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terça-feira, 12 de novembro de 2013

SERMÃO DA MONTANHA - O SAL DA TERRA





O sal da terra Mat. 5:13

I.        cristão comparado ao sal


A.    o sal preserva


1.   "Vós sois o sal da Terra."


2.   O sal é apreciado por suas propriedades preservativas; e quando Deus compara Seus filhos ao sal, quer ensinar-lhes que Seu desígnio em torná-los objeto de Sua graça, é que se tornem instrumentos na salvação de outros.


B.    o cristão, um conduto da bênção divina


1.   O objetivo de Deus em escolher um povo acima de todos no mundo, não era apenas o adotá-los como filhos e filhas, mas que, por meio deles, o mundo recebesse a graça que traz a salvação. Tito 2:11.


2.   Quando o Senhor escolheu a Abraão, não foi simplesmente para que ele se tornasse um especial amigo de Deus, mas para que fosse um transmissor dos privilégios particulares que o Senhor desejava outorgar às nações.


3.   Em Sua última oração com os discípulos antes da crucifixão, Jesus disse: "E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." João 17:19.


4.   Semelhantemente os cristãos que são purificados por meio da verdade possuirão qualidades salvadoras, que preservarão o mundo da inteira corrupção moral.


C.    cristão deve se misturar para salvar


1.   O sal deve ser misturado com a substância em que é posto; é preciso que penetre a fim de conservar. Assim, é com o contato pessoal e a convivência que os homens são alcançados pelo poder salvador do evangelho.


2.   Não são salvos em massa, mas como indivíduos. A influência pessoal é um poder. Cumpre-nos achegar-nos àqueles a quem desejamos beneficiar.


3.   O sabor do sal representa o poder do cristão - o amor de Jesus no coração, a justiça de Cristo penetrando a vida.


4.   O amor de Cristo é de natureza a difundir-se e penetrar. Caso em nós habite, fluirá para outros. Havemos de aproximar-nos deles tanto que seu coração seja aquecido por nosso abnegado interesse e amor.


5.   Os crentes sinceros difundem uma energia vital, penetrante, que comunica nova força moral às almas por quem trabalham. Não é o poder do próprio homem, mas o do Espírito Santo, que opera a obra transformadora.


II.      o sal insípido


A.    sal sem sabor


1.   Jesus acrescentou a solene advertência: "E, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens." Mat. 5:13.


2.   Enquanto ouviam as palavras de Cristo, o povo podia ver o alvo sal brilhando nas veredas onde fora lançado por haver perdido o seu sabor, tornando-se portanto inútil. Isto bem representava as condições dos fariseus, e o efeito de sua religião sobre a sociedade.


B.    cristãos sem sabor


1.   Representa a vida de toda alma de quem se apartou o poder da graça de Deus, e que se tornou fria e destituída de Cristo. Seja qual for sua profissão de fé, essa pessoa é considerada pelos homens e os anjos insípida e desagradável.


2.   É a tais pessoas que Cristo diz: "Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e não és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca." Apoc. 3:15 e 16.


3.   Sem uma viva fé em Cristo como Salvador pessoal, é impossível fazer com que nossa influência seja sentida em um mundo cético. Não podemos dar a outros aquilo que nós mesmos não possuímos.


4.   É proporcionalmente à nossa própria devoção e consagração a Cristo, que exercemos uma influência para benefício e reerguimento da humanidade. Caso não haja real serviço, nem genuíno amor, nem realidade de experiência, não há poder para ajudar, nem comunhão com o Céu, nem sabor de Cristo na vida.


C.    cristãos sem utilidade


1.   A não ser que o Espírito Santo se possa servir de nós como instrumentos mediante os quais comunique ao mundo a verdade qual ela é em Jesus, somos como sal que perdeu o sabor e está de todo inútil.


2.   Por nossa falta da graça de Cristo testificamos ao mundo que a verdade que pretendemos crer não possui poder santificador; e assim, no que respeita à nossa influência, tornamos de nenhum efeito a Palavra de Deus.


3.   "Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. E ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará." I Cor. 13:1-3.


III.  conclusão


1.   Quando o amor enche o coração, fluirá para os outros, não por causa de favores recebidos deles, mas porque é o amor o princípio da ação.


2.   O amor modifica o caráter, rege os impulsos, subjuga a inimizade e enobrece as afeições.


3.   Este amor é vasto como o Universo, e está em harmonia com o dos anjos ministradores.


4.   Nutrido no coração, adoça a vida inteira e derrama seus benefícios sobre todos ao redor. É isto, e isto unicamente, que nos pode tornar o sal da Terra.



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