Youtube

domingo, 3 de novembro de 2013

ILUSTRAÇÕES PARA SERMÕES - LETRA A




1. ABNEGAÇÃO - ALTRUÍSMO - "BRILHE A VOSSA LUZ"
 Um amigo contou-me que fora visitar um farol e dissera ao faroleiro:
- O senhor não se apavora de viver aqui? E terrível este lugar para se permanecer nele!
- Não - respondeu o faroleiro. Não tenho medo. Aqui nunca pensamos em nós mesmos.
- Como é isto!? Nunca pensam em si mesmos!?
- Nós sabemos que estamos perfeitamente seguros e cuidamos de ter as nossas lâmpadas brilhando e nossos refletores bem limpos, de modo que aqueles que se acharem em perigo, possam ser salvos.
Isto é o que os cristãos devem fazer. Eles estão salvos numa casa construíra sobre a rocha, que não poderá ser abalada pelas tempestades mais tremendas, e num espírito do mais santo altruísmo devem fazer brilhar sua luz através das trevas do pecado, a fim de que os que se acham em perigo possam alcançar as praias bonançosas de salvação.
(Sword e Trowvell)

2. ACEPÇÃO, CRISTO NÃO FAZ ­- PODER DE CRISTO
Spurgeon disse: "Tenho pregado o evangelho de Cristo por muitos anos e jamais conheci alguém que tenha confiado em Cristo e pedido perdão pelos seus pecados e Ele o tenha lançado fora. Nunca me encontrei com um só homem que tivesse sido recusado por Jesus.
Tenho conversado com mulheres às quais Ele restituiu a pureza primitiva; com bêbados a quem Ele livrou dos hábitos vis, e com outros culpados de horríveis pecados que se tornaram puros como criança. Sempre ouço a mesma história: "Busquei o Senhor e Ele me ouviu; lavou-me no seu sangue e estou mais branco do que a neve".

3. ADIAMENTO, SEU PERIGO - VINDA INESPERADA
Certa manhã, às oito e vinte, um relógio da vitrina de um joalheiro parou por meia hora. Os habitantes daquela cidadezinha pouco imaginavam o quanto confiavam naquele relógio, até que foram por ele iludidos. Os passageiros perderam o trem, porque ao passarem junto ao mostruário do joalheiro, o relógio indicou que ainda faltavam vinte minutos para o trem das 8:40 hs. partir. As crianças chegaram tarde à escola. Quando viram a hora, acharam que ainda tinham quarenta minutos, e assim puseram-se a brincar. Empregados estenderam a conversa quando viram que faltava bastante tempo para a fábrica abrir, e chegaram atrasados. Por ter o relógio parado apenas meia hora naquele dia, houve muita confusão na cidadezinha.
Quer conscientemente, quer não, a vida de todo cristão exerce sua influência sobre os que o cercam. Muito mais do que julgamos, nossa vida fala ou em favor de Deus ou contra Ele.
"Falareis por Deus injustamente, e usareis de engano em nome dEle?" Esta é a pergunta que Jó nos faz, como fez a seus amigos. Que pensamento solene esse, de que nossa vida pode falar injustamente por Deus, levando alguém a tropeçar e cair!

4. ADORAÇÃO - NAS MÃOS DE DEUS   1 Jo 2.15
"Não ameis o mundo, nem as coisas que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1 Jo 2.15).
Ao fundador do Exército da Salvação, General William Booth, perguntou-se em certa ocasião qual o segredo do seu êxito. "Deus tem tudo que há em mim", respondeu ele. "Se hoje existe qualquer partícula de poder no Exército da Salvação, é porque Deus recebeu toda a adoração de meu coração."
Se a vocês e a mim falta poder na vida, só o poderemos buscar nas mesmas condições: que Deus tenha o que há em nós. Não podemos pertencer metade a Deus e metade ao mundo! "Se alguém ama o mundo", diz João, "o amor do Pai não está nele."

5. AFLIÇÃO E AMPARO
Um pai perdeu sua filha única. Tinha apenas dezessete anos de idade; fora a luz e a alegria do lar. Pouco tempo antes, sua estremecida esposa partira para o descanso.
O ministro veio dizer-lhe palavras de conforto.
- Meu amigo - começou ele -' o irmão acaba de passar através de uma nuvem escura, e amarga tem sido a sua taça...
O enlutado interrompeu-o:
- Pastor, é verdade que tenho sofrido bastante. Meu coração está moído de dor, mas não houve nuvem alguma; através de tudo nada houve que se interpusesse entre mim e meu salvador. Jamais sua mão confortadora foi tão terna como através do que me sobreveio estas semanas passadas. Sofrimento, sim, mas nenhuma nuvem!
Louvado seja Deus! Nossa leve e momentânea tribulação "pode produzir" um peso eterno de glória mui excelente. A aflição pode tanger-nos para mais perto de nosso Mestre. Pode ajudar a formação do caráter, fazendo-nos mais semelhantes ao nosso grande Exemplo. Nosso grande sofrimento é por um instante, aqui. Os resultados podem ser uma gloriosa eternidade na pátria dos remidos.

6. ÁGUA REFRESCANTE - CORAÇÃO - FONTES DE BÊNÇÃOS Jo 4.14
Num dia de verão, certo viajante vagava à procura de descanso e prazer, perto da foz de um grande rio. Chegando a hora que a maré estava baixa, ele viu uma esplêndida fonte de água cristalina, fresca e pura jorrando das rochas. Duas vezes ao dia a água salgada subia acima daquela linda fonte de água fresca, cobrindo-a totalmente. Mas quando a maré esgotava as suas forças e se retirava para as profundezas do oceano, da fonte brotava a água pura e cristalina novamente.
Se o coração do homem for realmente uma fonte do amor de Cristo, ele há de fazer brotar do seu interior a água pura e cristalina, mesmo por entre as ondas da política, dos negócios e das atividades mais variadas. E possível que a maré da vida, com seus interesses, tente suplantar e engolfar a fonte, mas o mundo esgotará as suas forças e aqueles que trazem em seu coração a presença do Espírito Santo serão sempre vitoriosos. Reaparecerão com mãos puras, corações limpos, manifestando a mente de Cristo, com a consciência livre de ofensa a Deus e aos homens.
 Katherine Bevis (Texas, E.U.A.)


AJUDANDO UNS AOS OUTROS - ALTRUÍSMO - FRATERNIDADE - GRATIDÃO A DEUS        At 11.19-30

As chamas destruíam uma loja de curiosidades em Água Prieta, no México, e ameaçavam os prédios vizinhos. Naquele domingo de dezembro, oficiais mexicanos telefonaram ao nosso departamento de incêndios pedindo ajuda. O prefeito obteve rapidamente a aprovação do Conselho, para que nossos homens e carros seguissem em socorro da cidade irmã, através da fronteira.
No dia seguinte, um oficial da cidade mexicana disse: "Quero dar meus especiais agradecimentos em nome do meu pais por sua bondade, ajudando-nos ontem. Somos muito gratos".
As mangueiras tinham sido conduzidas da alfândega até onde havia fogo. O chefe dos bombeiros, o chefe da polícia e o prefeito atravessaram a fronteira para ajudar. "Não podemos ficar parados e deixar que o fogo destrua um quarteirão inteiro a uma milha de distância", dissera o chefe dos bombeiros.
Um modo de expressar nossa gratidão a Deus é ajudarmos nossos vizinhos, sejam quem forem e qualquer que seja a necessidade deles.
Kenneth E. Nelson (Arizona, E.U.A.)

8. ALMA, SEU VALOR - OURO - RIQUEZA

"Sabedoria! Força! Riqueza! Se eu tão somente tivesse estas coisas poderia verdadeiramente viver." Assim pensam os homens mundanos. Essas coisas, porém, à parte de Deus não trazem nenhuma alegria nem felicidade duradouras.
Conta-se a história de um marinheiro que estava a bordo de um navio prestes a naufragar, carregado de ouro, nos tempos das conquistas espanholas. O comandante ordenara que todos os homens abandonassem o navio. Ao fazer ele a derradeira ronda para certificar-se de que ninguém seria deixado a bordo, encontrou um homem assentado sobre um barril de barras de ouro, e com outro aberto diante dele.
- Que está afinal fazendo aqui, homem? Não sabe que a embarcação está afundando? - gritou o capitão.
- Sim, senhor - respondeu o homem. Mas não me importo. Fui um homem pobre toda a minha vida, e pelo menos vou morrer rico.
Mas o preço da concupiscência humana é alto, pois: "Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" (Mt 16.26).

