A igreja tem que
lhe dar nos primeiros 6 meses, 6 amigos que substituirão os amigos e familiares
que os abandonaram por sua nova fé.
Agora, falemos de
minha responsabilidade pessoal, meu trabalho missionário pessoal por aquele que
acaba de se batizar. Geralmente falamos sobre o que a igreja tem que fazer,
porém a igreja somos todos nós. Tanto eu como a igreja, que devemos fazer?
No momento em que a
pessoa sai da água, e que está limpa de todos os seus pecados, nasceu de novo.
Ela ficará na igreja ou voltará ao mundo de pecado?
Se lhe ofereço minha
amizade agora, poderia ser um de seus amigos que ele está necessitando para
substituir aqueles que perdeu. Ele ficará na igreja, porém, que implicação tem
isso? Tenho que estar disposto a pagar um preço, a fazer um sacrifício e mudar
algumas coisas na minha vida.
Tenho meu círculo
de amigos, com os quais me sinto bem e me fazem muito feliz; não necessito de
mais amigos, pois eles me suprem as necessidades. Para que quero mais? Não sou
eu o que necessita, é o recém-batizado, o que tem a carência, não tenho que
pensar em mim, mas no outro. É um ato de amor, tenho que dar atenção ao que
está em desvantagem.
O fato de que haja
a possibilidade de surgir um novo amigo têm seus riscos, posto que não conheço
a pessoa, além de meus amigos de antes, estão dispostos a aceitarem mais alguém
no círculo? E se eu abrir espaço à uma nova amizade e perder algum querido
amigo que tenho agora? Estou disposto a pagar o preço pela salvação de um
recém-batizado? Isso é obra missionária, é trabalhar pela salvação de outros, é
pagar o preço.
Quando alguém se
batiza, muda sua vida, e eu também tenho que mudar a minha. Agora tenho que
abrir meu círculo social dentro da igreja, pois é preciso que entrem novas
pessoas. A família é aumentada e precisa de ajustes, pois há novos irmãos.
Precisamos sair, comer e recrear-nos com as novas pessoas. Isto é um esquema
missionário de prevenção de apostasia; agora com os novos amigos.
O que fazer com
eles? Isso é o que tenho que fazer com
aqueles novos que estão entrando na
igreja, a fim de que suas necessidades sejam supridas.
Os amigos comem
juntos; então, temos que programar isso com os novos irmãos, tanto em casa como
fora.
Os amigos saem
juntos, e essas saídas precisam ser programadas para que eles sejam incluídos
também.
Os amigos festejam
seus aniversários juntos. Agora, em nossos aniversários, eles devem ser
convidados e quando eles também comemoram seus aniversários, como estão
sozinhos, devemos participar das suas
comemorações.
Os amigos se ajudam
quando estão em dificuldades, como na enfermidade ou com problemas difíceis que
estão sozinhos e não podem resolver, somos nós os que temos que fazer isso pois
eles não têm outros amigos.
Os amigos têm
projetos especiais em comum, tais como: atividades recreativas, hobbys, etc.
que os unem trazendo muita alegria e felicidade.
Quando eu era bem
jovem, um certo moço com mais idade que eu, converteu-se em nossa igreja. Não
sei como nem por que, talvez porque não éramos muitos adventistas na cidade,
tornamo-nos amigos e essa amizade aprofundou-se a cada dia, perdurando até
hoje. Eu fui ao colégio estudar e cada vez que retornava, a amizade não apenas
continuava, mas crescia. Formei-me e sai para trabalhar. Os anos se passaram e
a amizade com o Francisco não diminuiu. O que nos une depois de tantos anos,
apesar de nos vermos pouco e estarmos a uma distância de uns 3.000 km?
Houve algumas
coisas que sempre nos mantiveram unidos, foram atividades que realizamos e
quando podíamos, fazíamos juntos. Ele é mecânico e o meu hobby também é a mecânica; sempre temos
muito o que conversar nessa área.
Ele também gosta
muito de pescar e me fez gostar da pescaria. Mas algumas vezes que nos
encontramos, saímos para pescar, e isso é uma das cousas que mais aprecio na
vida. Sair a pescar com Francisco e outras cousas mais nos mantêm unidos como
amigos há 40 anos, aproximadamente.
Que mais fazem os
amigos? Uma das coisas que eles fazem é estar juntos, apenas estar juntos, nada
mais que estar juntos. Todos necessitamos disso, mesmo que não estejamos
realizando algo específico, somente ficar juntos. Essa é uma necessidade que
deve ser suprida.
Quando mudamos de
ambiente, seja de trabalho ou de casa para um outro bairro, cidade ou país, o
que mais nos faz sofrer é deixar os parentes e amigos. Muito nos custa criar
novos amigos que substituirão aqueles que deixamos no lugar anterior; não que
deixaram de ser nossos amigos, pois sempre estarão em nosso coração, mas que
estão distantes e temos que substitui-los no novo lugar.
O mesmo acontece
com as pessoas que se tornam adventistas, mesmo que continuem vivendo e
trabalhando no mesmo lugar, tornam-se pessoas estranhas, que precisam começar
seu círculo de amizade outra vez.
Ele precisa
integrar-se em sua nova comunidade. A igreja é responsável para que se realize
socialmente, onde poderá suprir suas necessidades, não apenas espirituais e
para as quais temos uma boa programação, mas as sociais. Para isso, precisamos
de uma programação tão boa quanto a espiritual, se não quisermos perder uma boa
parte dos que se unem à igreja pelo batismo.
Nossa igreja é
maravilhosa, não porque seja perfeita, mas porque Deus em Sua misericórdia
deu-nos uma compreensão especial que a Bíblia tem para concluir a pregação do
Evangelho. Portanto, a salvação não termina com a cerimônia batismal, onde é
realizado o parto do bebê e em seguida, passa a ser criado conforme as normas
de um verdadeiro cristão.
René Sand
Associado da Escola
Sabatina e
Ministério
Pessoal - DSA
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