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domingo, 25 de outubro de 2015

SÉRIE ESTÁ ESCRITO - 11A Cruz no Deserto




           11A Cruz no Deserto

Você imaginou o que as pessoas faziam quando pecavam, antes de Jesus morrer?  Hoje temos a promessa: “Se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo, para perdoar os pecados os e nos purificar de toda a injustiça.”   I São João (NT) 1: 9
Agora podemos ser perdoados porque Jesus morreu em nosso lugar e pagou o preço dos nossos pecados.  Mas como homens mulheres podiam ser perdoados antes da cruz, quando Jésus ainda não tinha morrido?
Na verdade, assim que o homem pecou, Deus demonstrou pela primeira vez o Calvário. Foi construído um altar sobre o qual um cordeiro foi sacrificado. Esse cordeiro representava a Cristo. Através dos séculos, cada vez que um animal inocente era sacrificado, apontava para o dia em que o Filho inocente de Deus morreria no lugar do homem. Esse foi o preço do perdão.
O povo de Israel, recém-saído da escravidão, precisava de uma comunicação simples e fácil para compreender o plano de Deus para a Salvação. Eles precisavam de algo prático, que demonstrasse a terrível natureza do pecado de modo vivo. Eles necessitavam de uma noção clara do elevado custo de nossa salvação. E foi o que Deus fez.  Ele ordenou: “E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo que Eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus vasos, assim mesmo o fareis.” Êxodo (VT) 25:8 e 9.
Deus desejava estar com o Seu povo, para isso era necessário um santuário. O santuário deveria ser um templo portátil que pudesse ser montado no deserto e transportado enquanto viajassem. Deus mostraria a Moisés um padrão, e daria a ele instruções detalhadas sobre a construção e a mobília. Para a construção desse santuário, Deus deu a Moisés uma planta detalhada, conforme o modelo original existente no Céu.

O preço o do perdão foi a morte do Filho inocente de Deus.

“Ora a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, ministro do santuário e do
verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus (NT) 8:1 e 2. Jesus, ao deixar a Terra, tornou-Se nosso sumo sacerdote. Ele ministra no santuário do Céu, portanto existem dois santuários: o do Céu e o da Terra.  “. . . Moisés divinamente foi avisado... olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.”  Hebreus 8:5.  O santuário portátil do deserto era uma cópia exata do santuário existente no céu.
Essa réplica  seria uma escola adequada para nos ensinar muitas coisas sobre o plano elaborado por Deus para a salvação da humanidade.
Ao sair do Egito, o povo de Israel acampou na vasta planície próxima do Monte Sinai, a aproximadamente 1.500 anos antes de Cristo.  O acampamento era uma verdadeira cidade de tendas onde imperava a limpeza e a ordem.  O povo estava dividido conforme suas tribos.  Cada um dos quatro lados que cercavam a área central abrigava três delas.  Na área central ficava o santuário.  Ao se entrar no pátio, a primeira coisa que se podia ver era o altar dos holocaustos, onde eram oferecidos todos os sacrifícios.
Pouco além ficava o santuário, que era dividido em dois compartimentos:  o Santo, onde havia uma mesa com pão sagrado e o candelabro com sete lâmpadas.  Ainda nessa parte ficava o altar de incenso.  O segundo compartimento, separado do primeiro compartimento por  um véu, chamava-se Santíssimo. Nele estava a arca do concerto com as duas tábuas de pedra, em que Deus, com Seu próprio dedo, escreveu os Dez Mandamentos.
“E quase todas as coisas,  segundo a lei, se purificam com sangue:  e sem derramamento de sangue não há remissão.”  Hebreus 9:22.  Isso significa que sem derramamento de sangue não há perdão, nem para o povo de Israel no passado, nem para nós hoje.  O perdão é a coisa mais preciosa do Universo, pois custou a vida do Filho de Deus. Era isso o que a morte do cordeiro queria dizer. O substituto inocente, sacrificado no altar, demonstrava a fé do pecador no inocente Cordeiro de Deus, Jesus, que um dia morreria em seu lugar.
Quando alguém pecava e se arrependia, deveria providenciar um cordeiro e se apresentar ao sacerdote  santuário. O pecador, colocando sua mão sobre a cabeça do cordeirinho, confessava os pecados e em seguida matava o animal. O sacerdote, então, espalhava um pouco desse sangue nos cantos do altar. O livro de Levítico, no Velho Testamento, descreve os vários sacrifícios que ocorriam no santuário. Tudo apontava para um grande e único tema central:   prover um meio de trazer o pecador de volta a Deus, tornar possível para ele compreender o pecado e o que isso custou para Deus.

