citar um só exemplo, dentre muitos. Teimam de maneira irritante que a tradução "um deus" é certa devido à ausência do artigo. Pois bem. Em S. João 1:18, lemos: "Ninguém ja­mais viu a Deus." No grego está textualmente: "Théon oydeis eóraken popa/e." Vamos decompor a frase, por amor aos leitores menos cultos. "Théon (Deus, no acusa­tivo grego), "oydeis" (ninguém), "eóraken" (viu, no per­feito), "popote"(de alguma maneira, ou de modo nenhum). Como se observa, NÃO há o artigo. Pela lógi­ca vesga dos jeovistas, deveria ser "um deus", devia ser indefinido. Mas, na sua famigerada tradução "Novo Mundo", traduziram este passo por "Deus" (Deus mes­mo, o Jeová) e não "um deus", menor, criado, o Rei Je­sus. Os tradutores por certo perceberam que a tradução "um deus" aqui seria uma aberração gramatical.
Devemos ainda dizer que, no Novo Testamento, tra­dução "Novo Mundo", com o objetivo de apoiar a tra­dução errada de S. João 1:1, há um longo Apêndice no qual citam mais 35 passagens de S. João nas quais o no­me-predicado tem o artigo definido no grego (pág. 776). Pretendem com essas citações provar que a ausência do artigo em S. João 1:1 significa que "Theós" ali precisa ser traduzido por "um deus". Verifica-se, porém, que nenhum dos 35 casos é paralelo, porque em cada exem­plo o nome-predicado vem depois do verbo e, por conse­guinte, levam apropriadamente o artigo, conforme a re­gra que citamos e repetimos: "Um predicado nominati­vo definido tem o artigo quando vem depois do verbo."
(E. C. Colwell). Em última análise, esses 35 exemplos, em vez de serem contrários à tradução usual e aceita de S. João 1:1, constituem uma confirmação, uma prova adicional da regra para o emprego do artigo definido no grego. Esta é a verdade.
As "testemunhas" fazem tremendo estardalhaço em torno da omissão do artigo definido grego junto da pa­lavra "Deus" na frase "E o Verbo era Deus". Ignoram, porém, (ou fingem ignorar) que esta forma de omissão é comum junto aos substantivos (nomes) NUMA CONS­TRUÇÃO PREDICATIVA. O emprego do artigo aí igualaria o "Verbo" e somente o "Verbo" com Deus, ao passo que sua omissão força o sentido: "E o próprio Verbo era Deus." O artigo também é omitido, no origi­nal, em outras construções e, nesse mesmo capítulo joa­nino, isto ocorre quatro vezes, melhor dito nos versos 6, 12, 13 e 18 todos referentes a Deus mesmo e não a "um deus". Em S. João 13:3 há um fato curioso que também reduz a frangalhos a pretensão dos jeovistas. Diz: "Ele viera de Deus e voltava para Deus" (no grego: oti apo Theou e ezhelthen kai pros TON Theon upagei). Nesse versículo, a palavra "Deus" ocorre duas vezes, contudo na primeira não leva o artigo e na segunda leva. Ora, se­ria absolutamente indefensável traduzir a primeira ocor­rência por "um deus". Meditem seriamente nisto os jeo­vistas sinceros, e não venham com bobagens do "The Emphatic Diaglott" - que não é seguro - ou do "No­vo Mundo" (Escrituras Gregas Cristãs) - que o é me­nos ainda! Meditem no fato indisputável que estamos apresentando. Meditem nele honestamente.
Se fosse exata a versão "e um deus era o Verbo", co­mo está no "Diaglott", então, pela mesma lógica, deve­ríamos traduzir I S. João 4: 16 "o amor é Deus" em vez de "Deus é amor". E ainda S. João 1: 14 "a carne se fez Verbo". Vejam a que ponto se chega!!!
Para finalizar, apontemos uma tremenda contradi­ção. Em S. Mateus 4:4 traduziram "da boca de Jeová". Mas nesta passagem NÃO HÁ o artigo antes da palavra Deus. E o pior foi em Atos 13:2 onde se diz: "servindo eles ao Senhor" (isto é, a Cristo), traduziram errada­mente: "ministravam publicamente a Jeová." Também no verso 12, "doutrina do Senhor" (isto é, Jesus) tradu­ziram por "ensino de Jeová".
Para nós foi bom. Quer dizer que Jesus e Jeová é a mesma coisa!!! Né?


Sem comentários:

Enviar um comentário

VEJA TAMBÉM ESTES:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...