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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

EVA, A MULHER DE ADÃO




EVA, A MÃE DE TODOS OS SERES HUMANOS



"A mulher foi feita duma costela tirada do lado de Adão: não da cabeça para dominar sobre ele, nem dos pés para ser pisada por ele, mas do lado para ser igual a ele, de debaixo do braço para ser protegida e de junto do coração para ser amada''.

Matthew Henry

Gênesis 1:27, 28

Gênesis 2:18

Gênesis 2:20-25

Gênesis 3:1-20



Ela estava encantada com tudo o que via – tudo à sua volta era perfeito. A natureza que contemplava era nova e repousante. O ar que respirava era puro e não poluído. A água que bebia era clara e cintilante. Cada animal vivia harmoniosamente com todos os outros.


O casamento dela era perfeito – a sua comunhão com Deus e com o mando constituíam um gozo diário. Eva possuía tudo o que alguém poderia desejar.


Foi então que, um dia, uma voz vinda do jardim lhe perguntou: "É assim, que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?"

Por que é que, perguntou ela a si mesma, nunca notei a beleza especial da árvore que está no meio do jardim? E por que é que de repente toda a minha felicidade parece depender de comer do seu fruto? Comer algo tão desejável só pode ser bom.


O seu desejo foi despertado. Não notou que estava a ser enganada – que a Palavra de Deus fora torcida – que o amor de Deus estava sendo posto em dúvida.


Eva não sabia que quem lhe falava era Satanás disfarçado (Apoc. 20:2; 2 Cor. 11:14). Ele era e havia sido mentiroso e homicida desde o princípio (João 8:44), querendo enganar as pessoas (1 Pe. 5:8). Não citou Deus com exatidão, mas aplicou as suas próprias palavras (Gên. 2:16, 17).


O seu ataque à Palavra de Deus devia a tê-la prevenido para não lhe dar ouvidos. Ela ainda podia ter escapado nesta fase da tentação (Tg. 4:7). Embora estivesse sobre terreno perigoso, havia sido criada com uma vontade que era capaz de resistir ao tentador. Não precisava dar oportunidade a Satanás para a enganar, prestando-lhe atenção. Podia escolher. Mas, infelizmente, deu-lhe ouvidos. E o que é pior, respondeu-lhe. Isto marcou o início da sua queda.


Como Satanás, Eva também torceu as palavras de Deus. Acrescentou "nem nele tocareis..." ao que Deus havia dito, embora Deus nada tivesse dita com respeito a tocar. Depois enfraqueceu a Sua ênfase sobre a morte, substituindo "morrereis" por "para que não morrais".


A primeira investida de Satanás fora bem sucedida. Eva eslava disposta a ouvi-lo e mesmo a demorar-se com ele. Isso aumentou a sua ousadia. Com toda a arrogância, chamou a Deus mentiroso. Apresentou-O como Alguém que queria subjugar o homem e limitar a sua felicidade, uma vez que tinha poder para o fazer.


"Morrer?" desdenhou ele. "Não morrereis de modo nenhum. Sereis mais felizes do que alguma vez sonhastes. Sereis como Deus". Continuou a tentá-la, incitando-a à independência. O seu apelo à desobediência foi fatal para Eva. A resistência dela tinha-se desfeito quando se dispôs a argumentar com Satanás. Estendeu a mão e tomou do fruto que o seu coração desejava.


Nessa altura, o mal já não podia ser evitado. Ela tinha-se emaranhado tanto nas redes do enganador, que não seria capaz de escapar. Comeu do fruto. Mas o problema não terminou aí. A mulher que foi enganada tomou-se, por seu turno, enganadora. Eva enredou o marido no seu pecado. Sem protestar, este aceitou o fruto e comeu-o.

 Nesse momento, toda a vida dela se modificou.



A criação operada por Deus era ideal. Era tão perfeita que Ele próprio ficou satisfeito com ela, e salientou esse fato após cada ato criador.


Todavia, faltava alguma coisa. "Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma auxiliadora", disse o Senhor Deus. Depois de o homem e a mulher terem sido criados, a obra de Deus eslava completa e tudo era "muito bom" (Gên. 1:31). Eva era uma criatura esculpida pela mão de Deus. Foi criada igual ao marido. A única diferença entre eles era o sexo. Ela era única.


