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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

ESTUDO SOBRE O SANTUÁRIO 7ª SESSÃO - EVANGELHO DE JOÃO





EVANGELHO DE JOÃO

          O Evangelho de João tem uma diferença básica em relação aos outros Evangelhos, porque concentra a ação de Jesus em Jerusalém. Os outros localizam o ministério de Jesus na Galiléia e dão a impressão de que sua duração foi de apenas um ano e meio. O Evangelho de João dá uma duração mais longa para o ministério de Jesus e isto é calculado a partir das visitas feitas por Ele a Jerusalém em relação com as festas que estavam ocorrendo.

          Quando Jesus vai a Jerusalém por ocasião das festas, age de maneira diferente de um judeu comum: Ele ensina, trabalha, opera milagres e, em cada situação, há um ensinamento aplicado e os ensinamentos dizem alguma coisa acerca de Jesus, basicamente que ELE É O CUMPRIMENTO DE CADA UMA DAQUELAS FESTAS. Os Seus ensinamentos estão relacionados com o tipo de festa que está ocorrendo; não fala sobre algum assunto diferente, mas sobre o que acontece no templo naquele momento. Ele diz: "Isto se aplica a Mim; Eu sou o cumprimento disto que vedes." Portanto, Seus ensinamentos no templo, no tempo das festas, está relacionado com Sua presença.

          SETE FESTAS NO EVANGELHO DE JOÃO - a última é a Páscoa, no fim de Seu ministério, a época de Sua morte.

          Capítulos 2 a 10: "JESUS EM SEU TEMPLO TERRESTRE" (título da seção).

          Cap. 2 - primeira visita de Jesus a Jerusalém no tempo da festa, durante Seu ministério. Seu batismo ocorreu no outono (27 AD). Após isto, retornou ao norte da Galiléia, onde é encontrado nas bodas de Caná. Os seis primeiros meses passou nesta região.

                                            PRIMEIRA FESTA

          2:13 - PÁSCOA - primavera - Jerusalém - primeira festa do Seu ministério.

          vv. 14-17 - descrevem Sua ação: PURIFICAÇÃO DO TEMPLO.

          Duas coisas aconteciam na área do templo:
          1. venda de animais;
          2. troca de dinheiro (câmbio) - moeda do templo.

          A indignação de Jesus se acendeu, pois tal não deveria ocorrer no templo de Deus. Pega um açoite - todos fogem. Por quê? Ellen White diz que a divindade de Jesus irrompeu através da humanidade, e o brilho de Sua glória como que os enfraquece, a consciência se abala, o pecador não pode permanecer na presença desta santidade, por isto fogem para fora da área do templo, com os seus animais. E JESUS PURIFICOU O TEMPLO.

          O Desejado de Todas as Nações - lição espiritual: Deus pode purificar o templo de nossa alma. No início de Seu ministério Jesus anuncia a natureza do Seu trabalho - não apenas a purificação física de um prédio, mas a espiritual purificação do coração humano de todo erro que aí houver. Isto é enunciado pelo primeiro ato de Seu ministério.

          Os mercadores e cambistas voltam - não podem entender o porquê da fuga, estão irados, querem discutir a situação, Sua autoridade para fazer tal coisa:

          v. 18 - "Que sinal nos mostras para fazeres tal coisa?"

          v. 19 - sinal dado por Jesus: "Destruí este templo e em três dias o reconstruirei."

          v. 20 - eles não compreendem a resposta de Jesus; dão a sua interpretação, dizendo que o templo levou 46 anos para ser edificado (refere-se à restauração por Herodes):

                                                                                                                66 67           70
20 AC          18 AC          27 AD          AD AD           AD
 │Restauração   Restauração   Construção na ║║ Guerra com  
 ───────────── ────────────────────────────╫╫──────────────
 │do Templo     do Pátio      área externa  ║║ Roma -      
                                                 Destruição do
                                                   Templo

          Por esta razão não entenderam o que Jesus dizia. Só que Jesus falava acerca de outra coisa. O QUE JESUS DÁ AQUI É UMA PROFECIA DA SUA RESSURREIÇÃO.

          vv. 21-22 - João dá esta explicação: referia-se ao santuário do Seu corpo.

          Primeira Páscoa - profecia de Sua ressurreição.
          Última Páscoa - cumprimento desta profecia. Elo de ligação entre ambas.

