DANIEL
Templo histórico:
1:1-2 - tributo pago a Nabucodonozor -
vasos do templo.
Nabucodonozor vem três vezes a
Jerusalém:
a. 605 AC - Daniel é levado cativo;
b. 597 AC - Ezequiel é levado cativo;
c. 588 AC - o resto do povo levado
cativo.
Os vasos do templo são levados na
primeira vez, e se tornam uma conexão entre o templo de Salomão e o templo de
Zorobabel (Herodiano). Estes vasos aparecem novamente no livro de Daniel: cap.
5 - festim de Belsazar - manda trazer os vasos - são usados para beber - isto é
uma blasfêmia - aparece escrita na parede - os sábios não conseguem interpretar
- Daniel é chamado - o reino será dividido e dado aos medos e aos persas -
Belsazar morre naquela noite - há um texto babilônico que informa sobre a queda
de Babilônia, onde se diz que a cidade caiu sem que houvesse uma batalha - os
persas entraram pelo leito do rio - este texto dá a data de 12/10/539 (na
contagem babilônica, 16º dia do 7º mês) para a queda da cidade, por isto
pode-se dar uma data precisa para Daniel 5.
Ordem dos metais:
Daniel 2 - visão da estátua: ouro,
prata, bronze e ferro.
Daniel 5:4 - deuses que foram honrados
nesta noite: deuses de ouro, prata, cobre, ferro, madeira e pedra.
v. 23 - a lista dos deuses é dada
novamente, com uma mudança: a prata está precedendo o ouro. Seria um acidente?
Na noite em que Daniel profetizou, a profecia se cumpriu; Babilônia passou e um
novo reino ocupou o seu lugar.
Esdras - cap. 1 - decreto de Ciro -
tem como foco o templo - permissão para os judeus
reconstruírem o templo.
v. 7 - diz que os vasos do templo são
retirados do tesouro de Nabucodonozor e dados aos judeus para serem recolocados
no templo que será reconstruído.
vv. 8-11 - há um inventário do que
está sendo devolvido.
Daniel 9 - longa oração de Daniel. A
primeira metade da oração é uma confissão de pecados, Daniel serve como
intercessor, confessando os pecados do povo, os pecados que causaram o
cativeiro. Admite que o povo estava errado e quebrantou a lei, mas pede misericórdia
e perdão. No final da oração, a partir do verso 17, os resultados daquilo que
será cumprido, se Deus perdoa o Seu povo, então aquelas coisas poderão
acontecer. Notar a referência ao santuário - v. 17 - pede que o favor do Senhor
seja manifestado sobre o santuário e este poderá ser reconstruído.
v. 18 - menciona a cidade, que também
está desolada, para que seja reconstruída.
Temos, portanto, uma referência à
reconstrução do templo e da cidade.
Isto tem relação com a profecia que
vem a seguir, porque nesta profecia a reconstrução da cidade será mencionada -
versos 25 e 26 mencionam que tanto o santuário como a cidade serão destruídos,
portanto o segundo templo terá um destino igual ao que teve o primeiro.
A primeira parte do capítulo (oração)
e a segunda parte do capítulo (profecia) estão ligadas uma à outra. A profecia
é uma resposta à oração.
O templo é descrito em mais de um
lugar no livro de Daniel. Uma rápida descrição do contexto geral de Daniel 10:
é o terceiro ano de Ciro (536 AC), os judeus já estão de volta ao território.
Daniel jejua três semanas (v. 3) e tem uma visão de Deus, o anjo Gabriel
aparece, seus amigos fogem, o anjo o levanta e lhe dá forças. Daniel está
preocupado com Cambises (Dan. 10:20) que, sendo governante de Babilônia, tinha
jurisdição sobre a Judéia, podendo assim impedir a reconstrução do Templo.
A profecia de Daniel 11 é dada por
Gabriel, não é uma visão simbólica.
Dan. 10:13 - príncipe do reino da
Pérsia: Cambises, fanático religioso, intolerante em relação a outras
religiões, era co-regente com seu pai; mais tarde tornou-se rei da Pérsia e,
durante seu reinado, nada foi feito em relação à reconstrução do templo.
