A SUNAMITA,
UMA MULHER DE PENSAMENTO
E AÇÃO
"Eliseu – teria ele
alguma vez olhado através
da sua janela
para os 28 séculos
seguintes e contemplado a multiplicidade
de conforto que,
durante todo
esse tempo,
adviria da sua cama,
mesa, cadeira
e candeeiro primitivos
para "profetas"
ainda por
nascer?" Theron Brown*
2 Reis 4:8-22, 32-37
Com algumas linhas incisivas, a Bíblia
desenha o seu
retrato – uma mulher
importante, muito
rica, casada
com um
homem idoso,
sem filhos.
O seu nome
não é mencionado. Foi chamada Sunamita por
causa do nome
da sua cidade.
Sunem ficava situada um pouco ao norte de Jezreel, perto de Naim, uma cidade
que se tornou bem
conhecida cerca
de 900 anos mais
tarde, por
causa de Jesus ter
ressuscitado lá o filho
duma viúva.
A Bíblia não
deixa qualquer
dúvida de que
o marido era
o cabeça da família.
Isso, todavia,
não significa que
a mulher fosse uma criada
que só
pudesse dar o seu
consentimento – uma pessoa
que não
revelasse qualquer iniciativa
pessoal. A Sunamita era
a mais enérgica,
uma vez que
era a mais
nova do casal.
Apresentava idéias, mas
só as punha
em ação depois de as discutir com o marido.
Partilhava os seus planos
com ele,
e a decisão resultava dum esforço conjunto.
As pessoas amadurecidas não desejam dominar. Pelo contrário, procuram
trabalhar harmoniosamente
uma com a outra,
de tal modo
que o casamento
pode desenrolar-se de acordo com a vontade
de Deus. Isto
pode ser uma realidade,
mesmo quando
outros fatores,
tais como
uma grande diferença
de idade, não
sejam particularmente favoráveis. Deus
cria cada
ser humano
com características
únicas. Compete a cada indivíduo – marido
ou mulher
– reconhecer quais
são os dons
dele ou dela e usá-los em todo o seu potencial.
A Sunamita era extremamente rica
e podia facilmente tornar-se indisciplinada, desfrutando de todas as coisas que o dinheiro podia comprar. Não tendo filhos,
e com o marido
idoso, era
fácil levar
uma vida estéril,
sem propósito,
lamentando-se constantemente. Mas não o fez.
Esta mulher tinha uma riqueza de interesse no mundo
que a rodeava. Pensava primeiro
nos outros,
não em
si própria.
Observava atentamente o ambiente, e tinha
notado que entre
muitos que
passavam diariamente pela sua casa havia um indivíduo excepcional. Como era hospitaleira,
convidou-o para uma refeição,
pois reconheceu que
se tratava de fato de uma pessoa
invulgar. Era
o profeta Eliseu.
Enquanto ela, como dona de casa,
cuidava das suas responsabilidades
diárias, fazia a si
mesma esta pergunta:
O que é que
poderei fazer por
este servo
de Deus? Teve uma idéia que, certamente, no seu
tempo, era
uma idéia original
– Vou fazer um
quarto de hóspedes
para ele. Não provisório,
do tipo duma tenda,
mas algo
que seja mais
sólido e durável. Com a ajuda do marido, construiu um
quarto de hóspedes
para Eliseu, no andar superior da casa.
Ao desejar servir
a Deus, a Sunamita recebeu uma idéia criativa.
Ela criou alguma coisa
de novo, algo
útil para o Seu
serviço.
No quarto havia uma cama,
uma mesa, uma cadeira
e um candeeiro.
Era um
quarto onde
Eliseu podia trabalhar e dormir.
Ela não
esqueceu nada.
Assim, Eliseu
ficou com eles.
Tudo havia sido arranjado para
uso prolongado e repetido. Sem dúvida,
havia também lugar
para o seu servo Geazi. Ela
tinha prazer em aplicar o seu dinheiro para
sustentar o profeta
do Senhor. Em
vez de o oferecer
a Eliseu para que
arranjasse alojamento e comida para ele próprio, teve ela o trabalho de construir instalações
novas para ele. Ao partilhar os seus bens,
estava-se a dar a si
mesma. Como
resultado, Deus
recompensou-a.
Eliseu havia-lhe perguntado através
do seu servo
Geazi: "Eis que
tu nos
tens tratado com
todo o desvelo;
que se há de fazer
por ti?''
A mulher agradecida
respondera que não
tinha qualquer
pedido a fazer
pois possuía tudo
de que necessitava. Mais
tarde o observador
Geazi sugeriu ao seu senhor:
"Ora ela
não tem filho,
e o seu marido
é velho".
Mas quando ela
recebeu a promessa de que
ia ter um filho, nem
ousava dormitar. "Não,
meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva''.
Mas não
se tratara dum engano. Era real. Uma realidade divinal Um ano mais tarde, ela deu à luz um filho.
Um dia, quando o
rapazinho tinha cerca
de três ou
quatro anos,
acompanhou o pai aos campos. Lá,
sentiu-se mal e morreu dentro de algumas horas.
A mãe pôs o cadáver
sobre a cama
do profeta no quarto
onde ele
orava e meditava. Ela só viu uma solução possível – Deus!
Uma vez que
Deus lhe
tinha dado
esse filho,
Ele era
o único que
podia ajudar. Correu ao Seu
representante, Eliseu, que na altura se encontrava no Carmelo. Teriam os seus pensamentos
recuado para aquele
profeta, Elias, que
havia também ressuscitado uma criança, o filho
da viúva de Sarepta?
