Existem
evidências de uma grande inundação
no
planeta.
Tem-se discutido muito a possibilidade de ter havido um
dilúvio como aquele narrado no livro de Gênesis 6:11-22 e 8:1-19 Pesquisas recentes indicaram
a existência de vestígios de uma grande inundação na região do Estreito de
Bósforo, que liga o Mar Negro ao Mar de Mármara. Mas, afinal, seria essa história
uma lenda, folclore ou um fato real? Muitos questionam a possibilidade de ter
havido água suficiente para cobrir até o mais alto monte. Outros até aceitam
um dilúvio, mas regional circunscrito à Palestina. Uma coisa, no entanto, e
certa: o episódio do Dilúvio é um fato discutido não só em nossos dias, mas antes
mesmo de ele ter acontecido. Os contemporâneos de Noé, quando ouviam-no dizer
que haveria urna grande inundação, zombavam dele. Diziam que nunca havia antes
chovido sobre a terra, e que isso era invenção.
O consenso entre
muitos estudiosos e cientistas é de que a Terra, naqueles dias, era coberta por
um dossel uma camada de vapor d’água.
criando um efeito estufa em larga escala no planeta (efeito greenhouse).Tal efeito, devido a uma
permanente capa de nuvens na atmosfera interior (troposfera), teria produzido
um meio ambiente mais favorável à vida.
A Bíblia faz referência a esse dossel em Gênesis 1:6: E disse Deus: Haja firmamento (atmosfera)
no meio das águas e separação entre águas e águas.” Então Deus fez o firmamento e separação entre
águas debaixo do firmamento (oceanos, lagos, rios) e águas sobre o firmamento
(dossel). Disto, pode-se constatar que as condições climáticas antediluvianas
eram bem diferentes das atuais em pelo menos três aspectos:
• Não havia chuva anterior ao Dilúvio (o que gerou a
descrença dos conterrâneos de Noé quanto à predição da catástrofe).
• O planeta era
regado pelo orvalho, subordinado à umidade, saturação e condensação (há indícios
de que não sopravam ventos na mesma proporção de hoje).
• O clima do planeta
provavelmente era o mesmo em toda parte (sabe-se, por exemplo, que áreas
desérticas como o Saara, o grande deserto australiano, o Atacama chileno e as
regiões ressequidas do oeste americano foram outrora pantanosas e úmidas, com
água em abundância. Em outras regiões, hoje áridas, há vestígios de floresta),
Mas para que tais condições pudessem existir, era necessária, como disse, uma
camada atmosférica de vapor para aumentar a pressão e para manter a temperatura
uniforme no planeta através de um efeito estufa global e moderado.
Essas condições favoráveis no mundo de então, justificam em grande parte a longevidade dos antediluvianos: além de
não sofrerem as maléficas influências dos raios solares diretos, não estavam
sujeitos a grandes variações de temperatura. Acrescente-se ainda o fato de que
sua dieta consistia unicamente de vegetais.
A ARCA
Quando o patriarca Noé começou a construir àquele imenso
barco de aproximadamente 170 metros de comprimento, 28 metros de largura e 18
de altura (segundo o côvado egípcio), com unia capacidade volumétrica aproximada
de 568 vagões ferroviários, em plena terra firme, o povo fez pouco caso. No
entanto, de acordo com Gênesis 7:11, romperam-se as fontes do grande abismo (fazendo
referência às águas subterrâneas) e choveu por 40 dias e 40 noites sobre a Terra,
cobrindo até o mais alto monte (que naqueles tempos, antes dos efeitos
tectónicos, não eram necessariamente tão altos como hoje ver Salmo 104:6-9).
Segundo o naturalista Harry Baerg, a área total do piso
nos três andares da arca era suficiente para conter todos aqueles animais.
Realizou-se um cálculo para investigar a possibilidade de que todas as
espécies do Gênesis (só as básicas, não as diversas variações que existem
atualmente) tivessem entrado na arca. Primeiro, foi analisado o registro de
todos os animais do mundo e tentou-Se determinar quais devem ter-se originado
de ancestrais comuns. Então, foi calculado o tamanho do espaço que cada espécie
necessitaria para ficar confortavelmente distribuída em compartimentos para dois
ou Sete pares. Conclusão de Baerg: “E perfeitamente plausível que as espécies
originais pudessem ter sido abrigadas na arca.”