          Ainda nesta ocasião Jesus transmite muitos ensinos e, dentre eles, destaca-se o capítulo 3, verso 16, que foi dado neste tempo particular da Páscoa. Jesus fala acerca da necessidade de nascer de novo e como isto ocorre sob a operação do Espírito Santo: percebe-se a mudança do coração, da vida. Diz que algo será feito que dará motivo para uma mudança. Tira uma lição do VT - Moisés e a serpente:

          v. 14 - o levantamento de Jesus aponta para a cruz, portanto, esta é uma profecia de Sua crucifixão.

          v. 15 - resultado da crucifixão: "para que todo o nEle crê tenha a vida eterna."

          v. 16 - motivo pelo qual Deus faz isto: porque ama o mundo e, novamente, diz que todo o que nEle crer tem a vida eterna.

          Primeira Páscoa: profecia de Sua crucifixão.
          Última Páscoa: cumprimento da profecia.

          Após esta primeira páscoa Jesus voltou para o norte, passando por Samaria.


                                            SEGUNDA FESTA

          Capítulo 5. Jesus volta a Jerusalém. A próxima festa não é identificada. Há uma razão para esta não identificação: João não estava interessado na festa em si, isto era secundário; o ponto importante que ele queria salientar tinha relação com o SÁBADO, o que aconteceu neste dia.

          v. 9 úp - cura de um paralítico no DIA DE SÁBADO. Um incidente específico, num local específico (tanque de Betesda).

          v. 8 - MANEIRA COMO SE OPEROU A CURA - "levanta, toma teu leito e anda." Jesus não desceu o homem até o tanque, não colocou barro em suas pernas paralíticas, não usou qualquer remédio, não há evidência de que Ele sequer tenha tocado o homem; simplesmente fala ao homem e a Sua Palavra é criadora. Assim, naquele local, foi criado um novo corpo.

          ECO DE GÊNESIS 1 - HAJA... E HOUVE. HAJA... E HOUVE...
          Há um paralelo, portanto, em João 5 com Gênesis 1.

          Capítulo - segunda metade - diálogo entre o curado e os rabis. Quem fez a cura e por quê?

          v. 14 - Jesus encontra-se mais tarde com o homem e diz-lhe para viver uma vida justa.

          v. 19 - diálogo de Jesus com os rabis. Ellen White diz que Jesus foi trazido perante o Sinédrio, numa espécie de julgamento, em que era examinado pelas autoridades.

          vv. 19-24 - Sua defesa basicamente constituiu em apresentar a proximidade de Seu relacionamento com o Pai: "o Pai tem trabalhado e Eu também trabalho." Isto era algo perigoso de se dizer. O termo "Pai", usado em relação a Deus, não era comum naquele tempo. Naquele tempo uma pessoa podia se referir a Deus como Pai numa oração formal e pública, mas nunca em uma discussão pessoal. Portanto, a afirmação de Jesus se reveste de um significado muito particular. Jesus afirma Sua íntima relação com o Pai, que nenhum outro ser humano tem, e isto é uma blasfêmia para os judeus.

          Primeira parte da defesa de Jesus: intimidade de relacionamento com o Seu Pai.
          Segunda parte da defesa de Jesus: "Eu não somente posso curar como também serei o agente da ressurreição" (vv. 25-29). Duas vezes Ele diz que seria o motivo da ressurreição.

          v. 25 - refere-se a Si mesmo como o FILHO DE DEUS.

          v. 27 - refere-se a Si mesmo como o FILHO DO HOMEM.

          O assunto é o julgamento e Ele traz os mortos à vida por ser este um direito que possui como FILHO.

          v. 30ss - Jesus dá um testemunho acerca de Si mesmo:

          1. está intimamente relacionado com o PAI;
          2. tem o poder da ressurreição.

          Dois ensinamentos e que são maiores que a cura operada no dia de sábado.

          Quando está diante do tribunal, Jesus apresenta Suas testemunhas:

          a. v. 33 - JOÃO BATISTA;
          b. v. 36 - AS OBRAS que Ele faz;
          c. v. 37 - O PAI, porque Ele enviou a Jesus;
          d. vv. 39-41 - A PALAVRA DE DEUS;
          e. vv. 45-47 - MOISÉS.

          Estas testemunhas confirmam que Jesus de fato era quem pretendia ser - O MESSIAS.


