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domingo, 2 de março de 2014

AS VESTES PARA AS BODAS



Uma roupa especial foi feita para o encontro entre Deus e o ser humano

“Aqueles que acreditaram na mensagem do evangelho e aceitaram a salvação serão os únicos que estarão vestidos em condição de contemplar a Deus.”

O livro do Apocalipse traz esperan­ça quanto ao futuro. Em sete tre­chos fala das bem-aventuranças. A terceira delas, aconselha o cristão a ser vigilante e a guardar “suas ves­tes” para que não seja sur­preendido quando Jesus retornar, conforme pro­meteu (Apoc. 16:15).
Em Gênesis 3 é dito que Adão e Eva, nos­sos primeiros pais, sentiram-se nus logo que desobe­deceram a Deus. Ficaram desprepara­dos para receber o Criador, na visita que lhes fazia todos os dias, no jardim do Ëden. Procuraram, então, fazer uma roupa com folhas de figueira para que pudessem ter condição de estar na presença divina. A ilusão logo se desfez. Quando sentiram a apro­ximação de Deus, viram que as roupas feitas pelas próprias mãos, as mes­mas que tocaram o fruto proibido, não tinham valor. O pecado os dei­xara em total desampa­ro. Com medo, escon­deram-se de Deus “por entre as árvores do jardim” (Gên. 3:8). Fo­lhas eram muito pouco. Talvez árvores intei­ras pudessem cobri-los!
A cena inicial da nudez imposta pelo peca­do se repetirá quando Jesus voltar. Os pecado­res, com a alma nua, não irão se esconder de Deus atrás de árvores. Precisarão de algo mais sólido. A profecia afirma: “Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os podero­sos, e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí so­bre nós, e escondei-nos da face dAquele que Se assenta no trono e da ira do Cordeiro [Je­sus Cristol, porque chegou o grande dia da ira dEles; e quem é que pode suster­-se?” (Apoc. 6:15-17).
Aqueles que acredi­taram na mensagem do evangelho e aceitaram a salva­ção em Jesus serão os únicos que conse­guirão suster-se. Se­gundo o Apocalipse, es­tarão vestidos de forma apro­priada para cobrir a nudez da alma. Só há uma roupa capaz de deixar o homem em condi­ção de contemplar a Deus. Que roupa é essa?
Roupa certa — Voltemos ao Ëden. No dia em que Adão e Eva pecaram e se escon­deram de Deus, não rece­beram palavras de censu­ra e condenação. E ver­dade que Ele lhes expôs as conseqüências do pe­cado. Porém, revelou que já havia providen­ciado um meio de sal­vação. Seu próprio Filho se tornaria filho de uma mulher e receberia a condenação do pecado (Gên. 3:15).
A mais dolorosa conseqüência do pecado humano seria enfrentada pelo próprio Deus. Jesus morreria na cruz para pagar o preço de nosso resgate. A morte do Inocente, pelos cul­pados, traria o ser humano de volta à sua ino­cência original. Para que o casal compreendesse melhor o que isto significava, Deus ordenou-lhes que matassem um cordeiro, do qual foram feitas as rou­pas adequadas para cobrir a nudez deles. Aquele cordeiro era um símbo­lo de Cristo. A Bíblia declara: “Fez o Senhor Deus vestimenta de peles pa­ra Adão e sua mulher e os vestiu” (Gên. 3:21). Agora tinham uma rou­pa providenciada pelo próprio Deus.
Um cordeiro foi morto no princí­pio, para que nossos primeiros pais pudessem ter a devida cobertura. O Apocalipse retoma esse quadro do Gênesis ao dizer que Jesus é o “Cor­deiro que foi morto desde a funda­ção do mundo” (13:8). Historica­mente, a morte de Jesus ocorreu uns 4 mil anos depois do pecado de Adão e Eva. Mas o Calvário é um evento histórico que vai além da própria História. Desde que o peca­do começou até que seja aniquilado, o sacrifício de Jesus é o único meio de escape. Quando o pecador O acei­ta como seu salvador pessoal, é co­berto com as vestes da Sua justiça. Só assim estará preparado para se encontrar com Deus.

A resposta de Deus — A pergunta “quem é que pode suster-se?”, que conclui o capítulo seis de Apocalipse, é respon­dida por Deus em seguida, no capítu­lo sete. Um grande número de pes­soas não somente suportará a volta de Jesus, mas irá recebê-Lo com profun­da felicidade. Afinal, se prepararam para o encontro com Ele. O que mais ansiaram foi o Seu retorno. O profeta Isaías prevê o que dirão, quando Je­sus voltar nas nuvens do céu: “Eis que este é o nosso Deus, em quem es­perávamos, e Fie nos salvará; este é o Senhor a quem aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegrare­mos” (Isa. 25:9).
Que diferença daqueles que cla­marão, implorando às rochas que caiam sobre eles e os ocultem da fa­ce de Deus! A salvação também lhes foi estendida, mas a rejeitaram. Agora colhem o triste resultado de sua negligência.
Os salvos, no dia da volta de Jesus, são referidos em dois grupos em Apo­calipse 7. O primeiro é denominado “os 144 mil”, assinalados com o selo de Deus por serem propriedade ex­clusiva dEle (versos 1-4). O segundo é uma “multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (verso 9)
Portanto, haverá muitos que na­quele dia glorioso poderão “suster­se”. E como são descritos? “Vesti­dos de vestiduras brancas, com pal­mas nas mãos” (verso 9). Estas sim­bolizam a libertação e vitória sobre o pecado. As “vestiduras brancas” representam a justiça de Cristo que os cobre. Eles aceitaram o Salvador e permitiram que lhes santificasse a vida. Então essas vestes  são o caráter sem pecado de Cristo, reproduzido nos que O aceitaram. Isso lhes garante a cidadania ce1estial.Note que essas roupas são brancas por­que foram lavadas no sangue de Je­sus. Isso confere aos que as usam o direito de se colocarem na presença de Deus e ficarem com Ele para sempre (versos 14 e 15).

Escolha humana — É possível que alguém pense: “Bem, não preciso me preocu­par em estar trajado com as vestes da justiça de Cristo porque afinal sou um bom cristão. Isto é necessário para quem nunca ouviu falar dEle.” Mas dizer-se cristão não é suficiente.  É à igreja cristã de Laudicéia, e não aos pagãos, que Cristo apela: Aconselho-te que de mim compres ...vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta tua nudez” (Ap.3:18). Aqui vemos cristãos que ainda precisam vestir a justiça de Cristo.
A salvação nos é oferecida de gra­ça. Mas há um preço apagar—o compromisso com Cristo de abandonar o pecado e entregar a vida a Ele. Aquele que fizer essa entrega, receberá o perdão e sentirá a paz de Deus em seu coração.  Então po­derá dizer como o profeta: “Regozi­jar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus ; porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com o manto de justiça” (Isa. 61:10).

Sinais dos Tempos

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