Youtube

domingo, 2 de março de 2014

OS DINOSSAUROS DESAPARECERAM NO DILÚVIO?





Teorias sobre a extinção desses animais gigantes
por Ruben Aguilar

 Afesta de aniversário prometia ser de muita alegria e animação. Ca­da convidado recebera um balão de borracha para enchê-lo de ar. À medida que esses balões aumentavam de volume, a festa avançava para um clímax de alegria. De repente, quando os balões mostravam suas superfícies lisas e multicolores, estimulando maior ani­mação, estouraram todos, num estron­do uníssono, como se um raio os tivesse atravessado. A festa continuou, mas o mistério do fim dos balões rondava a ca­beça dos convidados, O que aconteceu?
Esse evento familiar pode servir como analogia para refletirmos no ambiente de mistério que ronda a ca­beça de cientistas e amadores, sobre o repentino desaparecimento dos di­nossauros, Era uma festa conhecer as características desses gigantescos seres que, como balões de aniversário, em­polgavam pessoas de todos os níveis. Mas, por que desapareceram?

Preparativos — Em 1839, um jovem professor de ciências, da Inglaterra, de nome Richard Owen, dissertava em público sobre seus conhecimentos de fósseis de répteis, e teorizou sobre o aparecimento da vida na Terra. Três anos mais tarde, diante de cientistas reunidos na 11a. assembléia da “Asso­ciação Britânica para o Progresso da Ciência”, apresentou seus estudos e usou pela primeira vez a palavra Dinossauros, para se referir aos gigantes­cos animais cujos vestígios ele mesmo demonstrava. Esse termo, uma com­binação dos vocábulos gregos: deinos, “terrível”, e sauros, “lagarto”, identifica esses animais como “lagartos de as­pecto monstruoso ou terrível”.
Antes de Owen, um primeiro achado de vestígios de animais gigan­tescos foi relatado num ensaio sobre “História Natural”, publicado em 1677 por Robert Plot, professor de uma dis­ciplina que poderia ser chamada de Química, na Universidade de Oxford. Plot descreveu um fêmur, encontrado no Condado de Cornwell, em Ox­fordshire, o qual acreditava pertencer a um elefante gigantesco, trazido tal­vez pelos romanos da época imperial.1
Na França, um clérigo de nome Bachelet, doou sua coleção de peças naturais ao Museu Nacional de Paris. Entre essas peças, estava um osso de tamanho descomunal, estudado mais tarde por George Cuvier.
Desde 1787, ossos gigantescos ha­viam sido descobertos em New Jersey, por Caspar Wistar e Timothy Ma­tlack, e apresentados em relatório diante da Sociedade Filosófica Ameri­cana, da Filadélfia. Mas o primeiro a estudar esses vestígios com critério científico, foi o barão Georges Cuvier. Desde 1799, trabalhou no “Jardim das Plantas”, em Paris, como anatomista, procurando encontrar semelhanças entre esses ossos que pareciam per­tencer a animais de grande porte, com os de animais atuais.’ Esse processo estimulou o desenvolvimento dos es­tudos da anatomia comparada.

