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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

PRISCILA MULHER DE ÁQUILA



PRISCILA, UMA VALIOSA COLABORADORA NA PREGAÇÃO DO EVANGELHO

"O 'Coemeterium Priscilla', uma das mais antigas catacumbas de Roma, e a 'Titulus Priscilla', uma igreja no Aventino, em Roma, recordam às pessoas do século vinte uma mulher que viveu no início desta era, a quem Tertuliano chamou, 'a Santa Priscila, que pregou o Evangelho'." A Autora

Atos 18:1-4
Atos 18:18.20
Atos 18:24-26
Romanos 16:3-5
l Coríntios 16:19

Priscila. O fato de o nome dela ter sido preservado na história prova que foi uma mulher notável e distinta. O uso do seu nome antes do nome do marido é mais uma afirmação disso. Por mais respeitada e interessante que pudesse ter sido a sua vida em Roma, veio a terminar abruptamente em 50 A. D., quando o imperador Cláudio expulsou todos os judeus da cidade.
Priscila e Áquila deixaram Roma e regressaram à Ásia Menor donde eram naturais, fixando-se finalmente em Corinto.
Parecia que as suas vidas tinham atingido um ponto morto, mas o plano de Deus para eles revelaria em breve um excitante recomeço. Uma fascinante nova vida de serviço os aguardava.
Tinham deixado muito para trás – os bens, os amigos.
Mas constituíam um casal harmonioso e o seu matrimônio continuava intacto. Não precisavam da advertência que mais tarde Paulo dirigiu aos coríntios que levavam uma vida livre, quando escreveu: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" (2 Cor. 6:14) Este casal tinha-se tornado um, de um modo muito especial, enquanto andavam juntos na sua fé (Amós 3:3).
Tinham chegado a Corinto precisamente antes de Paulo. Ele tinha confiança neste casal e desejava investir a sua vida neles a fim de que o Evangelho pudesse ser mais espalhado.
Tanto Priscila como Áquila tinham aprendido um ofício. E mesmo os judeus ricos faziam com que os filhos aprendessem uma profissão. Um sábio provérbio que apoiava esta prática dizia assim: "Aquele que não cuida de ensinar uma profissão ao filho, ensina-o a ser ladrão''. E não tinha Jesus de Nazaré, o carpinteiro, provado de fato que o trabalho manual era digno?
Eles faziam tendas, e esta profissão revelou-se um elo entre eles e Paulo, pois este fazia também. Não só trabalharam juntos, mas viveram igualmente juntos. Paulo sabia bem que o melhor treino que podia dar provinha do fato de estarem em contato dia após dia. Como Jesus, ele escolheu cuidadosamente os seus futuros cooperadores (Mar. 3:14).
Trabalhavam numa pequena loja fora de casa, semelhante às que ainda hoje são comuns no Médio Oriente. Fartavam-se de conversar à medida que os dias decorriam e as peles de cabras e o couro se transformavam nos seus dedos em úteis coberturas de tendas. Diariamente, Paulo talhava a Palavra de Deus para as suas necessidades. E eles aprendiam a aplicá-la (Filip 4:9).
Priscila e o marido ouviam ansiosos os ensinos de Paulo. Estavam interessados na mensagem que Paulo pregava na sinagoga ao sábado. Oravam a seu favor. E quando atravessava problemas estavam ao seu lado, prontos a dar a vida por ele. Priscila e Áquila não estavam só muito unidos pela fé e pela mesma profissão, mas também no seu respeito e amizade por Paulo. Esta lealdade deve ter significado muito para este homem solitário, pois pouco antes da sua morte, enviou-lhes as suas saudações (2 Tim. 4:19).
Priscila, que observava os mínimos detalhes da vida de Paulo, estava tão impressionada com o que ele fazia, como com o que dizia. Surgiu nela um desejo de se tornar seguidora deste homem. Ele deixara bem claro como é que uma pessoa podia seguir a Cristo (1 Cor. 11:1).
