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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

MARIA MADALENA A PECADORA





MARIA MADALENA, UMA MULHER QUE SERVIU DE EXEMPLO EM SEGUIR A CRISTO

"Mulher jaz morta há dez anos em sua casa"
"A senhora B. foi encontrada morta em seu lar em Haia. Um montão de cartas no vestíbulo permitiu à polícia determinar que ela tinha morrido há dez anos. Não houve crime." *

João 20:1-18
Marcos 16:9

Magdala ficava situada a noroeste do Lago da Galiléia, junto à praia, a cerca de três milhas da bem conhecida cidade de Capenaum. Aí, Maria se encontrou com Jesus pela primeira vez. Aí, Ele a libertou de Satanás, que através dos seus demônios, a possuía. Aí teve lugar o milagre da sua vida, um milagre cuja extensão total ela só poderia chegar a compreender gradualmente.
Até esse encontro, Maria de Magdala tinha sido uma desgraçada. Ela só compreendeu toda a sua miséria quando viu os outros possessos. Eles ficavam incapazes de se enquadrar na sociedade normal. Quase mais animais que humanos, vagueavam pelas cavernas – homens e mulheres lunáticos, com rostos distorcidos e olhos esgazeados. Criados por Deus, estavam, contudo, sob o domínio de Satanás.
Depois de Jesus ter ordenado aos sete demônios que deixassem Maria, tudo mudou nela. O seu espírito cativo ficou livre; as pernas hirtas descontraíram-se. A expressão dos seus olhos tornou-se tão calma como a superfície do lago próximo, num dia sossegado.
Maria nunca seria capaz de expressar exatamente o que lhe tinha acontecido. A experiência era demasiado grande para se relatar. Só uma pessoa a compreendia plenamente: Jesus. Por isso, ela recusou deixá-lO depois de se encontrar curada. Partiu de Magdala – um próspero centro de indústria – e foi com Ele.
Maria Madalena queria estar perto de Jesus por muitas razões. Primeiro, sabia por experiência que não podia minimizar o poder de Satanás. A não ser que permanecesse perto do Senhor – que era superior ao diabo – por si só não tinha meio de se defender contra os ataques satânicos. Tinha de evitar que o mal se apoderasse dela novamente. Se tal coisa viesse a acontecer, o seu fim seria pior do que o princípio (Luc. 11:24-26).
Embora Madalena permanecesse perto de Cristo a fim de se proteger a si própria, não era essa a única razão. Ela seguia-O também por amor e gratidão. Queria fazer mais do que simplesmente ajudar com os seus bens e ficar calmamente em casa a falar da sua experiência.
Maria Madalena, que antes fora presa do diabo, possuía agora outra paixão. Jesus Cristo tomara posse dela. Tinha-a arrastado das trevas para a luz, do poder de Satanás para Deus (Atos 26:18) – literalmente.
Essa mudança iria afetar toda a sua vida futura. Dali em diante, Maria reconheceria apenas um Senhor. Decidiu segui-lO, custasse o que custasse, até ao fim. Desse modo, havia acompanhado Jesus e os discípulos, como o fizeram outras mulheres que também tinham sido curadas de demônios (Luc. 8:1-3).
Bem cedo nessa manhã da ressurreição, as ruas estavam silenciosas. O sol ainda não se tinha levantado. A escuridão envolvia as ruas estreitas de Jerusalém, mas Maria Madalena mal o notava. Nem mesmo tinha consciência das outras mulheres que a rodeavam: Salomé, Joana, Maria mãe de Tiago e José, e algumas outras (Luc. 24:10). Todavia, como grupo, elas iam a caminho do sepulcro de Jesus para acabarem de embalsamar o Seu corpo. Tinham interrompido o trabalho na sexta feira à tarde, por causa do início das celebrações do sábado (João 19:31).
Seguiam apressadas para o Lugar da Caveira, exatamente fora da cidade, e avançavam a olhos vistos. Os mercadores, que dentro de poucas horas tornariam essas ruas ainda mais apertadas com a exposição das suas mercadorias ainda não tinham chegado. Os mendigos que estenderiam a mão para receberem as esmolas, com os olhos a brilhar, ainda estavam a dormir.
Maria Madalena seguia à frente do pequeno grupo. Não estava interessada no que se passava à sua volta. Os seus pensamentos só se dirigiam num sentido. Partiam e chegavam ao mesmo ponto: o Mestre.
Os pensamentos desta mulher iam freqüentemente para os acontecimentos dos últimos dias. Durante a viagem da Galiléia para Jerusalém, os discípulos e outras mulheres que estavam com Jesus tinham sentido o coração muito oprimido; Jesus havia-lhes dito o que O esperava.
