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domingo, 10 de agosto de 2014

ENTREVISTAS - VISLUMBRES DO FIM



Vislumbres do Fim

Escritor norte americano fala sobre os últimos acontecimentos proféticos e adverte quanto a interpretações errôneas da Bíblia.

Clifford Goldstein não acreditava em Deus, mas cria na verdade, só não sabia o que ela era, nem onde encontrá-la. Como escritor, cujo sonho era publicar um best­selier, viajou pela Europa e Israel, pesquisando os elementos centrais do romance que pretendia publi­car. E foi justamente essa pesquisa que o conduziu a uma experiência que mudou completamente sua vida, fazendo-o encontrar a Deus de forma dramática.
Goldstein, de ascendência judai­ca, nasceu em Nova Iorque, em 1 955. Ex-editor da revista Liberty, hoje é editor de um guia de estu­dos bíblicos trimestrais usado em todo o mundo. Completou seu mestrado em Línguas Antigas do Oriente Próximo pela Universida­de Johns Hopkins, em Baltimore, Maryland. É casado e tem dois fi­lhos. Tem 17 livros publicados, três dos quais em português, pela Casa Publicadora Brasileira: O Dia do Dragão, 1844 e Meu Encontro com Deus.

Sinais:       O Livro Meu Encontro com Deus narra a história de sua conver­são. Sendo de ascendência judaica, o que mais o atraiu no cristianismo?
Goldstein:  O que eu estava procuran­do era a verdade, por amor à verda­de, fosse ela qual fosse. Nessa bus­ca, andei por diversos caminhos, desde um mosteiro no País de Ga­les, um kibutz em Israel, até expe­riências místicas e ocultistas. Mas, graças a Deus, fui conduzido ao cristianismo e à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Na realidade, não havia nada de aparentemente atraente nessa igreja, em relação às demais denominações; mas eu que­ria a verdade, e se esse era o lugar onde a verdade estava, então era o lugar onde eu gostaria de estar. Isso aconteceu 23 anos atrás, e nunca me arrependi de unir-me à Igreja Adventista.

Sinais:       Os últimos acontecimentos no mundo político, social e religioso estão preparando o cenário do fim?
Goldstein: A resposta a essa pergunta é: “Sem dúvida nenhuma.” Os eventos e tendências já estão se de­senrolando por muito tempo o colapso do comunismo, a ascensão do papado, o moderno espiritualis­mo, a aproximação entre católicos e protestantes. Para os que estão cientes acerca dessas coisas, tudo pode ser visto claramente. A per­gunta difícil é: “Por quanto tempo acontecerão essas coisas até que chegue o fim?” Isso é uma coisa sobre a qual só podemos especular. Ninguém sabe com certeza.

Sinais:       Como o senhor visualiza esse ce­nário do fim?
Goldstein: Eu creio que as coisas neste mundo continuarão ficando cada vez piores. As pessoas clamarão por algum tipo de libertador. Quando as condições do mundo estiverem da forma como as profecias descrevem, as pessoas pode­rão agir de maneira muito estranha.

Sinais:       Quais devem ser os maiores cuidados ao se tentar entender even­tos específicos dentro da visão escato­lógica bíblica?
Goldstein: É importante observar as tendências e não os eventos especí­ficos. A Bíblia não nos dá muitos detalhes acerca dos eventos finais; ela nos fala das tendências. Corno estudantes da Bíblia, precisamos aprender quem são os principais personagens dos últimos dias des­critos na Bíblia, qual a função deles e o que se espera que façam. Se nos mantivermos atentos quanto a es­sas coisas, elas poderão nos ajudar a compreender os tempos em que estamos vivendo.

Sinais:       Como encaixar no panorama profético essa onda crescente de terro­rismo e a preocupação dos Estados Uni­dos com segurança?
Goldstein:  Muitas pessoas acreditam que os Estados Unidos desempe­nharão papel importante nos even­tos dos últimos dias. O ataque ter­rorista de 11 de setembro mostrou quão depressa mudanças impor­tantes podem ocorrer. Quanto mais coisas como essas acontece­rem, maior será a chance de a América mudar sua característica nacional. Penso que isso poderá ocorrer com tamanha rapidez que surpreenderá a todos.


Sinais: Esse tipo de preocupação com se­gurança pode acarretar a perda das li­berdades individuais, conforme prevê o Apocalipse?
Goldstein: Com muita facilidade. As pessoas querem liberdade, mas tam­bém desejam ter segurança. Elas se­rão capazes de desistir de sua liber­dade no mesmo grau em que o medo chegar. Muitos norte-ameri­canos tornaram-se dispostos a per­der certas liberdades depois dos atentados de 11 de setembro. Se fo­rem atacados Outra vez, certamente estarão dispostos a desistir de mui­tas coisas mais.