                                            TERCEIRA FESTA

          João 6 - PÁSCOA - a ação não ocorre em Jerusalém. Jesus ficou no Norte, na Galiléia.

          O dia da FESTA DA PÁSCOA durava somente um (01) dia, mas era seguido por uma semana de festa - a FESTA DOS PÃES ASMOS.

          A. Primeira conexão: PÁSCOA = PÃO (idéia que o judeu associaria à Páscoa).

          B. Segunda conexão: ÊXODO - deserto - MANÁ.

          Porém, quando Jesus fala de pão nesta festa, não se refere somente a pão asmo, nem mesmo o pão miraculoso (maná); Ele chama a atenção para um pão mais importante, que é Ele mesmo, o Pão do Céu, o Pão da Vida.


          C. Terceira conexão: vv. 16-21 - O MAR SOB CONTROLE - Jesus anda por sobre o mar. Este é o tempo da Páscoa. Mostra o controle que tem sobre os elementos da natureza: acalma e caminha sobre o mar. Na Páscoa original, Jesus demonstrou este mesmo controle sobre os elementos e os utiliza para proteger e salvar o Seu povo: conduziu o Seu povo através de um caminho aberto no meio do mar e usou o mar como uma arma contra os inimigos, afogando os soldados de Faraó. Assim 1500 anos antes, Jesus demonstrou que o mar este sob o Seu controle e agora, no tempo da Páscoa, Ele demonstra a mesma coisa. Esta é, portanto, uma conexão: o mar sob controle.

          vv. 22-24 - a multidão vai à procura de Jesus. Eles sabem que Jesus não seguiu de barco com os discípulos. Quando O encontram sabem que Jesus ali chegou por milagre e querem que Jesus admita o milagre. Mais uma vez o entusiasmo popular começa a crescer.

          vv. 25-30 - Neste ponto as questões são favoráveis a Jesus, Ele é ainda bastante popular. Porém, Ele pretende conduzir o povo em uma direção diferente, diferente do pão físico que comeram, em direção ao pão espiritual que precisavam.

          v. 31 - o povo fala do passado, quando os pais comeram o maná do deserto.

          v. 32 - Jesus diz que não foi Moisés quem lhes deu o maná, mas o PAI, e Ele está dando um novo Pão, o Pão que desce do céu, melhor que o pão dado no deserto.

          v. 34 - resposta do povo: "Dá-nos sempre deste pão."

          Até este ponto a situação era favorável a Jesus.

          v. 35 - Jesus diz claramente: EU SOU O PÃO DA VIDA. Não o pão que os pais comeram no deserto, não o pão que vocês comeram ontem na beira do mar, mas EU SOU o pão. Este é um relacionamento espiritual.

          v. 38 - novamente Jesus diz que desceu do céu.

          v. 42 - isto não faz sentido para eles, pois conheciam Sua família, parecia ser uma pessoa comum, como poderia ter vindo do céu?

          v. 44 - novamente o assunto de que tem  o poder sobre a ressurreição.

          vv. 48 e 51 - repete: EU SOU O PÃO DA VIDA. E o Pão veio a este mundo para lhes dar vida. Assim Jesus lhes diz que vai morrer, e com um propósito particular: salvar a homens e mulheres. Isto já não lhes parece muito bom (preferiam um Messias conquistador). Entendem que Jesus está falando de um reino espiritual e o entusiasmo deles vai se desvanecendo.

          v. 53 - última lição: COMER A CARNE E BEBER O SANGUE.

          CONEXÃO: época da Páscoa - várias lições:

          a. sobre o pão
          b. sobre o mar
          c. carne e sangue - faz lembrar o CORDEIRO PASCAL. Jesus            está dizendo que Ele é o Cordeiro Pascal, que Seu sangue           será derramado e Sua carne será comida. Em outras              palavras, Ele é o cumprimento do tipo que Moisés deu                  1500 anos antes.

          O QUE SIGNIFICA COMER A CARNE E BEBER O SANGUE? Ellen White diz que é aceitar a Jesus como Salvador, aceitá-LO na vida.

          v. 56 - Explicação: relacionamento íntimo com Jesus. Assim como o alimento que é comido torna-se parte de nós, assim Jesus quer tornar-Se parte de nossa vida.

          v. 66 - vários discípulos O deixaram, mas não os doze.

          vv. 68-69 - Pedro confessa que Jesus é o Messias.

