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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A MULHER DE LÓ



A MULHER DE LÓ, QUE NÃO LEVOU A SÉRIO A GRAÇA DE DEUS

"A cordilheira montanhosa ab Sodoma consiste inteiramente de sal. Uma das suas formas lembra vagamente ama figura feminina. Os guias de turistas ainda apontam para ela como sendo a estátua de sal em que a esposa de Ló ficou transformada." A Autora

Gênesis 19:1-17
Gênesis 19:24-26

Cerca de 20 séculos depois de Cristo, os autocarros israelitas chegam e partem da costa sudoeste do Mar Morto. Turistas de todas as partes do mundo vêm ver o local onde ficavam Sodoma e Gomorra, ao qual os árabes ainda chamam Bahr Loet – "o Mar de Ló".
Não há muito que ver. Sodoma é mais uma experiência do que uma atração turística. Não existe qualquer sinal de vida. Não há cores a alegrar a paisagem. A superfície do lago que fica a cerca de um quarto de milha abaixo do nível do mar, é o lugar mais baixo da terra e evapora rapidamente nas elevadas e quase insuportáveis temperaturas. O ar vibra com o calor, e sente-se que está sobrecarregado de odores de sal e enxofre.
Nesta atmosfera pesada e desoladora, não é preciso muita imaginação para se reconhecer que um dia teve lugar ali uma catástrofe. É como se o juízo ainda pairasse sobre a região.
"Olhem, lá está a mulher de Ló", dizem os guias dos turistas quando apontam para uma forma bizarra na cordilheira rochosa, mas esse fato é difícil de comprovar.
Por outro lado, há séculos atrás, este mesmo local era agradável, verde e cheio de vida (Gên. 13:10). As transações em Sodoma e Gomorra iam-se processando como de costume e não havia muita indicação de que o juízo de Deus estivesse a chegar.
Apesar dos seus subúrbios tranqüilos, na noite do dia que Deus havia designado, a animada cidade de Sodoma estava em alvoroço por causa de dois homens que tinham vindo visitar Ló e a sua família.
Saberia a mulher de Ló que os seus hóspedes eram anjos de Deus enviados para julgar a cidade? Provavelmente, ela não sabia com que insistência o patriarca Abraão intercedera junto de Deus para que salvasse as cidades de Sodoma e Gomorra se lá houvesse só alguns habitantes justos (Gên. 18:23-33). "Tenho ouvido", dissera Deus a Abraão, "que os habitantes de Sodoma e Gomorra estão totalmente corrompidos e que tudo o que fazem é perverso. Vou descer para ver se estas referências são verdadeiras ou não. Depois o saberei" (Gên. 18:20-21).
Mas a mulher de Ló sabia bem que a vida em Sodoma era imoral há muitos anos. A sodomia – um aspecto aberrante de homossexualidade (Rom. 1:26-27) – era praticada tão abertamente que recebeu o nome da cidade de Sodoma. A situação tinha-se tornado tão deplorável nos últimos anos, que a população masculina da cidade – jovens e velhos – correu para raptar os hóspedes do seu marido.

Escrituras do Novo Testamento confirmam a iniqüidade de Sodoma e Gomorra. Elas entregavam-se a práticas de buscasse profunda imoralidade (Judas 7) e assim foram condenadas, e reduzidas a cinzas (2 Pe. 2:6).

