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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

SEMANA DE ORAÇÃO - 5º TEMA - AMIGO DE DEUS




Amigo de Deus


Textos Bíblicos: João 15:10-15



Introdução

(Exponha tantos dos seguintes itens quanto possível: telefone, e-mail, carta, cartão postal, flor, caixa de bombons, anúncios classificados, conjunto de regras e regulamentos como, por exemplo, regras de hotel, regulamento escolar, regulamento laboral.)



Quais destes é que considerarias como um meio razoável de comunicares com um amigo? Mesmo um anúncio de classificados pode servir para enviar saudações de aniversário ou felicitações. Mas e quanto às regras e regulamentos? Não é algo em que pensaríamos para enviar a um amigo. Não encaixam na nossa forma de exprimirmos amor.

Contudo, o nosso texto para hoje diz algo diferente. João 15:10-14. “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no Seu amor. Tenho-vos dito isto para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.

“O meu mandamento é este: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a própria vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando.”

São os dez mandamentos uma expressão do amor de Deus? É a obediência aos mandamentos de Deus uma expressão do nosso amor? De facto, o texto parece estar a dizer isso. Talvez as próximas histórias nos ajudem a perceber melhor este conceito.



Agradar nossos amigos

“Olá companheiro!”, saudou Brandon o Jon, enquanto atirava os livros da universidade para cima da cama. “Amanhã é feriado. Queres vir fazer uma caminhada com o pessoal? Vai ser um espectáculo! O Ted ofereceu-se para levar o carro.”

“Não posso”, respondeu Jon. “Sabes que eu gosto tanto de caminhadas como vocês, mas prometi à Jessica que a ia levar ao concerto.”

“Ah, vá lá!... Esquece a Jessica por uma vez! Anda lá divertir-te.”

“Nem penses, não vou desapontar a Jessica,” insistiu Jon. “Eu prometi-lhe. Além do mais, sabes que nós temos de falar sobre o casamento.”

“O amor ganha sempre!” Admitiu Brandon. “Eu desisto.”

A resposta do Jon foi normal. Nós queremos agradar aqueles que amamos fazendo aquilo que nos pedem. É fácil virar as costas à multidão se o teu melhor amigo quer que faças algo diferente.

Será que não se passa exactamente a mesma coisa no nosso relacionamento com Jesus? Se Ele é realmente o nosso melhor amigo, se nós nos apaixonámos por ele, então vamos querer ouvir correctamente aquilo que Ele nos quer dizer, de modo a que possamos fazer o que Ele quer que façamos. Vamos querer passar tempo nas nossas meditações diárias a procurar as Suas instruções sobre como quer que nós vivamos. Quando entendemos o que Ele quer, estaremos mais do que desejosos de obedecer. É assim que funciona a amizade. É assim que funciona o amor.



Joni Earekson Tada

A Jovem Joni Eareckson de dezassete anos de idade foi nadar e mergulhou imprudentemente para dentro da água pouco profunda. Sua cabeça bateu no fundo, partiu o pescoço e ficou paralisada do pescoço para baixo. Naquele segundo, passou de uma vibrante adolescente para uma quadraplégica.

Durante semanas jazeu numa cama com armações no hospital, e pensava na vida sem poder usar as mãos ou as pernas. Naquela altura, a vida parecia totalmente sem esperança. Joni chorava copiosamente, irada com Deus. “Isto não é justo! Não aguento viver assim.”

Certa noite, sozinha na escuridão do quarto hospitalar, Joni jazia imóvel na cama, quando a sua vida bateu bem fundo. Durante vários dias implorava aos amigos para a ajudarem a suicidar-se. Eles recusaram. Ela ali jazia, a sentir seu futuro completamente sem solução, incapaz mesmo de tirar sua própria vida. Estava mal-humorada e queixava-se a toda a gente que se aproximava.

Um dia, um amigo confrontou-a com uma ordem directa de Deus que se encontra em I Tessalonicenses 5:18. “Em tudo dai graças.”

