Nós
dizemos que a Escola Sabatina é “o coração da igreja” e, sem dúvida alguma, sua
função na igreja eqüivale à função do coração no corpo.
Se
o tanque batismal é a porta de entrada dos membros da igreja, a Escola Sabatina
é o lugar onde os membros permanecem unidos à igreja e onde se alimentam para
que cresçam na experiência cristã.
Se
a igreja tem uma porta de trás por onde está perdendo os seus membros, isso tem
nome e apelido, a porta chama-se Escola Sabatina. Se queremos fechar a porta de
trás da igreja, o que devemos fazer para que a Escola Sabatina realize um
trabalho de forma integral, obtendo assim, a identificação de cada nova pessoa
ao corpo de Cristo?
Que
fazer quando chega uma nova pessoa na igreja?
1.
Ver se
tem a Lição da Escola Sabatina.
A lição é uma ferramenta maravilhosa para
se estudar a Bíblia em casa diariamente. É um alimento equilibrado que a igreja
provê para cada dia na vida do membro. Se a pessoa pode comprar a lição,
melhor, valorizará mais do que se o presentearmos.
2.
Ensinar-lhe
a estudar diariamente a sua lição.
Temos que ir à casa do novo irmão para
estudar juntos, por várias vezes, até que aprenda o método de estudo e crie o
hábito de estudar diariamente a lição.
3.
Incluí-lo
em uma classe de Escola Sabatina.
No mais tardar, no dia do batismo, já
deverá ter a sua classe. O ideal é que já seja aluno da Escola Sabatina de um a
três meses antes do batismo.
4.
Conseguir
um professor com a maior afinidade possível com o novo aluno.
Quando o novo membro tem um professor com
muitas coisas em comum, será mais fácil a integração à igreja e ao estilo de
vida adventista. As ilustrações da vida prática do professor serão fáceis de
aplicar à sua realidade na vida diária. Desenvolverá uma amizade normal, já que
falam o mesmo idioma, com realidades similares e problemas semelhantes.
5.
Ter
programas dinâmicos a cada sábado na Escola Sabatina.
Uma das coisas que conspiram contra a
integração dos novos membros na Escola Sabatina é a rotina. A programação que é
sempre repetida cada sábado, onde são ditas quase as mesmas coisas, tornam-se
aborrecíveis. Quando começa com 5 a 10 minutos de atraso, quando não é
respeitado o tempo dos professores da Escola Sabatina, quando a programação não
é preparada com 3 meses de antecedência, e ninguém toma conhecimento do
programa do sábado seguinte e dos demais programas, um mês antes, tudo isto
leva as pessoas perderem o interesse.
6.
Cursos
para novos professores de Escola Sabatina
Quando a igreja tem um plano de crescimento
permanente, necessita ter um esquema de preparo para os líderes, a fim de
atender às novas classes de Escola Sabatina que necessariamente precisa
ser formada. O plano de um curso de aperfeiçoamento e
formação de professores cada semestre, faz com que a didática do ensino na
Escola Sabatina mantenha-se atualizada e que haja seminários para os novos
professores, sempre com pessoas sendo preparadas para assumir novas classes.
Nosso mundo muda velozmente. Se desejamos alcançar as pessoas de hoje, temos
que estar permanentemente atualizando nossos professores de Escola Sabatina em
sua metodologia.
7.
Confraternização
e testemunho
Nós fomos criados por Deus como seres
sociais, e essas necessidades têm que ser supridas. Por isso, cada sábado,
antes de abrir a Bíblia, temos que fazer 20 minutos de confraternização e
testemunho que preencham a grande necessidade que temos em nossa vida no
aspecto social.
Jesus jamais ensinou ou pregou sem primeiro
atender às necessidades das pessoas. Hoje, em um mundo super povoado, vivendo,
na maioria, em grande conglomerados humanos, apareceu uma enfermidade que é: A
SOLIDÃO.
A confraternização e o testemunho que
realizamos nos 20 minutos antes de abrir a Bíblia, para atender às necessidades
das pessoas, levam-nas a contar seus problemas, angústias, frustrações,
alegrias, êxitos, etc., e depois que se esvaziam, que descarregaram aquilo que
estava pressionando por dentro, haverá
lugar nesses corações para o ensino que Deus tem através da Bíblia.
