Por Dr. James Gibson
Presidente do Instituto de Pesquisas Geoscience
Suponha que você visse um graveto no chão,
encostado a um tronco de árvore. Seria isso unia prova de inteligência? Não necessariamente.
Os galhos das árvores podem quebrar e, algumas vezes, quando caem, podem ficar
encostados às árvores.
Imagine você encontrando três gravetos apoiados uns nos
outros de forma que, se um deles fosse tirado, os outros dois caíssem no chão.
Em outras palavras, os três devem ter sido colocados ao mesmo tempo. A probabilidade de que tal fato tenha
ocorrido por acaso é extremamente remota. A maioria das pessoas concluiria que
alguém deve ter unido os pedaços de madeira para fazer o tripé.
Duas características sugerem um plano inteligente para o tripé complexidade e interdependência funcional. O tripé é
complexo porque tem três partes. E possui interdependência funcional, porque
sem uma das partes, o tripé seria destruído. Uma estrutura composta de três ou
mais partes, relacionadas simultaneamente, pode muito bem ser interpretada como
sendo resultado de um plano inteligente.
Embora alguém possa sempre argumentar que a estrutura teve sua origem por
acaso, a maioria das pessoas iria achar difícil acreditar nessa interpretação.
Esse argumento pode ser razoavelmente aplicado à
Natureza? Em caso positivo, será que há evidências naturais de um projeto
inteligente?
O ARGUMENTO DA
CRIAÇÃO
As Escrituras afirmam que Deus pode ser encontrado na
Natureza: Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder,
como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o
princípio do mundo sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas”
(Romanos 1:20). Por séculos, a idéia de
que a Natureza era o produto de um projeto inteligente do Criador, conforme a
Bíblia descreve. foi aceito sem dúvidas ou controvérsias.William Pa1ev
defendeu essa posição.
Paley e o
argumento da criação. Paley alegava que a Natureza está cheia de
características que mostram evidências de um projeto elaborado. Ele as chamou
de criações e as comparou com as
invenções humanas ou máquinas.
A mais famosa ilustração de Paley é a do relógio. Suponha que você encontrasse um relógio, sendo que nunca houvesse visto
um antes, ele disse. Será que você não iria perceber que alguém teria planejado
e feito o relógio com um propósito, mesmo que você não soubesse qual ?
Igualmente, muitas partes dos seres vivos funcionam como as máquinas. Se
admitimos que os dispositivos mecânicos dão evidência de que houve um
idealizador, devemos também reconhecer a evidência de um planejador quando vemos
dispositivos semelhantes em organismos vivos. De acordo com Paley, as características
de que houve um design, evidentes na Natureza,
apontam para um Planejador divino.
Charles-Darwin e o argumento contra a criação. Charles Darwin, no entanto, não poderia aceitar o argumento de Paley. Ele disse
que, apesar de achar o argumento fascinante, não poderia culpar a Deus por
projetar todo o mal da Natura Ele afirmou que Deus estava tão longe da Natureza
que não em responsável por seu. estado, e que ela não indicava a existência de
um projetista. Darwin propôs que, no
lugar de Deus, foi simplesmente o processo de seleção natural que deu origem às
características adaptadas que vemos nos organismos vivos.
O argumento de Darwin era válido?
O próprio Darwin identificou o que poderia invalidar sua teoria. No
capitulo 6 de seu livro Origem das
Espécies, afirma: “Se pudesse ser
demonstrado que qualquer órgão complexo existente não pode ser formado por
numerosas modificações, sucessivas e
pequenas, minha teoria seria
absolutamente demolida.”
ARGUMENTOS EM FAVOR DE UM PROJETO INTELIGENTE
Desde o início, dissemos que algumas
pessoas baseiam sua confiança de que o mundo foi criado por Deus na evidência
de que mundo foi idealizado por algum ser
inteligente. A força desse argumento depende da força da existência de um
projeto na Natureza. Vamos ver dois exemplos dessas evidências.
O argumento da “complexidade irredutível” Michael Behe, da Universidade Lehlgh, na Pennsylvania,
é um dos líderes do argumento de um projeto
inteligente.