9. ALMAS OU VIDAS PRECIOSAS CONDUZIDAS A CRISTO - JOVENS - MISSÕES      Jo 14.8-12
Ignorando os circunstantes, certo homem, numa reunião de avivamento, conduziu ao altar e à aceitação de Cristo, um rapazinho seu conhecido. Mais tarde, quando se referia a esse evento, seus olhos brilhavam e sua voz se embargava pela emoção, porque aquele rapazinho tornou-se um obreiro de fama mundial, conhecido como o missionário William Taylor.
Um homem obscuro conquistou William Taylor, um rapazinho da roça, para Cristo. William Taylor, feito homem, pregou o evangelho com poder em quase todos os continentes e em algumas ilhas dos mares. Ele, por sua vez, conquistou milhares de almas para Cristo.
Conduzir os jovens a Cristo é o mais eficaz meio de propagar o evangelho do reino. Quando um jovem se entrega a Cristo e vive de acordo com a fé que abraçou no Espírito do Mestre, ele tem uma existência inteira a sua disposição para servir ao Senhor Jesus, que disse: "O que crê em mim fará as obras que eu faço; e as fará ainda maiores que estas". Pela fé, cumprindo nossa missão de ganhar almas, poderemos achar outros imitadores de William Taylor.
(Virgínia Ocidental, E.U.A.)
 
10. ALTRUÍSMO - AMOR - ESPÍRITO DE CRISTO – LAR At 20.32-38

Durante um período de fome em Moçambique, duas mães vieram pedindo para fazer algum trabalho em troca de um pouco de farinha de milho. Deixaram suas duas filhinhas conosco, enquanto trabalhavam.
No decorrer da manhã, levei quatro bananas para as duas meninas. Agradeceram-me pelas bananas e então ouvi uma delas dizer à outra: "Vamos comer uma só cada uma, e guardar as outras para nossas mães". E assim elas fizeram.
Se duas meninas famintas, de lares não-cristãos, podiam distribuir o pouco que tinham, quanto mais nós cristãos não havemos de pôr em prática a Regra Áurea de nosso Mestre? Todos nós precisamos ser mais atenciosos e generosos no uso que fazemos do nosso tempo, energia e bens. Acima de tudo, precisamos do espírito de Cristo como base de todos os nossos atos. Não está o espírito de Cristo resumido na Regra Áurea? Não é verdade que Cristo mesmo se colocou em nosso lugar e compartilhou conosco tudo que Ele era?
Edite Riggs Gillet (Moçambique)

11. ALTRUÍSMO - AMOR AOS NECESSITADOS
Is 50.4; Mt 11.28,29

"O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos" (Is 50.4).
Temos o privilégio de ajudar os cansados pelo caminho e de dizer boas palavras a seu tempo aos que têm o coração opresso.
Artur Tavani exprime-o por estas palavras:
"Não me é dado incutir verdades científicas,
Nem o dom das mágicas cadências que emocionam.
Não podem minhas mãos tirar de algum teclado
Uma série de harmonias.
Nem posso com pincel pintar na tela
Um mar de vidro ou um perfil de santo.
Oro no entanto pelo dom de um sorriso
Satisfeito, ou um gesto inspirador.
A graça de aliviar o rude fardo
Dos que parecem sucumbir-lhe ao peso,
E o dom de encaminhar um ser, da dor
Pra suave luz que um dia lhe fugira.
Quisera ser o coração, um mago,
Distribuindo bênçãos a mãos cheias,
E vendo em todo passarinho ou flor
A oculta essência de um poder maior.
E, mais que todos, quisera eu o dom de pena
Para mantê-lo vivo em todo coração."

Jesus sabia proferir sempre uma palavra oportuna para o cansado. "Jesus olhava aos aflitos e desalentados, aqueles cujas esperanças se haviam desvanecido, e que procuravam, com alegrias terrenas, acalentar os anseios da alma, e convidava todos a nEle buscarem descanso" (A Ciência do Bom Viver).
Transmitamos aos corações cansados estas boas palavras do Mestre:
"Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas" (Mt 11.28,29).

12. ALTRUÍSMO - AMOR AO PRÓXIMO - ESPÍRITO SANTO - TESTEMU-NHO                             Gl 5.16-18; 22-26

O Espírito Santo está bem vivo no mundo de hoje, mas talvez não reconheçamos esta verdade.
Em 1957, minha esposa e eu ficamos perturbados pela condição dos refugiados da Hungria. Sentindo que deveríamos abrir o nosso lar para um jovem casal, expressamos o nosso desejo à comissão encarregada de alojá-los. Veio morar conosco um casal recém-casado, que ficou em nossa casa quatro meses. Não falavam uma palavra da nossa língua, mas logo verificamos que a linguagem universal do amor era entendida por todos. Recebemos muito mais alegria do que proporcionamos, e sentimos a presença do Espírito Santo em nosso lar.
Hoje, consideramos esse jovem casal como filhos. São membros respeitados e nossa comunidade e têm dois filhos.
Se escutarmos, ouviremos o Espírito Santo falando a nós através de nossas moções e de nosso intelecto.

E. Everett H. Palmar (E.U.A.)


13. ALTRUÍSMO - CIÊNCIA

Quando Madame Curie alcançou a tremenda vitória científica, oferecendo ao mundo a bênção dos raios-x, alguém sugeriu que ela tirasse patente de seu descobrimento, pois poderia assim compensar-se do trabalho que tivera e ganhar dinheiro. Ela, porém, recusou-se a fazê-lo. Queria que os raios-x fossem usados por todos, sem qualquer objetivo de lucro. O mesmo ocorreu com o grande cientista brasileiro Vital Brasil, quando seu instituto lançou um medicamento a base de curare, elemento precioso nos casos de intervenção cirúrgica. Um amigo perguntou se ele ia tirar a patente. Deu ele um sorriso e exclamou: "Patente pra quê? Quem quiser que o use para o beneficio do povo..."


14. ALTRUÍSMO - EXCELÊNCIA DO DAR

A todo verdadeiro cristão, Deus comunica luz e bênção, e isto o discípulo comunica aos outros na obra que faz pelo Senhor. A medida que ele dá do que recebe, aumenta-se a sua capacidade de receber. Cria-se espaço para novas provisões de graça e verdade... Aquele que recebe, mas nunca dá, em breve cessa de receber.
"O melhor que nós temos, não é o que foi recebido,
Mas aquilo que a outro demos -
Um dom que refrigere a alguém a sorte -
Pois tudo um dia volverá a nós;
O amor que mostramos a uns e a outros,
O impulso por nós dado a um coração,
Que ansiava o sonho e o canto e a luz,
Enquanto se esforçava pelo início da ascensão.
Nós temos por tesouro o que pomos no banco,
Aquilo que poupamos - lá está,
Mas isto não importa, não é o melhor,
O melhor que temos é certamente o que damos."
Folger Kinsey

15. AMIGO VERDADEIRO                        Pv 18.24

"O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão" (Pv 18.24).
Há no Talmude a história de um judeu que tinha três amigos. Um dia, ele foi chamado ao tribunal a fim de defender-se de certas acusações. O judeu estava aterrado. Foi ter com três amigos, e pediu-lhes que o acompanhassem. O primeiro respondeu:
- Não, eu não farei nenhum bem em ir; nem a você nem a mim mesmo.
O segundo disse:
- Bem, é uma coisa muito perigosa estar ao seu lado. Talvez o imperador o acuse de alguma grande ofensa contra a lei. Se eu for visto com você, ele poderá pensar que tenho parte em sua culpa. Contudo, irei com você até à porta do tribunal.
E assim ele se dirigiu ao terceiro amigo, que lhe respondeu:
- Não tema, irei com você até à presença do imperador. Dir-lhe-ei que conheço você e tenho confiança em você, e não o deixarei, enquanto você não for solto, como espero que há de ser.
E assim o fiel amigo cumpriu sua promessa.
O verdadeiro amigo está pronto a ajudar até o fim.