Ela reparou que o marido deixou a segurança do lar para tentar negociar com a turba desordenada e sedenta de violência. Ficou preocupada quando Ló ofereceu duas filhas virgens em troca dos dois homens, mas desse momento em diante a situação começou a modificar-se demasiado depressa para ela se poder aperceber da realidade. Primeiro, os sodomitas voltaram a sua ira contra Ló de modo tal que só um milagre, uma intervenção dos próprios homens de Deus, salvou a vida do seu marido.
Depois, ela ouviu que os dois visitantes faziam várias perguntas muito sérias a Ló. "Que parentes tens nesta cidade?" – perguntaram eles. "Tens genros, filhos e filhas? Leva-os para longe daqui! Faz isso o mais depressa possível, pois nós vamos destruir completamente a cidade. Deus enviou-nos para isso" (Gên. 19:12-13).
A princípio, ela pensou que os visitantes estavam apenas tentando preocupar Ló, sem necessidade. Mas eles haviam salvo o seu marido daquela multidão desvairada, e assim começou a dar mais atenção às suas palavras. O marido também ouviu e começou a obedecer. Correu excitado para fora da porta e tentou em vão persuadir os genros a fugirem da cidade com ele e sua família. Quanto insistiu com eles, para afinal ficar frustrado e humilhado quando as suas gargalhadas lhe ecoaram nos ouvidos. Estavam convencidos de que Ló estava a brincar e olharam para ele como se tivesse perdido o juízo (Gên. 19:14).
Talvez a mulher de Ló tivesse conseguido dormir algumas horas, antes de amanhecer, enquanto o marido estava fora. Mas com os primeiros raios da manhã, os dois visitantes acordaram-na com gritos de urgência. "Depressa, depressa, deixa a cidade enquanto podes. De outro modo serás destruído com ela", disseram eles ao marido (Gên. 19:15). Ela olhava com hesitação à sua volta – fixava o marido, as filhas, a casa. Por que é que eu hei de deixar a minha casa? – perguntava ela a si mesma. Viver nesta cidade, nesta casa... é bom, não é? Estou familiarizada com tudo isto. O meu marido tem uma posição respeitável no conselho da cidade e as minhas filhas estão noivas e vão se casar. A vida corre normalmente. Na realidade, nada mudou. Por que é que o juízo de Deus havia de vir repentinamente sobre nós?
Teria a mulher de Ló saído da Mesopotâmia com ele e com a família, alguns anos antes ? Ou tê-la-ia encontrado Ló muito mais tarde, em Sodoma? O passado dela é desconhecido, assim como o nome.
Quer ela tivesse nascido em Sodoma ou não, o fato é que a cidade controlava agora os seus pensamentos. Estava ligada a Sodoma pelo coração.
A Bíblia não diz se ela tinha uma relação pessoal com Deus ou não. Todavia, em virtude do seu casamento, tornara-se parente próxima de Abraão, a quem as Escrituras chamam "o pai de todos os crentes". Abraão e Sara viviam em Hebrom, que ficava bastante perto de Sodoma. Sem dúvida que ela se tinha encontrado com eles e desse modo ouvira falar de Deus.
Ló, o seu marido, também conhecia o Senhor Deus, mas na proporção em que se ia ligando mais a Sodoma, assim se afastava dEle.
Nesse momento da vida, Deus fez a Sua decisão. Não podia permitir que a iniqüidade de Sodoma continuasse por mais tempo. Tinha de castigar a cidade por causa dos seus graves e hediondos pecados. A despeito da Sua ira, o coração de Deus inclinava-se para a mulher de Ló e sua família. Ele queria salvá-la das garras da morte que já se estendiam para a cidade. Desejava proceder com misericórdia para com ela, oferecer-lhe uma graça que ela de fato não merecia. Deus enviou mesmo os Seus anjos à sua casa para tentarem salvar as poucas pessoas que não precisavam ser destruídas.
Apesar disso, ela hesitava. Desperdiçava tempo precioso. Os anjos esperavam com impaciência que ela se mexesse, mas por fim não puderam demorar mais. O cálice da ira de Deus estava cheio até às bordas, até à última gota. Cada segundo que eles esperavam significava maior perigo para as suas vidas.
Deus havia feito tudo o que podia para salvar Ló e a sua família. Não obstante o amor de Ló pelo Senhor ter esfriado, Deus ainda o considerava um homem justo (2 Pe. 2:8). Mas agora era necessário que a família desse ouvidos aos Seus mensageiros e atendesse aos seus avisos. Eles tinham que deixar a cidade de pecado, para trás.
Subitamente, um dos anjos agarrou na mão da mulher de Ló e levou-a para fora da porta da sua própria casa, insistindo com ela: "Escapa-te por tua vida. Não olhes para trás de ti, não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças" (Gên. 19:10).
Tendo-se esgotado o tempo, Ló e a sua família partiram de casa. Quando atingiram os subúrbios da cidade, Ló pediu autorização para ficar na pequena e próxima cidade de Zoar.
Os anjos concederam-lhe, mas insistiram com ele para que evitasse qualquer perda de tempo. "Apressa-te e escapa-te para Zoar", declararam os anjos, "porque nada poderei fazer, enquanto não tiveres ali chegado" (Gên. 19:21-22).
Assim, a família seguiu para Zoar. De acordo com os costumes orientais, Ló ia à frente. A esposa ia alguns passos atrás.
Mal tinham chegado à pequena cidade, quando o juízo desabou. Uma chuva de fogo e enxofre caiu do céu sobre Sodoma e Gomorra. As forças da natureza fustigaram violentamente as duas cidades, reduzindo-as a cinzas. Toda a região foi varrida da face da terra pela mão do Senhor. Nenhum ser humano, nem animal, nem o menor vestígio de relva ou arbusto permaneceu com vida.

