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terça-feira, 12 de agosto de 2014

BATISMO COM ÁGUA, COM FOGO E COM ESPIRÍTO SANTO



BATISMO COM ÁGUA, COM FOGO E COM
ESPIRÍTO SANTO

(Batismo de João e Batismo de Jesus)


De acordo com Mateus 3:11 há três tipos de batismo:

“Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias n5o sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.”

Que é Batismo?

Para os adventistas o batismo não é um sacramento no senti­do em que o aceita a Igreja Católica.

Que é sacramento?

O Catecismo Romano, pág. 209, § 3, letra D, referindo-se aos sacramentos afirma:

“Deus os instituiu com a virtude, não só de simbolizar, mas também de produzir alguma coisa. . . São sinais de instituição

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divina, e não de invenção humana, que possuem também a virtu­de de produzir os santos efeitos que simbolizam. Assim cremos com fé inabalável”

Para os teólogos católicos romanos o batismo é uma ablução que lava o corpo e purifica a alma da mancha do pecado. Esta declaração não se harmoniza com afirmações bíblicas que nos es­clarecem que é o sangue de Cristo que nos limpa de todo o pecado. 1 Ped. 3:21; 1 João 1:7.

Como igreja cremos ser o batismo não um sacramento, mas um compromisso de lealdade como escreveu Ellen G. White na carta 129, do ano de 1903: “Ao se submeterem os cristãos ao so­lene rito do batismo, Ele registra o voto feito por eles de Lhe se­rem fiéis. Esse voto é o seu compromisso de lealdade.”

O  batismo é um requisito importante no plano da salvação por simbolizar a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo.

F a porta de entrada para a igreja.

Ë o processo pelo qual nos tornamos membros da família de Deus.

O batismo é um ato de fé, por isso como igreja não aceita­mos o batismo infantil.

Nos escritos de Paulo é o sinal da comunhão espiritual que deve existir entre o crente e Cristo. O batismo é um testemunho público de que o batizando aceitou a Cristo como Seu Salvador pessoal.

E um sinal externo do verdadeiro arrependimento do pecado e a manifestação de um desejo íntimo de ser purificado.

Pode ainda ser definido como uma manifestação de fé, do

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crente, na morte propiciatória de Cristo.

“Simboliza o batismo soleníssima renúncia do mundo, Os que ao iniciar a carreira cristã são batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, declaram publicamente que renuncia— ram o serviço de Satanás, e se tornaram membros da família real, filhos do Celeste Rei.” Evangelismo, pág. 307.

O batismo em o Novo Testamento é o sinal externo de que a pessoa aceitou o plano divino para sua salvação, assim como a circuncisão o era entre Deus e os israelitas do Velho Testamento. Em outras palavras, o rito da circuncisão foi substituído na Era Cristã pelo batismo, como nos informa Paulo em Col. 2:11 e 12.


Modos Diferentes de Batizar

Há três maneiras diferentes de batizar: por imersão, aspersão e afusão.
Imersão é o ato de imergir, mergulhar, fazer penetrar, afun­dar, banhar.

Aspersão é o ato de aspergir, respingar, borrifar, orvalhar.

Afusão quer dizer derramamento.

Encontra-se na Bíblia justificação para qualquer um dos três processos?

Se o batismo é uma comemoração da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (Rom. 6: 3; Col. 2: 12), apenas uma ma­neira pode representar com fidelidade esses aspectos da vida de nosso Salvador. A maneira bíblica de batizar foi apenas por imersão. Confirmam este processo o batismo de Cristo e o da igreja primitiva.

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A Bíblia de Jerusalém (tradução católica) traz a seguinte no­ta para Bom. 6:3:

“O ‘banho’ por imersão na água (sentido etimológico de bati­zar) sepulta o pecador na morte de Cristo (Gol. 2: 12), de onde sai com ele pela ressurreição (Bom. 8: 22), como nova criatura (I Cor. 5:17), homem novo (Efés. 2: 15)...

Atos 8: 36 e 38, são passagens muito evidentes, na indicação do batismo por imersão. Se apenas um pouco de água é suficiente no batismo por aspersão, não haveria necessidade de Filipe e o eunuco procurarem um lugar de água abundante. No verso 38 le­mos: ambos desceram á água”. Há traduções que trazem desceram para dentro da água. Que esta tradução é melhor confir­ma-se pelo verso 39, que diz “saíram da água”. Para sair da água é necessário primeiro nela entrar.