16. AMIGO VERDADEIRO - PAI E FILHO Hb 13.5; Mt 28.20

William Stidger narra como um rapazinho que jazia na mesa de operação, tendo de sofrer uma intervenção séria, pediu ao pai que ficasse com ele para lhe segurar a mão enquanto o médico o anestesiava. Justamente antes de lhe colocarem a máscara de éter, ele olhou para o pai, e disse com inteira confiança:
- O senhor ficará comigo até o fim, não é, papai?
O pai respondeu com lágrimas de compreensão:
- Certamente ficarei, meu filho.
Eis o que significa a verdadeira amizade. Significa acompanhar por todo o caminho, até o fim.
O amigo que é mais chegado do que um irmão, Jesus, nosso melhor amigo, acompanha por todo o caminho. Ele diz: "De maneira alguma te deixarei nunca jamais te abandonarei. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Hb 13.5; Mt 28.20).
Cultivemos-Lhe a amizade e, à Sua semelhança, sejamos um amigo verdadeiro para todos - os que têm e os que não têm amigos.


17. AMIGO VERDADEIRO - SACRIFÍCIO       Is 53.4-6

Quando Fox, líder dos Quacres, foi encarcerado em um porão sujo e desagradável, um dos seus amigos foi a Oliver Cromwell e ofereceu-se para ficar no lugar do líder. Cromwell, muito impressionando com este oferecimento, perguntou aos grandes do seu conselho:
- Qual de vós faria tal coisa por mim, se eu estivesse na mesma situação? Cromwell não pôde aceitar a oferta, pois era contra a lei, mas estava admiradíssimo de ver uma amizade tão profunda e sincera.
Estando nós condenados à morte eterna, Cristo se ofereceu para morrer em nosso lugar.
"Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades, o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos" (Is 53.4-6).


18. AMIGOS - AMOR DE CRISTO - DOENÇA - SÓ CRISTO PERMANECE FIEL

Conta-nos Dr. Gordon a história de Jorge Matheson, quando soube que estava condenado à cegueira.
Um jovem estudante atravessava a praça duma das antigas universidades escocesas, indo de caminho para o seu quarto no internato. Não se sentia bem. Seus olhos estavam fracos, o que tornava o trajeto difícil. Seguindo o conselho dum amigo, havia consultado um especialista em doenças da vista. O médico, depois de um exame minucioso, o avisara firmemente que havia de perder a visão em pouco tempo.
Um terrível soco entre os olhos não poderia tonteá-lo mais do que esta notícia. O seu coração estava perturbado. Perderia a visão!...
Todos os planos que tão esperançosamente arquitetara desfaziam-se na sua frente. Com a perda da visão ir-se-iam o ensino na universidade e todos os seus sonhos dourados. Perturbado, confuso, saiu do consultório médico apalpando o caminho como um sonâmbulo.
Jorge era noivo. Encaminhou-se em direção à casa da querida noiva, esperando, sem dúvida, alguma palavra de conforto para o coração dolorido. Como daria ele a triste noticia à moça que ele tanto amava e que prometera ser sua esposa? Seus planos estavam todos mudados; e como receberia ela a notícia?!
Quando lá chegou, contou-lhe em palavras brandas mas briosas a sua situação, sua mudança de planos, dizendo-lhe que ela teria liberdade para decidir segundo julgasse melhor. A noiva aceitou a liberdade!
A rejeição da noiva foi o segundo golpe. Pela segunda vez, saiu tristonho e sem enxergar o caminho em que pisava. O golpe parecia acima de suas forças, e a dor lhe sufocava o coração!
Mas não estava só. Alguém o aguardava e ternamente fortaleceu seu coração quebrantado, falando-lhe palavras amorosas e dando-lhe o bálsamo do conforto e do verdadeiro amor. O moço entregou-se nos braços do Verdadeiro Amigo e todas as dificuldades foram vencidas. Uma nova disposição o dominou, tomando inteira e permanente posse de sua vida. E do seu coração quebrantado, mas cheio de conforto, saíram palavras de louvor e gratidão a Deus, o Amor que nunca muda sejam quais forem as circunstâncias. Estas palavras são cantadas com a música do hino n° 19 do Cantor Cristão ou 38 do Hinário Evangélico.
Transcrevemos aqui apenas duas estrofes desse hino traduzido para o português:

"Amor, que por amor desceste,
Amor, que por amor morreste,
Oh! Quanta dor não padeceste,
Meu coração pra conquistar,
E meu amor ganhar.

Amor que nunca, nunca mudas,
Que nos teus braços me seguras,
E cerca-me de mil venturas.
Aceita agora, ó Salvador,
O meu humilde amor."


19. AMOR - APARÊNCIA 1 Co 13.5

"Não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal" (1 Co 13.5).
Certa vez, um homem bem intencionado foi à igreja com roupas sujas. Tornando-se notado entre os outros, limpos e bem vestidos, ele disse a alguém que lhe ficava perto, após a reunião:
- Eis uma coisa que faz o amor cristão: abaixa-nos todos ao mesmo nível.
- Não, amigo - respondeu o vizinho -, o amor cristão nos eleva ao mesmo nível.

20. AMOR - CASAMENTO – FIDELIDADE    Ap 2.7-10

A bela esposa de Hernando De Soto, famoso explorador espanhol, observava o marido no momento em que ele partia do porto de Havana para uma outra viagem expedicionária. Ele seguia para o território norte da Flórida com a intenção de atravessar o rio Mississipi.
As semanas se prolongaram em meses, e os meses em mais de um ano, e De Soto não voltava. Os pretendentes à mão de sua esposa diziam-lhe que certamente a expedição estava perdida e que De Soto não voltaria nunca mais. Ela porém, desprezando a todos eles, dizia: "Ele sempre voltou. Ele há de voltar". Durante três anos mais, ela manteve a esperança de seu retorno. Mas em vão, porque ele nunca mais voltou. De Soto perecera de febre e seu corpo fora lançado ao rio Mississipi. Que belo quadro de verdadeiro amor sua esposa expressou.
Diariamente nos defrontamos com situações que não podemos resolver. Mas uma coisa podemos fazer, com toda a certeza, é sermos leais a Cristo.
Garfiel Evans (Cuba)

21. AMOR - CREDENCIAIS - LAR CELESTIAL        Jo 13.35

"Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros" (Jo 13.35).
Uma noite chegamos às muralhas da China, depois de terem cerrado o portão. Através do guichê do portão, o guarda pediu-nos nossa carteira de identidade. Logo o portão se abriu e nos foi permitido entrar.
Algum dia chegaremos às muralhas da Cidade Eterna. Que credenciais teremos a apresentar, a fim de que a porta se abra? Será o nosso conhecimento da Bíblia? Nossa certidão de batismo? Nossa carta de membro da Igreja? Uma carta de recomendação do pastor? Ou a ficha de nossa vida diária?
Jesus nos deu a única resposta. Disse ele: "Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros". Eis a prova principal de que fomos redimidos pelo sangue de Jesus Cristo: "amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos".
  Leo K. Mader

22. AMOR - ENTENDIMENTO E RECONCILIAÇÃO - ESPÍRITO CRISTÃO - RENÚNCIA                       Mt 7.1-15

Dois fazendeiros viviam lado a lado. Um deles provocou uma contenda, alegando que o limite da propriedade do vizinho estava dois pés adiante. Brigaram por causa disso durante muitos anos, mas não conseguiram uma remarcação da linha divisória. Como isso nunca se deu, eles nunca se reconciliaram.
Finalmente um dos fazendeiros vendeu sua propriedade e mudou-se. O novo proprietário saiu um dia a passeio, para ver se encontrava o vizinho. E, avistando-o, o antigo morador lhe disse:
- Digo-lhe que a linha divisória do seu terreno está avançada dois pés para o meu lado. Desejo alterá-la.
O novo vizinho respondeu:
- Mudaremos a cerca três pés para o meu lado.
O velho fazendeiro ficou atônito, mas não deu demonstração disso.
- Não - replicou -, eu mudarei a cerca um pé para o meu lado.
Seguindo os ensinamentos de Jesus conseguimos "ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza vestido de louvor por espírito angustiado".
Pensamento: Como semearmos, assim colheremos.

Herbert A. Wilson (Michigan, E.U.A.)

23. AMOR - NATAL

Ao ouvir o toque da campainha, Paulo, de seis anos de idade, foi abrir a porta. Era seu pai que estava voltando de uma viagem pelo sudeste asiático. Ao invés de perguntar: "Pai, o que o senhor trouxe para mim?", ele passou os braços em torno do pescoço do pai e disse:
- Ah! papai, este é o melhor presente de Natal que o senhor poderia me dar.
Oração: Jesus foi um presente que custou muito para ti, Pai, mas ele satisfaz todos os desejos e anseios do meu coração.

