EVANGELHO
DE JOÃO
O Evangelho de João tem uma diferença
básica em relação aos outros Evangelhos, porque concentra a ação de Jesus em
Jerusalém. Os outros localizam o ministério de Jesus na Galiléia e dão a
impressão de que sua duração foi de apenas um ano e meio. O Evangelho de João
dá uma duração mais longa para o ministério de Jesus e isto é calculado a
partir das visitas feitas por Ele a Jerusalém em relação com as festas que
estavam ocorrendo.
Quando Jesus vai a Jerusalém por
ocasião das festas, age de maneira diferente de um judeu comum: Ele ensina,
trabalha, opera milagres e, em cada situação, há um ensinamento aplicado e os
ensinamentos dizem alguma coisa acerca de Jesus, basicamente que ELE É O
CUMPRIMENTO DE CADA UMA DAQUELAS FESTAS. Os Seus ensinamentos estão
relacionados com o tipo de festa que está ocorrendo; não fala sobre algum
assunto diferente, mas sobre o que acontece no templo naquele momento. Ele diz:
"Isto se aplica a Mim; Eu sou o cumprimento disto que vedes."
Portanto, Seus ensinamentos no templo, no tempo das festas, está relacionado
com Sua presença.
SETE FESTAS NO EVANGELHO DE JOÃO - a
última é a Páscoa, no fim de Seu ministério, a época de Sua morte.
Capítulos 2 a 10: "JESUS EM SEU
TEMPLO TERRESTRE" (título da seção).
Cap. 2 - primeira visita de Jesus a
Jerusalém no tempo da festa, durante Seu ministério. Seu batismo ocorreu no
outono (27 AD). Após isto, retornou ao norte da Galiléia, onde é encontrado nas
bodas de Caná. Os seis primeiros meses passou nesta região.
PRIMEIRA
FESTA
2:13 - PÁSCOA - primavera - Jerusalém
- primeira festa do Seu ministério.
vv. 14-17 - descrevem Sua ação:
PURIFICAÇÃO DO TEMPLO.
Duas coisas aconteciam na área do
templo:
1. venda de animais;
2. troca de dinheiro (câmbio) - moeda
do templo.
A indignação de Jesus se acendeu, pois
tal não deveria ocorrer no templo de Deus. Pega um açoite - todos fogem. Por
quê? Ellen White diz que a divindade de Jesus irrompeu através da humanidade, e
o brilho de Sua glória como que os enfraquece, a consciência se abala, o
pecador não pode permanecer na presença desta santidade, por isto fogem para
fora da área do templo, com os seus animais. E JESUS PURIFICOU O TEMPLO.
O Desejado de Todas as Nações -
lição espiritual: Deus pode purificar o templo de nossa alma. No início de Seu
ministério Jesus anuncia a natureza do Seu trabalho - não apenas a purificação
física de um prédio, mas a espiritual purificação do coração humano de todo
erro que aí houver. Isto é enunciado pelo primeiro ato de Seu ministério.
Os mercadores e cambistas voltam - não
podem entender o porquê da fuga, estão irados, querem discutir a situação, Sua
autoridade para fazer tal coisa:
v. 18 - "Que sinal nos mostras
para fazeres tal coisa?"
v. 19 - sinal dado por Jesus:
"Destruí este templo e em três dias o reconstruirei."
v. 20 - eles não compreendem a
resposta de Jesus; dão a sua interpretação, dizendo que o templo levou 46 anos
para ser edificado (refere-se à restauração por Herodes):
66 67 70
20
AC 18 AC 27 AD AD AD AD
│Restauração
║Restauração ║Construção na ║║ Guerra com │
├───────────── ╫──────────────╫──────────────╫╫──────────────┤
│do Templo
║do
Pátio ║área externa ║║ Roma - │
Destruição do
Templo
Por esta razão não entenderam o que
Jesus dizia. Só que Jesus falava acerca de outra coisa. O QUE JESUS DÁ AQUI É
UMA PROFECIA DA SUA RESSURREIÇÃO.
vv. 21-22 - João dá esta explicação:
referia-se ao santuário do Seu corpo.
Primeira Páscoa - profecia de Sua
ressurreição.
Última Páscoa - cumprimento desta
profecia. Elo de ligação entre ambas.