O comentário que Mathew Henry, faz deste verso, é um exemplo frisante para comprovar aonde pode chegar a influên­cia de idéias preconcebidas: “desceram à água, porquanto não tinham em sua posse qualquer vaso conveniente, pois estavam de viagem), com que tirar a água; e por isso tiveram de descer à mesma. Não que se tivessem despido, e tivessem entrado nus na água, mas, estando descalços, de conformidade com o costume, desceram talvez até aos tornozelos ou o meio da canela, e Feli­pe o aspergiu.”

Seguem-se alguns pensamentos muito úteis sobre o batismo, apresentados por Colin Brown:

“A despeito de asseverações ao contrário parece que ‘bapti­zo’, tanto em contextos judaicos como nos cristãos, normalmen­te significa ‘imergir’, e que, mesmo quando veio a ser um termo técnico para o batismo, o pensamento de imersão permanece.

O batismo de João. João administrava um ‘batismo de arre­-
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pendimento para remissão de pecados’ (Marc. 1; 4), antecipando o batismo no Espírito e em fogo que o Messias exerceria (Mat.3:10).”

“O batismo em Cristo é batismo para a igreja, porque estar em Cristo é ser membro do corpo de Cristo (Gál. 3: 27 e segs.; 1 Cor. 12: 13).

“O batismo em Cristo é para uma vida segundo o padrão da morte de Cristo para o pecado e Sua ressurreição para a retidão.

“Sendo que o batismo significa a união com Cristo (Gál. 3: 27), tudo quanto Cristo tem operado em prol do homem nos Seus atos de redenção, e tudo quanto Ele outorga a ele em virtu­de dos mesmos, é associado com o batismo nos escritos apostó­licos.”

A Igreja Adventista administra o batismo por imersão escu­dada nas seguintes premissas:

1o.) O verbo batizar no original grego baptizo, significa imergir, mergulhar, submergir, como nos confirma a própria história profana.

2o.) A narração dos batismos apresentados em o Novo Tes­tamento são evidência de que as pessoas eram imersas.

Confiramos:

a)     Mat. 3: 6: Muitas pessoas eram batizadas por João no rio Jordão.

b)     Mat. 3:16: Batizado Jesus saiu logo da água.

O  apóstolo João (3: 23) afirma: Ora, João estava tam­bém batizando em Enom, perto de Salim, porque ha­-                 
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via ali muitas águas.

c) A referência ao batismo do eunuco etíope Atos 8: 38 e 39.

d)     O simbolismo paulino de Rom. 6: 4 é uma confirmação evidente de que para ele, batismo significa imersão.

Para o Professor Jorge E. Rice batismo é:

1o.) A porta de entrada na igreja. Os que ouviram o sermão pentecostal de Pedro perguntaram: Que faremos irmãos? Respon­deu-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo. Atos 2: 37 e 38...

Lucas diz ainda mais: Acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. Atos 2:47.

2o.) Porta de entrada para comunhão e relacionamento ínti­mos com Cristo.

Ele nos chama a atenção para a preposição grega ‘eis’ e não ‘en’ usada por Paulo para denotar o objetivo buscado e alcançado pelo batismo. Rom. 6: 3 e 4. A preposição ‘eis’ indica reciproci­dade e não repouso.

39) A porta de entrada no Concerto.

Sendo a circuncisão o sinal entre Deus e Seu povo no Velho Testamento; o batismo representa a circuncisão espiritual do co­ração, e uma relação salvífica com Jesus. Afirmação alicerçada em Col.2:11 e 12.~2

O Significado do Batismo


1) “O significado central do Batismo é a participação na

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morte e ressurreição de Cristo. O Batismo com o qual o próprio Jesus foi batizado, segundo Marcos 10: 38, fornece-nos a chave para o entendimento comum deste tema. Jesus começou por so­lidarizar-se com os pecadores, no seu batismo no rio Jordão, e prosseguiu a sua carreira terrena nos caminhos do Servo Sofredor, através da sua paixão, morte e ressurreição. O Espírito que desceu sobre Jesus no batismo, desce também sobre a Igreja e une o Seu povo com Ele na Sua morte e ressurreição, no batismo e através da ação batismal. O nosso batismo une-nos com Cristo que to­mou sobre si mesmo os nossos pecados e os de todo o mundo, para que esses pecados pudessem ser perdoados e apagados, abrin­do-nos as portas para uma vida renovada.

