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domingo, 10 de agosto de 2014

A MORTE NA BÍBLIA - TORMENTO OU ANIQUILAMENTO ETERNO?


Tormento ou aniquilamento eterno?



SAMUEL BACCHIOCCHI                                                              Março - Abril. 2000 - Ministério

Ph. D., professor de Religião na Universidade Andrews,Estados Unidos


     inferno é uma doutrina bíblica. Mas que espécie de inferno? Um lugar, onde os pecadores impenitentes queimam para sempre e conscientemente sofrem dor num fogo eterno que nunca termina? Ou um julgamento penal nem pelo qual Deus aniquila pecadores e pecado para sempre?
Tradicionalmente, através dos séculos, as igrejas têm ensinado e pregadores têm
proclamado o inferno como tormento eterno. Mas em tempos recentes, rara­mente ouvimos os sermões de “fogo e en­xofre”, mesmo de pregadores fundamen­talistas, que podem ainda estar compro­metidos com tal crença. Sua hesitação em pregar sobre tormento eterno provavel­mente não é devida a uma falta de integri­dade em proclamar uma verdade impopu­lar, mas à sua aversão de pregar uma dou­trina na qual dificilmente crêem. Afinal. como é possível que o Deus que tanto amou o mundo que enviou Seu Filho uni­gênito para salvar pecadores, pode tam­bém ser um Deus que tortura as pessoas (mesmo o pior dos pecadores) para sem­pre. indefinidamente? Como Pode Deus ser um Deus de amor e justiça e ao mes­mo tempo atormentar os pecadores para sempre no fogo do inferno?
Este paradoxo inaceitável tem levado estudiosos de todas as persuasões a reexa­minar o ensino bíblico quanto ao inferno e o castigo final.1
A questão fundamental é: o fogo do in­ferno tortura os perdidos eternamente ou os consome permanentemente? As res­postas a essa pergunta variam. Duas inter­pretações recentes, tendo em vista tornar o inferno mais humano, merecem uma breve menção.

Opiniões alternativas

Opinião metafórica do inferno. A inter­pretação metafórica mantém que o inferno é tormento eterno, mas o sofrimento é mais mental do que físico. O fogo não é li­teral mas figurativo e ~ dor ó caí içada mais por um senso de separacão de Deus do que tormentos físicos 2
Billy Graham expressa tal opinião me­tafórica quando afirma: “Tenho-me per­guntado muitas vezes se o infeino nao é um fogo queimando dentro de nossos co­rações por Deus  para comunhão com Deus, um fogo que nunca podemos apa­gar.”3 A interpretação de Billy Graham é engenhosa. Infelizmente, porém, ela igno­ra o fato que a descrição bíblica de “quei­mar refere-se não a um queimar dentro do coração, mas a um lugar onde os ím­pios são consumidos.
William Crockett também favorece a opinião metafórica: ‘O inferno, então, não devia ser imaginado como um inferno vomitando fogo como a fornalha ardente de Nabucodonosor. O máximo que pode­mos dizer é que os rebeldes serão expul­sos da presença de Deus, sem nenhuma esperança de restauração. Como Adão e Eva, serão expulsos: mas desta vez para uma noite eterna, onde alegria e esperan­ça estão para sempre perdidas.”4
O problema com essa opinião do infer­no é que ela quer substituir tormento físi­co por angústia mental. Alguns podem du­vidar se a angústia mental eterna é real­mente mais humana do que o tormento fí­sico. Mesmo que fosse verdade, a diminui­ção do grau de dor num inferno não literal não muda substancialmente a sua nature­za pois ele ainda permanece um lugar de tormento sem fim. A solução se encontra não em humanizar ou sanear a opinião tra­dicional sobre o inferno, de modo a torná­-lo um lugar mais tolerável onde os ímpios passarão a eternidade, mas em compreen­der a natureza verdadeira do castigo final que, como veremos é o aniquilamento permanente e não tormento eterno.
A opinião universalista do inferno. Uma revisão mais radical do inferno tem sido tentada por universalistas que o redu­zem a uma condição temporária de casti­gos graduados que no fim levam ao Céu. Os universalistas crêem que Deus afinal terá êxito em levar a todo ser humano à salvação e à vida eterna de modo que nin­guém será condenado no julgamento final ao tormento eterno ou aniquilamento 5
Ninguém negará o apelo que o univer­salismo tem para a consciência cristã, por­que toda pessoa que sentiu o amor de Deus almeja vê-Lo salvar a todos. Todavia, nossa apreciação pelo interesse universa­lista de defender o triunfo do amor de Deus, e para refutar a opinião não bíblica do sofrimento eterno, não nos devia cegar ao fato que essa doutrina é uma distorção séria do ensino bíblico. Salvação universal não pode ser correta somente ooroue o sofrimento eterno é errado. 9 alvo univer­sal do píopósito salvífico de Deus não de­ye ser confundido com o fato de que aqueles que rejeitam Sua dádiva de salva­ção hão de perecer.

