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domingo, 10 de agosto de 2014

ARTIGOS SOBRE A TRINDADE - SENHOR MEU E DEUS MEU


"SENHOR MEU E DEUS . MEU"

Nosso objetivo, ao escrevermos estes capítu­los, é reafirmar a Divindade de Jesus, negada ardorosa­mente pelas chamadas "testemunhas de Jeová", useiros e vezeiros em truncarem os textos das Escrituras e dar-­lhes sentido distorcido. E o fazem procurando apoio nas línguas originais da Bíblia, no intuito de impressionar os menos avisados. Isto é o que se verifica nomeadamente nas traduções Novo Mundo e Diaglotão, não apenas no seu inseguro conteúdo textual como nos apêndices, ro­dapés e margens onde há comentários e referências de uma pobreza franciscana.
Em capítulos anteriores, esquadrinhamos e pulveri­zamos dois desses trucamentos: os de S. João 1:1 e 8:58. Consideremos agora a resposta pronta e decisiva do apóstolo Tomé diante da evidência concreta da ressur­reição do Senhor, prociamando-Lhe a Divindade.
De forma alguma, porém, aceitam os jeovistas a cla­reza solar do texto, que se encontra em S. João 20:28, consistente nas seguintes palavras: "Respondeu-Lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!", importando numa adoração ao "Deus manifestado em carne".
A simples leitura textual não deixa dúvida quanto à Divindade de Cristo, proclamada de modo categórico, formal, incisivo.
Mesmo assim, procuram os russelitas burlar o senti­do clarissimo dessa afirmação, objetivando elidir a idéia da Divindade do Filho de Deus, com processos discutí­veis. Contudo, em pura perda, e nesse particular, o tiro saiu-lhes pela culatra, como veremos.
Vamos recompor todo o verso, como se acha no ori­ginal, literalmente traduzido entre linhas:

Apekrithe   Thomas   kai  eipen auto ho Kyrios  moy kai ho Theós moy
Respondeu Tomé       e    disse lhe    (o) Senhor  meu e   (o) Deus   meu.


A expressão de Tomé: "ho Theós moy" só pode ser traduzida por "Deus meu". Não há outra saída. Tanto assim que o próprio Diaglotão Enfático (massuda ver­são bilíngüe usada à larga pelos jeovistas), à página 396 traduz "ho Theós moy" literalmente por "O Deus de mim" ou "meu Deus".
Mesmo os leitores leigos podem notar, no original grego, a presença do artigo "ho" tanto junto de "Kyrios" (Senhor) como junto de "Theós" (Deus). A presença do artigo definido neste passo é muito impor­tante porque, de acordo com o argumento dogmático das próprias "testemunhas de Jeová" - segundo o qual só a existência do artigo distingue o Deus Verdadeiro e Único Jeová, de um "deus" secundário, inferior - te­mos aqui a prova provada, que elas mesmas nos forne­cem, de que Tomé se dirigiu ao Deus Único e Verdadei­ro: Jesus, que é Um com Jeová. E assim, os jeovistas caíram dramaticamente na cilada do "artigo" que eles mesmos armaram.
E isto se comprova na Tradução Novo Mundo, em inglês, pois nela há uma Apêndice à página 776, com a seguinte declaração:
"Assim também S. João I: 1 e 2 emprega HO THEÓS para distin­guir Jeová Deus, do Verbo (Logos) como 'um deus', 'o unigênito de Deus' como S. João 1:18 o chama."

É uma confissão de que no texto em lide (S. João 20:28) a referência é a Deus Jeová mesmo!
A bem da verdade deve ser dito que essa declaração, diante dos legítimos cânones lingüísticos do grego, nada esclarece, e apenas reitera a idéia fixa ariana, com o ob­jetivo confesso de negar, a todo custo, a Divindade de Jesus, pretendendo reduzi-Lo a um "deus" de segunda mão, criado em algum tempo.
Para pulverizar essa infâmia sacrílega bastaria este simples raciocínio. Se Tomé chamou a Cristo ressuscita­do de Jeová (à vista da existência do artigo definido "ho" diante de "Theós", como querem os russelitas), e Cristo não protestou, não negou essa qualificação divi­na, mas a confirmou plenamente ao dizer, no verso 29: "Porque Me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram", então, amigos, nenhum malabarismo exegético, nenhuma distorção do texto, poderá alterar o pensamento básico, a saber, que Jesus Cristo é Jeová­ Deus!
Há mais a considerar. A Tradução Novo Mundo em inglês evita cuidadosamente qualquer explicação ou co­mentário deste texto, mas registra na margem, à página 350, com asterisco(*) uma meia dúzia de passagens com referência a Cristo, que eles entendem mencioná-Lo co­mo um "deus", e desta forma desprimorosa tentam en­godar o leitor desprevenido. Apresentam-lhe textos que não têm correlação alguma com o versículo em causa, e são mencionadas abstratamente, sem sentido, sem lógi­ca, sem adequação, numa confissão tácita de que o ar­gumento vale zero.
O ponto capital é este: há outro "deus" além de Jeo­vá? As Escrituras só dão uma resposta: .NÃO HÁ! Não há outro deus a não ser Jeová. Leia-se Isa. 45:21-23; 37:16-20; 44:68 e outros passos. Para sermos exatos, há muitos chamados "deuses" nas Escrituras, porém não são deuses pela identidade, pela existência-própria, pela soberania, mas o são por aclamação e adoração huma­nas; são ídolos. O próprio Satanás caiu nesta categoria, e é chamado o "deus deste século".

Cristo, porém, é Deus - Um com o Pai, em subs­tância, natureza e poder. Tomé, dizendo "Deus meu" adorou a Cristo como a ressurreta encarnação da Divin­dade: Jeová, único, eterno, verdadeiro na Pessoa do Fi­lho, Deus manifestado em carne.
O cúmulo do contra-senso é a seguinte interpretação que nos foi dada por um russelita: quando Tomé disse "Senhor meu" dirigia seu pensamento a Cristo que esta­va à sua frente, mas quando disse "Deus meu", dirigiu-­se a Jeová, no Céu. Primeiramente a frase é uma só, li­gada pela aditiva "kai" (e), isto é, "Senhor meu E Deus meu". Em segundo lugar, isto corre parelha com o siste­ma jesuíta das restrições mentais, da duplicidade, do bi­frontismo por parte de Tomé, o que não aceitamos.


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