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domingo, 10 de agosto de 2014

ENTREVISTAS - O INIGMA DOS DINOSSAUROS


O enigma dos
Dinossauros
Pesquisas de uma cientista americana trazem evidências de que dinossauros desapareceram durante dilúvio.
por Paulo Pinheiro
Editor

Elaine Kennedy é mais urna cientista cristã que acredita nos relatos bíblicos da criação e do dilúvio universal. Ela compõe um grupo que faz oposição ás teorias que explicam a origem da vida a partir de milhões de anos, dentro de um processo evo­lutivo. Por causa da fiel posição ao lado da Bíblia, esses cientistas cristãos são chama­dos de criacionistas. Ultimamente, formam o       Centro de Pesquisas da Geociência o - Geoscience Research Institute - cuja sede fica na  Califórnia, onde Elaine mora.
   Ela concluiu seu doutorado em Geologia pela Universidade de Phillips, nos Es­tados  Unidos e, desde 1991, tem estado envolvida com ovos e filhotes de dinos­sauros. As pesquisas a obrigam a viajar pe­los lugares em que os fósseis desses ani­mais são encontrados. Em passagem pelo Brasil, durante um congresso de criacio­nistas, em São Paulo, ela concedeu esta entrevista para Sinais dos Tempos.

SINAIS:  Por que tanto interesse por di­nossauros?
ELAINE:  São criatutas fascinantes para v­árias pessoas. Muitos professores de ciên­cias nas escolas usam os dinossauros para promover a evolução.  Mas quando os ana­lisamos, descobrimos que existe mais de uma maneira de interpretá-los. Quando olho para os resultados das pesquisas, co­mo cientista e cristã, tenho uma perspecti­va diferente. Observo coisas que os evolu­cionistas não vêem e levanto questões que ajudam na compreensão desses animais.

SINAIS:    A senhora sempre foi criacio­nista?
ELAINE:        Quando criança, aprendi na igreja que Deus criou a vida na Terra con­forme o relato de Gênesis.  Mas, ao me tor­nar  adolescente, me ensinaram a ciência evolucionista na escola. Nessa época, foi transferido para minha igreja um novo pastor.  Ele acreditava no evolucionismo teísta, e dizia que Deus conduziu a evolu­ção para criar tudo o que existe. Ele me ensinou que as pessoas poderiam pôr a ciência e a fé juntas e acreditar no evolu­cionismo teísta.  Achei isso maravilhoso!

SINAIS:   Por que a mudança de evolu­cionista  teísta para criacionista?
ELAINE:     Quando comecei a estudar Geologia na faculdade, aprendi que milhões de plantas e animais tinham morrido durante os tempos geológicos, antes do homem surgir na Terra. Isso sugeria que Deus criou os animais e que a morte era uma parte normal da vida deles. Nos estudos, desco­bri também que esses animais haviam morrido em uma catástrofe e, ao mesmo tempo, lembrava que meu pastor me convencera de que os relatos da criação e do dilúvio eram apenas uma ficção.
Mas agora não sabia o que fazer;  eu não conseguia entender a morte antes do pe­cado do homem.  A Bíblia diz que o salá­rio do pecado é a morte e, se havia ani­mais na Terra antes do homem aparecer, eles não poderiam morrer antes do ho­mem cometer pecado.   Subitamente Deus me pareceu alguém muito ruim, que havia criado seres pra morrer. Eu não sabia o que fazer e simplesmente parei de pensar nisso durante três anos. Aí eu comecei a estu­dar o que os críacionistas acreditam e enten­di pela Palavra de Deus porque  esses animais morreram.

SINAIS:      O que mais a senhora apren­deu com os criacionistas?
ELAINE :    Aprendi que Deus criou tudo em seis dias e descansou no sétimo, que a vida é muito recente que esses organis­mos não haviam morrido milhões de anos antes, e sim durante o dilúvio. E com isso eu pensei: agora posso compreender a Bí­blia novamente.

SINAIS:       Por que os dinossauros são um enigma?
ELAINE  : muito difícil entender por que Deus fez tantos tipos diferentes desses ani­mais, muitos deles enormes e predadores.

Por que? E alguns solucionam esse dilema dizendo Deus não fez nenhum dinossauro. Mas há uma grande variedade de fósseis de dinossauros, muitas espécies diférentes, e nós os encontramos pelo mundo todo, Eles se reproduziam naturalmente quando vi­viam aqui. É provável que Deus tenha cria­do os tipos básicos de dinossauros.

SINAIS:   Fale sobre o tamanho dos di­nossauros.
EL.AINE : Os maiores variavam entre 60 e 70 metros de comprimento, entre esses se destacam os Saurópedes e os Apatos­sauros. A metade dos dinossauros era me­nor que uma girafa, muitos tinham o tama­nho de um cachorro e alguns poderiam ser até do tamanho de um gato.

SINAIS:   Como era a aparência deles?
ELAINE:    Não sabemos muito sobre a cor dos dinossauros, mas em alguns fósseis verificam-se impressões da pele. Na Ar­gentína, foi encontrada a parte lateral qua­se total de um Saurópede.   A pele na re­gião perto do estômago era mais mole do que se pensava. Na  parte traseira notou-se algumas estruturas rosáceas assemelhadas a flores. Foi encontrada também uma cer­ta estrutura ornamentando a cabeça. Isso é tudo o que sei sobre a aparência deles.