Embora as opiniões metafórica e univer­salista representem tentativas bem-inten­cionadas para abrandar o conceito do so­frimento eterno, deixam de reconhecer os dados bíblicos e conseqüentemente repre­sentam mal a doutrina bíblica da punição final dos que não se salvam. A solução ra­zoável dos problemas das opiniões tradi­cionais se encontra, não diminuindo ou eliminando o grau de dor de um inferno li­teral. mas em aceitar o inferno tal como ele é, ou seja, o castjgo fjnal e o aniquilamen­to dos ímpios. Como diz a Bíblia, o ímpio não existirá (Sal.37:10),  porque seu ‘fim é a perdicao” (Filip. 3:19).

 A crença no aniquilamento dos perdi­dos é baseada em quatro consideracões bíblicas: 1) a morte como castigo do peca­do;  2) o vocabulário sobre a destruição dos ímpios;   3) as implicações morais do tormento eterno e  4) as implicações cosmológicas do tormento eterno.

Morte como punição – O aniquilamento final dos pecadores impenitentes é indicado em primeiro lugar, pelo principio bíblico fundamental que o castigo final do pecado é a morte:  “A alma que pecar morrerá.”
(Ezeq. 18:4 e 20); “o salário do pecado é a morte” (Rom. 6:23). A punição do pecado com­preende não somente a primeira morte a qual todos experimentam como resultado do pecado de Adão, mas também  o que a Bíblia chama de a segunda morte (Apoc. 20:14; 21:8), que é a morte final e irrever­sível a ser sofrida pelos pecadores impeni­tentes.  Isso significa que o salário final do pecado não é o tormento eterno,  mas morte permanente.

A Bíblia ensina oue a morte é a cessação da vida. Não fosse pela segurança da ressur­reição (I Cor 15:18),  a morte que experimentamos seria a terminação de nossa exis­tência. É a ressurreição que converte a mor­te de ser o fim da vida em um sono tempo­rário. Mas não há ressurreição para a segun­da morte, porque aqueles que a sofrem são consumidos no “lago de fogo” (Apoc. 20:14).  Este será o aniquilamento final.