Ainda nesta ocasião Jesus transmite
muitos ensinos e, dentre eles, destaca-se o capítulo 3, verso 16, que foi dado
neste tempo particular da Páscoa. Jesus fala acerca da necessidade de nascer de
novo e como isto ocorre sob a operação do Espírito Santo: percebe-se a mudança
do coração, da vida. Diz que algo será feito que dará motivo para uma mudança.
Tira uma lição do VT - Moisés e a serpente:
v. 14 - o levantamento de Jesus aponta
para a cruz, portanto, esta é uma profecia de Sua crucifixão.
v. 15 - resultado da crucifixão:
"para que todo o nEle crê tenha a vida eterna."
v. 16 - motivo pelo qual Deus faz
isto: porque ama o mundo e, novamente, diz que todo o que nEle crer tem a vida
eterna.
Primeira Páscoa: profecia de Sua
crucifixão.
Última Páscoa: cumprimento da
profecia.
Após esta primeira páscoa Jesus voltou
para o norte, passando por Samaria.
SEGUNDA
FESTA
Capítulo 5. Jesus volta a Jerusalém. A
próxima festa não é identificada. Há uma razão para esta não identificação:
João não estava interessado na festa em si, isto era secundário; o ponto
importante que ele queria salientar tinha relação com o SÁBADO, o que aconteceu
neste dia.
v. 9 úp - cura de um paralítico no DIA
DE SÁBADO. Um incidente específico, num local específico (tanque de Betesda).
v. 8 - MANEIRA COMO SE OPEROU A CURA -
"levanta, toma teu leito e anda." Jesus não desceu o homem até o
tanque, não colocou barro em suas pernas paralíticas, não usou qualquer
remédio, não há evidência de que Ele sequer tenha tocado o homem; simplesmente
fala ao homem e a Sua Palavra é criadora. Assim, naquele local, foi criado um
novo corpo.
ECO DE GÊNESIS 1 - HAJA... E HOUVE.
HAJA... E HOUVE...
Há um paralelo, portanto, em João 5
com Gênesis 1.
Capítulo - segunda metade - diálogo
entre o curado e os rabis. Quem fez a cura e por quê?
v. 14 - Jesus encontra-se mais tarde
com o homem e diz-lhe para viver uma vida justa.
v. 19 - diálogo de Jesus com os rabis.
Ellen White diz que Jesus foi trazido perante o Sinédrio, numa espécie de
julgamento, em que era examinado pelas autoridades.
vv. 19-24 - Sua defesa basicamente
constituiu em apresentar a proximidade de Seu relacionamento com o Pai: "o
Pai tem trabalhado e Eu também trabalho." Isto era algo perigoso de se
dizer. O termo "Pai", usado em relação a Deus, não era comum naquele
tempo. Naquele tempo uma pessoa podia se referir a Deus como Pai numa oração
formal e pública, mas nunca em uma discussão pessoal. Portanto, a afirmação de
Jesus se reveste de um significado muito particular. Jesus afirma Sua íntima
relação com o Pai, que nenhum outro ser humano tem, e isto é uma blasfêmia para
os judeus.
Primeira parte da defesa de Jesus:
intimidade de relacionamento com o Seu Pai.
Segunda parte da defesa de Jesus:
"Eu não somente posso curar como também serei o agente da
ressurreição" (vv. 25-29). Duas vezes Ele diz que seria o motivo da
ressurreição.
v. 25 - refere-se a Si mesmo como o
FILHO DE DEUS.
v. 27 - refere-se a Si mesmo como o
FILHO DO HOMEM.
O assunto é o julgamento e Ele traz os
mortos à vida por ser este um direito que possui como FILHO.
v. 30ss - Jesus dá um testemunho
acerca de Si mesmo:
1. está intimamente relacionado com o
PAI;
2. tem o poder da ressurreição.
Dois ensinamentos e que são maiores
que a cura operada no dia de sábado.
Quando está diante do tribunal, Jesus
apresenta Suas testemunhas:
a. v. 33 - JOÃO BATISTA;
b. v. 36 - AS OBRAS que Ele faz;
c. v. 37 - O PAI, porque Ele enviou a
Jesus;
d. vv. 39-41 - A PALAVRA DE DEUS;
e. vv. 45-47 - MOISÉS.
Estas testemunhas confirmam que Jesus
de fato era quem pretendia ser - O MESSIAS.
TERCEIRA
FESTA
João 6 - PÁSCOA - a ação não ocorre em
Jerusalém. Jesus ficou no Norte, na Galiléia.
