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domingo, 2 de março de 2014

APOCALIPSE É TEMPO DE VIGIAR

 

 
O Apocalipse afirma que Deus tem bênçãos especiais para quem está atento às predições bíblicas

“Logo, muitos vão despertar da ilusão em que estão adormecidos, e vão perceber que para as coisas importantes não tomaram providência”
                                            
s promessas do Apocalipse, a serem cumpridas nos últimos dias, têm o objetivo de nos convencer do amor de Deus e de Seu desejo de que a salvação seja aceita agora, enquanto o tempo “sobremodo oportuno” perdura (2a. Cor. 3:2).
Nas edições anteriores vimos que Deus, motivado por esse desejo, declara bem-aventuradas as pessoas que, percebendo os sinais dos tempos, ficam atentas às profecias e as guardam (Apo. 1:3). São bem-aventura­das, ainda que enfrentem a morte, pois nesse caso descansam “no Senhor”, isto é, na certeza da ressurreição para a posse da vida eterna (14:13).
A terceira destas sete bem-aventuranças, dada a sua importância, será objeto de estudo nesta e na próxima edição. Ela é dada pelo próprio Cristo: “Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha” (Apo. 16:15).
Deus dá duas sérias advertências aqui. Admoesta-nos a vigiar e a guardar as “vestes” em razão da iminente volta de Jesus. Ele virá “co­mo vem o ladrão”, isto é, inesperadamente. Seu retomo ocorrerá num momento em que a humanidade não estará esperando, e vivendo tão-somente para os prazeres carnais e o cumprimento de negócios exclusivamente terrenos. Isso, é claro, caracteriza os dias atuais. Logo, porém, as pessoas vão se despertar da triste ilusão em que estão adormecidas, Desesperadas, vão perceber que, para as coisas realmente importantes, não tomaram nenhuma providência.
“Vigiar”, hoje, é estar atento aos fatos atuais, acompanhando-os e compreendendo­os, como o cumprimento dos propósitos divinos para a salvação. É permanecer leal a Deus ainda que a maioria seja diferente. É apegar-se ao poderoso braço de Jesus a fim de superar as dificuldades e tribulações que nos assaltam. “Vigiar” é resistir, por força da graça divina, aos sofismas e enganos de Satanás, dizendo “não!” às suas tentações, e abrindo o coração para a operação contínua do Espírito Santo. E prosseguir, de forma cada vez mais efetiva, no preparo para a volta de Jesus.

Mantendo-se vigilante — Como é possível manter-se vigilante? A Bíblia é clara a esse respeito. Nos evangelhos, Jesus relacionou a vigilância à prática da oração. “Vigiai, pois, a todo o tempo, orando” (Luc. 21:36). Na hora mais crucial de Seu ministério, ao enfrentar a terrí­vel agonia do Getsêmani, Ele advertiu os dis­cípulos a que vigiassem e orassem, para não entrar em tentação (Mat. 26:31).
Segundo Jesus, portanto, a oração é um re­curso de vigilância. Paulo também afirma que, como a vigilância deve ser contínua, devemos orar “em todo o tempo” (Efés. 6:18 e 1o. Tess. 5:17). Ele ainda diz que devemos perseverar na oração, “vigiando com ações de graça” (Col. 4:2).
Que tipo de oração dá eficácia á vigilância? Não é a oração formal que parte apenas dos lábios enquanto a mente se volta para outros interesses. Não adianta repetir várias vezes uma oração decorada, porque Deus não Se agrada de “vãs repetições” (Mat. 6:7 e 8). E claro que não somente podemos, mas deve­mos orar o Pai Nosso. Devemos fazê-lo, po­rém, colocando a alma na prece, e apoderan­do-nos de tal forma de suas palavras, que par­tam do nosso íntimo e reflitam o anseio do co­ração. Uma das melhores definições já dadas à oração afirma que “orar é abrir o coração a Deus como a um amigo”.
Outro fator de vigilância é o estudo da Bí­blia, porque através dela inteiramo-nos da vontade de Deus e de Seu plano para nós. Je­sus disse que é um erro não conhecer as Escrituras (Mat. 22:29), e Paulo afirma que elas podem tornar-nos “sábios para a salvação”, ensinando, repreendendo, corrigindo, edu­cando na justiça, e capacitando-nos “para to­da a boa obra” (2a.Tim. 3:15-17). Entre outras coisas importantes, as Escrituras nos oferecem as profecias que mostram a maneira como Deus conduz o glorioso plano da redenção. Essas profecias, segundo o próprio Apocalipse, de­vem ser estudadas, aceitas e aplicadas à vida (1:3). São elas que melhor nos estimulam a ser vigilantes.
Manter a sobriedade contribui igualmente para a vigilância (1a.Tess. 5:6). O consumo de bebida alcoólica, ou de qualquer outro produto tóxico, bem como a prática de um regime alimentar inadequado, confunde o raciocínio e dificulta a concentração. Não é possível “vigiar”, a não ser que estejamos sóbrios. Dai a importante admoestação de Jesus: “Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração tique sobrecarregado com as conseqüên­cias da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço” (Luc. 21:34).
E a melhor maneira de nos acaute­larmos com respeito a isso é não fa­zendo uso desses produtos ainda que em pequenas quantidades. Total abs­tinência é o segredo.
Igualmente importante é o fato de que o vigilante jamais se deixará levar pela onda de pecados que predomina no mundo. Ele vive pela vontade de Deus, no desejo de que Cristo o san­tifique cada vez mais. Paulo admoes­ta: “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos des­pertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-­nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciu­mes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rom. 13:11-14).
Finalmente, aquele que vigia participa ativamente dos trabalhos de Deus nesse mundo, freqüentando Sua igreja, contribuindo para a expansão de Sua obra, e levando a mensagem de salvação aos que estão perdidos. “Guardemos firme a confissão da esperança [a volta de Jesus], sem vaci­lar, pois quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o dia [da volta de Jesus] se aproxima” (Heb. 10:25).
Deus tem uma igreja, da qual pre­cisamos ser membros (ver quadro).
Vigiar e praticar o bem são condi­ções básicas para que estejamos preparados para o retorno de Jesus. A es­te respeito, diz Ele: “Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazen­do assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens” (Mat. 24:45-47),
Recebamos a Jesus no coração e tenhamos a vida consagrada a Ele, no firme propósito de cumprir Sua von­tade. E estejamos atentos, pois Sua volta está para acontecer.


Sinais dos Tempos  Mar-Abr/2000









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