Fechou a Bíblia e disse, “Bem, Joni, não achas que está na altura de mudares de atitude e agradeceres a Deus pela tua cadeira de rodas?”

“Nem penses!” Respondeu Joni. “Eu não estou agradecida nem vou estar. Não dou graças quando não sinto que as deva dar.”

“Alto lá!” Interrompeu o amigo. “Olha para o versículo outra vez. Não diz para te sentires grata. Diz para dares graças em todas as circunstâncias, boas ou más, quer o sintas, quer não.” 

“Mas como posso agradecer a Deus, quando não consigo entender por que é que isto aconteceu comigo?” Queixou-se Joni.

“Nunca compreenderemos os caminhos de Deus,” continuou Steve. “Não precisas de saber porquê, precisas, sim, de ter vontade de fazer o que Deus diz, ser agradecida de que Ele esteja em tua vida, a guiar-te e a ajudar-te.”

Deste modo, Joni rangeu os dentes e rendeu sua vontade à Palavra de Deus. “O.K., Senhor, eu agradeço-te por esta cama de hospital. Eu preferia mesmo ter piza, mas se queres que tenha esta refeição de aveia do hospital, tudo bem. E Senhor, agradeço-te porque a fisioterapia me está a ajudar. Senhor, estou agradecida porque quando hoje tentei escrever o alfabeto, com o lápis entre os dentes, não pareci uma galinha a esgravatar.”

Não ajudou de um momento para o outro, mas com o tempo os sentimentos de Joni mudaram. Escreve, “Sentimentos de gratidão começaram por trazer melhoras. Era como se Deus me estivesse a recompensar com o sentimento de gratidão por Lhe ter obedecido e dado graças.”

Aquele acidente aconteceu há 37 anos. Joni é hoje uma artista com grandes dotes, desenha pinturas com o pincel entre os dentes. É também uma oradora muito conhecida e autora de livros com muito boa venda.

No fundo das suas pinturas, escreve as iniciais PTL. Delicia-se quando as pessoas lhe perguntam o que significam. Então ela pode explicar, “Querem dizer “Praise the Lord (NT: Louvai ao Senhor).” Isto dá-lhe a oportunidade de contar às pessoas como foi que ela começou a obedecer ao mandamento de Deus de dar graças e como isto a levou a ter uma maior amizade com Jesus.

João 15:14 “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.”

Todavia, obedecer não é normalmente fácil, especialmente quando as amizades humanas entram em conflito com a nossa amizade com Jesus.



O esforço de Sarah para obedecer

Certo dia, Sarah foi ter com Catherine Marshall com um problema. Tinha dúvidas sobre seu namoro com Jeb.

“Eu amo o Jeb”, dizia, “e o Jeb ama-me a mim. Mas o problema é que ele bebe. Não que seja alcoólatra ou coisa do género. Mas a bebida é uma espécie de símbolo de muitas ideias que ele tem. Isto tem-me aborrecido tanto que eu creio que Deus me está a tentar dizer para deixar o Jeb. Escute o que diz a Bíblia, “Ora, em recompensa disto (falo como a filhos), abri também o vosso coração. (...) que parte tem o fiel com o infiel?” Mas eu continuo com a esperança que ele veja as minhas maneiras e mude, mas até agora ainda não o fez e isso preocupa-me.”

Enquanto falavam, Sarah chegou à sua própria conclusão. Perderia algo infinitamente precioso, caso não seguisse o melhor e mais alto que conhecia. Lágrimas corriam-lhe dos olhos enquanto dizia. “Vou terminar o namoro. Creio que é isto que Deus quer de mim. Se Deus quiser que eu case com Jeb, Ele verá o que nele há a transformar.”

Naquele momento, ajoelharam-se e Sarah falou com Deus sobre a sua decisão em obedecer-Lhe. Colocou os seus sonhos desfeitos e o futuro recentemente incerto nas mãos de Deus. Submeteu-se a obedecer a Deus, confiando n’Ele para resolver a sua vida de acordo com a Sua vontade.