Apesar dessa Sua predição, a entrada deles em Jerusalém tinha sido festiva. Grandes multidões haviam vindo entusiasticamente ao seu encontro, rejubilando: "Hosana ao Filho de Davi", - gritavam eles – "Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas" (Mat. 21:9). Enquanto proferiam estes gritos de júbilo, muitos tinham tirado as capas, lançando-as sobre a estrada que Jesus ia palmilhando. Outros cortaram ramos de palmeiras e fizeram o mesmo com eles (Mat. 21:8).
Esse estado de êxtase foi de pouca duração. Alguns dias mais tarde, os mesmos habitantes de Jerusalém gritavam: "Fora com ele! Crucifica-o!" (João 19:14-16)
O sofrimento que o Mestre de Maria Madalena tinha suportado desde então apresentara diversas fases. Mas Maria tinha-O seguido fielmente até ao fim.
Tinha estado presente no edifício do julgamento quando as multidões pediam a Sua morte. Ouviu o governador Pilatos que O submeteu à fúria dos inimigos. O seu coração ficara arrasado quando viu como as pessoas troçavam e escarneciam do seu Mestre que tanto amor tinha mostrado por elas.
Seguiu-O quando Ele carregou a cruz ao longo da estrada, desde a residência de Pilatos até ao Calvário, o lugar onde a sentença pronunciada seria executada. A rua que Jesus deve ter percorrido é agora chamada a via Dolorosa, que significa "A Estrada das Dores".
Profundamente preocupada, Maria Madalena observava como os açoites deixavam o Mestre prostrado, como Ele tropeçava sob o peso da cruz. Como muitas outras pessoas em Jerusalém, ela derramava lágrimas por causa da agonia do Mestre e da sua própria tristeza. Tinha-se sentido incapaz de fazer alguma coisa por Aquele que tudo havia feito por ela.
Junto à cruz, Maria Madalena e as outras mulheres viram os cravos que atravessavam as mãos e os pés de Cristo. Observaram como o soldado O espetou com a lança, no lado, e como o sangue e água pingaram para o chão (João 19:34). Nesse momento, os olhos de Madalena tinham em vão procurado os discípulos. Todos eles, com exceção de um, tinham abandonado o Mestre.
Tinham-se sucedido então acontecimentos horríveis que eram difíceis de compreender. Ao meio dia o céu ficou subitamente escuro e permaneceu assim durante três horas. Houve um tremendo terremoto que rebentou as rochas e abriu os sepulcros. Muitos homens e mulheres piedosos que já tinham morrido, vieram de novo à vida (Mat. 27:45-53).
Dentre todos esses eventos terríveis, o mais impressionante para ela foi o grito de Jesus, pouco antes da Sua morte: "Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?" (Mar. 15:34)
Por que é que, perguntara a si mesma com tristeza, Jesus tem de ser abandonado pelo Pai e pelos homens? Por que é que Ele não se poderia salvar a Si próprio? Não era Ele poderoso ? Não tinha mais poder do que Satanás e do que a morte?
Maria Madalena tinha observado repetidas vezes o poder de Jesus sobre a doença, as enfermidades, e sobre os endemoninhados. Mesmo a natureza obedecia à Sua voz. Um vento tempestuoso tinha-se transformado numa brisa calma, e ondas encrespadas haviam dado lugar a um cristal ondulado.
Por que é que, gritava uma voz dentro dela, não usou Ele o Seu poder para Se ajudar a Si próprio ? Por quê? Por que não?
Embora o sofrimento de Jesus fosse difícil de agüentar, Maria Madalena ficou até ao momento em que tudo havia terminado e Jesus tinha proferido as palavras "Está consumado!" (João 19:30) Não se podia afastar do Mestre que significara mais para ela do que qualquer outra pessoa.
Ela esteve presente na altura do sepultamento e depois, quando todos se tinham ido embora – exceto Maria, mãe de Tiago e José – colocou-se junto do sepulcro. Não abandonou o local até que a Lei dos judeus impôs que o fizesse, ao começar o sábado.
Mas agora o sábado já havia terminado, e, enquanto toda a cidade dormia, as mulheres aproximavam-se do sepulcro. Sentiam-se aliviadas; depois de um dia de descanso forçado, podiam finalmente fazer alguma coisa. Pensando naquilo que as levava ali, aperceberam-se de certos problemas. "Como revolveremos a pedra à entrada do sepulcro?" (Mar. 16:1-4) – perguntavam umas às outras. E não era essa a única dificuldade. Pilatos tinha posto guardas junto do sepulcro e selado a pedra de entrada para impedir que os discípulos de Jesus roubassem o corpo.