Auge da festa — O relatório apresen­tado por Richard Owen, em 1842, so­bre os fósseis de dinossauros, desper­tou tal entusiasmo na comunidade científica da Inglaterra, que se criou um am­biente de festa até alcan­çar os limites do sensacionalismo. As­sim, em 1851, com o patrocínio de instituições e de autoridades, concre­tizou-se a exibição de modelos de di­nossauros, no Central London’s Hyde Park. O encarregado de construir as descomunais figuras foi o escultor Benjamim Waterhouse Hawkins, que trabalhou esculpindo as obras, em ta­manho natural, orientado bem de perto pelo professor Owen.
Os reflexos da empolgação logo se fizeram sentir no outro lado do Atlântico. Projetou-se construir no Central Park da cidade de Nova York, um gigantesco “Museu Paleozóico”, onde estariam expostas as figuras de dinossauros. O escultor Hawkins fora convidado para fazer os modelos su­geridos. Mas, quando a obra estava bem avançada, a administração do Central Park foi substituída (1870), e o projeto não foi levado em conta, e finalmente, esquecido. Os modelos construídos voltaram ao pó da terra.
Alguns anos mais tarde, o famoso industrial Andrew Carnegie mandou adquirir esqueletos de dinossauros pa­ra serem exibidos no Museu Carnegie, em Pittsburgh (1899), que muito esti­mulou o estudo desses antigos animais.
Thomas Huxley, o mais ardente defensor do Evolucionismo no século vinte, foi também o que mais estimu­lou a pesquisa dos vestígios de dinos­sauros, para provar sua teoria, princi­palmente depois de haverem sido achados os restos do Archaeopteryx, em 1876. O interesse estava centrado em provar que as aves resultaram da transformação desses répteis. Porém, quanto mais se faziam estudos sobre os dinossauros, mais e mais as dife­renças estruturais com as aves nega­vam tal suposição.
Em 1926, Heilmann selecionou boa quantidade de restos de répteis que ele mesmo considerou serem anterio­res aos dinossauros, e foram denomi­nados de Archosauros. Um ramo des­ses, Euparkeria, por ser leve, seria os que teriam originado as aves.3  Essa idéia prevaleceu até 1970, quando o Dr. Peter Galton, da Univer­sidade de Bridgeport, Connecticut, propôs novamente a idéia de que um grupo de dinossauros, os Ornithis­chian, teria originado as aves.4 Em 1972, o Dr. Alick Walker, da Universi­dade de Newcastle, Grã-Bretanha, pro­pôs que as aves modernas surgiram das modificações de um tipo de crocodilos do Triássico, chamado Sphenosuchus.