10:20 - novamente mencionado o
"príncipe dos persas".
Esdras - após os judeus voltarem do
exílio para Jerusalém reconstruíram o altar (cap. 3) e começaram a oferecer as
ofertas queimadas. No ano seguinte, novamente voltam ao lugar do templo e
colocam seus alicerces. Há o incidente dos samaritanos que querem ajudar na
reconstrução do templo, mas eles não eram um povo que seguiam um judaísmo
ortodoxo, eram uma mistura, portanto os judeus não aceitaram a ajuda oferecida.
Assim a luta começa e a reconstrução do templo é interrompida.
Cap. 4:5 - os samaritanos alugaram
conselheiros contra os judeus, a fim de conseguir a interrupção dos trabalhos
de reconstrução do templo. Esses conselheiros foram alugados nos tribunais,
onde decisões desse tipo eram tomadas. Parece que os samaritanos enviaram
alguém até Cambises, o governador de Babilônia, que autorizou a parada da
reconstrução do templo. Este é o problema pelo qual Daniel está orando, e este
é o tempo apropriado para orar. As pessoas não são o centro do problema, pois
já voltaram, nem a cidade é o centro do problema - levou ainda um século para
que fosse reconstruída. O que está envolvido aqui é a reconstrução do templo,
que foi iniciada e interrompida.
Em Daniel este problema não é
explicitado, mas se colocamos Daniel junto com Esdras, vemos as peças se
encaixando.
Vimos, portanto, em Daniel,
referências ao templo histórico:
1:2-4 - utensílios do templo levados
por Nabucodonozor
5:4-24 - oração pela reconstrução do
templo
9:17ss - oração pela reconstrução do
templo
10 - problema da reconstrução do
templo
Templo profético em Daniel:
Daniel 9 - inicia com uma oração (vv.
1-17).
Quando Daniel está orando, Gabriel vem
a ele e lhe dá a profecia. Esta profecia é dividida em duas seções:
a. v. 24 - sumário da profecia das
setenta semanas que são dadas para o povo judeu. Ao final das setenta semanas
seis coisas acontecerão. Nenhuma data é dada acerca de cada evento. A única
coisa é que, ao final das setenta semanas, estas coisas serão cumpridas.
b. vv. 25-27 - aqui são dados os
detalhes da profecia, que preenchem alguns eventos que ocorrem durante as
setenta semanas:
v. 25 - cobre o período da
reconstrução da cidade;
v. 26 - leva até o final das sessenta
e duas semanas;
v. 27 - fala sobre a semana que resta
e alguns eventos que ocorrem.
Nossa maneira hoje de descrever seria
começando com os detalhes e, após, daríamos um sumário em conclusão -
raciocínio da causa para o efeito. A outra maneira seria começar com o
resultado ou o efeito e então dizer como este resultado foi alcançado; esta é a
maneira semítica de apresentar os fatos.
Considerando os detalhes:
v. 25 - "...ordem para restaurar
e edificar Jerusalém... sete semanas e sessenta e duas semanas..." O
evento particular que está sendo considerado aqui é a ordem para a reedificação
da CIDADE de Jerusalém. Portanto, não é o TEMPO, pois esta cidade só será
reconstruída um século depois.
Esdras - ao procurar por um decreto
para a reconstrução da cidade, o problema se torna complexo, porque não há
apenas um decreto, mas quatro, se incluirmos o decreto encontrado no livro de
Neemias.
Considerando os decretos:
1. Esdras 1 - 538 AC - Ciro -
objetivo: o povo pode voltar e reconstruir o templo (vv. 2-4).