24. AMOR - PENSAMENTO

"O cristianismo, corretamente compreendido, é a ciência do amor."
  Helen Keller

25. AMOR DE CRISTO                     Jo 15.9

"Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor" (Jo 15.9).
O Dr. Karl Barth, grande pensador suíço, foi talvez o maior teólogo de sua geração em todo o mundo e um notável filósofo. Nem sempre concordava com ele, mas era seu amigo e eu o respeitava. Numa vez em que foi aos Estados Unidos, um seminarista lhe perguntou:
- Dr. Barth, qual é a grande verdade que está sempre presente em sua mente?
Todos os alunos esperavam uma resposta longa, profunda, grave e complicada. O Dr. Barth levantou vagarosamente sua cabeça de cabelos grisalhos, olhou para o estudante e disse:
- Jesus me ama; e isto sei, porque a Bíblia assim me diz.
Oração: Senhor Jesus, que eu possa sempre conhecer o teu amor em verdadeira simplicidade, e nunca encobri-lo com muita sabedoria. Obrigado porque me amas.

26. AMOR DE CRISTO - AMPARO DIVINO – SOFRIMENTO

PEGADAS NA AREIA

Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e, através do céu, passavam cenas da minha vida.
Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e o Outro era do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei, também, que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso aborreceu-me deveras e perguntei, então, ao Senhor:
  - Senhor, Tu me disseste que, uma vez que eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre comigo, todo o caminho; mas notei que, durante as maiores tribulações do meu viver, havia na areia dos caminhos da vida apenas um par de pegadas. Não compreendo por que nas horas em que eu mais necessitava de Ti me deixaste.
O Senhor me respondeu:
- Meu precioso filho, eu te amo e jamais te deixarei nas horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando viste na areia apenas um par de pegadas, foi exatamente aí que Eu te carreguei nos braços.

27. AMOR DE CRISTO - "DEUS TEM CUIDADO DE VÓS..." - LIVRAMENTO - PROVIDÊNCIA DIVINA        Jo 11.20-27

Conta-se a história de um trem de passageiros que, certa noite, fazia sua rota regular a caminho de Londres. Chovera torrencialmente durante todo o dia. Com o cair da noite, intenso nevoeiro descera sobre a estrada de ferro. De repente, o maquinista avistou uma pessoa com os braços abertos em desespero. Ele freou o trem, que rangeu sobre os trilhos e parou. O condutor saiu para investigar o que havia e descobriu que, pouco adiante, uma ponte havia ruído ao peso das águas encapeladas de uma corrente. Procuraram, pois, a pessoa que salvara a vida de tantos passageiros, mas não encontraram ninguém. Foi então que o maquinista, examinando os faróis da máquina, deparou com uma cena estranha. Uma grande mariposa de asas abertas estava morta e colada ao farol. Foi o reflexo da sua agonia que lhe serviu de aviso.
Este incidente da mariposa pode ser comparado ao amor de Cristo pela humanidade. O reflexo do corpo de Cristo, de braços abertos sobre a cruz do Calvário, tem salvo a vida de milhares de almas, através dos séculos.
Seria por mero acaso que tal vespa surgira exatamente no momento oportuno?
Sra. J. Hardin Neal (Virgínia, E.U.A.)

28. AMOR A DEUS - BOLHAS NOS PÉS - TRABALHO DE DEUS                                                                            1 Co 9.16     
"Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!" (1 Co 9.16).
- Fui a uma dança a noite passada - explicou uma moça a um cavalheiro cristão -, e fiz bolhas nos pés. Estou tão cansada esta manhã!
Sem hesitar, o homem respondeu:       
- Acaso você já fez bolhas nos pés trabalhando para Cristo?
A moça ficou ofendida, e foi-se embora descontente. Por uma semana, aquelas palavras continuaram a soar-lhe aos ouvidos. Por fim, não podendo mais suportar, procurou o conhecido cristão e disse-lhe convictamente:
- Estou envergonhada de mim mesma - confessou. Quero ser cristã, e fazer bolhas nos pés a serviço do Mestre.

29. AMOR A DEUS, UMA PRIORIDADE - DIGNIDADE - RENÚNCIA
Terantius, capitão do exército de Adriano, apresentou ao imperador romano uma petição, na qual solicitava permissão para os cristãos construírem um templo. Adriano rasgou o documento em pedaços, atirou-o ao chão e disse a Terantius que seria melhor que pedisse alguma coisa em seu próprio benefício e seria atendido imediatamente. Terantius humildemente recolheu os pedaços de sua petição e, com dignidade, falou ao imperador: "Se eu não tenho o direito de ser ouvido quanto à causa do meu Deus, então nada quero pedir em meu favor".

30. AMOR DE DEUS NÃO TEM LIMITE - TERNURA
Jr 31.3; Rm 8.32

Efraim (Israel) afastara-se para longe de Deus. As dez tribos tinham caído em tão crassa idolatria, que Deus disse: "Efraim está entregue aos ídolos; é deixá-lo" (Os 4.17). A inconstância espiritual de Efraim foi descrita pelo profeta como pão que não foi virado" (7.8). Israel erguera "altares para pecar" (8.11) e provocara "a Sua ira" (12.14). Efraim era "inclinado a desviar-se" de Deus (11.7). Perdera a força, e "não o sabia" (7.9). Certamente, Deus teria razão se volvesse as costas a Efraim e deixasse-lhe as conseqüências de seu mau procedimento. Mas não faria isso o nosso Deus misericordioso!
Longe disso, Ele lamenta: "Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel?" Aí está uma das mais comovedoras passagens da Escritura. Servindo-se da figura da repetição, tão característica da poesia hebraica, duas vezes o Senhor expressa comovente preocupação por Seu povo.
"Eu o amei", declara Ele (11.1). Que riqueza de afeição envolve essas palavras! "Como te entregaria?" "Eu ensinei a andar a Efraim", diz Ele ainda (11.3), referindo-se aos anos durante os quais instruíra pacientemente Israel, por meio de Seus profetas. Nesse mesmo versículo, serve-se Ele do quadro de um pai amante, a ensinar seu filhinho a andar, tomando-o pelos braços. Se tropeça, o bondoso pai levanta o filho e o ajuda a prosseguir. "Como te deixaria?"
"Atraía-os com cordas humanas, com laços de amor" (11.4). Novamente o Pai celestial serve-se da figura de um pai amoroso, em relação a um filho desgarrado, a fim de ilustrar Seu grande afeto para com o relapso. "Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atrai" (Jr 31.3). "Como te deixaria?"
Deus ainda trata com a mesma ternura Seus filhos erradios. Ainda hoje Ele insta conosco: "Como te deixaria?" "Com benignidade te atraí".
"Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" (Am 8.32).

31. AMOR NO LAR - CASAMENTO - FELICIDADE
- Nunca fiquem ambos zangados ao mesmo tempo.
- Nunca lancem no rosto um ao outro um erro do passado.
- Nunca se esqueçam das horas felizes de quando começaram a se amar.
- Nunca se encontrem sem um gesto de boas-vindas.
- Nunca usem indiretas, quer estejam sozinhos, ou na presença de outros.
- Jamais gritem um com o outro, a não ser que a casa esteja pegando fogo.
- Procure cada um se esforçar ao máximo para estar de acordo com os desejos do outro.
- Seja a renúncia de si mesmo o alvo e a prática de cada dia.
- Nunca deixem o sol se pôr sobre qualquer zanga ou ressentimento.
- Jamais dêem ensejo a que um pedido razoável tenha de ser feito duas vezes.
- Nunca façam um comentário em público, que possa magoar o outro. Pode ser engraçado às vezes, mas fere.
- Nunca suspirem pelo que poderia ter sido, mas tirem o melhor partido daquilo que é.
- Não censurem nunca, a não ser que tenham a certeza de que uma falta foi cometida, e mesmo assim, falem sempre com amor.
- Jamais se separem sem palavras amáveis, nas quais pensem enquanto separados.
- Não deixem que nenhuma falta cometida fique sem ser confessada e perdoada.
- Não se esqueçam de que o lugar mais próximo do céu na terra é aquele em que duas almas se correspondem no altruísmo.
- Não fiquem satisfeitos enquanto não estiverem certos de que ambos estão trilhando o caminho estreito e reto, um ajudando o outro.
- Jamais se esqueçam de que o casamento foi estabelecido por Deus e que só a Sua bênção pode torná-lo o que deve ser.
- Não permitam que esperanças terrenas os distanciem do lar celestial.