DE ONDE VEIO TANTA ÁGUA?
• A
precipitação de água no Dilúvio pode haver-Se dado devido a erupções em grande
escala na Terra, o que lançaria uma enorme quantidade de pó na atmosfera
fazendo condensar o vapor do dossel. Outra
possibilidade seria a entrada de pó cósmico na atmosfera terrestre ou mesmo
rochas de maior tamanho que poderiam, além de desencadear
processo de condensação do vapor do dossel com sua passagem, romper a crosta terrestre em vários
pontos, ao se chocarem contra ela a altíssimas velocidades, liberando, assim,
as águas do “grande abismo” (Gênesis 7:11), sob pressão abaixo da superfície.
E claro que Deus pode transformar este
planeta quando quiser e com métodos que ignoramos. Pode fazê-lo em um instante,
numa semana, ou em outro tempo qualquer.
No
entanto, é interessante notar que Deus, via de regra, utiliza-Se de Suas leis,
algumas das quais já conhecemos; outras, não.
EVIDÊNCIAS DE UM DILÚVIO UNIVERSAL
Em 1929, o
arqueólogo inglês Sir Leonard Woolley realizou uma série de escavações em um
terreno junto ao Tell al Muqayyar na Arábia. Alguns poços foram cavados, tendo
sido achados vários vestígios de civilização. Continuaram cavando para ver
até onde iriam os sinais de cultura e vida humana. De repente, os vestígios
acabaram e Woolley pensou ter chegado ao fim das escavações. No fundo do poço
havia apenas uma camada de puro limo, do tipo que só se forma pela sedimentação
da água.
Woollev recusou-se a acreditar que fosse o leito de um
rio (o mais próximo era o Eufrates, cujo leito estava muito abaixo da camada de
limo), e continuou as escavações. Para
espanto dos pesquisadores, cerca de três metros de limo depois, novos
vestígios de civilizacão foram encontrados, onde se esperava que houvesse terra
virgem; vestígios, entretanto, bem diferentes dos que haviam sido encontrados
acima da camada de limo. O Dilúvio, essa
era a única explicação possível para a enorme jazida delama sob a colina de Ur
que separava nitidamente duas épocas humanas. Para tirar toda dúvida, Woolley
mandou cavar outros dois poços
distantes dali, e o resultado foi o mesmo: restos de vasos e utensílios, uma
camada espessa de limo (à mesma profundidade da anterior) e, novamente,
vestígios.
Na verdade, os
geólogos têm encontrado dezenas de depósitos sedimentares por toda parte do
mundo, onde existem remanescentes de animais, plantas e artefatos fabricados
pelo homem fossilizados, como se fossem gigantescos cemitérios. Isto leva a
crer que houve um mecanismo de sepultamento extremamente rápido, como aconteceria
no caso de uma grande inundação.
O significado dos fósseis de moluscos e peixes
encontrados nas rochas em diversas partes do mundo parece um mistério. O
pesquisador Immanuel Velikovsky (1895-1979) fez a seguinte observação: “Quando
um peixe morre, o corpo flutua na superfície ou afunda. É rapidamente devorado,
no máximo, numa questão de horas, por outros peixes.” Contudo, os fósseis de
peixes encontrados em rochas estão muito bem preservados, inclusive com todos
os ossos intactos, Cardumes inteiros de peixes em extensas áreas, atingindo
bilhões de espécimes, são encontrados num estado de agonia, com a boca aberta
em sinal de sufocação, mas sem qualquer marca de ataques de animais.
Há outros fatores até mais surpreendentes como o de folhas
que foram preservadas num estado de pleno viço. A clorofila está tão bem
preservada, que é possível reconhecer os tipos alfa e beta. Um outro fato
extraordinário foi a preservação de partes tenras de insetos com músculos,
derma, epiderme, ceratina, melanina, lipocromo, elementos facilmente perecíveis,
desintegrando-se, no máximo, em poucos dias ou mesmo horas. O que quer dizer
que a incrustação foi rapidíssima.