As ideias de Jeb não mudaram, e Sarah não casou com ele. Um ano mais tarde escreveu a Catherine uma carta extática: “Quase que me matou deixar o Jeb. Mesmo assim, Deus sabia que ele não era o melhor para mim. Há pouco tempo encontrei a pessoa certa e estamos para nos casar. Hoje, tenho realmente algo a dizer sobre a sabedoria e alegria de confiar em Deus e obedecer-Lhe.”

Chaterine continua, “É bom lembrar que nem mesmo O Pastor pode guiar, se a ovelha não O segue, mas insiste em correr à Sua frente ou tomando atalhos. É por isso que Cristo persiste em que se Lhe obedeça de uma forma muito prática. Lucas 6:46 diz, “Porque me chamais, Senhor, Senhor e não fazeis o que Eu mando?”



É preciso coragem

Era véspera de Natal em Meath Park, Saskatchewan. Archie Shipowick tinha pedido uma folga no trabalho para visitar o pai durante a época festiva. Depois da ceia, Archie sentou-se a falar com seu pai, Samuel, e com o irmão mais novo, Roman. De repente, Samuel levantou-se. “Acabei de me lembrar de algo”, disse, desaparecendo para dentro do quarto. Voltou com uma garrafa fechada de vodka.

Abriu a garrafa e encheu três copos. Empurrou dois por cima da mesa em direcção a Roman e Archie. “É Natal”, disse. “Vamos tomar um copo!”

Archie não fez qualquer movimento para pegar no copo. Engoliu duas vezes em seco e limpou a garganta.

“Vamos lá rapazes, bebam!” Ordenou Samuel, levantando o copo.

“Já não bebo destas coisas”, disse Archie.

Samuel ficou furioso. Estava a oferecer um copo de licor aos seus filhos crescidos, como era costume os pais Russos fazerem na noite de Natal, e Archie recusava. “Porque não?” Perguntou.

Archie tentou encontrar palavras para explicar a experiência da sua conversão e nova amizade com Deus.

“Archie tornou-se um Sabotnik(guardador do Sábado)”, disse Roman.

“Então tu achas que és melhor do que nós?” A cara de Samuel estava contorcida com raiva. “Sabotnik! Bah! Desgraçaste a família!” Galgou rapidamente para a varanda e voltou com um machado em direcção a Archie. “Já não és meu filho!”

“Não Papá!” Gritou Roman, ao agarrar o braço do pai. O machado caiu no chão.

“Saí já daqui! Os dois!” Ordenou Samuel.

Apressadamente, Roman e Archie calçaram as botas, vestiram os casacos e saíram para a noite estrelada, deixando Samuel em pé, no meio da cozinha, com um machado a seus pés.

“Podias ter bebido um gole ou dois só para agradar o Papá”, disse Roman depois de uns momentos de silêncio. “Não podias ter feito um esforço na noite de Natal para fazer o velhote feliz? Que diferença faria?”

“Se tivesse feito isso estaria a magoar o meu Pai Celeste”, explicou Archie. “Tive de escolher. Não podia agradar aos dois. Eu amo o papá, mas ainda amo mais a Deus”.

Se amamos a Deus vamos querer agradar-Lhe mais do que queremos agradar a nossos pais, ou mesmo os amigos mais próximos. “Vós sois meus amigos”, disse Jesus, “se fizerdes o que eu vos mando.” (João 15:14).



Poder para obedecer

Sem ajuda é impossível obedecer a todos os mandamentos de Deus. Com o Seu poder podemos fazer o que quer que Ele nos peça. Corrie Boom viveu esta experiência uma noite, na Alemanha. Aconteceu alguns anos após a II Guerra Mundial. Estava a dar uma volta pela Europa, falando sobre amor e perdão. As pessoas afluíam para a ouvir porque sabiam que tinha sido uma prisioneira de guerra, vítima de muita crueldade e ódio. O seu testemunho sobre o poder do amor era muito convincente.