32. AMOR DE MÃE VERSUS TEMOR AO PERIGO - INCÊNDIO 1 Jo 4.15-21

"Deus é amor." Esta expressão é o resultado da experiência pessoal de João. Como os primeiros mártires do cristianismo, ele aprendeu que a coragem não podia ser frustrada. O segredo do destemor dos cristãos em face da perseguição e da morte era seu sincero amor pelo Salvador.
Um dia, uma casa incendiou. Muitas pessoas acorreram para ver o fogo. Sabiam que havia umas crianças presas no interior da casa em chamas, mas ninguém se animava a entrar na casa para salvá-las.
Chegou, pois, a mãe das crianças e, sem detença, penetrou no meio das chamas, buscando salvar seus filhos. Era uma mulher tímida, mas no momento em que soube que seus filhos periclitavam, o amor materno lançou fora o temor. Instantaneamente, perdeu o medo de todo o perigo e salvou os seus filhos.
Estamos vivendo numa época de grandes perigos. É só o amor por nosso Salvador que pode lançar fora todo o nosso temor. Somos nós destemidas testemunhas de Cristo, num mundo cheio de pecados e injustiças?
Chew Hock Hin (Malaísia)
 
33. AMOR À PALAVRA - SALMOS

Certa senhora que costumava fazer visitas a diversas pessoas, em nome de sua igreja, ao chegar à casa de uma mulher idosa, encontrou-a chorando e perguntou-lhe qual o motivo de sua tristeza. A amável velhinha respondeu: "Eu gastei o salmo 23..." Ela havia gasto inteiramente a página da Bíblia com seus dedos, ao manuseá-la. Mas a visitadora assegurou-lhe que ninguém pôde jamais "gastar" um salmo.
Durante quase três mil anos os filhos de Deus têm usado os salmos como um tesouro precioso. A inspiração que perpassou pela alma dos salmistas tem sido o manancial dos filhos de Deus.
Este legado precioso - os Salmos - traz a marca dos homens que experimentaram o poder de Deus e captaram um flagrante de um Deus que se oferece ao homem. Um homem que diz: "Caiam mil ao teu lado, e dez mil à tua direita; tu não serás atingido" (SI 91.7) conhece Deus como pessoa. É a visão de Deus, Todo-poderoso e Todo-amoroso, oferecendo-se a Seus filhos.
Nós, cristãos, encontramos muita inspiração nesta poesia de tantos séculos. Unimo-nos aos nossos irmãos necessitados, oramos juntos pela presença de Deus, e nossas perguntas são respondidas pelo Senhor ressurreto.

34. AMOR AO PRÓXIMO - BOM SAMARITANO - COMPAIXÃO - SACRIFÍCIO                  Rm 12.9-15

Quando Sundar Singh, um célebre cristão indiano, viajava com seu guia, pelo Himalaia, foi atingido por violenta tempestade de neve. Arrastando-se pelo caminho, ele e seu companheiro tropeçaram num homem semi coberto pela neve. O guia insistiu para que prosseguissem dizendo que ao socorrer a vítima poriam em perigo a sua própria segurança.
Enquanto o guia prosseguiu sozinho, Sundar ergueu aquele corpo inconsciente aos ombros e enfrentou a tempestade, parecendo estar em desvantagem. Assim que a noite caiu, a boca de uma caverna se abriu à frente, numa promessa de descanso seguro. Sundar, então, que se conservava aquecido pela carga extra que carregou, tropeçou no corpo gelado do seu guia.
De acordo com o sentido do texto acima, a grande missão de nosso Senhor é a missão de cada cristão com relação aos outros. Embora não estejamos no serviço cristão por tempo integral, temos de ser cristãos integrais.

35. AMOR AO PRÓXIMO - BONDADE - DIREÇÃO - PROTEÇÃO        Salmo 23

A necessidade obrigou-me a ir montado num jumento, por um matagal africano, numa noite. Começou a cair uma leve chuva. Na escuridão total, perdi-me entre os atalhos que se cruzavam. Deixei que o jumento tomasse seu próprio caminho, e ele me conduziu até uma aldeia adormecida.
Bati à porta da maior cabana. Alguns momentos depois, um velho chefe africano, de barbas e cabelos brancos, surgiu à porta.
Enquanto trocávamos as primeiras frases, ouvi que atrás da cabana alguém mexia com as galinhas. Então, um menino trouxe um frango e deu-o ao chefe, que por sua vez, deu-o a mim.
Agradecendo-lhe por aquilo, montei no jumento e preparei-me para ouvir as indicações sobre os caminhos que deveria tomar. O velho chefe tomou, então, as rédeas e disse: "Eu o levarei até lá".
Na escuridão absoluta, passamos por um pântano, um rio e colinas com matagais. O chefe levou-me ao destino sem errar. Quando falei de sua habilidade impressionante, ele respondeu: "Mas, é meu país".
Pensamento: Não preciso ter medo de andar pelo mundo de meu Pai, quando me submeto à sua direção.
Charles E. Fuller (Missouri, E.U.A.)

36. AMOR AO PRÓXIMO - CONFIANÇA E RECOMPENSA

De Tahuape, na Nova Zelândia, veio esta interessante história de feliz acontecimento.
A manhã era cinzenta, chuvosa e fria. Nossa heroína se dirigia com passo acelerado para tomar um ônibus. Se o perdesse, chegaria tarde ao seu trabalho. Aproximou-se dela um homem pedindo dinheiro para poder comer alguma coisa. Um impulso de bondade a induziu a dizer ao desconhecido:
- Moro naquela casa que se vê lá. No refrigerador está o que sobrou de um leitão assado com batatas. Aqui está a chave. Vá e coma. Quando sair, deixe a chave debaixo do tapete, no corredor da entrada.
Durante o percurso de ônibus uma idéia a assolou: "Não havia mulher mais estúpida no mundo". Porém resolveu sobrepor-se a seus temores, ante a convicção de que os seres humanos reagem nobremente a atos de confiança...
Sim, ali estava a chave, sob o tapete. Abriu a porta e a duras penas pôde acreditar no que seus olhos viam. A casa inteira resplandecia de limpeza, tudo estava em seu lugar. Até as vidraças tinham sido lavadas.
No refrigerador encontrou um bilhete escrito com letra grosseira, no qual se lia: "Prezada senhorita. Talvez você não consiga compreender nunca o bem tão grande que me fez. Faz alguns dias que sal da penitenciária. Estou livre sob palavra. Francamente, foram para mim muito duros estes dias. Porém você me deu o estímulo que me faltava. Um milhão de graças".


37. AMOR AO PRÓXIMO - PRECONCEITO RACIAL
Mt 25.34-40

Na Era época de exames na escola de medicina de uma grande universidade África do Sul. Como parte do trabalho prático, exigia-se que dois candidatos diagnosticassem certas doenças e prescrevessem seus respectivos tratamentos. Portanto, era preciso encontrar os casos de doenças. Um grande número de pacientes negros achava-se num hospital dos arredores. Alguns foram trazidos ao local do exame, mas os assistentes brancos recusaram-se a removê-los das ambulâncias para a sala de exame. Assim, as enfermeiras brancas que estavam de plantão e os próprios examinadores tiveram de transportar os pacientes.
Aos assistentes que se recusaram, por preconceito racial, a se ocuparem com os pacientes e a todos aqueles, de qualquer raça, omissos em face da necessidade alheia, diz Jesus: "Quando não o fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim não o fizeste".
Como cristãos, é nosso sagrado dever estender mãos ajudadoras a todos, pois Deus é o criador da humanidade e oferece sua salvação, através de Cristo, para todos os seus filhos.
Joseph B. Webb (África do Sul)

38. AMOR AO PRÓXIMO - PROCEDÊNCIA DIVINA

A necessidade maior do mundo, atualmente, não é de mais ciência, nem traquejo social, nem ensino, nem conhecimento, nem poder, nem sermões; o que realmente precisamos hoje é de amor. E o único meio de se obter o amor é pelo ato sobrenatural que Deus concede; não é um amor qualquer a toda hora. Quando amamos o nosso próximo, não estamos agindo com um amor natural; é Deus que está amando através de nós. Se você deseja este amor, Deus lho dará.
Oração: Eu te amo, Jesus. Às vezes me esqueço do teu amor incomensurável por mim na cruz. Ajuda-me a fixar meus olhos em ti, tu que és o supremo exemplo de como alcançar os semelhantes com o teu amor.

