Filho de Deus
Texto
Bíblico: I João 3:1
Introdução
(Mostre o
Bilhete de Identidade, Passaporte ou outro documento identificativo).
Este
documento prova a minha identidade. Dá-me o meu nome e data de nascimento. Diz
quem eu sou. Mostra também o nome do meu pai e do local em que nasci, mas não
conta toda a história.
Tenho outro
documento identificativo – o meu Passaporte do Céu. Este cartão identificativo
do Céu dá-me a minha data de nascimento espiritual. “Em verdade, em verdade te
digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino
de Deus. O que é nascido da carne, é carne, mas o que é nascido do Espírito é
espírito. Não te maravilhes por eu te dizer: Necessário vos é nascer de novo”.
(João 3:5-7)
A minha
data de nascimento espiritual é a data em que eu aceitei Jesus como meu
Salvador pessoal. Consegues lembrar-te que data foi essa para ti? (Partilha a
tua própria experiência). Talvez algum de vocês não tenha ainda recebido esta
nova data de nascimento. Pode ser que isso aconteça para ti esta semana ou
mesmo hoje. O momento em que te estendes para Deus, Ele se estenderá para ti
também e te reivindica para Si próprio.
Quando
nasceste pela primeira vez, foi-te dado um nome pelos teus pais. O meu nome é
___________ ___________.
Independentemente de quão bom possa ser esse nome, nunca me garante a entrada
no Céu. “Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do Céu nenhum outro
nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. (Actos 4:12)
Quando eu
nasço de novo, recebo o nome de Cristo como meu novo nome de família.
O nome de
Jesus dá-me acesso à eternidade. Fui adoptada dentro da família de Deus, foi-me
dado o Seu nome. A minha cidadania é agora o Seu país. E isto tudo, o Meu Pai
fez em amor e graça, pois quer que eu esteja com Ele no Seu lar por toda a
eternidade.
I João 3:1
“ Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de
Deus. E somos mesmo Seus filhos!”
Efésios 1:5
“nos predestinou para sermos filhos da adopção por Jesus Cristo, para Si mesmo,
pelo beneplácito da Sua vontade”.
Desde o
início, Deus planeou que viesses a ser Seu filho, Sua filha. Ele planeou que te
juntasses à Sua família, tomasses o Seu nome, e gozasses todas as riquezas e
bênçãos da eternidade. Devido ao que Jesus fez na cruz, é possível que tenhas
uma nova identidade, um novo nome, uma nova vida, uma nova família.
Um dia, em
breve, viremos todos à fronteira da eternidade, onde aguardaremos nas filas da
imigração, junto aos portões da Nova Jerusalém. Quando chegar a minha vez de
parar em frente do Divino Oficial de Imigração, irei em frente com confiança
para O encontrar e Lhe entregarei o meu passaporte para que o inspeccione.
Não haverá
necessidade de tremer na Sua presença. Ele introduzirá o meu número no Seu
computador e encontrará o meu registo limpo. O meu nome está lá no Livro da
Vida: _________ __________, filho(a) de Deus, aceite, perdoado, bem-vindo. Ele
colocará o selo da Nova Jerusalém nos meus documentos. Olhará para mim e
sorrirá. “Bem-vindo a casa, filho(a). Bem-vindo ao Lar!”
Mas como
acontece isto de nos tornarmos filhos e filhas de Deus? Como é possível ter a
segurança diária nos nossos corações de que pertencemos a Deus e seremos
levados para o Céu quando ele voltar de novo? Por alguns momentos vou partilhar
as histórias de três indivíduos que encontraram esta certeza, e como isso
aconteceu para eles.
Charles
Spurgeon
Charles era
filho de um pastor, sua mãe era uma mulher devota, mas mesmo assim continuava
sem compreender como encontrar a Jesus.
Ouvia seu
pai pregar que todos os homens estavam destinados para o lago de fogo, mas que
Deus na Sua misericórdia olhava para baixo e escolhia uns poucos para serem
salvos. Para os outros não haveria esperança. Como adolescente, Charles andava
convencido da sua própria pecaminosidade. Jazia noites acordado, horrorizado
com o pensamento de que Deus poderia deixar de escolhê-lo para a salvação.