Vocabulário bíblico
A segunda razão compulsiva para crer no aniquilamento dos perdidos no julga­mento final é o rico  vocabulário de destruição usado na Bíblia para descrever o fim dos ímpios. Segundo Basil Atkinson, o Antigo Testamento usa mais de 25 subs­tantivos e verbos para descrever a destrui­ção final dos impios.6
Diversos salmos descrevem esse aconte­cimento usando imagens dramáticas (Sal.1:3-6; 2:9-12; 11:1-7: 34:8-22: 58:6-l0; 69:22-28; 145:17 e 20);  No Salmo 37, por exemplo lemos que os ímpios logo “mur­charão como a erva” (v 2)’ eles “serão ex­terminados... e... não existirá o ímpio” (vs 9 e lO); “perecerão.... serão aniquilados e se desfarão em fumaça” (v. 20);  os “trans­gressores serão à uma. destruídos” (v. 38).
O Salmo 1 contrasta o caminho dos justos com o caminho dos ímpios. Dos úl­timos ele diz que “não prevalecerão no iuízo” (v. 5): mas serão “como a palha que o vento dispersa” (v. 4); “o caminho dos ímpios perecerá” (v. 6). No Salmo 145. Davi afirma: “0 senhor guarda a to­dos os que O amam; porém os ímpios se­rão exterminados” (v. 20). Essa amostra de referências sobre a destruição final dos ímoios está em perfeita harmonia com Q ensinamento do resto das Fscrituras.
Os profetas freqüentemente anunciam a destruição final dos ímpios em conjun­ção com o dia escatológico do Senhor. lsaias proclama que “os transgressores e os pecadores serão juntamente destruí­dos; e os que deixarem o Senhor perece­rão.” ( Isa. 1:28). Descrições semelhantes são encontradas em Sofonias 1:15,17 e 18, e Oséias 13:3.
A última página do Antigo Testamento provê um contraste impressionante entre o destino dos crentes e o dos incrédulos. Sobre aqueles que temem o Senhor “nas­cerá o Sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas” (Mal. 4:2). Mas para os in­crédulos, o dia do Senhor “os abrasará. de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo’ (Mal. 4:1).
O Novo Testamento segue de perto o Antigo, ao descrever o fim dos ímpios com palavras e imagens que denotam ani­quilamento total. Jesus comparou a des­truição total dos ímpios a coisas como o joio amarrado em molhos para serem , queimados (Mat. 13:30 e 40), o peixe ruim que é lançado fora (Mat. 13:48), as plantas daninhas que serão arrancadas (Mat. 15:13), a árvore sem fruto que será cortada (Luc. 13:7). os ramos ressequidos que são lançados no fogo (João 15:6), os lavradores infiéis que serão destruídos (Luc. 20:16), os antediluvianos que foram destruídos pelo Dilúvio (Luc. 7:27), o povo de Sodoma e Gomorra que foi consu­mido pelo fogo (Luc. 17:29). e os servos rebeldes que foram mortos à volta de seu Senhor (Luc. 19:27).
Todas essas ilustrações descrevem de modo gráfico a destruição final dos im­pios. O contraste entre o destino dos sal­vos e o dos perdidos é um de vida versus destruição.
Aqueles que apelam às referências de Cristo ao inferno ou fogo do inferno (ge­henna, Mat. 5:22,29 e 30: 18:8 e 9; 23:15 e 33; Mar. 9:43, 44,46-48). para apoiar sua crença num tormento eterno, deixam de reconhecer um ponto importante.  Como assinala John Stott, “o fogo mesmo é cha­mado eterno e inextinguível, mas seria muito estranho se aquilo que nele fosse jo­gado se demonstrasse indestrutível. Espe­raríamos o oposto: seria consumido para sempre, não atormentado para sempre.  Se­gue-se que é o fumo (evidência de que o fogo efetuou o seu trabalho) que ‘sobe pa­ra todo o sempre’ (Apoc. 14:11; 10:3)”
A referência de Cristo a gehenna não_in­dica que o inferno seja um lugar de tormen­to infindo. O que é eterno ou inextinguível não é o castigo mas o fato que, como no caso de Sodoma e Gomorra, causa a des­truição completa e permanente dos ímpios, uma condição que dura para sempre.
A declaração de Cristo de que os ímpios “irão para o tormento eterno mas os justos para a vida eterna” (Mat. 25:46) é geralmente considerada como prova do sofrimento  eterno e consciente dos ímpios.  Essa interpretação ignora a diferença entre punição eterna e o ato de punir eternamen­te. O termo grego aionios (eterno) literal­mente significa “aquilo que dura um perío­do”, e freqüentemente refere-se à perma­nência do resultado e não à continuação de um processo. Por exemplo, Judas 7 diz que Sodoma e Gomorra sofreram “a pena do fogo eterno”. É evidente que o fogo que destruiu as duas cidades é eterno, não por causa da sua duração, mas por causa de seus resultados permanentes.
Outro exemplo encontra-se em II Tes­salonicenses 1:9. onde Paulo. falando da­queles que rejeitam o evangelho, diz: “Es­tes sofrerão penalidade de eterna destrui­ção, banidos da face do Senhor e da glória do Seu poder.” É evidente que a destruição dos ímpios não pode ser eterna em sua duração, porque é difícil imaginar um pro­cesso de destruição eterno e inconclusivo. Destruição pressupõe aniquilamento. A destruição dos ímpios é eterna, não por­que o processo de destruição continua pa­ra sempre, mas  porque os resultados são permanentes.

A linguagem de destruição é inescapável no livro de Apocalipse. Lá ele representa a maneira de Deus vencer a oposição do mal a Si mesmo e a Seu povo. João descreve com ilustrações vívidas o lançamento do diabo , da besta , do falso profeta, da morte e de todos os ímpios no lago de fogo que é a “segunda morte”. (Apoc. 21:8, 20:14, 20:6).

Os judeus freqüentemente usavam a frase “segunda morte”para descrever a morte final e irreversível. Exemplos numerosos podem ser achados no Targum , a tradução e interpretação em aramaico do Antigo Testamento. Por exemplo, o Targum sobre Isaias 65:6 diz: “Seu castigo será em Gehenna onde o fogo arde todo dia. Eis esta escrito diante de mim: ‘Não lhes darei descanso durante sua vida mas lhes darei o castigo de sua transgressão e entregarei seus corpos à segunda morte”’ 8
Para os salvos, a ressurreição marca a retribuição marca o galardão de outra vida mais elevada, mas para os perdidos marca a retribuição de uma segunda morte final. Como não  há mais morte para os remidos (Apoc.21:4), assim não há mais vida para os perdidos (Apoc.21:8). A “segunda morte”, então, é a morte final e irreversível.  Interpretar a frase de outro modo, como um tormento eterno e consciente ou separação de Deus, nega o siguinificado bíblico da morte como uma cessação de vida.