2) No Batismo, administrado com água e em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para remissão de pecados, somos batizados por um Espírito em um corpo. Em nosso Batismo, o Espírito do Pentecostes une-nos ao corpo de Cristo que é a Sua Igreja, e é recebido por aqueles que crêem em Jesus Cristo. Ad­ministrado em obediência à ordem de Nosso Senhor, é sinal e selo do nosso discipulado. Este batismo único, que nos coloca em comunidade com Cristo e uns com os outros, põe fim a toda segregação humana baseada, por exemplo, em diferenças de raça ou de classe.” 3


Diferença do Batismo com Água, com Fogo e com
o Espírito Santo

A mensagem de João Batista, declarando que Cristo bati­zava com o Espírito Santo e com fogo, assim como ele batiza­va com água, tem ensejado muita discussão e até acalorados de­bates entre os cristãos.

O batismo com água é um símbolo da operação feita pelo Espírito Santo de acordo com Tito 3:5 e I João 5:6,8.

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Quando se dá o Batismo no Espírito Santo?

Três idéias diferentes têm sido apresentadas:

19) Quando cremos;

29) Quando somos batizados nas águas;

39) Quando Deus julgar necessário.

Elemer Hasse discute as três, mostrando pela Bíblia, as pos­sibilidades e impossibilidades de cada uma delas.

De suas declarações, a mais importante é esta:

“Jesus recebeu o Espírito Santo logo após o batismo no Jor­dão (Marc. 1: 10-12; Luc. 4: 1, 18); os crentes de Cesaréia e o apóstolo Paulo, antes (Atos 10: 44-48; 9:17-18); os discípulos, os irmãos de Samaria (Atos 8: 12-17) e os de Éfeso (Atos 19: 4-6) receberam o batismo do Consolador depois do batismo nas águas (os discípulos, anos depois)”4


Leia atentamente a seguinte declaração:

“O batismo no Espírito ou a conversão, precede de modo ideal o batismo na água.”

Este é uma demonstração externa da mudança que ocorreu no coração. O verdadeiro crente é nascido do Espírito (5. João 3: 5, 6); o Espírito é o Instrumento selador (Efés. 1:13, 14); e o Espírito é dado a ele com penhor ou garantia e uma perma­nente lembrança de que ele pertence a Deus (II Cor. 5: 5)”5

Os pentecostais usam as passagens de Atos 2: 1 —. 13; 8: 4-12; 9: 1—18; 10: 1-48; 19: 1-7 e outras como provas de que

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o batismo do Espírito Santo é uma experiência posterior ao ba­tismo da água. Ver comentários esclarecedores sobre estes tex­tos na Apostila Movimento Carismático do Dr. Wilson Endru­veit, págs. 20 c e d.

As divergências maiores estão no “quando” o crente re­cebe o batismo do Espírito Santo, tendo como ponto de refe­rência o batismo da água.

Ivan Carlo Zanella estudou o assunto nestes três tópicos:

A —           O Batismo do Espírito Santo junto com o Batismo da Água.

Esses são os que identificam o batismo do Espírito Santo no momento do batismo na água. Dizem que se o crente tem sido batizado com água em nome da Trindade, então pode ser considerado filho de Deus, herdeiro do reino dos Céus e “equi­pado” com o Espírito Santo.

Esta é a posição sustentada pela Igreja Católica.

Os católicos, bem como os pentecostais, crêem numa pleni­tude, posterior ao batismo da água, do Espírito Santo à qual denominam de Sacramento da Confirmação.


B —            O Batismo do Espírito Santo, depois do Batismo da Água.

Dizem que o batismo do Espírito Santo vem após um cres­cente progresso na vida cristã.

Os que assim crêem, endossam que o batismo do Espírito Santo é subseqüente à conversão. Vem depois da conversão e do batismo da água.

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São inclinados a tomar a conversão do crente como um 19 estágio e a subseqüente plenitude do Espírito Santo, o qual é normalmente acompanhado pelo falar línguas como um 29 estágio.

Os pentecostais chamam a este 29 estágio de Pentecostalis­mo ou Neopentecostalismo, e é tido como um indispensável passo para o poder espiritual e completa vida cristã.


C O Batismo do Espírito Santo antes do Batismo da Água.

Esses crêem que quando um homem se arrepende e crê em Cristo, quando sua vida é colocada aos pés de Jesus, e aceito o Espírito de Cristo ressuscitado em sua personalidade, é batiza­do com o Espírito Santo.

