A RAINHA DE SABÁ,
UMA MULHER QUE
DESEJOU SER MAIS
SÁBIA
"Desde anteontem que
fui chamada a uma tarefa
tão pesada,
que ninguém,
que mesmo
por um
momento considere o seu
peso, a desejaria, mas
também tão
maravilhosa que
tudo o que
posso dizer, é quem
sou eu para ter o privilégio de fazer isto".
Rainha Juliana da Holanda*
1 Reis 10:1-10, 13
Mateus 12:42
Lentamente, a
longa caravana
arrastava-se através da espada que
subia de Jericó para Jerusalém. Os camelos sobrecarregados transportavam as suas cargas com as cabeças
inclinadas. Os guias puxavam-nos para a frente,
sabendo que o fim
da prolongada viagem estava à vista.
A mulher que
se encontrava no centro do grupo e que tinha arranjado a viagem
perguntava a si mesma
se o esforço da fatigante jornada seria recompensado. Levara semanas a percorrer mais de três mil e duzentos quilômetros.
As noites frias
e os dias abrasadores
tinham parecido intermináveis. O campo havia sido escaldante e desagradável como uma paisagem
lunar. O pior
de tudo eram as agrestes
tempestades de areia
e os ventos veementes
do deserto.
Mas bem no seu coração ela
sabia que tinha
de prosseguir. Na sua
pátria, no palácio
real em
Sabá, ouvira repetidamente a respeito de Salomão, o rei
de Israel, o homem que
parecia ser imensamente
rico e inacreditavelmente sábio.
A sua fama era conhecida através do oriente.
Toda a terra
consultava Salomão, para ouvir
a sabedoria que
Deus havia posto
no seu coração
(1 Rs 10:24). Muitos reis o visitavam e o consultavam. Honravam-no com ricos presentes (2 Cr. 9:22-24). Ela
tinha muitas perguntas
– acerca da vida
pessoal dela, das obrigações
reais, e de Deus.
A coisa impressionante
a respeito dos rumores
que tinha
ouvido sobre
Salomão era que
eles estavam sempre
relacionados com o nome
do Senhor. Jeová,
o Deus de Israel, era
mencionado como sendo a fonte
da sua prosperidade. Ela própria
conhecia muitos deuses
– deuses do mar,
da terra, da guerra,
do vinho, do dia
e da noite, mas
eles nunca
haviam dado uma solução
a qualquer problema.
Seria Este capaz
de fazer isso?
A maneira como a rainha
estabeleceu as suas prioridades
prova que era uma mulher sábia. Na sua sabedoria, aceitou as limitações
do seu próprio
conhecimento e percepção.
Queria saber mais
e estava pronta a fazer
muitos sacrifícios
com o fim
de adquirir sabedoria.
O seu tempo,
dinheiro e esforço
eram gastos com
o objetivo de conseguir
este alvo.
A verdadeira sabedoria anda de mão dada com a humildade. A rainha
de Sabá era
suficientemente humilde
para dizer ao mundo que a
rodeava que buscava algo
mais e que
não estava satisfeita
com o seu
estado. Qualquer
pessoa que
visse aquela caravana em marcha
saberia que a rainha
de Sabá estava em
viagem para
Jerusalém, a fim de consultar
o sábio Salomão.
Quando dobrou
a última curva
da estrada, viu a cidade
de Jerusalém situada sobre as montanhas. Alguns
dos edifícios dominantes
atraíram a sua atenção,
particularmente o palácio
do rei e o templo
do seu Deus.
Atrás dela arrastavam-se pesadamente os camelos,
curvados sob os seus
preciosos fardos
de especiarias raras, ouro
e pedras preciosas, cujo
valor nem
mesmo podia ser
imaginado. (Uma estimativa de cento e vinte talentos
de ouro corresponderia a cerca
de ...)
Salomão, o décimo filho de David e o segundo
da sua união com Bate-Seba, foi o terceiro
rei de Israel. foi também
chamado pelo profeta
Natã, e de acordo com
a vontade de Deus,
Jedidias, que significa "amado por Deus" (2 Sm. 12:24-25).
