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domingo, 2 de março de 2014

DIGITAIS DO CRIADOR





Ambiente planeado

Inúmeras constantes físicas fundamentais no Universo estão delicadamente relacionadas com as necessidades dos sistemas vivos. Se fossem diferentes, mesmo numa fração minúscula, a vida seria impossível.    ­Isso e conhecido como Princípio Antrópico. Muitos cien­tistas acham nele razões para crer no Deus Criador.                      
Mesmo na antiguidade houve aqueles que perceberam as evidências de planejamento na natureza, O escritor romano Cícero (10643 a.C.) foi quem deu a esse conceito talvez sua mais elevada expressão nos tempos pré-cristãos. São dele as palavras: “Ao observarmos um gnomon [relógio de sol] ou uma clepsidra [relógio de água], vemos que eles indicam o tempo de maneira propositada, e não por acaso. Como podemos imaginar, então, que o Universo como um todo seja destituído de propósito e inteligência, ao abarcar tudo, incluindo esses próprios artefatos e seus artífices?”
O terceiro planeta do sistema solar também traz as digitais do Criador. Quanto mais se estuda e se conhece a Terra, mais se evidencia a interdependência ambiental e mais se conclui que se trata de um planeta propositalmente planejado e preparado para acolher e preservar a vida. Pode se dizer que a vida na Terra torna a vida possível, o que sig­nifica que seres viventes foram feitos para se apoiarem mutuamente. A interdependência observada nos seres vivos sugere que essas relações foram criadas intencionalmente
Para que os átomos de carbono (a base da vida) existam, ­com as propriedades que eles têm, é necessário um ajuste fino das constantes físicas, como a escala QCD (Cromodinâmica Quântica), a carga elétrica e até mesmo a dimensão do espaço-tempo. Se essas constantes tivessem valores significativamente diferentes, o núcleo do átomo de carbono não seria estável ou os elétrons se desmoronariam para dentro do núcleo. A vida seria impossível. Há outros fatores que sugerem esse planejamento: a distância adequada da Terra ao Sol, garantindo, entre outras coisas, a existência de água no estado liquido; uma lua com tamanho suficiente para fazer com que as marés oceânicas permaneçam em movimento sem, contudo, submergir vastas regiões terrestres, e órbita a uma distância que minimize qualquer mudança na inclinação do eixo do planeta, garantindo assim estabilidade no clima;  o campo magnético, que se constitui numa maravilhosa proteção planetária; a força da gravidade, que permite ordem e estabilidade; a adequação da atmosfera, com o oxigênio na proporção ideal de 21%, o nitrogênio como gás inerte e isolante na proporção de 79%, e o gás carbônico na pequena proporção de 0,03%, mas o suficiente para manter o ciclo do carbono e a vida, sem favorecer o chamado efeito estufa, como acontece no superaquecido planeta Vênus. Por outro lado, não ocorrem na atmosfera os compostos de enxofre com seus efeitos desagradáveis, nem amônia, metano ou hidrogênio, como acontece em outros planetas, e nem o perigosíssimo monóxido de carbono, que apenas ocorre na atmosfera quando o próprio ser humano a polui.
Além desse equilíbrio vital dos gases, a composição da atmosfera é tal que permite justamente a passagem das radiações necessárias à manutenção da vida, amortecendo as radiações perigosas. A Terra também se beneficia de uma posição no sistema solar e na galáxia onde os níveis de radiação cósmica não são altos. Mais: conta com a proteção de um planeta como Júpiter, o maior de nosso sistema solar, com tamanho que lhe dá uma gravidade que acaba atraindo para si cometas e asteróides que poderiam destruir nosso planeta.
Por isso e muito mais, pode-se perceber que a Terra foi planejada com carinho pelo Criador para ser um lar sob medida para seus habitantes.
                                                                  
Míchelson Borges  michelson@cpb.com.br


Sinais dos Tempos      Janeiro-Fevereiro/2003

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