Sendo judeus ortodoxos, conheciam bem os ensinos do Velho Testamento. Mas o novo conhecimento duma fé em Cristo e a obra constante do Espírito Santo no coração humano eram verdades que davam novas dimensões à vida.
Paulo deixou Corinto após dezoito meses, durante os quais se formou uma igreja.
Priscila e Áquila acompanharam-no a Éfeso. Embora os judeus crentes ali desejassem muito que ficasse, ele partiu pouco depois de haver chegado. Estava de novo em marcha – desta vez para Cesárea.
O fruto do tempo que Paulo passara com Priscila e Áquila tornava-se agora evidente. Ele já não era necessário em Éfeso, porque eles podiam ficar lá e substituí-lo devidamente. O trabalho da sua vida estava a ser continuado por intermédio deles.
Isto tornou-se muito claro quando Apolo, um talentoso pregador judeu, de Alexandria, chegou a Éfeso. Falou às pessoas a respeito de Jesus, com palavras brilhantes e convincentes. O que pregava era verdade, mas incompleto. Priscila e Áquila detectaram imediatamente onde é que estavam as falhas na sua mensagem. Verificaram que a sua pregação terminava na obra de João Baptista. Ele não conhecia a maravilhosa história do Evangelho – os resultados da morte e da ressurreição de Cristo. Parecia que nunca tinha ouvido falar no derramamento do Espírito Santo.
Não condescendendo, convidaram-no prudentemente para o seu lar onde, de modo muito pessoal, lhe explicaram todo o Evangelho. A Bíblia descreve isto em simples palavras, mas a parte e a personalidade de Priscila não podem ser escondidos.
Ela não se retraiu por ser mulher, mas falou com tal amor e tato, que o culto e dotado pregador aceitou avidamente as palavras do casal leigo. Era isto que impressionava em Priscila, ela mantinha sob controlo a sua forte personalidade, ao oferecer indiretamente a sua liderança.
Seria por isso que os homens com quem trabalhava a apreciavam? O que é que Apolo ouviu de Priscila e do marido? Exatamente o que Paulo lhes havia dito a eles. Provaram a Apolo, pelas Escrituras, que Jesus era o Messias prometido, o Cristo.
Priscila e Áquila tinham começado uma reação espiritual em cadeia semelhante àquela sobre a qual Paulo escreveu mais tarde a Timóteo, seu filho na fé, "E o que de mim entre muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fieis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros." (2 Tim. 2:2).
O que Paulo havia ensinado a Priscila – ou Prisca, como ele gostava de lhe chamar – e a Áquila, tinham-no eles, por sua vez, transmitido a Apolo. Também este começou a passá-lo a outros – às pessoas de Corinto! Assim, Priscila e Áquila multiplicavam-se. Principiaram a produzir fruto espiritual. Tocaram uma vida, e essa vida floresceu num discípulo (1 Cor. 16:12), em quem sabiam poder confiar para pregar o verdadeiro e completo Evangelho também aos outros. Desse modo, enquanto Paulo viajava para a Palestina antes de regressar à Ásia Menor, e enquanto Priscila e Áquila abriam o seu lar em Éfeso para edificarem a igreja, Apolo alimentava os cristãos em Corinto. A Palavra de Deus crescia rapidamente porque a semente dessa Palavra caía em terreno preparado. Este apoio pessoal aos novos crentes causava crescimento e nova vida.
Algum tempo depois, o casal já não era necessário em Éfeso. Uma igreja tinha sido estabelecida ali, a qual podia continuar o seu trabalho. Deus chamou-os de novo a Roma. Cláudio tinha morrido. Mais uma vez, o lar de Priscila e Áquila se tornou o lugar de encontro para os cristãos, agora em Roma.