Depois de ter herdado o trono
de seu pai,
Deus apareceu-lhe uma noite, em sonhos, e perguntou-lhe: "Que
queres que
te dê?"
A resposta do jovem
revelou a sua humildade
e dependência: "A teu servo, pois, dá um coração entendido,
para julgar o teu povo, para que prudentemente discirna entre
o bem e o mal;
porque quem
poderia julgar
a este teu
tão grande
povo?" (1 Rs. 3:5-14) A resposta foi de tal
modo agradável
aos olhos de Deus,
que Ele
adicionou riquezas e honra a uma sabedoria
tão grande,
que jamais
seria igualada. Salomão levantou a cabeça
e os ombros acima
de todos os reis.
O seu povo
experimentou uma época áurea
na sua história.
Nesta época, o Egito, a Assíria e a Babilônia eram fracos.
Os grandes dias
da Grécia de Homero ainda estavam para vir. Israel era o reino mais poderoso
do mundo. Jerusalém era
a cidade mais
bela. Nenhum
edifício se poderia
comparar, em beleza, com o templo. Nesses tempos,
um monarca
ia visitar outro.
Não se tratava duma visita
oficial, mas
de caráter particular.
A conversa foi interessante. A rainha era suficientemente humilde
para revelar a sua fome de sabedoria. Fez muitas perguntas
a Salomão. Achava que Salomão era um homem aberto – uma pessoa com uma compreensão que
parecia sem limites.
Como ela,
também ele
desempenhava o elevado, mas solitário, cargo de governante
duma nação. Por
conseguinte, ele
era alguém
que podia entendê-la perfeitamente. Ele
próprio se havia debatido com
idênticos problemas.
Para espanto
e admiração da rainha,
não existia qualquer
pergunta demasiado
profunda ou
complexa para
ele. Tinha
sempre resposta
para tudo. Ela reconheceu que,
na verdade, a bênção de Deus estava sobre
ele. Não
possuía simplesmente sabedoria intelectual,
mas senso
comum que
se aplicava nas situações práticas e diárias.
Ela verificou isso
na maneira como
a sua casa
havia sido construída, nos modos dos seus servos e ministros,
na qualidade das suas
refeições e na variedade
das bebidas. Cada
pormenor da sua
vida estava permeado de sabedoria. A sua
fé em
Deus afetava também
todos os aspectos
da sua existência.
Era pura.
Era real.
Era o centro
da sua vida.
O rei Salomão não só a
envolveu nos seus
deveres quotidianos, mas partilhou também
com ela
o modo como
servia a Deus. E foi aí que ela descobriu o verdadeiro segredo
do seu êxito.
Quando Salomão oferecia a Deus as ofertas
queimadas, identificava-se com o animal inocente que
estava a ser imolado em seu lugar, pelo seu pecado (Lv.
1:1-9; 9:7). Isto revelava uma semente de verdade à Rainha de Sabá.
A vida de Salomão era livre, porque os seus pecados foram perdoados; este
fato baseava-se no meio
apontado por Deus.
O sangue derramado duma criatura inocente
garantia que
ele – o culpado – podia viver
em plena
liberdade (Lv. 17:11). A sua comunhão com Deus era a fonte de toda a sua sabedoria, da sua
compreensão (Pv. 2:6; 9:10) e da sua prosperidade (Pv. 10:22).
O alvo de Salomão na vida, descobriu ela,
não era
aprender e ensinar a sabedoria, mas temer a Deus.
Salomão guardava os Seus mandamentos e declarava firmemente
que era
isso o que
Deus desejava de todos
os homens, incluindo os reis (Ecl. 12:9-13).
A rainha estava estupefata. Não
conseguia falar. Todas as suas
expectativas haviam sido excedidas.
"Eu não
acreditava no que ouvia a respeito da tua sabedoria'',
disse ela. "Parecia demasiado poderosa.
Mas na verdade
ultrapassou em muito
todos os rumores.
Eu nem
tinha ouvido
metade".
A rainha invejava as pessoas que
serviam este rei,
os súbditos sobre os quais ele tinha autoridade.
Reconheceu que a sabedoria
devia ser preferida a tudo o mais
(Pv. 8:11). O mais impressionante
é que afirmou que
Salomão constituía uma amorosa dádiva de Deus
ao Seu povo,
a fim de que
eles pudessem ser
bem governados.
