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terça-feira, 12 de agosto de 2014

O VINHO NA BÍBLIA II DEUTERONÓMIO 14:26 E PROVÉRBIOS 31:6



DUAS EMBARAÇANTES PASSAGENS
RELACIONADAS COM O VINHO


“Esse dinheiro dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer cousa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor teu Deus, e te alegrarás, tu e tua casa.” Deut. 14: 26.
“Dai bebida forte aos que perecem, e vinho aos amargu­rados de espírito.” Prov. 31: 6.
Limitar-nos-emos ao que diz o Comentário Adventista e a uma ligeira alusão de Adão Clarck.
O que escreveram os teólogos e comentaristas adventis­tas sobre Deut. 14: 26.
“Bebida forte, o vinho e a bebida forte aqui menciona­dos eram ambos fermentados. Em tempos passados Deus fre­qüentemente tolerava a grosseira ignorância responsável por práticas que Ele nunca pôde aprovar. Mas finalmente veio o tempo quando, em cada ponto, Deus ordenou a todos os ho­mens que se arrependessem (Atos 17: 30). Então aqueles que persistissem em suas práticas, a despeito do conselho e adver­tência não mais teriam uma desculpa para seu pecado (João 15: 22) ‘Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas agora não têm desculpa do seu pecado.’

No seu procedimento anterior eles não tinham pecado e Deus não os considerava totalmente responsáveis, embora suas obras estivessem afastadas do ideal. Sua longanimidade é ex­tensiva a todo aquele que não sabe o que está fazendo (Luc.23: 34). Como Paulo que perseguia a Igreja ignorantemente na incredulidade eles podem obter misericórdia.”

Depois de falar que Deus suportou a escravatura e a poli­gamia, coisas contrárias aos princípios divinos o SDABC assim conclui:

“Assim foi com o ‘vinho’ e ‘bebida forte’.      A ninguém era estritamente proibido beber, exceto os engajados em deveres religiosos e talvez também na administraçâo da justiça (Lev. 10: 9; Prov. 31: 4). Os males do ‘vinho’ e da ‘bebida forte’ fo­ram claramente indicados, o povo aconselhado a abster-se de­les (Prov. 20: 1;  23: 29 a 33), e uma maldição pronunciada sobre aqueles que induzissem outros a abusar da bebida (Hab 2:15). Mas Paulo coloca diante de nós o ideal declarando:

‘Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra cou­sa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.’ (I Cor. 10: 31), e informa que Deus destruirá aqueles que desonram seus cor­pos (I Cor. 3: 16-17). Cousas intoxicantes destroem o templo de Deus e seu uso não pode ser considerado um meio de o glo­rificar (I Cor. 6:19-20: 10: 31). Paulo abandonou o uso de cada coisa prejudicial ao seu corpo (I Cor. 9: 27). Não há des­culpa hoje para o argumento de que não há nada intrinsecamen­te errado no uso de bebidas intoxicantes, baseando-se no fato de que uma vez Deus as permitiu. Como já foi notado, Ele tam­bém permitiu uma vez a escravatura e a poligamia. A Bíblia adverte que os bêbados não herdarão o reino de Deus (I Cor.6:10).”

Sobre Prov. 31: 6 este mesmo Comentário tece as seguin­tes consideracões:

“Pronto para perecer. Sem o conhecimento de narcóti­cos possuído pelos médicos hoje, os antigos tinham freqüen­temente apenas várias misturas de bebidas intoxicantes e pre­parações de ervas narcóticas com as quais insensibilizavam as dores de doenças fatais. Àqueles que eram crucificados, no tempo de Cristo, ofereciam-lhes uma mistura de vinagre e fel. Nosso Senhor recusou beber aquela mistura. Ele desejava uma mente clara para resistir á tentação de Satanás e conservar for­te Sua fé em Deus.”

Adão Clarke apresenta esta mesma idéia sobre Provérbios 31: 6, apenas usando vocabulário diferente:

“Dai bebida forte para aquele que está morrendo. Já temos visto que bebidas embriagantes eram misericordiosamente dadas aos criminosos condenados, para torná-los menos sensíveis às torturas que enfrentariam na morte. Isto é o que foi ofere­cido a nosso Senhor, mas Ele recusou.”

Do matutino paulista “O Estado de São Paulo” de 22-1-1984, retirei a seguinte nota:

“A História nos cientifica que no tempo de Napoleão a po­breza da farmácia não oferecia muitas possibilidades de aliviar os sofrimentos dos feridos, Não lhes era oferecida senão uma esponja embebida em suco de ópio para sugar.”


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