1."Bem-aventurados sois
vós quando vos injuriarem.".
2.Sempre, desde sua queda,
Satanás tem operado mediante enganos. Como tem apresentado falsamente a Deus,
assim, mediante seus agentes, apresenta ele de maneira desfigurada os filhos de
Deus.
3.Diz o Salvador: "As
afrontas dos que Te afrontam caíram sobre Mim." Sal. 69:9. Assim recaem
elas sobre os Seus discípulos.
B.Jesus foi injuriado
1.Jamais houve alguém que
andasse entre os homens mais cruelmente caluniado do que o Filho do homem. Era
desprezado e escarnecido por causa de Sua incondicional obediência aos
princípios da santa lei de Deus.
2.Aborreceram-nO sem causa.
Todavia Ele permanecia calmo perante Seus inimigos, declarando que o sofrimento
é uma parte do legado dos cristãos, aconselhando Seus seguidores quanto à
maneira de enfrentar as setas da perversidade, pedindo-lhes que não
desfalecessem sob a perseguição.
II.atitude diante da injúria
A.firmeza de propósito
1.Um homem cujo coração está
firme em Deus é, na hora de suas mais aflitivas provações e desanimadoras
circunstâncias, o mesmo que era quando em prosperidade, quando sobre ele
pareciam estar a luz e o favor de Deus.
2. Suas palavras, seus motivos, suas ações, podem
ser desfigurados e falsificados, mas ele não se importa, pois têm em jogo
maiores interesses. Como Moisés, fica firme como "vendo o invisível"
(Heb. 11:27); não atentando nas "coisas que se vêem, mas nas que se não
vêem". II Cor. 4:18.
3.Conquanto a calúnia possa
enegrecer a reputação, não pode manchar o caráter. Este se encontra sob a
guarda de Deus. Enquanto não consentirmos em pecar, não há poder, diabólico ou
humano, que nos possa trazer uma nódoa à alma.
B.esperança no julgamento divino
1.Cristo está a par de tudo
quanto é mal-interpretado e desfigurado pelos homens. Seus filhos podem esperar
com serena paciência e confiança, por mais que sofram malignidade e desprezo;
pois nada há oculto que não haja de manifestar-se, e aqueles que honram a Deus
hão de por Ele ser honrados na presença dos homens e dos anjos.
2."Quando vos
injuriarem, e perseguirem", disse Jesus, "exultai e
alegrai-vos." Mat. 5:11 e 12. E apontou aos Seus ouvintes os profetas que
falaram em nome do Senhor, como "exemplo de aflição e paciência".
Tia. 5:10.
a)Abel, o primeiro cristão
dos filhos de Adão, morreu mártir.
b)Enoque andou com Deus, e o
mundo não o conheceu.
c)Noé foi escarnecido como
fanático e alarmista.
d)"Outros experimentaram
escárnios e açoites, e até cadeias e prisões."
e)Outros "foram
torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor
ressurreição". Heb. 11:36 e 35.
III.os que sendoinjuriados, venceram
A.maior empenho em testemunhar
1.Em todos os séculos os
escolhidos mensageiros de Deus têm sido ultrajados e perseguidos; não obstante,
mediante seus sofrimentos foi o conhecimento de Deus disseminado no mundo.
2.Todo discípulo de Cristo
tem de ingressar nas fileiras e levar avante a mesma obra, sabendo que seu
inimigo nada pode fazer contra a verdade, senão pela verdade.
3.Deus pretende que a verdade
seja posta pela frente, se torne objeto de exame e consideração, a despeito do
desprezo que lhe votem.
4.O espírito do povo deve ser
agitado; toda polêmica, toda crítica, todo esforço para restringir a liberdade
de consciência, é um instrumento de Deus para despertar as mentes que, do
contrário, ficariam sonolentas.
B.estevão diante do sinédrio
1.Quantas vezes se têm
observado esses resultados na história dos mensageiros de Deus! Quando o nobre
e eloqüente Estêvão foi apedrejado por instigação do conselho do Sinédrio, não
houve nenhum prejuízo para a causa do evangelho.
2.A luz do Céu a iluminar-lhe
o semblante, a divina compaixão que transpirava de sua oração quando moribundo,
foram qual penetrante seta de convicção para os fanáticos membros do Sinédrio
ali presentes, e Saulo, o fariseu perseguidor, tornou-se um vaso escolhido para
levar diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel, o nome de Cristo.
C.Apóstolo Paulo diante de césar
1.E muito depois Paulo, já
envelhecido, escreveu de sua prisão em Roma: "Verdade é que também alguns
pregam a Cristo por inveja e porfia, ... não puramente, julgando acrescentar
aflição às minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado
de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade." Filip. 1:15, 17 e
18.
2.Por meio da prisão de Paulo
o evangelho foi difundido, e almas ganhas para Cristo no próprio palácio dos
Césares.
3.Pelos esforços de Satanás
para a destruir, a "incorruptível" semente da Palavra de Deus,
"viva e que permanece para sempre" (I Ped. 1:23), é semeada no coração
dos homens; mediante o sofrimento e a perseguição de Seus filhos, o nome de
Cristo é magnificado, e almas são salvas.
IV.conclusão
1.Grande é no Céu o galardão
dos que testemunham em favor de Cristo por meio de perseguição e opróbrio.
Enquanto o povo está esperando bens terrenos, Jesus os encaminha a uma
recompensa celestial. Não a coloca, entretanto, inteiramente na vida futura;
ela começa aqui.
2.O Senhor apareceu na
antiguidade a Abraão, dizendo: "Eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo
galardão." Gên. 15:1. Esta é a recompensa de todos quantos seguem a
Cristo.
3. Foi esta alegria que encheu o coração de Paulo
e Silas quando oravam e cantavam louvores a Deus à meia-noite, na prisão de
Filipos.
4.Cristo Se achava ali ao seu
lado, e a luz de Sua presença irradiava na escuridão com a glória das cortes
celestes. De Roma escreveu Paulo, esquecido de suas cadeias, ao ver a difusão
do evangelho: "Nisto me regozijo e me regozijarei ainda." Filip.
1:18.
5.E as próprias palavras de
Cristo sobre o monte são ecoadas na mensagem de Paulo à igreja dos filipenses,
em meio das perseguições que sofriam: "Regozijai-vos, sempre, no Senhor;
outra vez digo: regozijai-vos." Filip. 4:4.
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