Ela fora enriquecida, mental e materialmente, pelo seu encontro com o rei
Salomão. Este partilhou graciosamente com
ela não
só da sua
vasta compreensão,
mas das riquezas
que excederam os preciosos
presentes que
ela lhe
trouxera (2 Cr. 9:12). O valor do presente mais sublime que ela recebeu não
se pode definir em
dinheiro. Pois foi o conhecimento que
adquiriu a respeito de Deus, que é a fonte da verdadeira sabedoria
(Ecl. 2:26).
A Rainha de Sabá foi uma mulher
que fez história.
Mesmo Jesus Cristo
a citou como exemplo.
Louvou-a por não
se ter poupado despesas
ou dificuldades
para ouvir a sabedoria de Salomão. Com
essa atitude ela
condenou os que
não tomam a sério
a sabedoria. Ela
dá um esplêndido
exemplo da importância
de submeter as coisas
de Deus a uma investigação
mais cuidadosa. E deu prova
do seu profundo
discernimento quando
aceitou a oportunidade de aprender
de alguém mais
– alguém que
era mais
sábio do que
ela. Não
se limitou a ouvir os rumores
de que Salomão era
um homem
sábio. Fez todo
o possível para
o encontrar, a fim
de descobrir a fonte da sua sabedoria
(Pv. 2:1-6).
Mas seria o seu enriquecimento apenas
intelectual? Seria essa a sua única satisfação? Ou teria
o seu coração
buscado o próprio Deus,
a Fonte de Sabedoria
(1 Cor. 1:30), o Deus
com quem
nem mesmo
Salomão se podia comparar? Pois
a maior sabedoria
vem, não da mente,
mas do coração.
A esperança dum tal
homem não
será cortada (Pv. 24:14).
Tiago, o apóstolo prático,
escreveu mil anos
mais tarde
que um
homem engana-se a si
mesmo quando
ouve quando ouve uma mensagem e não
a põe em prática.
É como uma pessoa
que se vê
num espelho, vê
que seu
aspecto precisa
de arranjo, mas
não chega
a fazer nada
nesse sentido (Tiago 1:22-24).
Seria a rainha
verdadeiramente sábia? Teria ela compreendido perfeitamente
tudo o que
Salomão lhe disse? Teria ela aplicado a sabedoria
que viu em
Salomão? Teria o seu coração mudado? Teria ela
alcançado os objetivos do plano que se tinha proposto realizar? (2
Cor. 8:10,11) Completamente?
A sua busca
foi um fracasso,
se não chegou a encontrar
Deus. Nesse caso,
ela seria uma figura
trágica, em
vez do exemplo
perfeito que
é. A Bíblia não
responde diretamente a estas perguntas. Mas talvez a resposta
se possa encontrar nas palavras
de Jesus, quando a colocou acima dos judeus,
usando-a como exemplo
para alguns fariseus e escribas
do Seu tempo.
Não será esta uma prova
de que ela
aprendeu as lições?
A Rainha de Sabá foi uma mulher
que não
se poupou despesas e dificuldades para se tomar mais sábia.
Perguntas:
1. Com que
estava relacionada a fama de Salomão de que a Rainha de
Sabá ouviu falar?
2. De que modo é que ela mostrou o seu
interesse sincero
em beneficiar
da sabedoria dele?
3. Além disso, o que é que mostra a sua prontidão em aprender? A que conclusão chegou ela
depois de ter
visto com
os seus próprios
olhos?
4. Qual lhe
parece ser a conclusão
mais importante
desta Rainha pagã?
5. O Senhor Jesus louva-a pela seriedade com que buscou
a sabedoria de Salomão. Tem alguma razão para concluir
que esta visita
a tenha levado a uma relação pessoal
com Deus?
6. Considera-a um bom exemplo ou um aviso para si? O que é que pode fazer com o que aprendeu a respeito
dela?
FONTE: LIVRO O SEU NOME É MULHER
Gostei muito desse estudo,precisei é achei tudo o que queria ,numa só explicação, parabéns a pessoa que fez este estudo ,nota mil,Deus te abençoe
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