Implicações Morais - Uma terceira razão para crer no aniqui­lamento final dos perdidos é a implicação moral inaceitável da doutrina do tormento  eterno. A noção de que Deus deliberadamente tortura pecadores através dos sécu­los sem fim da eternidade é totalmente in­compatível com a revelação bíblica de Deus como amor infinito. Um Deus que inflige tortura interminável a Suas criatu­ras, não importa quão pecadoras foram, não pode ser o Pai de amor que Jesus Cris­to nos revelou.
Tem Deus duas faces? É Ele infinitamen­te misericordioso de um lado e insaciavel­mente cruel de outro? Pode Ele amar os pe­cadores de tal modo que enviou Seu filho para salvá-los, e ao mesmo tempo odiar os pecadores impenitentes tanto que os sub­mete a um tormento cruel sem fim? Pode­mos legitimamente louvar a Deus por Sua bondade, se Ele atormenta os pecadores através dos séculos da eternidade? A intui­ção moral que Deus plantou em nossa consciência não pode aceitar a crueldade de uma divindade que sujeita pecadores a tormento infindo. A justiça divina não pode jamais exigir a penalidade infinita de dor eterna por causa de pecados finitos.
Alem disso, tormento eterno e consciente é contrário ao conceito bíblico de justiça, porque tal castigo criaria uma desproporção séria entre os pecados cometidos durante uma vida e o castigo resultante durando por toda a eternidade. Como Jonh Stott pergunta : Qnão haveria, então, uma desproporçãoséria entre os pecados conscientemente cometidos no tempo e o tormento conscientemete sofridos através da eternidade ?Não minimizo a gravidade do pecado como rebelião contra Deus nosso Criador, mas quetiono se o ‘tormento eterno consciente’ é compatível com a revelação bíblica da justiça divina.” 9

Implicações cosmológicas – Uma razão final para crer no aniquilamento dos perdidos é que o tormento eterno pressupõe um dualismo cósmico eterno. Céu e Inferno, felicidade e dor, bem e mal continuariam a existir para sempre lado a lado. É impossível reconciliar essa opinião com a visão profética da Nova Terra, na qual não mais “haverá morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram” (Apoc.21:4). Como poderiam pranto e dor serem esquecidos, se a agonia e angustia dos perdidos fossem aspectos permanentes da nova ordem ?
A presença de incontáveis milhões sofrendo para sempre tormento excruciante, mesmo se fosse bem longe do arraial dos santos, serviria apenas para destruir a paz e a felicidade do novo mundo. A nova criação resultaria defeituosas desde o primeiro dia, visto que os pecadores permaneceriam como uma realidade eterna no Universo de Deus.

O     propósito do plano da salvação é desarraigar definitivamente a presença de pe­cado e pecadores deste mundo. Somente se os pecadores, Satanás e os diabos, forem afinal consumidos no lago de fogo e extin­tos na segunda morte é que podemos dizer que a missão redentora de Cristo foi con­cluida. O tormento eterno lançaria uma sombra permanente sobre a nova criação.
Nossa geração precisa desesperadamente aprender o temor de Deus, e esta é uma razão para pregar o juízo final e o castigo. Precisamos advertir as pessoas que aqueles que rejeitam os princípios de vida de Cristo e a provisão de salvação ex­perimentarão afinal um julgamento terrível e “padecerão eterna perdição” (II Tess. 1:9). Precisamos proclamar as grandes alternativas entre a vida eterna e destruição permanente. A recuperação do ponto de vista bíblico do juíso final pode soltar a língua dos pregadores, porque podem pregar essa doutrina vital sem receio  de retratar a Deus como um monstro.

Referências:

Para um exame de pesquisa recente sobre a natureza do inferno, ver Samuel Bacchiocchí, Immortality  or Resurredion ? A Biblical Study on Human Nature and Destiny; Berrien Spring, MI, Biblical Perspectives. 1997, pags. 193-248.
2 William V. Crocket, Four Views aí HeIt: Grand Rapids. MI, Zondervan, 1992, p~gs. 43-81.
3 Billy Graham, Decision 25 (julho-agosto 1984) p~g. 2. Em outro lugar. BilIy Graham pergunta: Poderia ser que o fogo do qual Je­sus falou é uma eterna busca de Deus que nunca é satisfeita? Isso, com efeito seria in­ferno. Estar separado de Deus para sempre. separado de Sua presença.” Ver The Challen­ge: Sermons From Madison Square qarden:
Garden City, NY, Doubleday, 1969, pág. 75. 4 William Crocket, Op. CíL, pâg. 61.
4 Basil F. C. Atkinson. Life and lmmorta(ily: Examinatian aí the Nature and Meaning aí Life and Death as They are Reuealed in The Scriptures: Taunton.. England. E. Goodman, s/d. pâgs. 85 e 86.
6 Ibidem.
7 John Stott e David Edwards, Essentials: !I Li­beraUEuangehcal Dialogue: Londres, Hodder and Stoughton. I9~8. pág. 123.
8 M. McNamara. The New Testamènt and lhe Palestinian Targun to Pantateuch; Nova York, Pontifical Biblical Institute. 178. pág. 123.

9 John Stotte e Davi Edwards. Op. Cit. pag. 319.

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