O dia da FESTA DA PÁSCOA durava
somente um (01) dia, mas era seguido por uma semana de festa - a FESTA DOS PÃES
ASMOS.
A. Primeira conexão: PÁSCOA = PÃO
(idéia que o judeu associaria à Páscoa).
B. Segunda conexão: ÊXODO - deserto -
MANÁ.
Porém, quando Jesus fala de pão nesta
festa, não se refere somente a pão asmo, nem mesmo o pão miraculoso (maná); Ele
chama a atenção para um pão mais importante, que é Ele mesmo, o Pão do Céu, o
Pão da Vida.
C. Terceira conexão: vv. 16-21 - O MAR
SOB CONTROLE - Jesus anda por sobre o mar. Este é o tempo da Páscoa. Mostra o
controle que tem sobre os elementos da natureza: acalma e caminha sobre o mar.
Na Páscoa original, Jesus demonstrou este mesmo controle sobre os elementos e
os utiliza para proteger e salvar o Seu povo: conduziu o Seu povo através de um
caminho aberto no meio do mar e usou o mar como uma arma contra os inimigos,
afogando os soldados de Faraó. Assim 1500 anos antes, Jesus demonstrou que o
mar este sob o Seu controle e agora, no tempo da Páscoa, Ele demonstra a mesma
coisa. Esta é, portanto, uma conexão: o mar sob controle.
vv. 22-24 - a multidão vai à procura
de Jesus. Eles sabem que Jesus não seguiu de barco com os discípulos. Quando O
encontram sabem que Jesus ali chegou por milagre e querem que Jesus admita o
milagre. Mais uma vez o entusiasmo popular começa a crescer.
vv. 25-30 - Neste ponto as questões
são favoráveis a Jesus, Ele é ainda bastante popular. Porém, Ele pretende
conduzir o povo em uma direção diferente, diferente do pão físico que comeram,
em direção ao pão espiritual que precisavam.
v. 31 - o povo fala do passado, quando
os pais comeram o maná do deserto.
v. 32 - Jesus diz que não foi Moisés
quem lhes deu o maná, mas o PAI, e Ele está dando um novo Pão, o Pão que desce
do céu, melhor que o pão dado no deserto.
v. 34 - resposta do povo: "Dá-nos
sempre deste pão."
Até este ponto a situação era
favorável a Jesus.
v. 35 - Jesus diz claramente: EU SOU O
PÃO DA VIDA. Não o pão que os pais comeram no deserto, não o pão que vocês comeram
ontem na beira do mar, mas EU SOU o pão. Este é um relacionamento espiritual.
v. 38 - novamente Jesus diz que desceu
do céu.
v. 42 - isto não faz sentido para
eles, pois conheciam Sua família, parecia ser uma pessoa comum, como poderia
ter vindo do céu?
v. 44 - novamente o assunto de que
tem o poder sobre a ressurreição.
vv. 48 e 51 - repete: EU SOU O PÃO DA
VIDA. E o Pão veio a este mundo para lhes dar vida. Assim Jesus lhes diz que
vai morrer, e com um propósito particular: salvar a homens e mulheres. Isto já
não lhes parece muito bom (preferiam um Messias conquistador). Entendem que
Jesus está falando de um reino espiritual e o entusiasmo deles vai se
desvanecendo.
v. 53 - última lição: COMER A CARNE E
BEBER O SANGUE.
CONEXÃO: época da Páscoa - várias
lições:
a. sobre o pão
b. sobre o mar
c. carne e sangue - faz lembrar o
CORDEIRO PASCAL. Jesus está dizendo que Ele é o Cordeiro Pascal,
que Seu sangue será derramado e Sua carne será comida. Em
outras palavras, Ele é o cumprimento do tipo que
Moisés deu 1500 anos antes.
O QUE SIGNIFICA COMER A CARNE E BEBER
O SANGUE? Ellen White diz que é aceitar a Jesus como Salvador, aceitá-LO na
vida.
v. 56 - Explicação: relacionamento
íntimo com Jesus. Assim como o alimento que é comido torna-se parte de nós,
assim Jesus quer tornar-Se parte de nossa vida.
v. 66 - vários discípulos O deixaram,
mas não os doze.
vv. 68-69 - Pedro confessa que Jesus é
o Messias.