Esperando
encontrar paz com Deus, Charles visitou todas as igrejas da cidade durante os
quatro anos seguintes. Estava disposto a fazer o que fosse necessário se apenas
Deus lhe perdoasse. Ouviu sermões tremendos sobre a lei e a vivência prática do
Cristianismo. Conheceu diversos homens piedosos, mas nem uma única vez
descobriu o caminho da salvação.
Numa certa
manhã de neve, Charles saiu para ir à igreja. Lutava contra o vento e a neve
intensa. “Não consigo ir mais longe nesta tempestade”, disse Charles a si
mesmo. “ Tenho de livrar-me deste vento.”
Virou para
uma rua transversal para escapar da força do vento. Aí, olhou para cima e viu
um letreiro coberto de neve e baloiçando ao vento. Indicava “Igreja Metodista
Primitiva da Rua da Artilharia”. Então, empurrou para abrir a porta e entrou.
Estava uma
dúzia de pessoas sentada na capela, todas bem apertadas para vencer o frio.
Charles sentou-se no banco de trás. Como o pregador não apareceu, um dos
membros, sapateiro de profissão, levantou-se para dar o sermão.
“O que será
que este indivíduo tão pobre e imbecil terá para dizer?”, estranhava o Charles.
“Se pregadores que estudaram na Universidade não são capazes de me explicar o
caminho da salvação, que esperança terei de o aprender por este sujeito
ignorante?”
Charles,
incomodado, aconchegou-se no banco quando o homem começou a falar. A gramática
era terrível, nem sequer conseguia pronunciar as palavras correctamente quando
leu o texto de Isaías 45:22.
“Meus
queridos amigos, este é de facto um texto muito simples,” começou o sapateiro.
“Diz, “Olhai”. Isto não implica uma grande dose de esforço. Não pede para
levantares o pé ou o dedo; é somente olhar. Bom, uma pessoa não precisa de ir
para a Universidade para olhar.”
Havia risos
entre os bancos da igreja. Mesmo o Charles teve de sorrir perante a
simplicidade e verdade do que o homem dissera.
“Uma pessoa
não precisa de ganhar milhares por ano para olhar”, continuava o pregador.
“Qualquer pessoa pode olhar; uma criança pode olhar”.
Charles
acenou a cabeça, concordando e aguardando o que diria o sapateiro a seguir.
O homem
levantou a Bíblia e apontou para o versículo. “Isto é o que o texto está a
dizer, “Olhai para mim.” Muitos de vocês estão a olhar para vocês mesmos. Não
vale a pena olhar para aí. Nunca vão encontrar conforto em vocês próprios.
Jesus Cristo diz, “Olhai para mim”.
Depois de
cerca de 10 minutos nisto, o sapateiro chegou ao fim do sermão e fez o apelo.
Olhou para a última fila, directamente ao jovem Charles, e gritou, “Ó rapaz, tu
pareces um miserável!”
O Charles
pestanejou. Não estava habituado a que os pregadores fizessem comentários sobre
a sua aparência pessoal.
O tom do
discurso do pregador continuou o mesmo, “E serás sempre miserável se não
obedeceres ao meu texto. Mas se obedeceres agora serás salvo. Jovem, olha para
Jesus Cristo e sê salvo. Olha! Olha! Olha!”
Charles
olhou para Jesus naquela noite e o fardo da sua culpa foi-lhe retirado.
Regressou a casa naquele dia mal notando o frio, pois ele havia sido aquecido
pelas boas novas do evangelho. Ficou tão cheio de alegria que lhe apeteceu
cantar e gritar o seu louvor para toda a gente que encontrava. No mês de Maio
seguinte, Charles caminhou 13 km para ser baptizado no rio Lark perto de sua
casa. Tornou-se pastor e comprometeu-se a mostrar, em cada sermão que pregasse,
o caminho da salvação tão claramente como o pobre sapateiro lhe havia mostrado
naquela manhã de neve.
Charles
encontrou a salvação deixando de olhar para si mesmo e passando a olhar para
Jesus.