O perdão é  a coisa mais preciosa do Universo, pois custou a vida do Filho de Deus.

Os sacerdotes, por sua participação pessoal no sacrifício, quando transportavam o sangue para dentro do santuário, cumpriam esse mesmo propósito. “ ... E o Senhor a deu a vós, para que levásseis a iniqüidade da congregação, para fazer expiação por eles diante do Senhor.” Levítico 10:17. É assim que Jesus, nosso Sumo sacerdote, faz corri Seu sangue. Mas uma vez por ano, uma coisa especial acontecia:  “Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo tempo entravam os sacerdotes no primeiro compartimento cumprindo os serviços:
mas no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo”.  Hebreus 9:6 e 7.
Uma vez por  o sumo sacerdote entrava sozinho no Santíssimo para realizar um serviço especial. Era a purificação dos pecados que tinham sido transferidos para o santuário durante todo o ano. Essa cerimônia ocorria no dia da Expiação. Era uma espécie de dia do Julgamento. Essa cerimônia tinha a finalidade de apontar para a fase do ministério sacerdotal de Cristo após Seu sacrifício na cruz.

Como a salvação não é automática, o sangue de Jesus deve ser aplicado pessoalmente a quem aceitá-Lo.

O serviço do santuário, com todas as suas cerimônias, continuou, através dos séculos. Primeiramente, no deserto;  e depois, no templo construído em Jerusalém. O serviço do santuário continuou tendo validade até o dia cm que Jesus morreu. A partir de então, não seria mais necessário imolar qualquer cordeiro para o sacrifício. O verdadeiro Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus Cristo, para o qual todos os sacrifícios apontavam, havia dado a Sua vida pelo mundo todo. Mas o próprio povo, que durante séculos tinha demonstrado fé em Seu futuro sacrifício, não O reconheceu.
Jesus, o Cordeiro de Deus, havia dado a Sua vida. O sistema de sacrifícios estava encerrado, mas quando Jesus subiu ao Céu, Ele assumiu uma nova obra. “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossa fraquezas: porém um que, como nos, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Hebreus 4:14 e 15.
O sacrifício de Jesus no Calvário foi completo e perfeito.  Mas sem a obra de Cristo como nosso Sumo sacerdote, não poderíamos receber nenhum beneficio pessoal desse sacrifício.  Jesus fez um sacrifício perfeito. Ele fez provisão para todas as pessoas.  Mas nem todas serão salvas. Milhões o rejeitarão.  Como a salvação não é automática, o sangue de Jesus deve ser aplicado pessoalmente a quem aceitá-Lo.
Por isso, Jesus, como Sumo sacerdote, tinha algo mais a fazer. Ao morrer em nosso lugar e pagar o preço pelos pecados. Ele conquistou o direito de perdoar e de nos devolver a vida eterna. Como nosso Sumo sacerdote, Ele, desde a cruz, aplica os benefícios de Sua morte em favor de todo aquele que desejar. E quando aceitamos o Senhor Jesus como nosso Salvador, quando aceitamos Seu sacrifício e Sua morte em nosso lugar, nosso nome é escrito em um livro muito especial:  o Livro da Vida.
Dezoito séculos depois da morte de Jesus,  surgiu um movimento que pregava a volta de Jesus para 22 de outubro de 1844.  Esse ano ficou marcado como o ano do grande engano.  Milhares que aguardavam o aparecimento de Jesus ficaram desapontados.  A decepção e o embaraço jamais puderam ser expressos em palavras.