Balões — O fato de todos os balões ar­rebentarem numa festa de aniversá­rio, é algo hipotético. Elucidar esse ca­so talvez não seja da conta de nin­guém. Mas explicar o fim súbito dos dinossauros, cujas figuras monstruo­sas têm captado a atenção da popula­ção mundial, e propiciado à cultura um ambiente festivo, é um mistério que merece ser esclarecido.
Uma tentativa parte do pressu­posto de que todas as raças seguem um ciclo, semelhante ao das espécies, isto é, têm origem, crescimento, declí­nio e aniquilamento. O Dr. Heinrich Erben, da Universidade dc Bonn, es­tudou os ovos fósseis dos últimos di­nossauros do Cretáceo. Descobriu que a casca é mais fina, e assinalou que, devido a uma deficiência hormo­nal, ou da própria capacidade vital, teria havido o aniquilamento da raça.
Outra teoria baseia-se na dieta ali­mentar. Os dinossauros comiam plan­tas ricas em óleos, que facilitavam a formação e circulação do bolo alimen­tar. O fim daquelas espécies de plantas teria causado graves estados de consti­pação no tubo digestivo dos dinossau­ros, levando-os a um fim.
Há uma variedade de teorias ba­seadas nos presumíveis processos patológicos, como uma espécie de “pes­te bubônica” que teria aniquilado os dinossauros. Outros procuram de­monstrar que larvas de insetos consu­miram folhas de árvores, causando o fim dos animais herbívoros e, como conseqüência, o fim dos carnívoros.
As teorias que mais empolgam são as relacionadas com uma catás­trofe global. R. Owen, em 1842, suge­riu que, durante o Mesozóico, o ar at­mosférico apresentava taxas elevadas de CO, e menos oxigênio, causando a destruição de muitos organismos.
Outra teoria indica que no fim do Cretáceo houve intensa atividade vul­cânica, cujas erupções lançaram ácido clorídrico na atmosfera, eliminando a camada de ozônio. Os raios ultraviole­tas do Sol teriam penetrado facilmen­te na superfície terrestre, destruindo animais e o plâncton marinho.
Baseada nessa suposta atividade vulcânica, outra teoria sugere que os vulcões teriam lançado grandes quan­tidades de CO, que teriam absorvido a temperatura solar, não permitindo a reflexão ao espaço. A Terra estaria su­peraquecida, e muitos organismo não teriam resistido.
O Dr. Harold Urcy, prêmio Nobel de Química, sugere que um cometa, com cabeça cristalina, teria sofrido um impacto com a Terra, derraman­do enormes quantidades de cianido, que teria elevado a temperatura da at­mosfera terrestre e envenenado sua superfície.
O Dr. David Norman afirma que foi Georges Cuvier o primeiro a notar, no registro fossilífero, o fim dos di­nossauros, e propôs a idéia do “Catas­trofismo”. Essa idéia supunha que Deus havia aniquilado todas as cria­turas da Terra, substituindo-as por outras de uma nova criação.5  A idéia de uma nova criação não é admissível, mas prevalece a crença no desapareci­mento dos dinossauros como resulta­do de uma catástrofe.
O Dr. R. L. Wysong destaca o des­cobrimento de pegadas de dinossauros e de seres humanos de tamanho normal e de gigantes, num mesmo sedi­mento. As impressões foram encontra­das em camadas do Novo México, Mizona, Texas, Missouri, Kentucky, Illi­nois, muito bem preservadas em depó­sitos sedimentares.6  Isso significa que os dinossauros viveram até um tempo relativamente recente e sofreram os efeitos de uma grande catástrofe uni­versal, juntamente com seres humanos, talvez o Dilúvio, mencionado na Bíblia.
Uma evidência de morte súbita de animais, devido à ação da água, é a des­coberta de restos de mamutes, na Sibé­ria e no Alasca, apresentando corpos preservados da decomposição e até com alimentos em pleno processo de digestão. Richard M. Ritland propõe que esses animais foram extintos num dilúvio semelhante ao descrito no Gênesis. e assinala algumas evidências.7
Harry J. Baerg afirma que, graças ao conhecimento da Genética, em es­pecial aos processos de modificação dos genes ou mutações, pode-se ex­plicar o gigantismo dos dinossauros e de outras espécies. Por mecanismos ignorados, esses animais sofreram “mutação gênica”, e o resultado foi seu tamanho gigantesco, tendo desapare­cido na catástrofe do Dilúvio. Mas al­gumas espécies prevaleceram até de­pois desse evento. Na época do desco­brimento da Nova Zelândia, a moa, ave em vias de extinção ou já extinta, “media três metros de altura e pesava 230 quilos aproximadamente”.8
Como se vê, a festa continua.

Ruben Aguilar é profèssor  no SAL72  em Engenheiro Coelho. SP

Referências:

1. David Norman, Dinosaur¸McMillan, USA, 1991, pág. 26.
2. Cuvier escreveu os resultados dos seus estudos numa obra intitulada Leçons sur L’anatomie Comparée.. T. Storer & R. Usinger, Zoologia General. Ed. Omega, Barcelona, 1961, pág. 34.
3. Alguns evolucionistes acreditam que os Euparkerla locomo­viam-se com as patas posteriores enquanto que as anteriores seriam adaptadas para o vôo. A. Lee McAlester Historia Geológica da vida. Ed. Edgard Blücher Ltda., SP. 1950, pg. 127.
4. Ornithischian,  dinossauros semelhantes a aves. Storer & Usin­ger. Op. cit, pág. 821.
5. D. Norman. Op. cit., pág. 212.
6. R. L. Wysong The Creation Evolution Controversy, lnquiry Press. Michigan. 1981, pdt. 373.
7.      R.M. Ritland, A Search for Meaning in Nature, Pacific Press Publishísg Ass.. CA. 1970, págs. 180-204.
8.      H.J. Baerg. O Mundo Já Foi Melhor, traduzido, CASA. Tatui, SP, 1992, pág 19.

Sem comentários:

Enviar um comentário

VEJA TAMBÉM ESTES:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...