A aceitação deste ponto de vista coloca o batismo da água depois do batismo do Espírito Santo ou o batismo do Espírito Santo é por ocasião da conversão.


Posição Adventista do 7o. dia ou do
Novo Testamento

Batismo é um testemunho público de que o batizando acei­tou a Cristo como seu Salvador pessoal. Em casos normais o ba­tismo com o Espírito Santo precede o batismo cristão com água.

a) Atos l:8.

O poder do batismo no Espírito é primeiro e acima de tudo um poder que nos une a Cristo. A grandeza do batismo no Espí­rito Santo consiste não no fato de levar o homem além de Cristo, mas exatamente de o levar a Cristo. Ser batizado no Espírito significa tornar-se de Crista Em outras palavras: O batismo com

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o Espírito Santo é o sinal da ligação espiritual entre o crente e Cristo.

b)     Atos 10:44-48.

O dom do Espírito aqui é a conversão e não uma experiên­cia posterior à conversão. O batismo nas águas e o batismo no Espírito pertenciam juntos de tal maneira que formavam “um batismo” da Igreja.

c)     Marc. 1:10.

A conexão de água com o dom do Espírito Santo foi ini­ciada pelo próprio batismo de Jesus.

d)     I Cor.12:13.

A expressão descreve o ato soberano de Deus, pelo qual todos os cristãos são incorporados, no corpo de Cristo, por oca­sião de sua conversão. Paulo identifica o batismo no Espírito com a conversão ou regeneração.

O batismo na água é o símbolo de nossa união vital e es­sencial com Cristo, em sua morte e ressurreição nós morremos para o pecado e ressuscitamos para uma nova vida. O batismo na água é o sinal simbólico do batismo do Espírito Santo, ou a união espiritual que deve existir entre o crente e Cristo.

Russel Norman Champlin, comentando Bom. 6: 3, que as­sim reza: Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos bati­zados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte?, disse entre outras coisas o seguinte:

“O batismo em água simboliza a regeneração, embora de forma alguma seja agente dessa realização espiritual. A água é apenas símbolo da operação feita pelo Espírito Santo. (Ver

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Tito 3:5 e I João 5:6-8)...

O batismo em água é um ato de obediência, o qual visa, es­pecificamente, mostrar ao mundo que o batizando assumiu uma nova lealdade.”


Billy Graham afirma:

“Já que o batismo com o Espírito Santo ocorre no momen­to da regeneração, a Bíblia nunca diz que devemos procurar por ele. Estou convencido que muitas coisas que alguns teólogos e pregadores adicionaram ao batismo com o Espírito Santo na verdade pertencem à plenitude do Espírito. A finalidade do ba­tismo com o Espírito Santo é fazer o novo cristão adentrar no corpo de Cristo. Não há intervalo de tempo entre a regeneração e o batismo com o Espírito.

No momento em que recebemos a Jesus Cristo como Se­nhor e Salvador, recebemos também o Espírito Santo.” 6


A água representa a purificação de nossos pecados efetua­da através do Espírito Santo.

O Espírito Santo convence o homem do pecado de rejei­tar a Cristo; da justiça da obra redentora de Cristo; do juízo por Satanás ter sido derrotado por Cristo na cruz.

Muito se tem discutido sobre o significado da água e idéias divergentes têm sido apresentadas, mas creio que melhor seja esta: o nascimento da água foi empregado metonimicamente por Cristo para significar o lavar dos pecados, ou a purificação espiritual, sem a qual ninguém pode ver a Deus. Ezequiel 36: 25 confirma esta exegese.


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Batismo com Fogo


Dos muitos comentários existentes sobre o significado do batismo com fogo de Mat. 3:11 limitemo-nos a estes três:

I)     “1)Alguns acham que aqui temos dois batismos, um do Espírito e outro de fogo, e que este último fala de juízo, provavelmente até do inferno. Assim interpretaram Oríge­nes e outros pais da igreja, Neander, Meyer, de Velte, Lan­ge, e outros modernos. 2) Outros acham que o fogo, neste caso, significa o fogo que destruirá o mundo no último dia 3) Outros relacionam esse fogo com o purgatório. Essas interpretações falham ao considerar que o ‘fogo’ do verso 11 e o fogo do verso 12 não falam do mesmo ministério de Cristo. O ministério do Espírito seria com ‘fogo’, assim como o ministério de João foi com ‘água’. É verdade tam­bém que Cristo julgará (verso 12), e que o fogo é símbolo de juízo.... 4) A interpretação mais aceita é de que o fo­go do verso 11 indica o caráter do batismo do Espírito.... Os hinos de Qumran falam de batismo de fogo, tais como um rio em chamas que engolfaria os ‘lançados fora’; e al­guns bons intérpretes reputam esse batismo de fogo como algo que se refere ao juízo.” O Novo Testamento Interpretado, Versículo por Versículo, vol. 1, págs. 288-289.