Ele baseia seu argumento
no que chama de “complexidade irredutível” - Para ilustrar, pense numa ratoeira
comum. As partes de uma ratoeira trabalham juntas para realizar uma função:
capturar ratos. Se qualquer uma das partes da ratoeira for removida, ela não
Irá funcionar. Então, a ratoeira é um mecanismo de complexidade irredutível. Se
esses mecanismos pudessem ser encontrados em seres vivos, a teoria de Darwin
seria absolutamente demolida”. De acordo com Behe, os cílios são tais
mecanismos.
Um cílio é uma estrutura como
um fio de cabelo que se move para frente e para trás. Os organismos
unicelulares, que possuem cílios, usam essas partículas para nadar. Os cílios
também são encontrados no sistema respiratório: Seus movimentos varrem
partículas estranhas de nossos pulmões.
Um cílio precisa de no mínimo
três partes para se movimentar: uma parte que se move, uma fonte de energia e
uma “âncora” para controlar a posição da parte móvel. As moléculas de tubulina formam a parte móvel de um
cílio, as atividades de moléculas de dyneína provêem a
energia para o movimento e as moléculas de nexina mantêm as partes unidas. Sem
qualquer uma delas, o cílio não funcionaria.
Então, os cílios parecem ser complexamente irredutíveis.
Como era de se esperar, aqueles
que estão comprometidos filosoficamente com a evolução recusam-se a aceitar o
argumento da complexidade irredutível. No entanto, sua rejeição é baseada nas
idéias filosóficas, em vez de evidências da Natureza como se revela na total falta de comprovações
da evolução.
O argumento da
improbabilidade. Algumas circunstâncias parecem
ser tão improváveis que deve haver algo mais que o acaso envolvido. A maioria
dos cientistas atribui um resultado ao acaso se ele ocorre cinco vezes em cem
tentativas. Alguns cientistas reduzem a taxa para uma chance em mil tentativas,
dependendo da natureza do evento. Mas há limites para o que qualquer pessoa
aceite como resultado do acaso. Se a probabilidade de um evento acontecer for
extremamente baixa, é razoável supor que ele não aconteceu por resultado do
acaso. Se esse evento também parece ter um propósito, é razoável supor que foi
guiado por uma mente inteligente.
Darwin admitiu que “estremecia”
ao pensar no problema da evolução do olho humano. Ele tentou argumentar em
favor da evolução do olho mostrando variedades de olhos menos complexos em
outros animais e sugerindo que poderiam representar estágios dos quais um olho
mais complexo evoluiu. Entretanto, não está claro se ele convenceu nem a si
mesmo. A evolução do olho humano e quer uma elaborada série de eventos
improváveis que a maioria das pessoas consideraria difícil de ocorrer sem um
projetista.
CONCLUSÃO
O argumento criacionista de um
projeto Inteligente foi amplamente ignorado no século após Darwin, em parte
porque os cientistas sabiam muito pouco sobre os sistemas vivos e passaram a
usar a imaginação para cobrir os ‘buracos” da teoria da evolução. No entanto, o
aumento do conhecimento biológico fez reviver o argumento em favor da
existêncIa de um desígnio. A existência de certas criaturas que não poderiam
sobreviver em estágios intermediários e, portanto, não poderiam ter probabilidade
de ser resultado do acaso é uma boa evidência de que um Projetista as criou em
uma criação especial, e não por um contínuo processo, como o da evolução.
O QUE SIGNIFICA A CRIAÇÃO
A doutrina da Criação é um elemento importante na
mensagem bíblica.
1. É a base
racional que a Bíblia dá para adorarmos a Deus (veja Salmo 35:6: Apocalipse
14:7: Romanos 1:20 e
Hebreus 1:10-12).
2- É a razão
que a Bíblia dá para dizer que devemos adorá-Lo, em vez de Baal, Zeus, Thor ou
qualquer outro deus (veja Salmo 96:1-9 e Isaias 44).
3. É a base da
esperança que a Bíblia nos oferece de vivermos em um paraíso restaurado (veja
II Pedro 3:5-7, 12 e 13).
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