          Este é um ponto divisório no Evangelho: até aqui o povo se entusiasmou em relação a Jesus, mas quando entenderam que Ele era um Messias espiritual, começaram a desanimar.

          Capítulo 5 - REJEITADO PELOS LÍDERES.

          Capítulo 6 - REJEITADO PELO POVO.


                   QUARTA FESTA - TABERNÁCULOS - Capítulos 7 e 8

          Dois grandes elementos: ÁGUA E LUZ. Jesus diz que é o cumprimento de ambos.

          Descrição da festa: era a última do ano - última colheita do ano, dos frutos de verão, que eram apresentados ao Senhor - propósito agrícola da festa.

          Propósito histórico: comemorava o tempo em que viveram em tendas durante os 40 anos de peregrinação no deserto; assim, no tempo da festa, viviam em cabanas. Havia sacrifícios regulares e especiais.

          Primeiro elemento: LUZ. Durante a peregrinação no deserto, Deus era a luz, presente na coluna de nuvem e na coluna de fogo; e isto era comemorado na festa dos tabernáculos. Construíram quatro colunas bem altas na área do templo, sendo que no topo havia um tipo de pira, em que havia óleo, a qual, durante a festa, era acesa e iluminava o templo.

                      
────────────────────────────────────────┐
     PÁTIO   DOS   GENTIOS           P                   
───────────────────────────────────┐ Á 
       PÁTIO DAS MULHERES          │ T 
───────────────────────────────┐   │ I 
       PÁTIO DOS HOMENS           │ O 
──────────────────────────┐          
   PÁTIO DOS SACERDOTES          │ D 
┌─────────────────────┐          │ O 
                               │ S 
                                  
        TEMPLO                 │ G    
                               │ E 
└─────────────────────┘          │ N 
   PÁTIO DOS SACERDOTES          │ T 
──────────────────────────┘       │ I 
       PÁTIO DOS HOMENS           │ O 
───────────────────────────────┘   │ S                                    PÁTIO DAS MULHERES            
───────────────────────────────────┘   
                                       
────────────────────────────────────────┘

          A pira usava como pavio as vestes velhas dos sacerdotes, que eram santas, e não podiam ser inutilizadas de maneira comum.

          Foi neste contexto que Jesus disse: EU SOU A LUZ DO MUNDO - João 8:12.




          A outra parte da festa:

          ÁGUA: comemoração histórica: peregrinação no deserto, poucas fontes de água, o povo com sede apela para Moisés duas vezes:

          a. Moisés fala com a Rocha
          b. Moisés bate na Rocha.

          Assim foi providenciada água para o povo. E isto era comemorado na festa dos tabernáculos.

          Cada manhã o sacerdote pegava uma bacia e ia até o tanque de Siloé, onde era enchida. Havia uma procissão até o pátio do templo e esta água era levada até o altar, onde era derramada. Quando marchavam nesta procissão cantavam Salmos específicos e agitavam folhas de palmeira, que era parte da celebração.

          Jesus usa este simbolismo e fornece um correspondente espiritual:

          7:37 - último grande dia da festa, o oitavo dia, quando a festa está-se aproximando do seu final, Jesus exclama: "Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba."

          O que Ele pretendia salientar era que nem a água que o sacerdote derramara no altar por oito dias, nem a água que Moisés lhes dera no deserto era o de que eles realmente necessitavam, mas Ele mesmo era a ÁGUA, para satisfazer a sede espiritual, uma ÁGUA que assegura a vida eterna.

          Não diz simplesmente que Ele supre a necessidade física, mas que todo o que nEle crer, receberá esta água dEle e se tornará um conduto para outros. Portanto, há uma responsabilidade: receber de Jesus, a Fonte, e distribuiu para outros.

          v. 39 - explicação de João: Jesus fala do Espírito Santo.

                            QUINTA FESTA - SÁBADO - Capítulo 9

          Enquanto está em Jerusalém, nesta ocasião, há um outro incidente de cura: O CEGO DE NASCENÇA.

          Discussão: o que causou a cegueira? Problema teológico: de quem era o pecado?

          Na verdade, não era este o caso. Havia aqui uma oportunidade para mostrar como o Pai trabalha.