II.     “O fogo e a água são dois grandes agentes naturais de pu­rificação, e é apropriado que ambos sejam empregados para representar a regeneração do coração. Semelhante­mente, são os dois agentes pelos quais Deus purificou, ou purificará a Terra do pecado e dos pecadores (II Ped. 3:5-7). Se os homens se apegarem persistentemente ao pecado, terão de afinal ser com ele consumidos. Quanto melhor, então, permitir que o Espírito Santo faça a obra purifica­dora agora, enquanto ainda há graça! O pecador será, ou purificado do pecado, ou com ele destruído. Disse Pau­lo: ‘O fogo provará qual seja a obra de cada um.” SDABC,

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vol. V, pág. 300.

III.   “O fogo, instrumento de purificação menos material e mais eficaz do que a água, simboliza já no Antigo Testa­mento a intervenção soberana de Deus e do seu Espírito, que purifica as consciências” Nota da Bíblia de Jerusa­1ém sobre Mateus 3:11.


O Selo


Nos países do Oriente o selo era muito usado em documen­tos oficiais, como uma garantia de que esses documentos não seriam violados.

A Bíblia nos diz que o crente após ser regenerado, justifi­cado e batizado com o Espírito Santo ele é selado. Efés. 1:13; 4: 30.

Paulo parece ter em mente duas coisas quando fala de ser­mos selados com o Espírito Santo. Uma é segurança, a outra é propriedade. O vocábulo selo no grego quer dizer confirmar ou imprimir. Quando o Espírito Santo nos sela ou põe em nós sua marca, nós estamos seguros em Cristo. 7

O Professor Elemer Hasse discute o problema do selamen­to do Espírito Santo nos seguintes termos:

                          E que sinal dá Deus para sabermos se estamos ou não selados?

Deus não deixou nenhum sinal.

O importante é que Jeová o saiba. Não há perigo de que na Sua vinda Ele o ignore. ‘O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus’ (II Tim.2: 19).

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Ademais, todos os que buscam emoções e sinais para a confir­mação e certeza de sua fé. mostram que não têm certeza da salvação e aceitação por Cristo. Têm dúvidas a respeito de sua experiência com Jesus. A verdadeira fé não busca sinais: ‘Os ju­deus pedem sinal’ (1 Cor. 1: 22); ‘Se não virdes sinais e milagres não crereis (João 4: 48); ‘Que sinal, pois, fazes Tu, para que o vejamos e creiamos em Ti? Que fazes Tu?’ (João 6: 30). Mas nós ‘andamos por fé, e não por vista’ (II Cor. 5:7).8

O selo é a certeza ou a confirmação de que pertencemos a Cristo. Pode também ser chamado de selo de propriedade, confirmado pelo Espírito Santo.

A pessoa que aceita a Cristo pela fé é imediatamente sela­da por Deus como Seu filho ou filha.

Quero concluir esta parte com o seguinte comentário de II Cor. 1:22.

“Paulo usa aqui a figura do penhor (garantia) para ilustrar o dom do Espírito Santo aos crentes como uma espécie de pri­meiro pagamento, a certeza de plena herança no futuro (ver Efés. 1:13-14, comp. Rom. 8:16). É privilégio do cristão re­ceber definitiva convicção de sua aceitação da parte de Deus, como Seu filho adotado, quando da conversão, e retê-lo pelo resto da vida.” 9


Batismo de João e Batismo de Jesus


O batismo de João tinha que ver com o arrependimento, enquanto o batismo de Jesus inclui o arrependimento, mas tam­bém o ato de unir-se a Cristo em sua morte e ressurreição; isto é o que deduzimos das declarações de Paulo em Atos 19: 3-5.