Será que
estás a olhar para ti mesmo, hoje? Se estás, vais ver o suficiente para te
fazer mudar de ideias. Olha para Jesus, Aquele que morreu no Calvário para te
salvar dos teus pecados. Olha para Jesus! Ele é a tua esperança.
Ellen
Harmon
Ellen
Harmon tinha doze anos quando William Miller visitou Portland, no Maine, e
apresentou uma série de conferências sobre a segunda vinda de Jesus. Nesta
altura, ocorreu um despertar espiritual entre pessoas de diferentes
denominações. Miller falava com grande poder sobre as profecias das Escrituras
e mantinha as multidões espantadas com seu discurso.
Pecadores
eram convidados a vir à frente, à tribuna, para experimentar a alegria do
perdão dos pecados, de modo a que pudessem tornar-se filhos e filhas de Deus.
Ellen ia com as outras pessoas, mas não encontrava a paz que procurava. Sentia,
sim, que não era suficientemente boa para entrar no céu, sendo essa bênção
demasiadamente elevada para as suas expectativas. Durante muitos meses andou
extraviada em trevas e descrença.
Então, num
verão, a adolescente Ellen deslocou-se com seus pais a visitar uma reunião
campal Metodista, em Buxton. Estava determinada a procurar seriamente o Senhor
naquele local. Queria ver se podia encontrar perdão dos pecados.
Foi
grandemente encorajada a acreditar quando ouviu o pregador falar sobre Ester
4:16 “...irei ter com o rei, ainda que seja contra a lei. E se perecer,
pereci.”
O pastor
falava para aqueles que estavam hesitantes entre a esperança e o medo.
Dizia-lhes: “Estão ansiosos para serem salvos dos vossos pecados e receber o
amor perdoador de Jesus. Contudo, continuam cativos pela timidez e medo de
falhar. Exorto-vos a renderem-se a Deus e confiar na Sua misericórdia sem mais
adiamentos. Tal como Xerxes estendeu a Ester o sinal da sua aprovação, assim
também vocês encontrarão um gracioso Salvador pronto a esticar-vos o ceptro da
Sua misericórdia. Apenas precisam de estender a mão da fé e tocar o ceptro de
Sua graça.”
Através
desta analogia bíblica, Ellen viu muito claramente que havia uma esperança. Viu
o que deveria fazer para ser salva. Ela foi à frente, à tribuna, diligentemente
procurando o perdão para seus pecados. Ajoelhou-se com os outros e o seu
coração chorou, “Socorre-me Jesus, salva-me ou perecerei”.
Subitamente,
o fardo que carregava deixou-a e sentiu seu coração leve. Sentiu Jesus muito de
perto. Havia uma certeza em seu coração.
Uma das
mulheres proeminentes da congregação perguntou-lhe, “Querida filha, encontraste
a Jesus?”
Ellen
esteve prestes a responder afirmativamente quando esta irmã lhe disse, “De
facto encontraste; Posso vê-lo na tua cara”.
Ellen
sentiu-se tão feliz por Jesus a haver abençoado e perdoado de todos os pecados.
Pela primeira vez na vida soube que era filha de Deus, salva pela Sua graça,
adoptada pela Sua família.
Os
pensamentos de Ellen estavam cheios de alegria enquanto caminhava para casa.
Para ela tudo na natureza parecia mudado. O sol agora resplandecia de forma
mais brilhante e clara. As árvores e erva eram de um verde mais fresco e céu de
um azul mais profundo. Os pássaros cantavam mais docemente do que alguma vez o
haviam feito.
“Vede quão
grande amor me concedeu o Pai”, pensou Ellen, “que fosse chamada filha de
Deus.”
Hudson
Taylor
Hudson
Taylor era uma criança doente incapaz de frequentar a escola, excepto por um
curto período de tempo. Receber a maior parte da sua educação em casa. A
leitura da Bíblia em família, juntamente com oração, era uma importante pratica
no lar de Taylor. Seu pai era um farmacêutico e pregador leigo Metodista.
Quando
tinha quinze anos, Hudson foi trabalhar como empregado num bem conceituado
banco. Um colega mais velho ria com o que considerava as retrógradas ideias
espirituais. Como apologista do pensamento livre, tentou convencer Hudson a
tomar parte da sua atitude céptica acerca da autoridade da Bíblia, bem como das
suas dúvidas sobre a fé Cristã.