          O tema da LUZ prossegue.

          v. 5 - "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo." O que Jesus ensinou no templo, agora ilustra: como prover luz a um cego de nascença.

          v. 14 - era um DIA DE SÁBADO quando Ele fez isto. Como fez?

          vv. 7-8 - cuspiu no chão, fez um barro, colocou nos olhos do cego e disse: "Vai, lava-te no tanque de Siloé."

          Por que o barro?

          Gên. 1 - Deus cria pela palavra;
          Gên. 2 - Deus cria usando barro (formou - verbo que se                                        refere à atividade do oleiro).

          Barro no olho }  Paralelo ao tipo de
          Barro no chão }  ato criativo em Gênesis 2

          João 5  <--------  ATO CRIATIVO --------> Gênesis 1
          João 9  <--------  ATO CRIATIVO --------> Gênesis 2

          Portanto, nestas ações, Jesus como que dizia: EU SOU O CRIADOR. O dia de SÁBADO, em que realizei os milagres, é o MEU DIA, é um MEMORIAL DA MINHA CRIAÇÃO.

          vv. 13-34 - o cego diante dos fariseus e toda a discussão que se seguiu.

          v. 35 - Jesus encontra o cego. Pergunta: "Crês tu no Filho do homem?"  Esta é uma mensagem messiânica: "Você crê que Eu sou o Messias?"

          v. 37 - "Você O Viu e agora fala com Ele."

          v. 39 - lição espiritual: "Eu vim para juízo, a fim de que os que não vêem, vejam, e os que vêem se tornem cegos."

          v. 40 - pergunta dos fariseus: "Acaso somos cegos?"

          v. 41 - SIM, responde Jesus, porque rejeitaram a evidência da criação bem diante dos seus olhos. Aquele mesmo que criou o sábado, vocês O estão acusando agora.

          Portanto, a história termina com um paradoxo: que os cegos passem a ver e os que vêem se tornem cegos. Fisicamente o cego vê e espiritualmente reconhece Jesus como o Messias e O aceita como Salvador. Mas os fariseus, que podiam ver bem, viram o trabalho de Jesus, mas rejeitaram o testemunho deste trabalho e cegueira espiritual os alcançou.


                            SEXTA FESTA - DEDICAÇÃO - 10:22 ss

          História: Antíoco Epifânio, em 168 AC, veio a Jerusalém, perseguiu os judeus, profanou o templo, sacrificou porcos no altar, colocou uma estátua a Zeus, interrompeu os serviços do templo, etc. Esta perseguição prosseguiu até 165 AC. Durante este tempo, a família dos MACABEUS liderou o povo de Judá, organizou um exército para lutar contra Antíoco. Várias batalhas foram travadas e, finalmente, Jerusalém foi libertada do controle de Antíoco em 165 AC. Após esta libertação, purificaram e dedicaram o templo. Esta festa (HANNUKAH) durou dez dias e é celebrada ainda hoje pelos judeus - envolve o acender a luz de uma vela cada noite. Esta festa é em dezembro, quando o templo foi dedicado.

          Jesus estava no pórtico de Salomão. Era dezembro. Faltavam três meses para que morresse. Em março seria Sua última Páscoa.

          v. 24 - Questão: ÉS TU O MESSIAS?

          v. 25 - Respondeu-lhes Jesus: "Já vo-lo disse." As obras que Ele fazia testificavam a Seu respeito. Mais uma vez volta ao tema do trabalho com Seu Pai.

          v. 30 - EU E O PAI SOMOS UM - relacionamento íntimo com o Pai, unidade, e isto explica o que Ele fez e porque o fez. Se Ele e o Pai são um, e o Pai é divino, então o Filho é divino, portanto é uma reivindicação de Messianidade e divindade.

          v. 31 - pegaram em pedras para apedrejá-LO.

          v. 36 - Aquele a quem SANTIFICOU - este verbo é o mesmo usado para a festa, dedicado ao templo (purificação) na época da festa.

          PARALELO - Jesus dedicado para vir a este mundo, para dar a luz ao mundo, para mostrar que é o FILHO DE DEUS, o Messias, e veio para dar vida eterna.

          Portanto, o verbo de ligação é este verbo. O que a festa era para o templo, Jesus é para nós. Assim, mais uma vez, encontramos um elo de ligação entre o significado da festa e o que Jesus disse de Si mesmo.  

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