Existem inúmeros depósitos marinhos nos continentes. Na verdade,
mais ou menos a metade dos sedimentos nos continentes é de origem marinha.
Como isso é possível? A invasão geral das terras continentais (que são mais
elevadas) pelos oceanos é certamente uma situação multo diferente da situação
presente, e concorda com a idéia de um dilúvio global. Além disso, muitas
camadas sedimentares de geologia singular cobrem regiões tão grandes que é
dificil acreditar que Ibrani dt-posiladas leriiamcntc,
sob condições não catastróficas. Por exemplo, o conglomerado Shinarump, no
sudoeste dos Estados Unidos, com cerca de 30 metros de espessura, cobre quase
260.000 km2. A formação Motrison se estende sobre 1 .000.000 km2
desde o Kansas até Utah, e desde o Canadá até o Novo México.
A ausência de erosão entre as camadas geologicas é outro grande indício de um dilúvio. As
camadas geológicas são usadas pelos evolucionistas para determinar idades e são
sobrepostas umas às outras. Geralmente uma chega a ser considerada 100 milhões de
anos mais antiga que a seguinte. O que chama atenção é a ausência de camadas
intermediárias que deveriam existir de acordo com a escala de tempo evolucionista,
e a ausência de vestígios de erosão de uma camada para outra., uma vez que
supostamente estiveram expostas por longo tempo às intemperies. A falta de erosão nesses intervalos da coluna
geológica sugere uma rápida deposição, como se esperaria em uma grande
inundação. Além disso, foram encontrados animais fossilizados cujos corpos
atravessam camadas. Quer dizer que a cabeça do bicho poderia ser milhões de
anos mais nova que suas pernas ou cauda?! Por mais absurda que seja, essa teria
de ser a conclusão dos que negam o Dilúvio.
Há também sistemas ecológicos incompletos. Em várias
camadas fossilíferas, como nos Arenitos do Coconino e formação Morrison,
encontramos muitas evidências de animais, porém, pouca ou nenhuma evidência de
plantas. Animais alimentam-se de plantas. Como poderiam sobreviver esses
animais por milhões de anos sem uma nutrição adequada? A atividade de separação
das plantas e animais pelas águas de um dilúvio parece ser um modelo mais de
acordo com a realidade observada.
O carvão é outra boa evidência do Dilúvio. Muitas das
camadas de carvão ocupam enormes extensões e são bastante espessas. Atualmente
não vemos carvão se formando nesta escala. Os enormes depósitos antigos de
carvão bem podem ser explicados pelo transporte catastrófico e separador da
vegetação durante o Dilúvio de Gênesis. Um bom exemplo disso é o carvão
encontrado em Morewell, Austrália, com uma espessura de 170 metros!
Jesus confirmou o Dilúvio em Mateus 24:36-39: “Mas a
respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho,
senão o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho
do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e
bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na
arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim
sera também a vinda do Filho do homem.”
Nesse texto, Cristo associa dois episódios: o Dilúvio e
a Sua segunda vinda. Um no passado e outro no futuro. Existem entre ambos
circunstâncias semelhantes: (1) o tempo de graça concedido por Deus aos
impenitentes - no caso dos antediluvianos, 120 anos; (2) os sinais (como os
animais entrando na arca sem que ninguém os conduzisse); (3) a devassidão e irreverência
dos antediluvianos; (3) o desespero pelas palavras de
advertência de Noé, etc.
Muitos hoje duvidam da volta de Cristo, como muitos
duvidaram (e duvidam) que tenha havido um dilúvio global. A história se
repete. No entanto, as evidências apontam para o cumprimento, uma vez mais, da
vontade soberana do Criador. De que lado precisamos estar: dentro ou fora da
arca? Jesus Cristo é a arca” moderna. Só Ele pode nos salvar das ondas destruidoras
que ameaçam este planeta.
FONTE: Sinais
dos Tempos
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