Paulo chamava-lhes agora os seus cooperadores em Jesus Cristo. Os antigos discípulos haviam-se transformado em valiosos colaboradores. Eram recordados com gratidão em todas as igrejas, tanto por judeus como pelos não judeus. A sua permanência em Roma foi breve, provavelmente devido à horrível perseguição aos cristãos no tempo de Nero.
Mas ficaram o tempo suficiente para começarem outra igreja. Aonde quer que iam, vidas eram transformadas e renovadas à medida que as pessoas chegavam a crerem em Jesus Cristo.
Voltaram a Éfeso. A tradição diz que Priscila e Áquila morreram finalmente como mártires – decapitados! A Igreja Católica Romana comemora os seus nomes no dia 8 de Julho na história dos mártires.
Priscila foi uma mulher e uma esposa notável. Muito provavelmente excedia o marido, uma vez que a história e as inscrições mencionam o seu nome e não o dele. Ela recebeu um lugar proeminente na história por causa da sua amizade e colaboração a Paulo.
Seria ela mais famosa que o marido por ser mais inteligente, ter melhor educação ou caráter mais forte? Ou ter-se-ia ela tornado cristã antes dele? Teria sido ela a levá-lo a Cristo? A Bíblia não o diz.
Todavia, o seu casamento é fascinante. Estes cônjuges harmonizavam-se perfeitamente em todos os aspectos da vida – na fé, nos interesses sociais e espirituais, nas amizades, no lugar que a Palavra de Deus desempenhava nas suas vidas, tanto para o seu estudo pessoal como na pregação e na sua prontidão em se darem aos outros sem quaisquer restrições. O seu propósito na vida era darem-se totalmente a Deus.
A vida requereu muito de Priscila. Ela tinha de ter grande vitalidade para se adaptar constantemente a novas situações. Fez grandes e cansativas viagens. Arriscou a vida pela disseminação do Evangelho. Foi excepcional nesse período da história, pois trabalhava com os homens, ao mesmo nível, e todavia, conquistou o seu amor e respeito.
Não sucumbiu à tentação de se tornar uma figura dominadora dentro do casamento. Honrou a relação que Deus deseja ver entre Ele e a união dos cônjuges (1 Cor. 11:3).
Séculos após a sua morte, a vida dela ainda revela às mulheres de hoje os segredos de uma vida frutífera e de um casamento que se torna útil na proclamação do Evangelho.
A vida de Priscila mostra também possibilidades que de há muito vêm sendo negligenciadas a abertura do lar tanto para a evangelização como para a edificação da Igreja. Teria Paulo aprendido isto com Priscila e Áquila? Pois ele serviu-se exatamente desse meio no futuro, quando todas as outras portas se haviam fechado para ele (At. 28:30,31). Mesmo nos nossos dias Priscila inspira muitos a porem os seus lares ao dispor para a expansão  do Reino de Deus.
Muito mais importante do que o nome de Priscila na história é o fato de que através das gerações ela tem estimulado as pessoas a seguirem Cristo – de várias maneiras.

Priscila, uma valiosa colaboradora na pregação do Evangelho.
(Atos 18:1-4,18-20,24-26; Romanos 16:3-5; 1 Coríntios 16:19).

Perguntas:
1. Enumere todas as igrejas em que Priscila e o marido serviram. O que é que isto revela a respeito do seu caráter?
2. Compare a dedicação de Priscila ao Evangelho com Atos 28:30,31. Qual foi a oportunidade que se revelou única para o alargamento do Evangelho?
3. Estude o seu encontro com Apolo, à luz de 2 Timóteo 2:2 e enumere as suas conclusões.
4. Leia Atos 18:24-26, cuidadosamente. Que condições tinha satisfeito Priscila a fim de poder ser útil nessa situação?
5. Faça o resumo de todas as oportunidades que Priscila utilizou para ser um instrumento útil na pregação do Evangelho.
6. Em que sentido é que ela constitui um motivo de encorajamento e estímulo para si? O que vai fazer para seguir o seu exemplo? 


FONTE: LIVRO SEU NOME É MULHER

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