39. AMOR, SUA PSICOLOGIA                 1 Jo 4.8

Disse um médico:
"Sem amor, perdemos o desejo de viver. Desequilibra-se nossa vitalidade física e mental, diminui nossa resistência, e sucumbimos às enfermidades que se demonstram muitas vezes fatais. Talvez escapemos à morte real, mas o que resta é uma existência pobre e vazia, tão empobrecida de emoções que não podemos ser considerados senão semi-vivos. As alternativas são, em verdade, amar ou perecer" (Do livro de Smiley Blanton, Love or Perish [Ame ou Pereça]).
É-nos dito em 1 João 4.8: "Aquele que não ama não conhece a Deus; pois Deus é amor". Assim sendo, cheguemos à conclusão de que, seja como for, Aquele que é manancial do amor pode nos ensinar a amar de maneira a vivermos verdadeiramente.


40. AMPARO - "AQUIETAI-VOS" - FÉ - "FICA CONOSCO" - MÃE           Salmo 46

Era noite. Trovões ribombavam e relâmpagos faiscavam no horizonte. Chovia torrencialmente. A casa tremia com a violência do vento e da chuva pesada, que batia de encontro às vidraças.
No meu leito, um tanto assustada, ouvia eu o rumor da tempestade. Perto de mim, deitado em sua cama, estava meu filhinho de quatro anos, convalescente de coqueluche. Chamou-me atemorizado:
- Mãezinha, onde estás?
- Estou aqui, querido - respondi prontamente. Queres alguma coisa? Ele estendeu a mãozinha e tocou-me. Animei os seus dedinhos tenros e ele acrescentou:
- Nada agora, mãe, porque tu estás aqui.
Segurando as mãos do meu filhinho enquanto a tempestade rugia, eu pensava comigo mesma como nos sentimos sós nas horas de dificuldades, se não firmamos a fé em nosso Pai celeste. "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; não temais". Ele oferece oportunidade para a paz de coração na hora presente, como o tem feito através dos séculos.

Nancy Jane Knock (Missouri, E.U.A.)

41. AMPARO - FRATERNIDADE - RUÍNAS     At 4.32-36

Aprecia-se mais ainda a comunhão em épocas de solidão. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando a linha de frente moveu-se um pouco para a direção ocidental, retornei a Varsóvia. Estava em completa ruína. Ao contemplar a confusão reinante e os edifícios em ruínas, meu coração quase se despedaçou. Senti-me só, terrivelmente só.
Doeu-me ver as ruínas do templo da Igreja Batista. Logo descobri que da florescente comunidade de nossa igreja em Varsóvia não restavam mais do que catorze membros.
No meio dessa situação triste e aflitiva de nossa igreja, surgiu de repente um lampejo de esperança e alegria. Representantes da Aliança Batista Mundial nos visitaram. E nos disseram: "Não estais sós. Trazemos auxilio para vossa igreja e palavras de encorajamento". Como foram maravilhosas estas palavras, nesse período difícil; e quão esplêndida, a nossa comunhão nessa época.
Aleksander Kircun (Polônia)

42. ANDAR EM CÍRCULOS - CAMINHO - SOLIDÃO       
Sl 121; Jo 10.1-10

Há mais realidade expressa na frase "caminhando em círculos" do que imaginamos. Nas desoladas paragens do Ártico, onde terra e céu parecem confundir-se num só, o viajante precisa reconhecer os marcos, tais como regatos e valados. Geralmente precisa cavar fundo para ver se está sobre a terra ou gelo do mar. Se ele se descontrolar, perder-se-á ou chegará ao mesmo ponto de partida.
A vida para muitos é meramente um "andar em círculos". Porém para qualquer um de nós, Jesus torna-se o caminho, quando lhe concedemos o lugar certo no coração. Ele é também a luz, o pão e a água da vida. E um companheiro que promete: "Estou convosco sempre'. Que mais pode desejar um peregrino solitário, com todas essas garantias? Certamente não estamos sós.
Percy Ipalook (Alaska, E.U.A.)

43. ANDAR COM JESUS - PODER - VITÓRIA EM CRISTO

"O qual nos livrou de tão grande morte, e livrará: em quem esperamos que também nos livrará ainda."
Uma garotinha, a quem se perguntou como vivia vitoriosamente, diante dos ataques de Satanás, respondeu: "Ora, eu conservo Jesus em meu coração todos os dias. Quando Satanás vem bater à porta, peço a Jesus que vá atender".
Quando Satanás vê Jesus, ele corre! Sim, nosso presente está seguro, se estiver sob os cuidados do Mestre!

44. ANSIEDADE - CONFIANÇA NO TODO-PODEROSO - ECLIPSE DO SOL - PREOCUPAÇÕES - RECEIO - UNIVERSO                                      Jo 16.28-33

Em agosto de 1930 houve um eclipse do sol. Meu irmão e eu em companhia de um astrônomo, observávamos o fenômeno através de óculos escuros. Este conservava sua atenção no cronômetro. Quando tudo terminou, ele disse: "Foi exatamente no segundo predito há vinte e cinco anos pelos cientistas da época".
Andava eu, então, bastante preocupada porque tinha perdido meu emprego e aquela experiência me trouxe este pensamento: "Se este universo é governado por um Poder que faz com que tudo corra normal e matematicamente no minuto exato, certamente terei confiança, seja qual for o meu destino". Que lição maravilhosa eu aprendi!
Esta lição serve para todos nós. Por que tanta tensão, receio e preocupações na hora presente? Temos a promessa do suprimento de todas as nossas necessidades cada dia que passa. Por que não cremos e agimos confiantes nas promessas de Deus? Por que não "aprendemos a arte de descansar no seu poder"? Por quê? Por que não o fazemos?
Emma M. Wuerry (Ontário, Canadá)

45. ANSIEDADE - DESÂNIMO - "DESVENDA OS MEUS OLHOS..." -EMBARAÇOS

Desde que sirvo ao exército americano na qualidade de capelão, tem sido meu privilégio viajar pelo mundo inteiro. Em 1948, estive no Japão por vários meses, sem a minha família. Quando esta chegou, todos vinham ansiosos por conhecer o Monte Fuji. Entretanto, por algumas semanas, as nuvens e a cerração o cobriram completamente. Um dia, inesperadamente, clareou o tempo e lá estava o Monte Fuji com seu capuz de neve eterno, desafiando o azul do céu.
Freqüentemente, os picos da fé, da esperança e do amor estão ocultos em nuvens de pecado, de dúvidas, de ansiedade e de superstições. Em conseqüência, muitos tropeçam na vida e não chegam nunca a ver realmente o monte do Senhor.
Deus não quis que assim fosse. Enviou Seu Filho, Jesus Cristo, ao mundo para remover as nuvens que se condensam entre nós e os picos da fé. Ele nos capacita a experimentar a beleza da fé, da esperança e do amor.
Roy H. Parker

46. ANUNCIAR CRISTO - SENTIMENTO CRISTÃO - TRILHAS MISSIONÁ-RIAS                                       Jo 1.35-42

"Num acampamento missionário em Mindanau, nas Filipinas, fui escalado para uma missão evangelística, pela primeira vez em minha vida. Foi com um profundo sentimento de alegria e gratidão que ajudei uma pessoa a aproximar-se de Deus.
Voltando ao acampamento, um sentimento de tristeza invadiu-me a alma e empanou a alegria que eu sentira, porque lembrei-me que alguns dos meus familiares na Ilha de Luzón estavam também esperando por alguém que lhes trouxesse as Boas Novas da salvação. Só então compreendi que não podemos ser verdadeiros seguidores de Cristo e ter gozo completo, a menos que falemos a outros a respeito dEle.
Nós, que somos membros da Igreja, não podemos encher-nos do amor de Deus e sentir a alegria da sua presença, sem reconhecer que temos a responsabilidade de anunciar Cristo àqueles que ainda não o conhecem. Como André, não podemos contentar-nos em apenas conhecer Cristo. Quando Ele vive em nós, procuramos apresentá-lo também a outros.
Assim a Igreja está sempre em atividade na sua missão mundial de levar aos outros o conhecimento de Deus e da sua obra de salvação."
J. Price

