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domingo, 2 de março de 2014

APOCALIPSE O LIVRO DO FIM



 

Deus não passa verniz sobre as cenas finais da história da Terra 
Você gosta de ler uma boa história de vingança? Algo como O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, onde o herói a princípio sofre injustiça nas mãos de um vil antagonista, mas no fim ele supera e acerta as contas?
Deve haver muitas pessoas que gostam de histórias como essa. Com certeza é um dos gêneros mais populares em Hollywood. O tipo de filme no qual os violinos se destacam no final enquanto o herói caminha a passos largos rumo ao sol poente, havendo finalmente aplicado justiça a um mundo injusto.
Faz parte da natureza humana querer ver as mesas viradas sobre as pessoas que tiram vantagem dos outros, não é mesmo?
Bem, se esse é o tipo de história que você gosta, você deve gostar do livro de Apocalipse! Ë o livro que fica no fim da Bíblia — o livro onde os violinos tocam com gosto, juntamente com inúmeras trombetas e harpas e o coro de Aleluia!
Mas nem sempre é um quadro interessante. A história do nosso mundo nem sempre é agradável — nem mes­mo por um capricho da imaginação.
Desde que Eva parou para almoçar na banca de frutas do diabo e pela primeira vez acreditou na grande mentira diabólica de que se tornaria como Deus ao declarar sua indepen­dência dEle, as coisas caminham de mal a pior.
Quando Adão e Eva escolheram aceitar a mentira de Satanás em lugar da verdade de Deus, fizeram mudar as mãos que dominam este planeta. Um cartaz foi pendurado na porta da frente deste mundo, declarando: “Sob nova administração” - e dali por diante tudo foi morro abaixo. Agora o vilão estava no poder —  usurpado, natural­mente. Mas, em vez de o povo ceder o controle ao amorável Deus que tem no coração o melhor interesse por Sua criação, o ser humano rendeu-se ao déspota rebelde, o velhaco vil, cuja tendência era destruir tudo de bom que Deus fizera. Esse é o enredo secundário de Apocalipse.
Faz algum tempo, retornei de uma viagem para reuniões evangelísticas ao vivo, via satélite, no continente africano. Dias antes de partir, enquanto nossa equipe se preparava pa­ra o trabalho que tínhamos de fazer ali, lemos intensamente, procurando nos familiarizar com a situação daqueles a quem estaríamos encontrando e com quem partilharíamos o evangelho. A situação política se desenvolvera chegando às mais sérias ameaças terroristas de intranqüilidade e a níveis elevados de preocupação.
Devo dizer que partia meu coração ouvir, com tanta freqüência, do sofrimento que sobreviera ao povo da Libéria, Angola, Congo e outros países como conseqüência de uma guerra civil e derramamento de sangue impostos por exércitos rebeldes que procuravam roubar da nação as riquezas pa­ra satisfazer suas nefastas agendas.
Vilas inteiras foram eliminadas quando forças contrárias, geralmente compostas de garotos — soldados ór­fãos —,    lutavam pelo controle das minas de diamante, ouro, ou reservas de óleo.
O sofrimento e a matança têm si­do terríveis, e tudo isso simplesmente nos faz ansiar por um dia em que tu­do será resolvido; um dia em que governadores verdadeiros, honestos, res­peitosos e justos derrubarão os que têm uma agenda egocêntrica.
Mas voltemos para mais perto de nos. Em anos recentes, a América do Norte (ou Japão, Inglaterra ou Euro­pa) tem sido atormentada vez após outra por escândalos em escritórios de cobertura, onde administradores do mais alto escalão encontram maneiras de se tornar ricos muito além da imaginação. Invadindo os fundos de pensão de pessoas das camadas so­ciais mais baixas, esses administradores as lançam na rua sem dinheiro e sem trabalho.
Quando vemos esse tipo de coisas, desejamos clamar por justiça, não é verdade?
Este é o assunto do livro de Apocalipse, o livro do fim. Ou seja, virar as mesas e zerar tudo!
Eu não sei que tipo de classificação o Apocalipse alcançaria se dele fosse feito um filme. Há muita violên­cia nele. Há bastante sexo ilícito. Prostitutas e outros fornicadores têm papéis bastante importantes.
Essa é justamente a razão por que a Bíblia não tem o hábito de poupar palavras quando descreve o lamaçal do pecado em que o mundo afundou. Por isso, quando o Apocalipse retrata as cenas finais da história da Terra, há alguns detalhes gráficos que talvez prefiramos ignorar ou passar por alto.
Deus, porém, não passa verniz sobre eles. Quer que saibamos que Ele sabe exatamente quão mal estão as coisas aqui embaixo, desde que o vilão Satanás tomou as rédeas. Quer também que saibamos que Ele não deixa­rá as coisas continuarem assim para sempre. Há um fim à vista.