Como ser humano, ela foi, do mesmo modo que Adão, dotada de raciocínio e entendimento. Por conseguinte, era a companheira dele nas conversas. E, como ele, tinha uma relação pessoal com o seu Criador, a Quem devia obedecer. Juntamente com Adão, Deus tomou Eva responsável pela execução das mesmas tarefas. À sua maneira própria e específica ela devia ajudar a encher e a dominar a terra. Tinha uma relação única com o marido. Partilhava a sua vida com ele. Completava-o. A sua estrutura física tornava-a apropriada para ele, de modo que, juntos, podiam cumprir o mandamento de Deus para se multiplicarem.


Embora feita depois de Adão, Eva não era certamente o resultado dum "pensamento tardio". Era uma parte do plano original de Deus como Adão. Não podia realizar-se sem ele, e ele não podia passar sem ela (1 Cor. 11:11, 12). Dentro do casamento Eva estava sujeita a Adão (Efés. 5:22-24). Adão tinha sido indicado por Deus para exercer a liderança e assim garantir a ordem social, pois Deus é um Deus de ordem.


Como marido e mulher, Adão e Eva formavam um novo núcleo: um casal. Este casal caracterizava-se por uma personalidade própria. Não era a soma de dois indivíduos; era ele próprio uma nova entidade. O plano de Deus é que os cônjuges vivam juntos em perfeita harmonia – que se sintam á vontade um com o outro, sendo um numa união mantida pelo amor e respeito mútuos (Efés. 5:21).


Eva reconheceu quão rudemente havia sido enganada. Notou primeiro isso na sua relação com Adão. Tinham-se sentido sempre à vontade um com o outro, exatamente como Deus os criara. Mas agora sentiam-se subitamente tímidos e indefesos. A proteção da sua inocência desaparecera. Descobriram que não podiam ter uma relação livre e natural. Começaram a esconder coisas um do outro. Verificaram que não estavam apenas nus diante um do outro – estavam nus diante de Deus! A pureza havia desaparecido. A sua natureza sem pecado fora destruída. A sua íntima relação com Deus fora cortada. Em vez de se tomarem iguais a Ele, como Satanás havia prometido, ficaram com medo e fugiram dEle.


Foi então que Deus entrou nesta desoladora situação. Ele tomou a iniciativa de os procurar. Com quanta ternura os saudou. Começou com uma pergunta, não com uma acusação. Deu-lhes a oportunidade de reconhecerem o seu pecado, mas eles não a aproveitaram (Rm. 5:12,14). Considerou Adão responsável, uma vez que era ele o cabeça da família.


Embora estivesse presente, Adão não impediu Eva de cometer o pecado. Na realidade, juntou-se a ela. E culpou-a. "A mulher que me deste é que fez isto". Adão falou como se estivesse acusando a Deus por lhe ter dado Eva.


Eva passou também a responsabilidade para outro. Acusou a serpente, embora, se fosse honesta consigo mesma, tivesse de admitir que aceitara voluntariamente a sua proposta. Era verdade que a tinha enganado, mas ela pecara por sua própria e livre vontade. Ficara reprovada no teste a que foi submetida como ser humano para obedecer voluntariamente a Deus, e em amor.


O juízo de Deus que se seguiu revelou-lhe o catastrófico impacto do seu ato. Não só o belo jardim do Éden, mas todo o mundo foi amaldiçoado. O solo, antes sem ervas daninhas, produziria agora espinhos e cardos. Os animais foram malditos. A tranqüilidade do reino animal sobre o qual Adão e Eva tinham dominado, desfigurou-se. O lobo e o cordeiro nunca mais comeriam pacificamente juntos. O mais forte dominaria o mais fraco. O belo paraíso em que poderiam ter vivido felizes para sempre, tinha-se tornado de um só golpe num paraíso perdido. Eles foram obrigados a sair rapidamente, para que não comessem da árvore da vida e se vissem assim forçados a viver eternamente como pecadores (Gên. 3:22,23).


Eva, que fora o término da criação de Deus – o último elo na cadeia de felicidade sobre a terna – tinha jogado fora essa felicidade com a sua desobediência.


A alegria da maternidade seria temperada com dor e dificuldades. O aguilhão do domínio afetaria agora a sua relação com o marido. Ele dominá-la-ia por causa do pecado.


E embora Adão e Eva não morressem instantaneamente após o seu pecado no jardim, a instituição da morte foi um dos resultados. Num segundo haviam-se tornado seres humanos mortais, sob o domínio da morte.


Mas muito pior que a morte natural foi a morte espiritual, o vazio da separação de Deus (Gên. 2:17; Efés. 2:1). Foi isso acima de tudo que Eva experimentou dolorosamente no más íntimo do seu ser.