Hudson foi
atraído por estas ideias e começou, ele próprio, a desenvolver dúvidas.
Preocupados, seus ais começaram a orar por ele. Depois de apenas nove meses no
banco, uma inflamação na sua vista forçou-o a demitir-se. Voltou ara casa para
se tornar um aprendiz na farmácia de seu pai.
Num dia de
Junho, quando Hudson estava sozinho em casa – seu pai estava a trabalhar e sua
mãe estava fora da cidade a visitar uns amigos por alguns dias – encontrava-se
aborrecido e procurou em casa algo ara ler. Enquanto olhava entre a biblioteca
de seu ai, descobriu alguns folhetos. Hudson sorriu enquanto escolhia um deles.
“As histórias destes folhetos costumam ser interessantes”, pensou. “Vou ler as histórias
e assar a lição espiritual que costuma vir no fim”. Não se apercebeu que estava
prestes a ser atingido por uma lição, desta vez, bem no meio da história.
Hudson
pegou no folheto e foi para o celeiro, saltou para cima duma pilha de feno,
ajeitou-se confortavelmente, e começou a ler. Era a história de um doente
mineiro que estava em angústia por pensar que seus pecados o impediam de chegar
até Cristo. Alguns amigos visitaram-no e animaram-no dizendo que Cristo já
tinha carregado os seus pecados com Ele no Calvário.
Repentinamente,
o preocupado mineiro gritou, “Então está feito! Meus pecados já se foram!”
Aquelas
palavras atingiram Taylor com uma força inesperada. Subitamente, a declaração
de Jesus na cruz veio-lhe poderosamente à ideia, “Está Consumado!”
Uma luz
brilhou na alma de Hudson e percebeu que o trabalho de Cristo finalizado na
cruz era para ele, Hudson Taylor. “Não há nada que eu possa fazer para me
tornar melhor: Devo simplesmente confiar no trabalho de Cristo em meu favor.
Tudo o que preciso de fazer é arrepender-me e acreditar”. Naquele momento e
naquele local, Hudson caiu de joelhos e aceitou a Jesus como seu Salvador.
Hudson
Taylor soube que era filho de Deus no momento em que caiu de joelhos em
arrependimento, acreditando que Cristo já tinha feito tudo o que era necessário
para a sua salvação.
Mais tarde,
Hudson Taylor foi para a China para partilhar as boas novas sobre o que todos,
quem quer que fosse, tinha de fazer para se tornar um filho(a) de Deus. E isto
era arrepender-se e acreditar em Jesus Cristo e no que ele fez na cruz.
As
experiências de Charles, Ellen e Hudson, demonstram-nos claramente como podemos
nascer de novo, como tornarmo-nos filhas e filhos de Deus. Se não tens a
certeza da salvação, podes encontra-la agora. Não necessitas de fazer mais
nada, mas somente aceitar o que Ele já fez por ti na cruz. Vais dizer sim a
Jesus hoje?
Mãos à obra:
Lê I João
3:1
Examina
O que é que
cada uma das seguintes histórias bíblicas te ensina sobre como ser salvo?
- O Carcereiro (Actos 16:25-31);
- Zaqueu (Lucas 19:1-10);
- O Filho pródigo (Lucas 15);
- O Ladrão da cruz (Lucas 23:39-43);
Discute
Ambos, o
Charles Spurgeon e Ellen Harmon, vieram a Cristo no fim de um sermão. No caso
de Hudson Taylor, estava só lendo um folheto. Alguns de vocês aceitaram Cristo.
Como é que isso aconteceu? Qual foi a causa da vossa decisão por Cristo?
Age
(Forneça
quatro folhas ou anos coloridos: dourado, branco, preto e vermelho). Como é que
ligariam os seguintes textos com as quatro cores, de forma a dar uma breve
apresentação a alguém sobre como se tornar um filho de Deus.
- Efésios 1:7;
- Hebreus 9:22;
- I Pedro 1:19
- I João 1:7
- I João 1:9
- Isaías 1:18
- Jeremias 17:9;
- Romanos 3:23;
- Apocalipse 21,22;
- João 14:1-3.
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