SINAIS:   E como esses animais desapa­receram?
ELAINE: Há muitas teorias a respeito. Em alguns lugares há dinossauros que morre­ram tentando atravessar um rio durante uma enchente.  Algumas teorias acham que o clima pode ter mudado, e a vegetação também, então não conseguiram sobrevi­ver ás mudanças e desapareceram. Há ainda a teoria de que um meteoro teria caído na Terra, levantado grande nuvem de poeira,e a poeira encoberto o sol. Em conseqüência, as plantas sem a luz solar teriam morrido e provocado a morte dos dinossauros.
Com exceção dos dinossauros que parecem ser sido enterrados na Mongó­lia, a grande maioria dos depósitos de di­nossauros está associada com a presença de lugares em que havia água. Mas nos desertos, entre as dunas, existe a proba­bilidade de ter havido acumulo de água, e esses dinossauros sucumbido nas en­chentes  - Como geóloga, quando vejo de­pósitos distribuídos pelo mundo inteiro associados com a presença de água, já começo a associá-los com a ação de um dilúvio universal.

SINAIS:       Para os criacionistas, qual a importância de um dilúvio universal?
ELAINE:    Ele explica não só o problema da extinção dos dinossauros mas também de muitos outros animais. A teoria do me­teoro não explica isso direito porque tam­bém outros animais deveriam ter morrido naquela ocasião e não morreram. Sabemos disso porque eles estão nos registros fósseis superiores aos dinossauros.

SINAIS:       O que tem descoberto com ovos e ninhos de dinossauros?
ELAINE:       Tenho estudado sedimentos on­de existem ovos e ninhos de dinossauros para ver se realmente pertenciam ao seu habitat ou foram trazidos de outro lugar. Nos sítios em que pesquisei, em Montana, Estados Unidos, e na Patagónia, Argentina, vi que os ovos e os ninhos não eram ori­ginalmente daquele lugar. Visitei outros locais na Europa em que há fósseis de di­nossauros, e observei a mesma coisa.

SINAIS:       Isso é mais uma evidência do  dilúvio?
ELAINE:       Sim. Os criacionistas acreditam que a maioria dos fósseis foi formada du­rante o dilúvio, e que esses fósseis foram transportados pelas águas do dilúvio e de­positados em lugares diferentes do origi­nal. Não há muitos fósseis de plantas e ve­getação nas mesmas camadas em que são encontrados ossos de dinossauros. Esses dinossauros comiam toneladas de plantas por dia e se não são encontrados fósseis de vegetais, o que então eles comiam?  É mais um mistério para a ciência, e o dilú­vio tem a resposta.

SINAIS:   Isso convence os evolucionistas?
ELAINE: A maioria da comunidade cien­tífica acha que os dinossauros, inclusive os ovos, foram fossilizados no lugar em que eles viveram. Por outro lado, reconhe­ço que os criacionistas ainda não têm um modelo científico para explicar o dilúvio, nem a comunidade geológica está prepa­rada para ouvir o que tenho a dizer sobre a minha interpretação da coluna geológi­ca em relação ao dilúvio. Também estou certa de que dificilmente um cientista ateu concordará com o criacionismo e o dilúvio, sem antes vivenciar uma expe­riência pessoal com Deus.

SINAIS: Alguns dinossauros sobreviveram ao dilúvio?
ELAINE:  Alguns podem ter sobrevivido mas não temos nenhuma evidência disso.   Se alguns sobreviveram, não duraram mui­to tempo e logo desapareceram. O clima e a vegetação depois do dilúvio passaram a ser muito diferentes.

SINAIS:       O que eles tinham em comum com os mamíferos, os répteis e as aves?
ELAINE:   Não são relacionados como ma­míferos. Muitas pessoas os classificam co­mo répteis. Existem cientistas que acredi­tam que alguns dinossauros evoluiram e se transformaram em aves, porém muitos paleontólogos não admitem essa idéia.
A estrutura dos dinossauros é parecida com a do crocodilo. Eles têm o diafragma semelhante ao dos répteis e mamíferos, mas difere das aves. Os dinossauros po­dem ser divididos em dois grupos de acor­do com a estrutura da cintura pélvica (os­sos da bacia): ornistiquianos (cuja cintura pélvica é semelhante a das aves) e sauris­quianos (cuja cintura pélvica é semelhan­te a dos répteis). Os cientistas dizem que as aves evoluiram do grupo dos que têm a cintura semelhante a dos répteis.
Há um grupo diverso de dinossauros que tem o nome de terópodos. Eles pos­suem uma estrutura pélvica que aparenta estar em mudança do tipo dos répteis pa­ra o das aves. Esse grupo, no entanto, não pode ser o elo entre os dinossauros e as aves, porque os fósseis deles aparecem após os das aves. As aves já existiam antes desses dinossauros serem fossilizados.

SINAIS:      Qual era o alimento dos dinos­sauros?
ELAINE: A gente não conhece exatamente o que todos os dinossauros comiam, mas co­mo foram encontradas fezes fossilizadas de dinossauros com restos de vegetais, dá para se saber o que alguns comiam.Todos os Saurópedes (esses tinham pélvis semelhante à das aves) eram vegetarianos. Os dinossauros do grupo dos Terópodos eram carnívoros.

SINAIS:       É possível datar os fósseis de dinossauros?
EL.AINE:       Não é possível datar os ossos diretamente, os fósseis geralmente são encontrados em rochas sedimentares, e é impossível datá-las porque são formadas a partir de outras rochas. Caso se tente, elas darão a idade da rocha de onde vieram. Outro recurso é datar as camadas de ou­tras rochas que estão em cima ou embai­xo do osso, mas isso não quer dizer que vai conferir com à idade exata dele.


Sinais dos Tempos    Junho/99

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