Ambiente planeado
Inúmeras
constantes físicas fundamentais no Universo estão delicadamente relacionadas
com as necessidades dos sistemas vivos. Se fossem diferentes, mesmo numa fração
minúscula, a vida seria impossível. Isso
e conhecido como Princípio Antrópico. Muitos cientistas acham nele razões para
crer no Deus Criador.
Mesmo na antiguidade houve aqueles que perceberam as
evidências de planejamento na natureza, O escritor romano Cícero (10643 a.C.)
foi quem deu a esse conceito talvez sua mais elevada expressão nos tempos
pré-cristãos. São dele as palavras: “Ao observarmos um gnomon [relógio de sol]
ou uma clepsidra [relógio de água], vemos que eles indicam o tempo de maneira
propositada, e não por acaso. Como podemos imaginar, então, que o Universo como
um todo seja destituído de propósito e inteligência, ao abarcar tudo, incluindo
esses próprios artefatos e seus artífices?”
O terceiro planeta do sistema solar também traz as
digitais do Criador. Quanto mais se estuda e se conhece a Terra, mais se
evidencia a interdependência ambiental e mais se conclui que se trata de um
planeta propositalmente planejado e preparado para acolher e preservar a vida.
Pode se dizer que a vida na Terra torna a vida possível, o que significa que
seres viventes foram feitos para se apoiarem mutuamente. A interdependência
observada nos seres vivos sugere que essas relações foram criadas
intencionalmente
Para
que os átomos de carbono (a base da vida) existam, com as propriedades que
eles têm, é necessário um ajuste fino das constantes físicas, como a escala QCD
(Cromodinâmica Quântica), a carga elétrica e até mesmo a dimensão do
espaço-tempo. Se essas constantes tivessem valores significativamente
diferentes, o núcleo do átomo de carbono não seria estável ou os elétrons se
desmoronariam para dentro do núcleo. A vida seria impossível. Há outros fatores
que sugerem esse planejamento: a distância adequada da Terra ao Sol,
garantindo, entre outras coisas, a existência de água no estado liquido; uma
lua com tamanho suficiente para fazer
com que as marés oceânicas permaneçam em movimento sem, contudo, submergir
vastas regiões terrestres, e órbita a uma distância que minimize qualquer
mudança na inclinação do eixo do planeta, garantindo assim estabilidade no
clima; o campo magnético, que se
constitui numa maravilhosa proteção planetária; a força da gravidade, que
permite ordem e estabilidade; a adequação da atmosfera, com o oxigênio na
proporção ideal de 21%, o nitrogênio como gás inerte e isolante na proporção de
79%, e o gás carbônico na pequena proporção de 0,03%, mas o suficiente para
manter o ciclo do carbono e a vida, sem favorecer o chamado efeito estufa, como
acontece no superaquecido planeta Vênus. Por outro lado, não ocorrem na atmosfera
os compostos de enxofre com seus efeitos desagradáveis, nem amônia, metano ou
hidrogênio, como acontece em outros planetas, e nem o perigosíssimo monóxido de
carbono, que apenas ocorre na atmosfera quando o próprio ser humano a polui.
Além
desse equilíbrio vital dos gases, a composição da atmosfera é tal que permite
justamente a passagem das radiações necessárias à manutenção da vida,
amortecendo as radiações perigosas. A Terra
também se beneficia de uma posição no sistema solar e na galáxia onde os níveis
de radiação cósmica não são altos. Mais: conta com a proteção de um planeta
como Júpiter, o maior de nosso sistema solar, com tamanho que lhe dá uma
gravidade que acaba atraindo para si cometas e asteróides que poderiam destruir
nosso planeta.
Por
isso e muito mais, pode-se perceber que a Terra foi planejada com carinho pelo
Criador para ser um lar sob medida para seus habitantes.
Míchelson
Borges michelson@cpb.com.br
Sinais
dos Tempos Janeiro-Fevereiro/2003
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