Youtube

domingo, 2 de março de 2014

APOCALIPSE O LIVRO DAS BEM-AVENTURANÇAS



Ao mesmo tempo que anuncia o fim, o Apocalipse dá garantia de felicidade aos que crêem.
Os dicionários definem “bem-­aventurança” como felicidade abso­luta e perfeita.Tendo em conta que Deus, em Sua amorável solicitude, al­meja que todos sejam autentica-mente felizes, podemos considerar a Bíblia toda como um livro de bem-­aventuranças. Ela contém as orienta­ções divinas que, uma vez seguidas, nos tomarão felizes nesta vida, e nos assegurarão a posse da vida eterna no reino de Deus, onde não haverá dor ou tristeza. “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos Seus caminhos...  feliz serás,e tudo te irá bem” (Salmo 128:1 e 2).

FINAL FELIZ

A palavra grega makarios, que significa “bem-aven­turado” ou “feliz’, é empregada cerca de 50 vezes pelos escritores do Novo Testamento, a maioria em alusão a alguém que se submete à Deus e aceita as provisões da redenção em Cristo. Reveste-se, portanto, de um colo­rido escatológico, isto é, relacionado com a manifesta­ção fmal dos propósitos divinos de salvação.
Nada pode conferir maior felicidade a um pecador do que a consciência de ter sido perdoado por Deus e acei­to por Ele como filho amado e herdeiro de bens eternos. Não há situação mais ditosa. Tal experiência compensa qualquer dificuldade ou tribulação que porventura seja enfrentada por um seguidor de Cristo. Paulo afirmou com toda a confiança: “Para mim tenho por certo que os sofri­mentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8:18).
Os Evangelhos de Mateus e Lucas se destacam no emprego de makários com mais da metade das refe­rências de todo o Novo Testamento.Ambos os evangelistas registram o célebre sermão da mon­tanha proferido por Jesus no principio do Seu ministério. Este sermão é, de fato, a carta magna do reino de Deus.
A versão de Mateus é a mais conheci­da. Quem já não se emocionou lendo ou ouvindo aquelas abençoadas declarações que Jesus proferiu na abertura do sermão? “Bem-aventurados os humildes de espíri­to, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os miseri­cordiosos, porque alcançarão misericór­dia. Bem-aventurados os limpos de cora­ção, porque verão a Deus. Bem-aventura­dos os pacificadores, porque ser-ão chama­dos filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados sois quando, por Minha causa, vos injuria­rem e vos perseguirem, e, mentindo, disse­rem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos Céus” (Mateus 5:1-12).

SETE VEZES

O Apocalipse registra sete vezes a pa­lavra makários, quase todas na segunda metade do livro:
“Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela es­critas, pois o tempo está próximo” (Apo­calipse 1:3).
“Bem-aventurados os mortos que, des­de agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espí­rito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”(14:13).
 “Bem-aventurado aquele que vi­gia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergo­nha” (16:15).
“Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cor­deiro” (19:9).
 “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem au­toridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele os mil anos” (20:6).
“Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste li­vro” (22:7).
“Bem-aventurados aqueles que la­vam as suas vestiduras [no sangue do Cor­deirol, para que lhes assista o direito à ár­vore da vida, e entrem na cidade pelas portas” (22:14).
O número 7 sugere perfeição, plenitu­de. No Apocalipse, o termo makáríos é empregado com uma ênfase que nenhu­ma outra parte do Novo Testamento pode­ria oferecer com tanta propriedade. Se é verdade que a palavra, que o Novo Testa­mento apresenta, tem um colorido escato­lógico, no Apocalipse, então, ela se volta inteiramente à consumação final de todas as coisas. As bem-aventuranças apocalípticas são proferidas na perspectiva do que Deus realizou em nosso favor na pessoa de Jesus, do que Ele está fazendo agora, e daquilo que virá, quando a História tiver alcançado o seu clímax e o pecado tiver sido extirpado definitivamente, abrindo espaço para a implantação do reino divi­no no mundo.
Isso nos autoriza a considerar o Apo­calipse o livro das bem-aventuranças, por excelência. Para algumas pessoas, infeliz­mente, predomina a idéia de que o Apoca­lipse não é mais que um livro de maus presságios, cujos quadros fatídicos cxi-bem o desfile de figuras enigmáticas comissionadas por Deus para cumprir uma terrível tarefa de destruição no mundo. Nada corresponderia melhor à irrealida­de. Para muitos, é verdade, a simples pala­vra apocalipse desperta incerteza e te­mor Mas a intranqüilidade é fruto do pe­cado e não da ação divina, a qual visa ape­nas salvar Tudo o que Apocalipse revela de medonho e triste tem a ver essencial-mente com as conseqüências do pecado.
Naturalmente, o tratamento de Deus com toda essa problemática pode exigir uma atitude drástica, tal como um cirur­giào às vezes se vê na necessidade de, pa­ra beneficio do como, amputar um órgão gangrenado. As ações de Deus objetivam o bem maior da erradicação completa do pecado com todas as suas implicações. O pecado sempre foi e sempre será um fator de degradação e miséria, e quanto mais cedo desaparecer, melhor. O que Deus mais almeja é conduzir a Terra ao seu es­tado original de perfeição. E a cirurgia, na­turalmente, tem o seu lado doloroso Jesus mesmo se referiu ao “principio das dores” (Mateus 24:8) ao falar dos sinais de Sua volta e do fim do mundo.
Esses mesmos sinais, entretanto, são um fator de ânimo e conforto para aque­les que almejam o reino de Deus (Lucas 21:28). É apenas para aqueles que despre­zam a graça divina e escolhem a senda do mal e da perdição, que o ato divino será de efeito desastroso. E este não é o teor apenas do Apocalipse.Toda a Bíblia revela que o futuro é muito sombrio para blasfe­madores, hipócritas e infiéis.
Portanto, para os que amam a Deus, o Apocalipse é um livro de bem-aventuran­ças. Meditemos um pouco nelas e ouça­mos a voz de Deus assegurando uma vez mais que só temos a ganhar quando da­mos ouvidos à Sua Palavra e nos dispo­mos a fazer a Sua vontade.

Sem comentários:

Enviar um comentário

VEJA TAMBÉM ESTES:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...