O grupo, que ansiosamente aguardava o retorno de Jesus na ocasião, se dividiu em quatro significativos segmentos.  O primeiro renunciou à fé imediatamente.  O segundo concluiu que havia cometido  um engano no cálculo do tempo.  O terceiro admitiu que Cristo tinha voltado de fato, não fisicamente, mas espiritualmente.  O quarto grupo se manteve firme na fé, continuou orando e pesquisando as Escrituras. determinado a descobrir onde havia errado, descobrir o que realmente havia acontecido em 22 de outubro de 1844.
Uma vez que o modelo do antigo santuário foi tirado do santuário do Céu, era razoável concluir que os deveres dos antigos sacerdotes indicariam alguma coisa a respeito da obra de Jesus como nosso Sumo sacerdote no Céu.  O antigo santuário em purificado pelo sangue de animais, mas o templo do Céu deveria ser purificado por um sacrifício melhor, o sangue de Jesus.
A convicção era grande para o pequeno grupo.  Jesus jamais tinha pretendido voltar à Terra em 22 de outubro de 1844.   Embora o Calvário tenha sido uma obra perfeita, uma provisão suficiente para o mundo todo, havia alguma coisa mais que Ele deveria fazer.  O sangue do Seu sacrifício deveria ser aplicado individualmente àqueles que desejassem.  Eles descobriram o que havia acontecido em 22 de outubro.  O grande dia da expiação havia começado no Céu.  Jesus tinha iniciado a Sua obra no Santíssimo do santuário celestial.  Jesus havia iniciado o julgamento.
Antes que Jesus retorne trazendo Consigo a recompensa devida a cada um, antes do dia em que homens e mulheres serão finalmente declarados salvos ou perdidos, o Livro da Vida, com os seus registros, deve ser aberto -  o livro que revela sem disfarces o que cada individuo fez e foi.
Alguma coisa havia acontecido naquele dia enquanto homens e mulheres esperaram com alegre ansiedade e depois choraram com amarga decepção. Enquanto o dia e a noite se passaram aparentemente sem incidentes, os livros no Céu haviam sido abertos. A hora do julgamento de Deus havia chegado.

Ninguém está isento de feridas e mágoas nesta longa e terrível guerra contra o pecado.

Ninguém está isento de feridas e mágoas nesta longa e terrível guerra contra o pecado. Mas as marcas de nossa luta não se comparam aos terríveis sofrimentos que Jesus teve que suportar.  Ele veio à Terra enfrentar o pecado frente à frente e dar a Sua vida em sacrifício para nossa salvação. Se fosse necessário, Ele dada a Sua vida ainda que a única pessoa a ser salva fosse você.
Desde o pecado de nossos primeiros pais, e através de toda história de Israel, primeiramente no deserto, depois na terra prometida, e ao longo da Igreja Cristã até os nossos dias, vemos um Deus que se esforça em nos fazer compreender o Seu sacrifício e o quanto Ele está disposto a fazer para nos salvar.
Há um fio de sangue que atravessa a história unindo cada situação, apontando para um Deus cheio de amor e disposto a perdoar a todos os que se sentirem necessidade  de perdão.

Agora, Jesus está cumprido a última etapa de Sua intercessão em favor da humanidade perdida. Como Sumo sacerdote, Ele apresenta os benefícios de Seu sacrifício para perdão e salvação. Logo, Ele deixará Suas vestes sacerdotais e, como Rei dos reis, voltará à Terra para buscar aqueles que  aceitaram o Seu sacrifício.

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