8.
Ter
classes pequenas na Escola Sabatina
O método de trabalhar com grupos pequenos,
além de ser hoje a melhor metodologia, com os melhores resultados, é bíblico e
amplamente recomendado pelo Espírito de Profecia.
Para que possamos atender às necessidades
das pessoas de forma adequada, e poder aplicar a lição, bem como a expressar as
idéias ante essas necessidades, tendo a participação de todos, um espírito de
companheirismo e auto-estima será desenvolvido, a fim de que o novo membro
sinta-se aceito e aplique à sua vida diária, tendo todos a oportunidade de
falar, e expressar o amor cristão.
Para
que o professor da Escola Sabatina tenha êxito em seu trabalho, é
necessário ter classes de 6 a 8 pessoas e ao chegar a 10 alunos, procurar
dividi-los em dois grupos, a fim de que continuem crescendo.
9.
Encontros
sociais mensais da classe da Escola Sabatina
Cada classe da Escola Sabatina deve ter um
encontro mensal fora da sua unidade, para sociabilizar, como: almoço, excursão,
passeio, visita a algum lugar histórico ou comemorações (aniversários,
casamentos, batismos, etc.) onde se incluam os familiares dos alunos, além dos
não adventistas.
10.
Visitar
a cada aluno que não assistiu no sábado.
Quando uma pessoa não está presente na
classe da Escola Sabatina é porque, sem dúvida, há algum problema, e isso
requer um apoio imediato do grupo. Na mesma classe do Sábado, já deve ser
distribuída a relação dos visitados e os que farão as visitas aos ausentes do
mesmo dia, não durante a semana; ela deverá ser realizada no mesmo sábado. Pois
bem pode ser uma dificuldade que nem sempre será possível reverter.
Quando atendemos às necessidades no mesmo
dia, ajuda-nos a evitar problemas maiores e faz com que o irmão senta-se amado
pela sua igreja, não estando só nas lutas diárias. Ele sempre terá a sua igreja
cuidando do seu bem-estar e disposta a estar ao seu lado nos problemas.
Há pouco tempo, ouvi uma história que
desejo relatar: Um casal com dois filhos, interessou-se, estudou a Bíblia,
batizou-se e integrou-se à igreja de forma normal, tornando-se cada qual, um
aluno da Escola Sabatina.
Um certo sábado, toda a família esteve
ausente e ao ser realizada a chamada, os pais e os filhos tiveram registradas a
sua ausência na sua respectiva classe. No sábado seguinte, cada criança esteve
presente em sua classe e ninguém lhe perguntou o motivo da ausência na reunião
anterior.
Na classe dos adultos, quando o professor
fez a chamada deu-se conta de que ele não havia estado no sábado passado, pelo
que lhe falou: “Irmão, sentimos sua ausência, e ficamos preocupados por isso.
Estamos alegres que esteja conosco outra vez.” Tudo seguiu igual, apenas que a
esposa não estava presente e o professor perguntou se viria, a resposta foi
“Não”. O professor seguiu fazendo a chamada com normalidade.
De imediato, o novo irmão reagiu e disse:
“Irmão, minha esposa não assistirá mais, pode retirá-la do cartão de chamada”.
Isso produziu uma reação no professor que, imediatamente, interessou-se pelo
problema e a causa da decisão perguntando o por quê? A resposta foi: “No sábado
passado estivemos ausentes porque ela não se sentia bem e nós a levamos ao
médico; as cousas não melhoraram, foram piorando até que na quarta-feira ela
morreu e nós a enterramos na quinta-feira, não sendo possível vir ao culto de
oração.
Novo na igreja, com a esposa enferma, com
dois filhos, no desespero, não avisou a ninguém sobre o seu problema, nem
avisou sobre o falecimento da esposa, e nenhum irmão participou do funeral,
tampouco o pastor.
Quanta falta fez uma visita no sábado à
tarde ou durante a semana ou mesmo dentro do mês!
A Escola
Sabatina é o coração da igreja, e como tal, tem que alimentar a cada membro do
corpo.
O pedido
de Jesus a Pedro em São João 21:15-17 de apascentar aos cordeiros e as ovelhas
é o mesmo que faz à Escola Sabatina de hoje.
René Sand
Associado da Escola
Sabatina e
Ministério
Pessoal - DSA
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