SERMÃO DA MONTANHA - O SAL DA TERRA
O sal da terra Mat. 5:13
I.
cristão comparado ao sal
A. o sal preserva
1.
"Vós sois o sal da
Terra."
2.
O sal é apreciado por suas
propriedades preservativas; e quando Deus compara Seus filhos ao sal, quer
ensinar-lhes que Seu desígnio em torná-los objeto de Sua graça, é que se tornem
instrumentos na salvação de outros.
B. o cristão, um conduto da bênção divina
1.
O objetivo de Deus em
escolher um povo acima de todos no mundo, não era apenas o adotá-los como
filhos e filhas, mas que, por meio deles, o mundo recebesse a graça que traz a
salvação. Tito 2:11.
2.
Quando o Senhor escolheu a
Abraão, não foi simplesmente para que ele se tornasse um especial amigo de
Deus, mas para que fosse um transmissor dos privilégios particulares que o
Senhor desejava outorgar às nações.
3.
Em Sua última oração com os
discípulos antes da crucifixão, Jesus disse: "E por eles Me santifico a
Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." João
17:19.
4.
Semelhantemente os cristãos
que são purificados por meio da verdade possuirão qualidades salvadoras, que
preservarão o mundo da inteira corrupção moral.
C. cristão deve se misturar para salvar
1.
O sal deve ser misturado
com a substância em que é posto; é preciso que penetre a fim de conservar.
Assim, é com o contato pessoal e a convivência que os homens são alcançados
pelo poder salvador do evangelho.
2.
Não são salvos em massa,
mas como indivíduos. A influência pessoal é um poder. Cumpre-nos achegar-nos
àqueles a quem desejamos beneficiar.
3.
O sabor do sal representa o
poder do cristão - o amor de Jesus no coração, a justiça de Cristo penetrando a
vida.
4.
O amor de Cristo é de
natureza a difundir-se e penetrar. Caso em nós habite, fluirá para outros.
Havemos de aproximar-nos deles tanto que seu coração seja aquecido por nosso
abnegado interesse e amor.
5.
Os crentes sinceros
difundem uma energia vital, penetrante, que comunica nova força moral às almas
por quem trabalham. Não é o poder do próprio homem, mas o do Espírito Santo,
que opera a obra transformadora.
II. o sal insípido
A. sal sem sabor
1.
Jesus acrescentou a solene
advertência: "E, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada
mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens." Mat.
5:13.
2.
Enquanto ouviam as palavras
de Cristo, o povo podia ver o alvo sal brilhando nas veredas onde fora lançado
por haver perdido o seu sabor, tornando-se portanto inútil. Isto bem
representava as condições dos fariseus, e o efeito de sua religião sobre a
sociedade.
B. cristãos sem sabor
1.
Representa a vida de toda
alma de quem se apartou o poder da graça de Deus, e que se tornou fria e
destituída de Cristo. Seja qual for sua profissão de fé, essa pessoa é
considerada pelos homens e os anjos insípida e desagradável.
2.
É a tais pessoas que Cristo
diz: "Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e não és
quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca." Apoc. 3:15 e
16.
3.
Sem uma viva fé em Cristo
como Salvador pessoal, é impossível fazer com que nossa influência seja sentida
em um mundo cético. Não podemos dar a outros aquilo que nós mesmos não
possuímos.
4.
É proporcionalmente à nossa
própria devoção e consagração a Cristo, que exercemos uma influência para
benefício e reerguimento da humanidade. Caso não haja real serviço, nem genuíno
amor, nem realidade de experiência, não há poder para ajudar, nem comunhão com
o Céu, nem sabor de Cristo na vida.
C. cristãos sem utilidade
1.
A não ser que o Espírito
Santo se possa servir de nós como instrumentos mediante os quais comunique ao
mundo a verdade qual ela é em Jesus, somos como sal que perdeu o sabor e está
de todo inútil.
2.
Por nossa falta da graça de
Cristo testificamos ao mundo que a verdade que pretendemos crer não possui
poder santificador; e assim, no que respeita à nossa influência, tornamos de
nenhum efeito a Palavra de Deus.
3.
"Ainda que eu fale as
línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa
ou como o címbalo que retine. E ainda que eu tenha o dom de profetizar e
conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a
ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu
distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio
corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará." I
Cor. 13:1-3.
III. conclusão
1.
Quando o amor enche o
coração, fluirá para os outros, não por causa de favores recebidos deles, mas
porque é o amor o princípio da ação.
2.
O amor modifica o caráter,
rege os impulsos, subjuga a inimizade e enobrece as afeições.
3.
Este amor é vasto como o
Universo, e está em harmonia com o dos anjos ministradores.
4.
Nutrido no coração, adoça a
vida inteira e derrama seus benefícios sobre todos ao redor. É isto, e isto
unicamente, que nos pode tornar o sal da Terra.
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