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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ANA A PROFETIZA




ANA, UMA MULHER QUE NÃO FOI DESTRUÍDA POR UM CORAÇÃO FERIDO

"Ana permitiu que o seu profundo desgosto a forçasse para Deus...Os que dentre nós têm enfrentado qualquer tipo de tragédia – particularmente aquelas que são viúvas – sabem que nada cura as feridas como o fato de se estar conscientemente com Deus". Eugénia Price*

Jeremias 49:11 - "Deixa os teus órfãos, eu os guardarei em vida; e as tuas viúvas confiarão em mim".
Salmo 147:3 - "Sara os quebrantados de coração e liga-lhes as feridas".
Lucas 2:22-27a – "..."
Lucas 2:36-38   – "..."

Poderá uma pessoa morrer com o coração despedaçado?
Médicos britânicos, estudando os casos dum grande grupo de viúvos, descobriram que muitos deles morriam dentro dos primeiros seis meses após a morte das esposas – cinqüenta por cento com crises de coração.
A vida da profetisa Ana podia ter sido sem esperança. Mesmo hoje, uma viúva no Médio Oriente é praticamente lançada para a sepultura quando o marido morre. A única coisa que uma mulher estéril, no tempo de Ana, poderia fazer depois da morte do marido era voltar para casa dos pais, esperar por um segundo marido, ou pela morte.
A felicidade do casamento de Ana durou apenas sete anos. Os comentaristas da Bíblia dizem que ela era viúva há mais de 60 anos. Era uma profetisa da tribo de Aser, da Galiléia. Desta tribo insignificante é que se tinha dito, "Nenhum profeta pode vir da Galiléia".
Os profetas eram, em regra, homens. Uma mulher profeta era raro. A Bíblia nomeia algumas – Miriã, Débora, Hulda e Noadia, no Velho Testamento; e as quatro filhas de Filipe, o Evangelista, no Novo Testamento.
Ana fica entre as do Novo e as do Velho Testamento.
Era uma honra ser profetisa. Uma mulher que, como um profeta, anunciava a Palavra de Deus ao povo era excepcionalmente privilegiada. Ana pertencia a um grupo seleto.
As viúvas tomavam muitas vezes a atitude, "Quando o meu marido morreu, a minha vida acabou''. Ana revelou um ponto de vista completamente diferente. Não se refugiou no isolamento ou na piedade de si própria depois do grande golpe da sua vida. Não se tornou um fardo para os parentes. Não se transformou numa mulher solitária, para quem a vida já não tinha nada a oferecer, nem tão pouco se tornou numa pessoa de quem toda a gente tivesse pena, mas que ninguém soubesse como ajudar.
Também não se refugiou no passado. Este constitui um dos maiores perigos que as viúvas enfrentam, e só aquelas que, como Ana, perderam os companheiros da sua vida, sabem quão séria pode ser esta ameaça para a vida espiritual.
Quando a unidade de um casal é quebrada, o que resta é uma pessoa só, dividida em duas. Mesmo depois de um casamento relativamente breve, o cônjuge que fica nunca é o mesmo que era antes.
Continua a ser metade de duas pessoas.
Ter-se-ia Ana confortado com a idéia de que Deus não leva a pessoa só por levar? Teria ela esperado que Ele Se desse a Si mesmo em troca daquilo que lhe havia tirado?
É muito provável. A pessoa tem de ter coragem e visão suficiente para adotar essa atitude. Jesus disse mais tarde aos Seus discípulos que ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus (Lc. 9:62). Ana fugiu para Deus. Dedicou a vida a servi-Lo no templo. Orava e jejuava. Estava pronta a dar mais atenção a Deus do que a si própria, e a dar ao Seu trabalho toda a prioridade.
Quando uma viúva ousa deixar o passado isolado, quando não depende de recordações para uma felicidade autêntica, e quando é capaz de enfrentar tanto o presente como o futuro com Deus, uma paz sobrenatural inunda o seu coração. Já não está na vida como uma desolada, mas como alguém que consola. Pode confortar os outros em problemas e na dor, porque ela própria já foi confortada por Deus (2 Cor. 1:3,4).
Ana estava ocupada com o trabalho de Deus, não só durante o dia, mas também de noite. Contudo, a despeito de todas as suas atividades, não perdia a visão das pessoas. Uma verdadeira comunhão com Deus não é apenas introspectiva, mas expressa-se também exteriormente. Deseja fazer os outros felizes. Soren Kierkegaard disse uma vez: "A porta da felicidade abre-se para o exterior... para os outros".
O mundo era escuro, sombrio e sem esperança no tempo de Ana. Os problemas haviam-se tornado demasiado grandes para as pessoas os poderem suportar. Muitos, portanto, estavam, consciente ou subconscientemente, procurando uma redenção que só podia vir de Deus – a vinda do Messias.
De repente, surge o grande dia. Jesus nasceu!
Quando José e Maria levaram o seu Primogênito ao templo para o apresentarem a Deus, como indicava a lei, não encontraram lá apenas o piedoso Simeão, o homem que sabia que não iria morrer sem ver o Messias, mas viram também Ana. Deus, que havia cuidado dela tão fielmente durante todos aqueles anos, fez com que ela não perdesse aquele momento sagrado. A mulher que não teria, em regra, recebido qualquer oportunidade na vida por causa da sua condição, o estado de viúva e a sua idade, tornou-se nesse momento uma das mais privilegiadas mulheres do mundo. Juntamente com Simeão, pôde ver o Menino e adorá-lO.
Este foi o instante mais alto da sua vida, a resposta às orações de muitos anos. Constituiu o momento supremo de todos os tempos, o momento pelo qual o mundo tinha tão ansiosamente esperado – o Messias havia chegado" Para Ana, só era natural fazer duas coisas. Primeiro, juntou-se a Simeão no louvor e adoração a Deus porque o tão esperado Redentor do seu povo, do mundo e dos seus próprios pecados tinha chegado. Segundo, achou que não era possível conservar esta tão extraordinária notícia só para ela. Alguém disse: "Testemunhar é olhar bem para o Senhor Jesus Cristo, e depois contar aos outros o que se viu''. Foi esta a reação de Ana.
Isto prova como conhecia bem as pessoas. Conhecia todos os que em Jerusalém estavam ansiosos pelo Salvador. Foi e contou-lhes o que tinha visto. Este anunciador de Jesus Cristo não era um jovem enérgico e eloqüente, mas uma mulher idosa. Era alguém que havia experimentado o que o Salmista escrevera a respeito do Senhor, "Sara os quebrantados de coração e liga-lhes as feridas".

Ana, a mulher que não foi destruída por um coração ferido
(Jeremias 49:11; Salmo 147:3; Lucas 2:22-27a, 36-38)

Perguntas:
1.     Quando jovem, Ana experimentou uma grande perda. Como é que isso influenciou a sua vida? (Ver também Lucas 9:62).
2.     Como é que a Bíblia descreve a sua relação com Deus? Que conclusões tira disso?
3.     Que privilégio experimentou Ana?
4.     O que é que fez Ana depois de ter visto Jesus?
5.     Leia 2 Coríntios 1:3,4. Que oportunidades específicas têm as pessoas que sofreram tristezas?
6.     O que é que aprendeu de Ana acerca de como ter vitória sobre a tristeza? Haverá alguém que possa ajudar nessa área? Quem?







FONTE: LIVRO SEU NOME É MULHER



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