Este é um ponto divisório no
Evangelho: até aqui o povo se entusiasmou em relação a Jesus, mas quando
entenderam que Ele era um Messias espiritual, começaram a desanimar.
Capítulo 5 - REJEITADO PELOS LÍDERES.
Capítulo 6 - REJEITADO PELO POVO.
QUARTA FESTA - TABERNÁCULOS -
Capítulos 7 e 8
Dois grandes elementos: ÁGUA E LUZ.
Jesus diz que é o cumprimento de ambos.
Descrição da festa: era a última do
ano - última colheita do ano, dos frutos de verão, que eram apresentados ao
Senhor - propósito agrícola da festa.
Propósito histórico: comemorava o
tempo em que viveram em tendas durante os 40 anos de peregrinação no deserto;
assim, no tempo da festa, viviam em cabanas. Havia sacrifícios regulares e
especiais.
Primeiro elemento: LUZ. Durante a
peregrinação no deserto, Deus era a luz, presente na coluna de nuvem e na
coluna de fogo; e isto era comemorado na festa dos tabernáculos. Construíram
quatro colunas bem altas na área do templo, sendo que no topo havia um tipo de
pira, em que havia óleo, a qual, durante a festa, era acesa e iluminava o
templo.
────────────────────────────────────────┐
PÁTIO
DOS GENTIOS P
│
───────────────────────────────────┐
Á │
PÁTIO DAS MULHERES │ T
│
───────────────────────────────┐ │ I │
PÁTIO DOS HOMENS │
│ O │
──────────────────────────┐ │ │ │
PÁTIO DOS SACERDOTES │ │ │ D │
┌─────────────────────┐ │ │ │ O │
│ │ │ │ │ S │
│ │ │ │ │ │
│ TEMPLO │ │ │ │ G │
│ │ │ │ │ E │
└─────────────────────┘ │ │ │ N │
PÁTIO DOS SACERDOTES │ │ │ T │
──────────────────────────┘ │ │
I │
PÁTIO DOS HOMENS │
│ O │
───────────────────────────────┘ │ S │ PÁTIO DAS
MULHERES │ │
───────────────────────────────────┘ │
│
────────────────────────────────────────┘
A pira usava como pavio as vestes velhas
dos sacerdotes, que eram santas, e não podiam ser inutilizadas de maneira
comum.
Foi neste contexto que Jesus disse: EU
SOU A LUZ DO MUNDO - João 8:12.
A outra parte da festa:
ÁGUA: comemoração histórica:
peregrinação no deserto, poucas fontes de água, o povo com sede apela para
Moisés duas vezes:
a. Moisés fala com a Rocha
b. Moisés bate na Rocha.
Assim foi providenciada água para o
povo. E isto era comemorado na festa dos tabernáculos.
Cada manhã o sacerdote pegava uma
bacia e ia até o tanque de Siloé, onde era enchida. Havia uma procissão até o
pátio do templo e esta água era levada até o altar, onde era derramada. Quando
marchavam nesta procissão cantavam Salmos específicos e agitavam folhas de
palmeira, que era parte da celebração.
Jesus usa este simbolismo e fornece um
correspondente espiritual:
7:37 - último grande dia da festa, o
oitavo dia, quando a festa está-se aproximando do seu final, Jesus exclama:
"Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba."
O que Ele pretendia salientar era que
nem a água que o sacerdote derramara no altar por oito dias, nem a água que
Moisés lhes dera no deserto era o de que eles realmente necessitavam, mas Ele
mesmo era a ÁGUA, para satisfazer a sede espiritual, uma ÁGUA que assegura a
vida eterna.
Não diz simplesmente que Ele supre a
necessidade física, mas que todo o que nEle crer, receberá esta água dEle e se
tornará um conduto para outros. Portanto, há uma responsabilidade: receber de
Jesus, a Fonte, e distribuiu para outros.
v. 39 - explicação de João: Jesus fala
do Espírito Santo.
QUINTA FESTA -
SÁBADO - Capítulo 9
Enquanto está em Jerusalém, nesta
ocasião, há um outro incidente de cura: O CEGO DE NASCENÇA.
Discussão: o que causou a cegueira?
Problema teológico: de quem era o pecado?
Na verdade, não era este o caso. Havia
aqui uma oportunidade para mostrar como o Pai trabalha.
