Existe hoje um
costume muito interessante sobre os: “Estudos de Crescimento de Igrejas”, os
quais nos apresentam uma quantidade de dados que mostram as realidades antes
não conhecidas. E isto nos ajuda a encontrar as causas de alguns problemas que
sofremos em nossas congregações.
Um desses estudos
mostra que se define uma pessoa ao batizar-se, nos 6 primeiros meses, se fica
ou se sai da igreja. Se nesse período, a igreja lhe oferece amigos em substituição
aos amigos e parentes que os abandonaram por causa da sua nova fé, ele fica,
senão, ele vai embora, já que não pode viver sozinho, pois precisa atender seu
“instinto gregário”.
Outro estudo mostra
que uma pessoa recém-batizada luta por 2 anos para integrar-se à família da
igreja. Nesse período, seus familiares ou amigos tornam-se adventistas ou a
igreja lhe dá amigos que os substituem, caso fique. Do contrário, terá que
suprir suas necessidades fora da mesma.
Analisemos de uma
forma mais prática, a experiência do novo membro:
Batizou-se no
sábado passado, é o único adventista em casa, sofre oposição de seus
familiares, os amigos que supriam suas necessidades sociais, e afastaram-se, já
que não comem os mesmos alimentos, não bebem as mesmas bebidas, não têm as
mesmas diversões, os temas de conversação são diferentes, etc..
Primeira
sexta-feira à noite, depois de estar batizado, com tudo organizado antes do
pôr-do-sol, deseja afastar-se do tudo o que interfere em sua relação com Deus,
tais como: música secular, TV, conversação, etc.
Como é o ambiente
em sua casa? Como em todos os dias, nada mudou, ouvem as mesmas músicas, a TV
com os mesmos programas, as mesmas conversações, etc., etc.? Que fazer? O
quanto antes possível, retira-se para um lugar reservado da casa, faz seu
culto, come algo e deita-se mais cedo que o habitual.
No sábado pela
manhã, como é novo, chega à igreja com bastante antecedência, senta-se em um
lugar qualquer, que termina sendo sua classe de Escola Sabatina e coincide que
o professor não estava no batismo do sábado passado, e ao fazer a chamada,
pergunta se é visita. Ele não entende nada, pois no sábado passado, chamaram-no
de ‘irmão’, membro da igreja, fizeram uma festa, até lhe entregaram flores e
agora o professor lhe pergunta se é visita! Certamente, não contestou, porque
nada entendeu do que se passava.
No final do culto,
à saída todos os conhecidos o saudaram, formando um círculo de amigos ao seu
redor, com aquelas conversações tão benéficas e necessárias que fazem parte do
encontro semanal na igreja e que preenchem uma grande necessidade de nossa
sociabilidade. Onde fica o recém-batizado? Em que grupo se encaixa, já que é um
desconhecido? Que fazer? Vai para a sua casa. Come alguma coisa rapidamente e
afasta-se do seu ambiente, recolhendo-se para o seu quarto, onde fica sozinho.
E depois? Creio que é aí, onde se inicia e se desenvolve um hábito muito forte
entre os adventistas – muito conhecido como a doutrina dos “4 Ss” = Santa
Soneca do Santo Sábado, que é
muito bom desde que seja equilibrado, não ocupando toda a tarde e não nos
privando do tempo de fazer visitas missionárias ou assistir ao culto JA .
Agora, depois do descanso, vai ao culto JA, e quando o
programa termina, acontece algo que é maravilhoso na igreja a atividade social
do sábado à noite com aqueles grupos de amigos, conversando com alegria,
compartilhando os acontecimentos, tanto os fatos alegres como as dificuldades,
brincando juntos, etc.
Onde se encaixa o
novo recém-batizado nessa feliz confraternização do sábado à noite? Ali os
grupos são mais fechados que nos encontros após o culto. Que fazer? Caminha por
entre os diferentes grupos e atividades por um momento, e depois entre tanta
gente que está se confraternizando, ainda ele se sente só e termina indo para
casa mais cedo.
Que fará em casa
tão cedo no sábado à noite? Lembremos que se deitou cedo na sexta-feira à
noite. A Escola Sabatina começou às nove horas da manhã.. Descansou o que podia
na “SSSS”. É evidente que deitar-se
cedo, não pode, e então, que fazer?
Os amigos com os
quais saía no sábado à noite, já o deixaram ou não pode participar do que eles
fazem; a família não o aceita e fala que se tornou um anti-social e tedioso. E
o que lhe resta? A solidão. Porém, o Senhor diz que “não é bom que o homem
esteja só”.
Quando está alegre,
com quem compartilhar? Quando se sente triste, a quem contar a sua
tristeza? Quando tem projetos, a quem consultar? Se houver algum problema, a quem recorrer?
Suas necessidades
de sociabilidade, seu instinto gregário, precisam ser atendidas, e por isso, a
igreja precisa criar um esquema bastante organizado, como o trabalho
missionário de primeira linha, para receber esses novos irmãos, e dar-lhes
aquilo que eles pediram na área da sociabilidade por aceitar a Cristo, ao
comprometer-se em aceitar o novo estilo de vida.
A igreja tem que
lhe dar a opção de escolher 6 novos amigos nos primeiros 6 meses. Amigos que
substituam os familiares e amigos que os abandonaram por ter aceitado a Cristo
como Seu Salvador.
A consciência de
que o trabalho missionário não acabou quando alguém é batizado tem que se
desenvolver de forma muito clara na igreja se queremos que a porta da apostasia
se feche definitivamente na igreja.
É trabalho
missionário tão importante, oferecer amizade e carinho ao recém-batizado, como
dar estudos bíblicos aos que não conhecem a Cristo.
Nosso objetivo não
é batizar pessoas, mas salvá-las e com o batismo, não realizamos todo o
necessário para a salvação, mas agora temos que integrá-lo à igreja e fazer
dele um discípulo, com o método de Cristo que é a convivência.
René
Sand
Associado de Escola
Sabatina e
Ministério Pessoal
– DSA
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