A Revista Adventista, através de sua “Caixa de Perguntas”

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apresentou as seguintes respostas à inquirição que encima este subtítulo:

1a.) “João fora enviado para preparar o caminho do Se­nhor, pregando energicamente a mensagem do arrependimento e era natural que ele oferecesse uma cerimônia de lavagem dos pecados aos que atendiam a essa mensagem. Quando as pes­soas se dirigiam, arrependidas, a Jo5o, confessando seus pecados ele as levava ao rio Jordão, e lá as batizava imergindo-as nas águas. Isto significava também que testemunhavam publi­camente a decisão de aceitar a orientação de João, que era con­duzí-las a Cristo. Atos 19: 4. Era, portanto, distinto do batis­mo crist5o, ordenado por Jesus em Mat. 28:19.

Que o batismo de João não era suficiente confirma-se pelo fato de S. Paulo ter rebatizado alguns que vieram a ele em Éfe­so, os quais haviam sido batizados por João. Atos 19:5.” ‘~

2a.) “O batismo de João era um chamado ao arrependi­mento, mas não um meio de transmitir graça espiritual. Assim o batismo com o qual Cristo batizava os crentes era batismo muito maior do que o de João.”11

De tudo o que os comentaristas apresentam, para diferen­çar o batismo de Jogo do batismo de Cristo, parece ser o essen­cial e, isto é bíblico, o batismo de João tinha um significado sim­bólico, e ele o chama da água para contrapô-lo ao de Cristo, que é chamado do Espírito Santo e do fogo.

Não encontramos evidencias em o Novo Testamento de que aqueles que foram batizados por João, tornando-se discí­pulos de Cristo eram obrigados a um segundo batismo, O ba­tismo de João era aceito como batismo cristão. Este grupo re­batizado, mencionado em Atos 19:5  supõe-se que não havia experimentado a verdadeira conversão.


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É bom saber que os anabatistas (a palavra significa rebati­zados) se apegavam a esta passagem (Atos 19: 5) como prova de que pessoas anteriormente batizadas convertendo-se a sua seita, deveriam batizar-se de novo.

Pesquisando sobre o batismo na Bíblia, concluiremos que no tempo de João Batista, o verdadeiro significado do batismo não era bem compreendido. Depois dos escritos paulinos, es­pecialmente Rom. 6, houve melhor consciência de sua profun­da significação.


Conclusão


Esta conclusão não é bem uma conclusão, mas um adendo que reforça e esclarece certos aspectos já apresentados neste estudo.

“Consideramos ser o batismo uma das ordenanças da igreja cristã e um memorial apropriado da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo.”

Como hábito cerimonial, o batismo antecede a era cristã. O fato de o batismo por imersão haver sido um dos requisitos que os prosélitos eram obrigados a cumprir, evidencia que os judeus o praticavam.

Para o judeu familiarizado com o sistema mosaico, as ‘vá­rias abluções (Heb. 9: 10) indicadas nas ordenanças tinham significação espiritual.

Em sua oração Davi implorou a Deus Lava-me. Sal. 51: 7.

Batismo significa mudança de proprietário.

Batizado em Cristo, significa tornar-se propriedade de Cristo.

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O batismo significa a renúncia de todos os liames da velha vida de pecado —     as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo, II Cor. 5:17.

Batismo significa ligação vital com Cristo. O batismo sig­nifica fé em Cristo ‘Quem crer e for batizado...’ Marc. 16:16.

O batismo significa arrependimento.

Arrependei-vos e cada um de vós...

Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus.” 12


Referências:

1.     Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, vol. 1, págs. 260-264.

2.     O Ministério Adventista, setembro-outubro de 1983, págs.
16 e 17.

3.     Um só Batismo, Uma só Eucaristia e Um só Ministério, Documento da Comissão de “Fé e Ordem”, do Conselho Mundial de Igreja, págs. 16 e 17.

4.     Luz Sobre o Fenômeno Pentecostal, pág. 36.

5.   Nota da Lição da Escola Sabatina do dia 5 de Novembro de 1978.

6.   O Espírito Santo, pág. 70.

7.     Ver Billy Graham —      Opúsculo citado, págs. 72 e 73.

8.     Luz Sobre o Fenômeno Pentecostal, págs. 26 e 27.

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9.     Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. VI, pág. 833.

10.   Revista Adventista, janeiro de 1974, págs. 30 e 31.

11.   Idem, janeiro de 1961, pág. 37.


12.   O Ministério Adventista, novembro e dezembro de 1962, pág. 11.

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