O tema da LUZ prossegue.
v. 5 - "Enquanto estou no mundo,
sou a luz do mundo." O que Jesus ensinou no templo, agora ilustra: como
prover luz a um cego de nascença.
v. 14 - era um DIA DE SÁBADO quando
Ele fez isto. Como fez?
vv. 7-8 - cuspiu no chão, fez um
barro, colocou nos olhos do cego e disse: "Vai, lava-te no tanque de
Siloé."
Por que o barro?
Gên. 1 - Deus cria pela palavra;
Gên. 2 - Deus cria usando barro
(formou - verbo que se refere à atividade do oleiro).
Barro no olho } Paralelo ao tipo de
Barro no chão } ato criativo em Gênesis 2
João 5
<-------- ATO CRIATIVO
--------> Gênesis 1
João 9
<-------- ATO CRIATIVO -------->
Gênesis 2
Portanto, nestas ações, Jesus como que
dizia: EU SOU O CRIADOR. O dia de SÁBADO, em que realizei os milagres, é o MEU
DIA, é um MEMORIAL DA MINHA CRIAÇÃO.
vv. 13-34 - o cego diante dos fariseus
e toda a discussão que se seguiu.
v. 35 - Jesus encontra o cego.
Pergunta: "Crês tu no Filho do homem?" Esta é uma mensagem messiânica: "Você
crê que Eu sou o Messias?"
v. 37 - "Você O Viu e agora fala
com Ele."
v. 39 - lição espiritual: "Eu vim
para juízo, a fim de que os que não vêem, vejam, e os que vêem se tornem
cegos."
v. 40 - pergunta dos fariseus:
"Acaso somos cegos?"
v. 41 - SIM, responde Jesus, porque
rejeitaram a evidência da criação bem diante dos seus olhos. Aquele mesmo que
criou o sábado, vocês O estão acusando agora.
Portanto, a história termina com um
paradoxo: que os cegos passem a ver e os que vêem se tornem cegos. Fisicamente
o cego vê e espiritualmente reconhece Jesus como o Messias e O aceita como
Salvador. Mas os fariseus, que podiam ver bem, viram o trabalho de Jesus, mas
rejeitaram o testemunho deste trabalho e cegueira espiritual os alcançou.
SEXTA FESTA -
DEDICAÇÃO - 10:22 ss
História: Antíoco Epifânio, em 168 AC,
veio a Jerusalém, perseguiu os judeus, profanou o templo, sacrificou porcos no
altar, colocou uma estátua a Zeus, interrompeu os serviços do templo, etc. Esta
perseguição prosseguiu até 165 AC. Durante este tempo, a família dos MACABEUS
liderou o povo de Judá, organizou um exército para lutar contra Antíoco. Várias
batalhas foram travadas e, finalmente, Jerusalém foi libertada do controle de
Antíoco em 165 AC. Após esta libertação, purificaram e dedicaram o templo. Esta
festa (HANNUKAH) durou dez dias e é celebrada ainda hoje pelos judeus - envolve
o acender a luz de uma vela cada noite. Esta festa é em dezembro, quando o
templo foi dedicado.
Jesus estava no pórtico de Salomão.
Era dezembro. Faltavam três meses para que morresse. Em março seria Sua última
Páscoa.
v. 24 - Questão: ÉS TU O MESSIAS?
v. 25 - Respondeu-lhes Jesus: "Já
vo-lo disse." As obras que Ele fazia testificavam a Seu respeito. Mais uma
vez volta ao tema do trabalho com Seu Pai.
v. 30 - EU E O PAI SOMOS UM -
relacionamento íntimo com o Pai, unidade, e isto explica o que Ele fez e porque
o fez. Se Ele e o Pai são um, e o Pai é divino, então o Filho é divino,
portanto é uma reivindicação de Messianidade e divindade.
v. 31 - pegaram em pedras para
apedrejá-LO.
v. 36 - Aquele a quem SANTIFICOU -
este verbo é o mesmo usado para a festa, dedicado ao templo (purificação) na
época da festa.
PARALELO - Jesus dedicado para vir a
este mundo, para dar a luz ao mundo, para mostrar que é o FILHO DE DEUS, o
Messias, e veio para dar vida eterna.
Portanto, o verbo de ligação é este
verbo. O que a festa era para o templo, Jesus é para nós. Assim, mais uma vez,
encontramos um elo de ligação entre o significado da festa e o que Jesus disse
de Si mesmo.
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