47. APARÊNCIA - MÁSCARAS       1 Sm 16.7

Diferem os conceitos de Deus e os do homem.
"O Senhor não vê como vê o homem; o homem vê o exterior, porém o Senhor o coração" (1 Sm 16.7).
Num grande banquete, certa noite, apareceram dois vultos fantasiados para entreter os hóspedes. Tinham o tamanho de meninos. Um vestia-se como uma senhora, o outro imitava um cavalheiro, e ambos estavam mascarados. Enquanto apresentavam suas partes, os hóspedes aplaudiam, comentando seu preparo e talento. Então aconteceu algo estranho: um dos mascarados precipitou-se para um objeto que caíra ao chão. O outro atirou-se também para o mesmo objeto. Na luta que se seguiu, arrancaram-se as máscaras e revelou-se a identidade dos dois. Eram dois macacos. "O homem vê o exterior", e com isso às vezes fica tristemente desapontado.
O olhar penetrante de nosso Deus atravessa o verniz exterior e vai até aos secretos recessos do coração humano. Para o nosso Pai celestial o que conta é o interior, O coração é a verdadeira medida do homem. E o manancial de seu caráter. A aparência exterior, não importa quão atraente, é de pouco valor, comparada ao coração.
A uma senhora crente e muito formosa, perguntou-se qual o segredo de sua formosura. "Adorno meus lábios com a verdade", respondeu ela; "para a voz, uso a oração. Meus olhos são ungidos com o colírio da pureza. Uso caridade para as mãos, amor para o coração e retidão para o meu corpo."

48.       APLAUSOS - MÚSICA - OLHANDO PARA JESUS - PROSSEGUINDO PARA O ALVO Fp 3.14

"Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3.14). Um jovem violinista apresentava seu primeiro recital. O auditório estava à cunha. Cada número era aplaudido freneticamente. A multidão delirava. O jovem músico agradeceu os aplausos, mas não deu demonstração de sentir-se lisonjeado. Quase todo o tempo tinha os olhos fitos na galeria.
Quando o som dos derradeiros acordes morreram, um ancião na galeria fez com a cabeça um sinal de aprovação. Imediatamente, o jovem mostrou-se satisfeito, e sua fisionomia iluminou-se de felicidade. Os aplausos da multidão pouco lhe importavam, enquanto não tivesse recebido a aprovação de seu mestre.
Os olhos do cristão devem estar fitos em Cristo. Sua pureza, Sua santidade, Sua perfeição, unicamente, podem ser nosso alvo. Logo que algum outro ser se torne nosso exemplo, nosso herói na fé, ficamos sujeitos à decepção. Conheci um homem a quem eu tinha em alta estima. Era homem, cuja simples aparência impunha respeito e admiração. Quem suporia que o maligno tivesse semeado joio em seu coração? quando ele caiu - pois foi o que aconteceu - muitos ficaram enfraquecidos na fé.


49. ARREPENDIMENTO        Lm 3.40

"Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor" (Lm 3.40).
Na Guatemala, a tribo de índios kekchi tem uma boa palavra para arrependimento, cujo sentido é: "dói meu coração". Distante dali, no interior da África, a tribo baouli tem um vocábulo talvez ainda melhor; o termo que usam quer dizer: "dói tanto que quero desistir disso".
Esta é a experiência que o Senhor desejava para Seus filhos relapsos, quando disse: "Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor". Trata-se ai de uma obra pessoal de avivamento. "Esquadrinhemos", insta Ele, "os nossos caminhos". Não me compete esmiuçar e criticar a vida de meu próximo. Devo voltar o farol da Palavra de Deus para dentro de mim, e esquadrinhar meus caminhos. Está muito certo preferir os outros em honra, no decorrer normal de nossa vida, mas quando se trata de endireitar nossa situação para com Deus, somos advertidos a começar em nós mesmos.
Ao nos esquadrinharmos, podemos descobrir muita coisa que careça de ajuste. Lá na África existe uma interessante palavra tribal que descreve o que acontece ao coração de uma pessoa que se arrepende. Dizem eles: "torna-se destorcido". Isto é justamente o que Deus deseja: destorcer todas as coisas torcidas, endireitar tudo o que está torto!
Pode haver alguma dor nesse processo de distorção. Deus permite que doa o suficiente para desejarmos "desistir disso" e voltar "para o Senhor". E isto que os índios chol, do sul do México querem dizer, quando descrevem o arrependimento como "o coração volta atrás".
"Os mundanos talvez considerem esse choro uma fraqueza; mas é a for­ça que liga o penitente ao Infinito com laços que se não podem romper" ("O Desejado de Todas as Nações", p. 221).
"Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor."

50.       ARREPENDIMENTO - COMPAIXAO PELOS PERDIDOS - A FACE DE CRISTO - PERDÃO          Lc 22.7-20
James B. Finley, um dos pregadores pioneiros do Oeste dos Estados Unidos, conta a respeito de um culto religioso em que o bispo William McKendree administrou a santa ceia numa reunião de acampamento. Durante o ato, o bispo notou uma mulher jovem chorando. Ele percebeu que ela estava em agonia. Chegou-se a ela e lhe disse:
- Filha, vem ajoelha-te. ao pé da cruz, e acharás misericórdia.
Ela replicou:
- Pensa o senhor que uma vil pecadora como eu iria aventurar-se a se aproximar da mesa da ceia e tomar com mãos impuras os emblemas do amor sacrificial do Salvador?
- Sim, minha filha, foi exatamente para pecadores como tu, que o bendito Jesus morreu. Enquanto se retorcia em agonia, ele demonstrou sua disposição e seu poder para salvar, prometendo ao ladrão arrependido que ele estaria no seu reino.
- Então, irei a Jesus - respondeu ela.
Ajoelhou-se à mesa de comunhão, enquanto o bispo, com lágrimas nos olhos, possuído de gozo e emoção, serviu-lhe os elementos da santa ceia.
Quando se levantou, o seu rosto resplandecia com a alegria de ter achado uma nova fé.
Edgar H. Nease (Carolina do Norte, E.U.A.)

51. ARREPENDIMENTO - JUVENTUDE - VIDA CRISTA           1Tm 4.12

"Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão do fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza" (1 Tm 4.12).
Lord Chesterton uma vez afirmou: "Eu creio no arrependimento à beira da morte, mas não quero depender dele". Durante uma enfermidade séria, a mente não funciona normalmente. Acertar a vida com Deus é algo que deve ser feito no vigor da saúde. Mas, como se interessa pelos Seus filhos, "a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir". Ele nos ama de modo igual, na doença ou na saúde, na vida ou na morte. Em minha experiência, não conheci muitas pessoas que tenham encontrado Cristo no leito de morte. Quando aceitamos Cristo na juventude, a vida é salva. Quando o aceitamos na velhice, a alma é salva e a vida eterna é garantida, mas a oportunidade de viver uma vida por Cristo passou.

Oração: Senhor Jesus, motiva o meu coração a buscar os jovens que estão começando a sua aventura na vida e os velhos que chegam ao fim de sua jornada. Ajuda-me a levar-lhes a mensagem do teu amor que salva.

52.       ARTE - CONSAGRAÇÃO - PÁSCOA - TESTEMUNHAS Lc 24.44-48

Numa Páscoa, há muitos anos atrás, foi posta em exposição numa galeria de arte em Londres uma famosa seleção de quadros sobre os acontecimentos da Semana Santa. Uma multidão examinava os trabalhos em respeitoso silêncio, quando, de repente, entrou uma menina. Dizem que quando ela viu o impressionante quadro que representava Crista perante Pilatos, não pode mais permanecer calada, e perguntou: "Ninguém vai ajudá-lo?"
A pequena era Evangeline Booth. Ela passou toda a sua vida ajudando Jesus Cristo através do seu trabalho de socorrer os necessitados e infelizes. Como soldado raso, depois oficial e mais tarde, comandante-chefe do Exército da Salvação, ela participou dessa grande organização que leva almas perdidas ao encontro do Salvador, em quase todos os países do mundo.
E nesta páscoa Jesus nos diz: "Destas coisas sois vós testemunhas". Temos nós falado a outras pessoas sobre Cristo ressuscitado? Se ainda não o fizemos, não somos as testemunhas ativas que deveríamos ser.