"Deus fala uma e duas vezes ao homem, mas ele não ouve", disse um dos amigos de Jó, "... levando os homens a mudar os seus pensamentos ... avisando-os do castigo do pecado, e impedindo-os de caírem na armadilha" (Jó 23:14,17, literalmente do holandês).

Quando a violência do céu irrompeu, a mulher de Ló deu provas de que não tinha levado a sério a Palavra de Deus. Olhou para trás. Os seus pés haviam-se afastado de Sodoma, mas o coração ainda se inclinava para lá.
Esse olhar foi-lhe fatal. A chuva de enxofre e sal atingiu-a, cobriu-a e tornou-se a sua sepultura. Bíblia descreve a sua história em quinze palavras: "E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal" (Gên. 19:26).
Ela podia ter escapado à morte, pois Deus tinha-a avisado a tempo. Mas não levou a sério a advertência de Deus. Ignorou a Sua graça, cometendo assim um grave erro. Usando as palavras de Davi, ela não se interessou absolutamente nada com Deus ou com o que Ele havia feito (Sal. 28:5). As palavras de Isaías também se lhe podem aplicar diretamente. "Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão ele pratica a iniqüidade, e não atenta para a majestade do Senhor" (Isa. 26:10).
Essa negligência custou-lhe a vida. Ela não deixou que Deus a salvasse. Não aceitou a mão salvadora que Ele havia estendido na sua direção. Morreu por não querer obedecer e agir pela fé, e não realmente por causa dos pecados de Sodoma. Ela havia recebido a graça de Deus em vão (Luc. 17:32).
Jesus usou-a mais tarde como uma advertência: "Lembrai-vos do que aconteceu à mulher de Ló!" – disse Ele aos discípulos em face do juízo final que está para vir (Luc. 17:32)

"Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo", escreve o autor de Hebreus. "... Porque o nosso Deus é um fogo consumidor." (Heb. 10:31; 12:29).

A mulher de Ló tinha ultrapassado a possibilidade de ser salva. O seu destino foi selado. Todavia, a sua memória pode ainda ser uma bênção, se as pessoas que lêem a sua história estiverem prontas a aceitar a graça que Deus continua a oferecer. Há uma plenitude de graça em Jesus Cristo (Ef. 1:7-8), e as pessoas que crêem nEle recebem graça, um dom imerecido de Deus (Ef. 2:8).
Há esperança para todo o ser humano que leva a sério o que a Bíblia diz. "Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram" (Heb. 2:1-3)
 
A Mulher de Ló, que não levou a sério a graça de Deus
(Gênesis 19: 1-17, 24-26)

Perguntas:
1. Conte resumidamente a história da mulher de Ló, nas suas próprias palavras. (Leia também Gênesis 13:5-13).
2. Qual era o maior pecado dos sodomitas? (Leia também Judas 7 e II Pedro 2:6-8).
3. O que é que chocou em relação com a graça que Deus ofereceu à mulher de Ló ? (Leia também Jó 33:14, 17-18; II Coríntios 6:1).
4. Qual lhe parece ser o pecado que custou a vida à mulher de Ló ?
5. Considere esta história à luz de Hebreus 2:1-3. Quais são as suas conclusões?
6. Que princípio aprendeu do exemplo da mulher de Ló e como é que ele pode influenciar favoravelmente a sua vida?



FONTE: LIVRO SEU NOME É MULHER 2

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