Após as reuniões ficava na frente do auditório a cumprimentar as pessoas. Naquela noite, ao olhar para cima, viu um homem vir em sua direcção, que reconheceu como sendo um dos guardas de Ravensbruck. “Odeio aquele homem.” A cara de Corrie endureceu à medida que revivia os horrores que passara nas mãos dele. Uma onda de horror cobriu-a. Percebeu que o velho ódio ainda lá estava.

Ele estendeu-lhe a mão. “Uma boa mensagem Frauline! Como a senhora diz, é bom saber que todos os nossos pecados estão nas profundezas do mar”.

“Você era guarda em Ravensbruck”, respondeu Corrie. “Lembro-me de si. Também se lembra de mim?”

“Sim, fui guarda em Ravensbruck”, admitiu. “ Mas não me lembro de si. Eram tantas mulheres. Depois disso tornei-me um cristão. Sei que Deus me perdoou as coisas cruéis que ali fiz. No entanto, também gostaria de ouvir isso dos seus lábios. Frauline, está disposta a perdoar-me?”

As palavras de Cristo vieram a Corrie, palavras que havia pregado tantas vezes, “Amai os vossos inimigos. Perdoai vossos inimigos”. Contudo, naquela altura, Corrie percebeu que não tinha controlo sobre as suas emoções de ódio, amargura e raiva. Não conseguia obedecer a Deus. Não conseguia perdoar o homem. Ele havia sido demasiado mau, demasiado cruel, demasiado detestável.

Corrie diz que isto foi a coisa mais difícil que jamais teve de fazer. Olhou para o seu coração e não conseguiu ver mais nada senão frieza, amargura, aversão. Não havia qualquer sentimento de amor e perdão naquela ocasião.

“Jesus, ajuda-me! Orou silenciosamente. “É possível estender minha mão. É possível fazer esta enormidade, toma Tu o controlo. Tu tens poder de produzir sentimentos”.

Desajeitada e mecanicamente, empurrou sua mão em direcção à outra que se lhe estendia. Simultaneamente, algo incrível aconteceu. Diz ela, “A corrente começou nos meus ombros, desceu rapidamente para o meu braço, e saltou para dentro de nossas mãos unidas. Seguidamente, um calor curador pareceu inundar todo o meu ser, trazendo-me lágrimas aos olhos”.

“Eu perdoo-te, irmão”, disse chorando. “De todo o meu coração, eu perdoo-te”.



Mãos à obra:

Lê João 15:10-15



Examina

Abraão “foi chamado amigo de Deus” (Tiago 2:23). Que experiências de obediência na sua vida te ajudam a entender porque será que Deus lhe chama amigo?



Aprofunda
Procura alguns de outros mandamentos que Deus deu. Qual destes achas mais difícil de obedecer? Porquê?



  • Mateus 6:44
  • Mateus 6:3
  • Mateus 6:7
  • Mateus 7:1
  • Mateus 7:12
  • Lucas 16:15
  • Hebreus 13:2
  • I Tessalonicenses 5:18
  • João 4:21
  • Efésios 4:31,32



Pensa:
Que papel desempenha cada um dos seguintes aspectos, na nossa vontade ou relutância em obedecer a Deus?
  • Sentimentos;
  • Pressão de grupo;
  • Vontade própria;
  • Nosso relacionamento com Jesus;
  • Nossa crença na autoridade da Palavra de Deus;

Discute:
Olha para os Dez Mandamentos como uma expressão do amor de Deus por ti. Discute as maneiras como este amor é revelado em cada um destes mandamentos.



Age:

Desenha um cavalo e uma carroça. Com quais das palavras ou frases do “Pensa” acima expostas, categorizarias o cavalo e a carroça? Como se enquadram os outros aspectos com uma vida de obediência? Debate o teu desenho e o de teus colegas.

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