53. ARTE - MÚSICA - PODER - VOCAÇÃO    At 4.13-22

Desde muito cedo, Alberto Schweitzer começou a revelar o seu talento para a música. Conta-se que certo maestro ficou intrigado com o fato de um menino esforçar-se por tocar tão bem quanto um artista consagrado. Um dia, este maestro tocou com agilidade uma difícil fuga de Bach e, levantando-se do piano, desafiou o menino para tocar a peça. Alberto Schweitzer fechou a partitura que estava sobre a estante do piano e tocou, de memória, toda a fuga.
Realmente, a vida e obra de Alberto Schweitzer indicam que ele não recebeu poder de fora nem de si mesmo, mas do próprio Deus. O autor de Atos nos diz que receberemos poder. Recebemos primeiro o poder de vencer a tentação de cometer pecados triviais que facilmente nos dominam. E este poder aumenta pelo exercício e nos capacita a grandes conquistas no terreno espiritual e moral, e até nos pode levar aos páramos da santidade. Nossa capacidade pode ser limitada; nossos talentos, poucos; a nossa personalidade, imperfeita; mas, de qualquer modo, podemos receber o poder da ressurreição de Cristo e ser Suas testemunhas.
C. Phillip Torrance (Nova Iorque, E.U.A.)

54. ASSISTÊNCIA AOS CULTOS - ESCOLA DOMINICAL - JARDIM DE INFÂNCIA       Rm 14.16-22

Com apenas cinco anos de idade, a criança já é o lindo reflexo do poder da graça de Deus em seu coração. Num domingo, uma garotinha correu até sua mãe e disse:
- Mamãe, eu quero ir à Escola Dominical.
- Mas você não tem um sobretudo, e está muito frio! - replicou-lhe a mãe.
- Mas, mamãe - disse a pequena -, se todos fizessem assim, ninguém iria à Escola Dominical.
Em seguida, tomou uma toalha, embrulhou-se nela e saiu.
A experiência dessa criança serve de exemplo para nós, a fim de que sejamos fortes e fiéis na assistência aos cultos. Se deixamos de ir à Igreja uma vez, só nós notamos; se deixamos de ir duas vezes, a congregação nota a nossa falta; se deixamos de ir muitas vezes, todo o mundo nota.
Participar dos cultos divinos não é somente uma opção, é um dever de todo cristão. E para nosso proveito espiritual que freqüentamos os cultos na casa de Deus; é o meio de graça para o nosso crescimento na vida cristã.

Juan J. Couso e Y. Oviedo (Cuba)

55. ATRAÇÃO POR JESUS

Na primeira arte cristã, Jesus é representado nas Catacumbas como o Orfeu grego, com a lira na mão, atraindo todos a si pela magia de sua fascinação. Estes primitivos cristãos, no seu erro de tentar representar Cristo ao mundo, nos moldes do paganismo, escolheram a figura atrativa do músico que, com sua lira, atraía a todos. Não há dúvida de que a história de Orfeu é uma das mais belas da terra helênica. Era ele o maior dos músicos. Tocava tão maravilhosamente que quando seus dedos dedilhavam aquelas cordas, as bestas selvagens mansamente se aproximavam, os pássaros se detinham no vôo, a natureza inteira silenciava para ouvi-lo. Assim foi o pensamento cristão primitivo acerca de Cristo, por seu poder de atrair a si os homens.

56. ATOS DE BONDADE - CRISTIANISMO PRATICADO - FRATERNIDADE - INIMIGOS - TRANSFORMAÇÃO Gl 5.13-15

Certo fazendeiro contava acerca de um desentendimento que houve entre ele e seu vizinho. Por pouco não houve entre eles uma cena de sangue. Passados alguns dias, saiu de carro sob fortes chuvas e, no caminho, notou que outro automóvel estava atolado no barro. Para sua surpresa, o motorista em apuros era o seu inimigo. A principio ele pensou em passar de lado e deixá-lo com seu próprio infortúnio, mas venceu o sentimento vingativo e parou para ajudá-lo.
Aquele ato transformou o inimigo de outrora num dedicado amigo. Que grande recompensa resultou de um simples ato de solidariedade humana. Aquilo que palavras ásperas e mau humor não haviam conseguido, foi alcançado em poucos minutos por um ato de bondade, praticado no lamaçal do caminho.
Na rua, no metrô, no ônibus, no afã da vida diária, ou no lamaçal do caminho, a fraternidade de Cristo operará milagres em qualquer tempo. A humanidade em toda parte, a nossa vizinhança, está sedenta por esta demonstração de amizade e atos de presteza que só Cristo inspira. "Servindo-vos uns aos outros em amor."
Earl Perry (Kansas, E.U.A.)

57. ATUAÇÃO DIVINA - MORDOMIA À TRINDADE
At 1.1-18

Há alguns anos, ouvi um evangelista contar a seguinte história:
"Certo dia, um motorista levava um passageiro no seu carro. Ao passarem por certo lugar, o passageiro disse ao motorista: 'Vê aquela casa grande lá? Aquela casa é minha!' No dia seguinte, ele passou pelo mesmo lugar, com outro passageiro, e este lhe disse a mesma coisa. Outra vez, passando por ali com um outro passageiro, ficou intrigado porque este lhe repetiu as mesmas palavras.
Os três homens tinham razão. O primeiro homem havia construído a casa; o segundo a comprara, e o terceiro a alugara e estava morando nela."
O evangelista, então, aplicou este caso para ilustrar a operação da Santíssima Trindade: Deus nos fez; Jesus nos comprou e o Espírito Santo habita em nós.
Não é maravilhoso como Deus cuida de nós? Tudo o que Ele requer de nós é o nosso amor e a nossa fidelidade.

58. AUTO-DISCIPLINA - CORRIDA - PESO DO PECADO
1 Co 9.24-27; Hb 12.1

Os jogos olímpicos do Império Britânico estavam sendo disputados em Auckland, Nova Zelândia, há alguns anos. O vencedor da maratona de vinte e cinco milhas, que estava sendo disputada sob pesada chuva, sacudiu fora suas sandálias de atleta e terminou a corrida de pés descalços, "desembaraçando­-se assim de todo o peso".
Há muitos pesos a serem postos de lado para que um contendor vença uma corrida. Ele despoja-se de todas as peças do vestuário dispensáveis, faz uma dieta para eliminar o excesso de peso e para enrijecer os músculos e tendões, e ainda segue um curso de treinamento para desenvolver a coordenação motora.
Que exemplo para nós, cristãos! Se você quer vencer na vida, tem de se submeter a um processo de autodisciplina. E necessário atar os liames da mente, desembaraçar-se de todo o peso do pecado, recusar entregar-se a indulgências supérfluas. Os que são fiéis treinam para seguir e servir a Cristo. "Corramos com perseverança, a carreira que nos está proposta" (Hb 12.1).
William G. Slade (Nova Zelândia)

59. AVIVAMENTO - BÍBLIA    Sl 91; Fp 2.1b

"Preservando a palavra da vida para que, no dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente" (Fp 2.1b).
A Palavra de Deus traz avivamento. Os soldados estavam em batalha. Um deles, cristão, levava no bolso da camisa uma pequenina Bíblia. Em meio ao ruído de gritos e granadas a explodirem, os rapazes seguiam, conduzindo o aviamento do corpo de saúde. De súbito, o cristão caiu ao solo. Um companheiro correu ao seu lado, e admirou-se de encontrá-lo ainda com vida. Pondo a mão no bolso da camisa, o filho de Deus tirou sua pequenina Bíblia. A capa tinha um orifício. A bala atravessara Gênesis, Êxodo, Levítico... Samuel, Reis, Crônicas...
"Onde pensais que a bala se deteve?", perguntou mais tarde o jovem, quando escreveu sobre o caso, numa carta para os seus. "Exatamente no meio do Salmo 91, apontando para o verso: 'Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido'."
A Palavra de Deus deteve a bala de penetrar no coração daquele jovem, salvando-lhe a vida. A Palavra divina já deteve muito dardo inflamado despedido pelo inimigo das almas, salvando para a vida eterna as pessoas por ele visadas. Não é admirável, pois, que Paulo se referisse às Escrituras como "a Palavra da Vida". Dentro de suas sagradas capas, o homem encontra não só luz, mas vida - a abundante vida neste mundo, e vida eterna no mundo por vir!

Sem comentários:

Enviar um comentário

VEJA TAMBÉM ESTES:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...