Na altura em que as mulheres chegaram, o sol já tinha nascido. Não se via ninguém à volta. A mãe de Jesus e os discípulos não tinham feito qualquer visita matutina ao sepulcro.
De certa distância, elas olharam para a grande pedra. Foi então que ficaram estupefatas. Será que estava a ver bem? Sim, não podia haver dúvida. O túmulo estava aberto. A pedra tinha sido removida.
Maria Madalena olhou imediatamente à sua volta, em vez de examinar o sepulcro. Os discípulos de Jesus tinham de saber do que se estava passando. Correu para casa de Pedro e João, o mais depressa que pôde. "Levaram o corpo do Senhor, do túmulo", exclamou ela esbaforida, "e eu não sei onde o puseram" (João 20:2).
Pedro e João voltaram com Madalena. Ao contrário das mulheres, eles não ficaram fora da gruta rochosa. Entraram e descobriram – pela maneira ordenada em que se encontravam os lençóis usados para o sepultamento – que o corpo de Jesus não fora roubado. Pasmados e inseguros, voltaram à cidade.
Todavia, Maria não podia deixar o último lugar onde havia sido colocado o corpo do seu Senhor. Continuava fora do túmulo, com as lágrimas deslizando-lhe pelo rosto.
Num impulso, inclinou-se para dentro do túmulo uma última vez e deu com seres angélicos que a fitavam. Usando vestes brancas e brilhantes, dois homens estavam sentados no lugar onde estivera o corpo de Jesus – um à cabeceira e outro aos pés.
"Mulher, por que choras?" – perguntaram-lhe eles (v. 13). "Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram", respondeu ela, limpando as lágrimas com a mão (v. 13). Depois, como se ainda estivesse à procura do Mestre, afastou-se do túmulo, e viu alguém que estava do lado de fora. É o jardineiro ou José de Arimatéia, pensou ela.
"Mulher, por que choras?" - perguntou-lhe o homem (v. 15). Maria só buscava uma pessoa, o seu Mestre. Nem lhe ocorreu que o jardineiro não sabia dos seus pensamentos. Sem qualquer introdução disse: "Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei" (v. 15). Maria Madalena tinha sido fiel ao seu Senhor, desde a sua conversão. Tinha permanecido junto à cruz até ao último momento, e fora a primeira a chegar ao sepulcro. Agora queria completar o seu derradeiro ato de amor ao Mestre, ungindo-lhe o corpo com óleos.
Foi então que ela ouviu a Sua voz: "Maria!" (v. 16)
havia uma pessoa que pronunciava o nome dela desse modo. Ninguém mais conseguia dar-lhe a mesma profundidade, o mesmo calor irradiante. Uma avalanche de sentimentos a inundou; perturbação, alegria, gratidão e adoração lutavam pela primazia.
"Rabboni", foi tudo o que Maria pôde dizer (v. 16). Tratava-se de uma palavra usada entre amigos para o Mestre, no aramaico popular, a linguagem que Jesus usava quando falava com ela.
Nesse momento, Maria Madalena tornou-se a primeira testemunha da ressurreição de Jesus. A verdade central sobre a qual assenta a história da salvação, foi-lhe primeiramente revelada. Que privilégio!
As palavras que Jesus proferiu provaram que, embora estivesse novamente vivo, dali em diante as coisas seriam diferentes. Ele não deixou que ela Lhe segurasse os pés. "Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai", disse o Senhor. "Mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus" (v. 17).
Com essa comissão, o Senhor ressuscitado fez também de Maria a primeira pessoa a anunciar a Sua ressurreição. Essa honra não foi reservada a João, o Seu amigo íntimo, ou a Pedro, o discípulo que mais se distinguia. Mesmo a mãe de Jesus não gozou tal privilégio. Ele foi reservado a Maria de Magdala, a mulher que serviu de exemplo em seguir a Cristo.
A história de Maria Madalena é de tal modo importante, que foi narrada pelos quatro evangelistas. Ao mencionarem as mulheres, o nome dela vem sempre em primeiro lugar exceto junto à cruz. Aí, naturalmente, a mãe de Jesus aparece primeiro (João 19:25). Contudo, o nome de Maria de Magdala ocorre nada menos que 14 vezes nos Evangelhos. Cada evangelista escreve também que Jesus foi visto primeiro por ela após a ressurreição.
Infelizmente, o nome de Maria Madalena aparece às vezes relacionado com a imoralidade. As pessoas referem-se a ela como se se tratasse de uma mulher imoral, uma prostituta.