O altar fala — Dois textos importantes nos prendem a atenção ao considerar­mos a mensagem desse livro do fim.
“Ouvi do altar que se dizia: Certa­mente, ó Senhor Deus, todo-podero­so, verdadeiros e justos são os Teus juízos.” Apoc. 16:7, ARA.
Vocês já ouviram de um altar fa­lante? Por que o altar diante do trono de Deus está fazendo essa proclama­ção sobre a justiça de Deus —   decla­rando que os Seus juízos são verda­deiros e justos?
Há uma chave em Apocalipse 8:3. Veja a descrição do altar e do que está nele: “Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de to­dos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono.” (ARA.)
Eis aqui uma outra chave, encontrada em Apocalipse 6:9 e 10: “Quando Ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da pala­vra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”
O altar é o reservatório das orações de todos os santos que têm sido tratados injustamente, mortos e tor­turados por sua fé. É o lugar no Céu onde todos os clamores por justiça têm sido coletados por milênios. É um lugar repleto de brasas vivas — a ira de Deus por todas as injustiças co­metidas sobre a Terra. O Apocalipse retrata um tempo em que seu senti­mento ardente finalmente entra em erupção como um Niágara de lava e é derramado contra todos os perpetra-dores da injustiça não arrependidos.
Mas o altar também representa algo mais, pois é sempre um lugar de sacrifício. É o lugar onde o cordeiro —sacrificado para prover perdão — era deitado todos os dias, à entrada do templo, que representava o lugar de habitação de Deus. O altar é também um lugar para se obter perdão.
O altar é o Monte Calvário, o lu­gar em que o Cordeiro de Deus foi morto para suportar o fardo de todo ódio, injustiça e pecado que têm arruinado a superfície deste planeta.
O altar é o lugar aonde todo peca­dor pode se dirigir para ser aliviado
do peso do pecado e ter suas vestes purificadas pelo sangue do Cordeiro. Quando João, o revelador, vê os remi­dos da Terra, eles são descritos como os que “lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” Apoc. 7:14, ARA.

Lugar de encontro — Portanto, o altar diante do trono de Deus é o lugar de encontro das duas maiores forças que empreenderam nossa batalha no planeta Terra: força do egoísmo versus força da abnegação.
Ali no altar, o lugar de encontro, todos os rebeldes são convidados a depor suas armas, cessar sua rebelião, arrepender-se e depositar todos os seus pecados sobre ele. Quanto aos que aceitam o convite, seus pecados são colocados ali. Foram assumidos pelo Cordeiro de Deus. Ele morreu por esses pecados. Permitiu que fossem consumidos sobre o altar. Jamais perturbarão outra vez o Universo.
Mas quanto àqueles que disseram não a Deus, que se recusaram a arre­pender-se, que dizem: “Eu agradeço, Deus, mas não preciso de um Salva­dor; sou suficientemente bom por mim mesmo”, seus pecados não foram colocados sobre o altar. Esses pecados ainda precisam ser consumidos, e serão. Infelizmente, esses pecados serão destruídos enquanto ainda estiverem presos aos pecadores não arrependidos que se agarraram a eles.
É exatamente por isso que há tantas pragas e tanto fogo e derrama­mento de sangue no livro de Apoca­lipse. Ele está justamente retratando o resultado natural da gigantesca luta travada na Terra. O Apocalipse retrata o último chamado de Deus a todos os que habitam na Terra para se arrependerem de sua rebelião e se curvarem em adoração ao seu Criador. Esse último grande convite é encontrado em Apocalipse 14:7, na voz de um majes­toso anjo voando no céu, clamando ao mundo inteiro: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” (ARA.)
O Apocalipse apresenta o chama­do para voltar a Deus. E a fim de mostrar a importância de nossa decisão
em relação a Deus, ele também retrata o resultado de não render-se a Deus.

Exame final — Fico feliz em saber que é no altar que a decisão final acerca da justiça é feita. É ali —  onde você e eu temos a oportunidade de nos libertar de nossos pecados diariamente, a cada momento — que o exame final da justiça que Deus tem feito e do que as pessoas têm feito terá de ser passado em revista.
O Apocalipse diz que o altar pro­clama a justiça de Deus porque o Cal­vário proclama a justiça de Deus. Foi ali que o pecado e Satanás encontra­ram seu rival, que o ódio foi vencido pelo amor. Foi ali que a rebelião mos­trou seus verdadeiros frutos e o amor se entregou para redimir todos os que viriam a aceitar a redenção.
Devo admitir que o Apocalipse utiliza inúmeras palavras para des­crever a execução final da justiça con­tra aqueles que recusam o perdão de Deus; mas ele não termina assim. Não. O Apocalipse, o livro do fim, termina com um quadro glorioso e maravilhoso do lado positivo da justiça: a recompensa dos justos. Boas coisas estão reservadas para os que se entregam a Deus e fazem dEle seu rei diariamente.
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passa­ram. ...  Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
“Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os Seus servos O servirão, contemplarão a Sua face, e na sua fronte está o nome dEle. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.” Apoc. 21:1-4; 22:3 e 4,

FONTE: REVISTA ADVENTISTA

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