Eva estava só e passou um mau bocado durante o ato de dar à luz. Sendo a primeira mulher sobre a terra, não tinha mãe, nem irmã, nem amiga que pudesse partilhar dos seus sentimentos. Não havia ninguém a quem pedir conselho, nenhuma outra mulher que pudesse ajudar no parto. E, que estranha experiência tornar-se mãe, quando ela própria nunca havia sido filha. O que é que se deve fazer com uma criança? Nestas circunstancias difíceis, não admira que Eva se voltasse para Deus. "Dei à luz um homem com a ajuda do Senhor", disse ela, e sorriu para o bebê, Caim.


Adão e Eva não foram os únicos a serem punidos por pecarem contra Deus. O castigo de Satanás foi muito maior. Ele foi informado da sua destruição por Alguém cujo nome seria Emanuel, que nasceria da descendência de Eva (Isa. 7:14). Teria ela a esperança e estaria na expectativa de que a criança que tinha nos braços fosse o Messias prometido?


Eva foi uma demonstração viva de fé – fé em que uma pessoa nunca poderia mergulhar tão fundo que não pudesse voltar-se de novo para Deus. E de esperança – esperança de que Deus ia dar novas possibilidades, independentemente da grandeza do pecado.


Eva ficou arrasada quando Caim matou o segundo filho que ela teve. Verificou que tinha trazido ao mundo um homem pecador. Ele era um assassino. A terrível extensão do seu ato no jardim tornou-se ainda mais evidente. Ela transmitira a morte espiritual e física a Adão, e este a todas as pessoas nascidas (Rom. 3:10-12,23). Nenhum ser humano voltaria jamais a viver em inocência como ela vivera. Cada pessoa que nascesse pecada, não apenas por escolha, mas também devido a uma pressão íntima. Todos travariam um combate interminável entre o bem e o mal. Todos estariam separados de Deus pelo pecado. Não haveria qualquer exceção.


Satanás apela constantemente aos desejos do homem, tentando seduzi-lo. O pecado e a morte entram em cena cada vez que alguém cede aos seus próprios desejos (Tg. 1:14,15). Em todas as gerações haverá pessoas como Eva que são levadas pelo desejo de terem o que os olhos cobiçam e de satisfazerem as inclinações da soberba (1 João 2:16). Satanás lenta movimentar todas as pessoas contra Deus, exatamente como fez com Eva. Excita a rebelião e a ingratidão para levar os homens a cair como ele caiu – por soberba (Isa. 14:12-14).


Mesmo muitos, muitos anos depois do Éden, quando o homem é remido por Jesus Cristo (1 João 2:2) e todo aquele que crê pessoalmente nEle tem de novo acesso a Deus (João 1:12), os melhores homens terão de reconhecer que, embora desejem fazer o bem, são arrastados para o mal (Rom. 7:15-19). Só Jesus Cristo – Aquele que foi anunciado – provou que o homem pode vencer a tentação, se se agarrar à Palavra de Deus e viver de acordo com ela (Mat. 4:1-11).


Como conseqüência do pecado de Adão e Eva, as 1ágrimas, a tristeza e a dor que as pessoas experimentam, agora, irão continuar até ao estabelecimento do novo Reino (Apoc. 21:1,4). Até essa altura, todo o ser humano será atormentado pelo pecado. Até lá, todos continuarão a ser avisados para não seguirem o exemplo de Eva 2 Cor. 11:3). Pois Eva, a mãe de todos os viventes, fornece um exemplo assustador. Ela é a mulher que admitiu o pecado no mundo, quando permitiu que Satanás a fizesse duvidar da Palavra de Deus e do Seu amor.



Eva, a mãe de todos os viventes

(Gênesis 1:27,28; 2:18,20-25; 3:1-20)



Perguntas:

1.     Leia Gênesis 1 e 2. Como e por quê foi criada Eva?

2.     Quem era a serpente? (Apocalipse 20:2; João 8:44). Que táctica aplicou quando enganou Eva?

3.     De que forma o considera ainda a trabalhar, de acordo com Mateus 4:1-11 e João 2:16?

4.     Pode um ser humano resistir à tentação? Se sim, como?

5.     Descreva a situação em que Eva vivia antes da queda.

6.     Como se tornou a situação depois? Mencione todas as mudanças que possa encontrar.

7.     A seu ver, qual é o resultado de maior extensão do pecado de Eva?

8.     Em seu entender, qual é a advertência mais importante desta história? Como é que ela afeta pessoalmente a sua vida?

FONTE: LIVRO  SEU NOME É MULHER

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