Talvez essa linha de pensamento derive do Talmude judaico que afirma que Magdala – conhecida pelos seus trabalhos de tinturaria e fábricas rudimentares de têxteis – tinha uma reputação má e foi destruída por causa da sua perversidade no campo sexual.
Em 1324, em Nápoles, na Itália, encontrava-se um lar para mulheres perdidas que se chamava exatamente Lar de Maria Madalena. Isso concorreu para aumentar a confusão.
Algumas pessoas identificam-na com a mulher pecadora a respeito da qual Lucas escreveu, pouco antes de mencionar Maria Madalena (Lucas 7:37-50). Mas isso é pura especulação.
O ponto fraco que Satanás usou para invadir a vida de Maria Madalena é desconhecido. Mas é evidente que a Bíblia se refere ao fato de ela ser possessa de demônios e não a qualquer tipo de imoralidade.
Antes de Madalena ter tido o encontro com Jesus, a sua vida era um autêntico pesadelo. Depois que Ele a libertou do poder de Satanás, ela começou a viver uma vida cheia de significado. Esta nova vida por Cristo atingiu uma dimensão mais ampla na manhã da ressurreição de Jesus. A relação terrena com o seu Mestre tinha acabado, mas fora iniciado um relacionamento novo e espiritual. Sete semanas mais tarde, no Dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi dado aos crentes (Atos 2:1-22). Embora o seu nome não seja mencionado, Maria Madalena estava certamente entre os presentes Atos 1:14).
O Dia de Pentecostes deu a Maria Madalena a resposta à sua questão – Por que é que Jesus não podia salvar-Se a Si próprio da morte. Ele não era apenas o Senhor; era também o Cristo, o Salvador, de acordo com o magistral sermão de Pedro. Mais tarde, o mesmo apóstolo descreveu a morte de Cristo mais extensivamente: "Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito" (1 Ped. 3:18).
Deus abandonou o Seu Filho na cruz, porque amava os homens e queria que todos os que confiassem em Jesus Cristo tivessem vida eterna em vez de morte eterna (João 3:16).
Cristo subiu ao céu, mas o Seu Espírito Santo desceu para convencer as pessoas a respeito dos pensamentos de Deus sobre o pecado, a justiça, o juízo, e conduzi-las à verdade de Deus (João 16:8-11).
Foi exatamente o mesmo Espírito Santo que ajudou também Maria Madalena a continuar perto de Cristo. Deu-lhe o poder de testemunhar dEle (Atos 1:8). Ela experimentou também aquilo que Paulo escreveria mais tarde: "E ele morreu por todos, para que os que vivem – depois de receberem a vida eterna por Ele – não vivam mais para si, mas para Aquele – Cristo – que por eles morreu e ressuscitou" (2 Cor. 5:15). Desde Maria Madalena, têm vivido milhões de mulheres cujos nomes foram esquecidos, mas o dela continua vivo.
Quando os arqueólogos puseram a descoberto as anteriores fundações de Magdala, cerca de 2000 anos mais tarde, esse nome recordou-lhes Maria Madalena e logo as notícias se espalharam pela imprensa internacional. Durante séculos, poetas e pintores se têm inspirado nela. Por exemplo, ela influenciou o grande mestre flamengo Poter Paul Rubens no seu famoso quadro "A Descida da Cruz".
A história de Maria Madalena derrama, acima de tudo, luz sobre a pessoa de Jesus. Mostra o Seu amor para com uma pessoa e o Seu poder sobre Satanás. Mas mostra igualmente e com toda a clareza a atenção que Ele deu a uma mulher. A história dela ilustra o fato de que Deus reserva, sem dúvida, privilégios excepcionais para as mulheres quando estas se dão totalmente a Ele, em amor e gratidão.

Maria Madalena, que serviu de exemplo em seguir a Cristo
(João 20:1-18; Marcos 16:9)

Perguntas:
1. Descreva a situação de Maria Madalena antes do seu encontro com Jesus Cristo (Lucas 8:2).
2. Estude Marcos 5:1-13 e 9:17-27. Como é que se comportava os endemoninhados?
3. Que perigos enfrenta uma pessoa que foi liberta dos demônios? (Lucas 11: 24-26).
4. De que maneira mudou a atitude de Madalena depois que se encontrou com Cristo?
5. Que privilégios excepcionais recebeu Maria Madalena?
6. Enumere algumas das qualidades piedosas de Maria Madalena. Que área da sua vida precisa de ser limpa pelo poder de Deus?

FONTE: LIVRO SEU NOME É MULHER 2



* Tirado de Trouw, julho 24, 1974, p. 2. Amsterdã, Holanda.

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