Uma
roupa especial foi feita para o encontro entre Deus e o ser humano
“Aqueles
que acreditaram na mensagem do evangelho e aceitaram a salvação serão os únicos
que estarão vestidos em condição de contemplar a Deus.”
Em Gênesis 3 é dito que Adão e Eva, nossos primeiros
pais, sentiram-se nus logo que desobedeceram a Deus. Ficaram despreparados
para receber o Criador, na visita que lhes fazia todos os dias, no jardim do
Ëden. Procuraram, então, fazer uma roupa com folhas de figueira para que
pudessem ter condição de estar na presença divina. A ilusão logo se desfez.
Quando sentiram a aproximação de Deus, viram que as roupas feitas pelas
próprias mãos, as mesmas que tocaram o fruto proibido, não tinham valor. O
pecado os deixara em total desamparo. Com medo, esconderam-se de Deus “por
entre as árvores do jardim” (Gên. 3:8). Folhas eram muito pouco. Talvez
árvores inteiras pudessem cobri-los!
A cena inicial da nudez imposta pelo pecado se repetirá
quando Jesus voltar. Os pecadores, com a alma nua, não irão se esconder de
Deus atrás de árvores. Precisarão de algo mais sólido. A profecia afirma: “Os
reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo
escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e
disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face
dAquele que Se assenta no trono e da ira do Cordeiro [Jesus Cristol, porque
chegou o grande dia da ira dEles; e quem é que pode suster-se?” (Apoc.
6:15-17).
Aqueles
que acreditaram na mensagem do evangelho e aceitaram a salvação em Jesus
serão os únicos que conseguirão suster-se. Segundo o Apocalipse, estarão
vestidos de forma apropriada para cobrir a nudez da alma. Só há uma roupa
capaz de deixar o homem em condição de contemplar a Deus. Que roupa é essa?
Roupa certa —
Voltemos ao Ëden. No dia em que Adão e Eva pecaram e se esconderam de Deus,
não receberam palavras de censura e condenação. E verdade que Ele lhes expôs
as conseqüências do pecado. Porém, revelou que já havia providenciado um meio
de salvação. Seu próprio Filho se tornaria filho de uma mulher e receberia a
condenação do pecado (Gên. 3:15).
A mais dolorosa conseqüência do pecado humano seria
enfrentada pelo próprio Deus. Jesus morreria na cruz para pagar o preço de
nosso resgate. A morte do Inocente, pelos culpados, traria o ser humano de
volta à sua inocência original. Para que o casal compreendesse melhor o que
isto significava, Deus ordenou-lhes que matassem um cordeiro, do qual foram
feitas as roupas adequadas para cobrir a nudez deles. Aquele cordeiro era um
símbolo de Cristo. A Bíblia declara: “Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para
Adão e sua mulher e os vestiu” (Gên. 3:21). Agora tinham uma roupa
providenciada pelo próprio Deus.
Um cordeiro foi morto no princípio, para que nossos
primeiros pais pudessem ter a devida cobertura. O Apocalipse retoma esse quadro
do Gênesis ao dizer que Jesus é o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo” (13:8). Historicamente, a morte de Jesus ocorreu uns 4 mil anos depois
do pecado de Adão e Eva. Mas o Calvário é um evento histórico que vai além da
própria História. Desde que o pecado começou até que seja aniquilado, o
sacrifício de Jesus é o único meio de escape. Quando o pecador O aceita como
seu salvador pessoal, é coberto com as vestes da Sua justiça. Só assim estará
preparado para se encontrar com Deus.
A resposta de Deus — A pergunta “quem é
que pode suster-se?”, que conclui o capítulo seis de Apocalipse, é respondida
por Deus em seguida, no capítulo sete. Um grande número de pessoas não
somente suportará a volta de Jesus, mas irá recebê-Lo com profunda felicidade.
Afinal, se prepararam para o encontro com Ele. O que mais ansiaram foi o Seu
retorno. O profeta Isaías prevê o que dirão, quando Jesus voltar nas nuvens do
céu: “Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Fie nos salvará;
este é o Senhor a quem aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos”
(Isa. 25:9).
Que diferença daqueles que clamarão, implorando às
rochas que caiam sobre eles e os ocultem da face de Deus! A salvação também
lhes foi estendida, mas a rejeitaram. Agora colhem o triste resultado de sua
negligência.
Os salvos, no dia da volta de Jesus, são referidos em
dois grupos em Apocalipse 7. O primeiro é denominado “os 144 mil”, assinalados
com o selo de Deus por serem propriedade exclusiva dEle (versos 1-4). O
segundo é uma “multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos,
povos e línguas” (verso 9)
Portanto, haverá
muitos que naquele dia glorioso poderão “susterse”. E como são descritos?
“Vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos” (verso 9). Estas simbolizam
a libertação e vitória sobre o pecado. As “vestiduras brancas” representam a
justiça de Cristo que os cobre. Eles aceitaram o Salvador e permitiram que lhes
santificasse a vida. Então essas vestes
são o caráter sem pecado de Cristo, reproduzido nos que O aceitaram.
Isso lhes garante a cidadania ce1estial.Note que essas roupas são brancas porque
foram lavadas no sangue de Jesus. Isso confere aos que as usam o direito de se
colocarem na presença de Deus e ficarem com Ele para sempre (versos 14 e 15).
Escolha humana — É possível que alguém pense: “Bem, não preciso me
preocupar em estar trajado com as vestes da justiça de Cristo porque afinal
sou um bom cristão. Isto é necessário para quem nunca ouviu falar dEle.” Mas
dizer-se cristão não é suficiente. É à
igreja cristã de Laudicéia, e não aos pagãos, que Cristo apela: Aconselho-te
que de mim compres ...vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não
seja manifesta tua nudez” (Ap.3:18). Aqui vemos cristãos que ainda precisam
vestir a justiça de Cristo.
A salvação nos é
oferecida de graça. Mas há um preço apagar—o compromisso com Cristo de
abandonar o pecado e entregar a vida a Ele. Aquele que fizer essa entrega,
receberá o perdão e sentirá a paz de Deus em seu coração. Então poderá dizer como o profeta: “Regozijar-me-ei
muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus ; porque me cobriu de
vestes de salvação, e me envolveu com o manto de justiça” (Isa. 61:10).
Sinais dos
Tempos
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