AS BEM-AVENTURANÇAS - QUANDO VOS INJURIAREM
Quando vos
injuriarem Mat. 5:11
I.
introdução
A. a fonte da injúria
1.
"Bem-aventurados sois
vós quando vos injuriarem.".
2.
Sempre, desde sua queda,
Satanás tem operado mediante enganos. Como tem apresentado falsamente a Deus,
assim, mediante seus agentes, apresenta ele de maneira desfigurada os filhos de
Deus.
3.
Diz o Salvador: "As
afrontas dos que Te afrontam caíram sobre Mim." Sal. 69:9. Assim recaem
elas sobre os Seus discípulos.
B. Jesus foi injuriado
1.
Jamais houve alguém que
andasse entre os homens mais cruelmente caluniado do que o Filho do homem. Era
desprezado e escarnecido por causa de Sua incondicional obediência aos
princípios da santa lei de Deus.
2.
Aborreceram-nO sem causa.
Todavia Ele permanecia calmo perante Seus inimigos, declarando que o sofrimento
é uma parte do legado dos cristãos, aconselhando Seus seguidores quanto à
maneira de enfrentar as setas da perversidade, pedindo-lhes que não
desfalecessem sob a perseguição.
II. atitude diante da injúria
A. firmeza de propósito
1.
Um homem cujo coração está
firme em Deus é, na hora de suas mais aflitivas provações e desanimadoras
circunstâncias, o mesmo que era quando em prosperidade, quando sobre ele
pareciam estar a luz e o favor de Deus.
2.
Suas palavras, seus motivos, suas ações, podem
ser desfigurados e falsificados, mas ele não se importa, pois têm em jogo
maiores interesses. Como Moisés, fica firme como "vendo o invisível"
(Heb. 11:27); não atentando nas "coisas que se vêem, mas nas que se não
vêem". II Cor. 4:18.
3.
Conquanto a calúnia possa
enegrecer a reputação, não pode manchar o caráter. Este se encontra sob a
guarda de Deus. Enquanto não consentirmos em pecar, não há poder, diabólico ou
humano, que nos possa trazer uma nódoa à alma.
B. esperança no julgamento divino
1.
Cristo está a par de tudo
quanto é mal-interpretado e desfigurado pelos homens. Seus filhos podem esperar
com serena paciência e confiança, por mais que sofram malignidade e desprezo;
pois nada há oculto que não haja de manifestar-se, e aqueles que honram a Deus
hão de por Ele ser honrados na presença dos homens e dos anjos.
2.
"Quando vos
injuriarem, e perseguirem", disse Jesus, "exultai e
alegrai-vos." Mat. 5:11 e 12. E apontou aos Seus ouvintes os profetas que
falaram em nome do Senhor, como "exemplo de aflição e paciência".
Tia. 5:10.
a)
Abel, o primeiro cristão
dos filhos de Adão, morreu mártir.
b)
Enoque andou com Deus, e o
mundo não o conheceu.
c)
Noé foi escarnecido como
fanático e alarmista.
d)
"Outros experimentaram
escárnios e açoites, e até cadeias e prisões."
e)
Outros "foram
torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor
ressurreição". Heb. 11:36 e 35.
III. os que sendoinjuriados, venceram
A. maior empenho em testemunhar
1.
Em todos os séculos os
escolhidos mensageiros de Deus têm sido ultrajados e perseguidos; não obstante,
mediante seus sofrimentos foi o conhecimento de Deus disseminado no mundo.
2.
Todo discípulo de Cristo
tem de ingressar nas fileiras e levar avante a mesma obra, sabendo que seu
inimigo nada pode fazer contra a verdade, senão pela verdade.
3.
Deus pretende que a verdade
seja posta pela frente, se torne objeto de exame e consideração, a despeito do
desprezo que lhe votem.
4.
O espírito do povo deve ser
agitado; toda polêmica, toda crítica, todo esforço para restringir a liberdade
de consciência, é um instrumento de Deus para despertar as mentes que, do
contrário, ficariam sonolentas.
B. estevão diante do sinédrio
1.
Quantas vezes se têm
observado esses resultados na história dos mensageiros de Deus! Quando o nobre
e eloqüente Estêvão foi apedrejado por instigação do conselho do Sinédrio, não
houve nenhum prejuízo para a causa do evangelho.
2.
A luz do Céu a iluminar-lhe
o semblante, a divina compaixão que transpirava de sua oração quando moribundo,
foram qual penetrante seta de convicção para os fanáticos membros do Sinédrio
ali presentes, e Saulo, o fariseu perseguidor, tornou-se um vaso escolhido para
levar diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel, o nome de Cristo.
C. Apóstolo Paulo diante de césar
1.
E muito depois Paulo, já
envelhecido, escreveu de sua prisão em Roma: "Verdade é que também alguns
pregam a Cristo por inveja e porfia, ... não puramente, julgando acrescentar
aflição às minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado
de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade." Filip. 1:15, 17 e
18.
2.
Por meio da prisão de Paulo
o evangelho foi difundido, e almas ganhas para Cristo no próprio palácio dos
Césares.
3.
Pelos esforços de Satanás
para a destruir, a "incorruptível" semente da Palavra de Deus,
"viva e que permanece para sempre" (I Ped. 1:23), é semeada no coração
dos homens; mediante o sofrimento e a perseguição de Seus filhos, o nome de
Cristo é magnificado, e almas são salvas.
IV. conclusão
1.
Grande é no Céu o galardão
dos que testemunham em favor de Cristo por meio de perseguição e opróbrio.
Enquanto o povo está esperando bens terrenos, Jesus os encaminha a uma
recompensa celestial. Não a coloca, entretanto, inteiramente na vida futura;
ela começa aqui.
2.
O Senhor apareceu na
antiguidade a Abraão, dizendo: "Eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo
galardão." Gên. 15:1. Esta é a recompensa de todos quantos seguem a
Cristo.
3.
Foi esta alegria que encheu o coração de Paulo
e Silas quando oravam e cantavam louvores a Deus à meia-noite, na prisão de
Filipos.
4.
Cristo Se achava ali ao seu
lado, e a luz de Sua presença irradiava na escuridão com a glória das cortes
celestes. De Roma escreveu Paulo, esquecido de suas cadeias, ao ver a difusão
do evangelho: "Nisto me regozijo e me regozijarei ainda." Filip.
1:18.
5.
E as próprias palavras de
Cristo sobre o monte são ecoadas na mensagem de Paulo à igreja dos filipenses,
em meio das perseguições que sofriam: "Regozijai-vos, sempre, no Senhor;
outra vez digo: regozijai-vos." Filip. 4:4.
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