Não era verdade que o seu espírito repousava sobre
Eliseu?
Não havia tempo a perder. Embora informasse o marido
de que ia visitar
o profeta, não
perdeu tempo com
mais explicações.
Teria alguma vez uma distância de 40 quilômetros
parecido tão longa?
Será sensato eu
fazer esta viagem,
perguntava ela a si
mesma, uma i,ez que
n meu filho
já está morto?
Eliseu pôde verificar de longe que
alguma coisa corria mal.
Quis mandar o seu
servo Geazi com
ela, para a ajudar. Mas a mulher não se
satisfez com isso.
Disse a Eliseu que só
voltaria para casa,
se ele próprio
fosse com ela.
Antes de ter
o filho, estava satisfeita
com a sua
situação na vida.
Não havia pedido
um filho
a Eliseu, mas agora
sentia profundamente a falta da criança.
Achava que o único
que podia ajudá-la era
o homem que
fora instrumento
no sentido de Deus
lhe dar
o filho. Uma vez
que se tinha
dedicado totalmente a satisfazer
as necessidades de Eliseu, esperava agora que ele fosse com ela. Eliseu ficou convencido
e acompanhou-a.
Quando
chegaram a casa, Eliseu, tal como Elias
havia feito antes
dele, estendeu-se sobre o pequenino
cadáver e ressuscitou-o. A Sunamita
recebeu então o filho
pela segunda
vez. Primeiro,
recebera-o no nascimento, agora
recebia-o dentre os mortos.
Não precisou de fazer
preparações para
o funeral, assim,
preparou-se para uma festa!
Não foi esta
a única bênção
derramada sobre a Sunamita. Quando o país
foi ameaçado pela fome
alguns anos
mais tarde,
ela foi avisada
pelo profeta
a tempo de se mudar
com a família
e escapar à miséria.
Só voltou sete
anos mais
tarde ao seu
país. Durante
a sua ausência,
tinha perdido a casa
e os campos. Pediu ao rei que lhos
restituísse. Ele não
fez apenas isso,
deu-lhe também todos
os seus frutos
(2 Rs 8:1-6).
Por quê? Porque ela era a mulher cujo filho fora ressuscitado por
Eliseu e por causa
da sua contribuição
a favor do profeta
e do reino de Deus.
A história da Sunamita é semelhante
à do lar de Betânia, onde Jesus e os Seus
discípulos ficaram alojados, muitas vezes e com prazer. Também aí foi ressuscitada uma pessoa
– Lázaro (Lucas 11:38-42; João 11:1-44;
12:1).
A Sunamita era simplesmente uma mulher.
Mas uma mulher
de pensamento e ação.
Uma mulher que,
pela sua
dedicação altruísta
aos outros, abriu torrenciais
de bênçãos sobre
si própria.
A pessoa que
dá torna-se aquela que recebe. Isto é sempre verdade no caso de
uma pessoa que
confia em Deus
(Luc. 6:38).
Criatividade
vem da palavra latina
creatus e está relacionada com a palavra "criador".
A relação da Sunamita com Deus, o Criador, é que
fazia dela aquilo que
era.
Andar verdadeiramente com Deus leva à criatividade.
A pessoa que pergunta como é que pode servir a Deus com o que tem, recebe idéias,
por assim
dizer, diretamente
do céu. Não
se trata de idéias
emocionais ou
presunçosas, mas práticas
e úteis dentro dos moldes
do potencial que
Deus dá a cada
pessoa. O Santo
Espírito de Deus
inspira a criatividade.
No caso da Sunamita, isto não
significou trabalhar diretamente
para o templo
de Deus, como
Bezaleel e Aoliabe, artífices do tabernáculo (Êx. 31:1-11). Em
vez disso, ela
serviu a Deus dentro
do próprio lar.
Agindo assim, acabou com a designação de "rotina"
para a ocupação
da "dona de casa".
Usou os seus bens
materiais para
o bem-estar dos outros.
Um estudo
da sua vida
revela que Deus
recompensa isto.
A Sunamita, uma mulher de pensamento e ação
(2 Reis 4:8-22; 32-37).
Perguntas:
1.
Descreva a situação
e o caráter da Sunamita.
2.
Porque que é que
ela ofereceu alegremente
hospitalidade a Eliseu?
3.
Que novas idéias
utilizou ela para
ajudar o profeta?
O que é que
isto prova?
4.
Que lições observa nesta história em relação com a hospitalidade? (Ver
também Lucas 6:38).
5.
Que paralelo vê com qualquer lar hospitaleiro na Bíblia?
(Lucas 10:38-42; João 11:1-44; 12:1 ,2).
6.
A Sunamita desenvolveu idéias criativas para o serviço do Reino
de Deus. Haverá maneiras
de v. poder seguir o seu exemplo?
Descreva como.
FONTE: LIVRO SEU NOME É MULHER
PODE ACOMPANHAR-NOS NOS NO YOUTUBE VEJA OS LINKS ABAIXO.
Adicionar legenda |
muito bom
ResponderEliminarUma leitura q nos leva a meditar no q temos feito p Deus(obrigado Senhor pelos teus profetas q por ai estao ressucitando e trazendo sonhos a realidades q os sonhos e desejos do coraçao de cada um deles sejam realizados)
ResponderEliminarTexto que edificou minha vi
ResponderEliminarda
Estou estudando sobre dinamita me ajudou muito em minha palestra.
ResponderEliminarGostaria de ter acesso aos seus estudos, quem sabe por e-mail? Obrigada
EliminarCorreção SUNAMITA
ResponderEliminar