Sinais: Em seu livro O Dia do Dragão, o senhor fala a respeito da Nova Direita Cristã. Qual tem sido a atuação dela ultimamente?
Goldstein: Embora já não tenha um perfil tão destacado como no pas­sado, a Nova Direita Cristã ainda continua a exercer bastante autori­dade nos Estados Unidos. Ela tem muita influência sobre o Partido Republicano. Está muito mais quieta do que no passado, o que se deve, em parte, ao fato de não ser tão poderosa como já foi, pelo me­nos por enquanto. Pode também ter a ver com o fato de estarem propositalmente tentando traba­lhar nos bastidores, isto é, não querem que as pessoas saibam o que estão fazendo.

Sinais: No contexto do fim, que papel de-sem penharca o ecumenismo?
Goldstein:  Embora seja difícil saber em detalhes exatamente como as coisas se desenrolarão, nossa com­preensão das profecias bíblicas nos dá a idéia de que haverá uma “união” religiosa nos últimos dias. Obviamente, as várias tentativas de união entre as igrejas podem facil­mente fazer parte dessa união reli­giosa, que é um ponto essencial do cenário bíblico dos últimos dias.

Sinais: A tendência de crescimento do ju­daísmo messiânico Levará  a uma acei­tação em massa de Jesus como o Mes­sias pelos judeus ?
Goldstein: Podemos apenas esperar e orar para que assim seja.

Sinais: Como o senhor vê o papei do Islã  no quadro profético do fim?
Goldstein: Essa não é uma pergunta fácil de responder. Não posso ser dogmático a respeito de que textos bíblicos possam ou não se referir ao islamismo. É difícil imaginar que tamanha força no mundo seja ignorada pela Bíblia. Não sei como tudo se desenrolará, mas, conside­rando um cenário onde a guerra e a instabilidade no Oriente Médio possam conduzir a uma crise eco­nômica mundial, não é difícil ima­ginar que essa força seja algo que contribuirá para desencadear os eventos finais.

Sinais: “O maior e mais perfeito engano de Satanás” é um dos capítulos de seu livro O Dia do Dragão. Que engano é esse e como se pode escapar dele?
Goldstein: O importante é conhecer a verdade a respeito de Deus, de Jesus e da maneira exata da Sua volta. Existem inúmeros tipos de enganos e falsidades. Precisamos buscar a Deus com sinceridade a fim de conhecê-Lo e de conhecer as verdades que Ele deseja que co­nheçamos.

Sinais: O senhor costuma enaltecer o livro O Grande Conflito, da escritora Ellen White. O que de especial nesse livro?
Goldstein: Embora tenha sido escrito há mais de cem anos, penso que esse livro esboça a essência de onde estamos no mundo atualmen­te, para onde vamos e como pode­mos estar preparados para o fim. Ele exalta a Jesus, o Salvador do mundo, que virá outra vez muito em breve para aniquilar o pecado e o sofrimento.


                                        DE  OLHO NAS TENDÊNCIAS


     Eventos mundiais específicos não deveriam tornar-se, em si mesmos, o enfoque obsessivo da profecia:  pelo contrário, eles deveriam ser analisados apenas com parte de um cenário profético mais amplo. É perigoso prende-nos dogmaticamente a eventos políticos específicos como a presidência de John Kennedy. Nesse caso, o que era importante não era tanto o próprio Kennedy, ou o que ele poderia fazer como presidente, nas o que isto revelava a respeito da crescente influência católica nos Estados Unidos.  A não ser por isto, sua passagem pela presidência não teve qualquer significado profético. [...]
    Até mesmo o papa João Paulo II, em si mesmo, não é crucial. Ele tem mais de setenta [agora mais de oitenta] anos, já levou um tiro e teve um tumor retirado do cólon. Ele poderia estar morto em menos de um ano.  O ponto crucial não é João Paulo II como pessoa,ou mesmo seu pontificado, nas a direção que a Igreja Católica tem tomado sob sua liderança , e seu crescente prestigio internacional.
      Analise o seguinte: o colapso do comunismo, a ascensão do papado como uma entidade geopolítica, os Estados Unidos  como a única superpotência mundial, o desabrochar do espiritismo, a Nova Direita Cristã, a união entre católicos e protestantes. Qualquer destes eventos isolados seria bastante significativo, mas todos acontecendo simultaneamente dão um enorme crédito não apenas [ao livro] O Grande Conflito, mas a toda a mensagem adventista [...]
      A profecia não existe para nos tornar clarividentes que ousadamente predizem o futuro; ao contrário, serve par fortalecer nossa fé quando as profecias se cumprirem. E se os eventos proféticos do s últimos anos não fortalecem nossa fé quando as profecias se cumprirem. E se os eventos proféticos dos últimos anos não fortalecerem nossa fé, nada o fará [...]
      Jesus está voltando  par nos levar para o lar, e atualmente  temos mais evidências disto do que nunca. Devemos crer, confiar, e obedecer como se nosso destino eterno dependesse disso – porque na verdade depende.

(trechos do livro O Dia do Dragão, publicado pela Casa Publicadora Brasileira)


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