No capítulo 3 somos informados de que quando o povo voltou, de fato
recomeçaram a reconstrução, mas foram impedidos pelos samaritanos, e este lugar
do templo permanece desolado por vinte anos. Então Deus envia dois profetas -
Ageu e Zacarias - que incentivam o povo a reconstruir o templo. Há alguns
governadores persas na área que procuram se informar do que está acontecendo
(cap. 5:3-4). Os judeus respondem que estão fazendo o que foram autorizados a
fazer. Os governadores escrevem a Dario, rei da Pérsia, e este ordena uma
pesquisa nos arquivos, e o decreto de Ciro é encontrado (cap. 6:1-2). Assim,
Dario escreve aos governadores para que não impeçam a reconstrução - aqui
temos, então, a reedição do decreto por Dario, em 520 AC, e novamente trata-se
do templo. Como conseqüência deste segundo decreto o templo foi reconstruído.
Quatro anos se passam e, finalmente, no verso 15, fala do término do trabalho.
Os versos 16-18 falam da dedicação do templo.
Revisão:
1. Esdras 1 - Ciro - 538 AC -
refere-se ao templo;
2. Esdras 6 - Dario - 520 AC -
reedição do primeiro decreto: refere-se ao templo;
3. Esdras 7 - Artaxerxes - 457 AC -
cidade/muros;
4. Neemias 1-3 - Artaxerxes - 444 AC -
cidade.
No terceiro decreto Esdras recebe
autoridade para:
a. legislar acerca de assuntos
religiosos sobre a população da Judéia e Síria, e não apenas sobre os
judeus;
b. autoridade para ler e ensinar a lei
de Deus para a população destas duas regiões;
c. autoridade para instaurar a pena de
morte, se necessário, em casos religiosos;
d. autoridade para realizar os
serviços próprios do templo em Jerusalém.
Problema: quando Esdras volta para
Jerusalém, inicia a reconstrução da cidade (sabemos isto através do cap. 4).
Esboço do cap. 4:
vv. 1-5 - oposição contra os judeus no tempo de Ciro
v. 6 - oposição contra os judeus no tempo de
Assuero
vv. 7-23 - oposição contra os judeus
no tempo de Artaxerxes
v. 24 - volta ao tempo de Dario.
Portanto, há uma espécie de
parêntesis: Assuero e Artaxerxes. A maneira lógica de se ler o capítulo seria
vv. 1-5 e 24, que se referem à paralisação dos trabalhos no tempo de Dario. A
ligação é o nome de Dario, que aparece no v. 5 e é repetido no v. 24.
No capítulo 4 é descrita a
perseguição. Veremos a perseguição que ocorre no tempo de Artaxerxes. Há
governadores envolvidos, o verso 9 diz a região de onde procedem e, no verso
11, uma carta é endereçada a Artaxerxes.
O que está realmente acontecendo? O
problema está no v. 12.
vv. 12-13 - relato feito pelos
governadores ao rei - a carta diz que algumas pessoas vieram a Jerusalém e
estão reconstruindo a cidade. Que grupo de judeus é este? É dito que eles
vieram da parte de Artaxerxes.
Cap. 7 - decreto autorizando a volta.
Cap. 8 - retorno
O cap. 4 é uma referência histórica
àquilo que aconteceu após o retorno. A carta do cap. 4 descreve algo que só
será descrito no cap. 7. O cap. 4 trata
de modo geral das perseguições sofridas pelos judeus. O livro de Esdras não
está em ordem cronológica. A ordem histórica é: caps. 7, 8 e depois o 4.
Após o retorno de Esdras a Jerusalém
recomeça-se a reconstrução da cidade, como resultado do decreto do cap. 7.
Cap. 4 - a cidade está sendo
reconstruída - os governadores escrevem a Artaxerxes - a reconstrução é
interrompida, até que se receba nova autorização. Foi a mesma coisa que
aconteceu com o templo: houve um primeiro decreto, a reconstrução começou,
pessoas interferiram, parou o trabalho, até que houve um segundo decreto e o
trabalho foi concluído. Em relação à cidade, houve um decreto autorizando a
reconstrução, os inimigos interferiram, a obra foi interrompida, até que veio
outro decreto e o trabalho foi concluído.
Neemias - 444 AC - é o vigésimo ano de
Artaxerxes - Neemias é o copeiro do rei - cap. 2 - diz ao rei como está a
cidade - recebe autorização para voltar.
v. 9 - Neemias recebe autoridade como
governador da Judéia.
vv. 11ss - anima o povo a reconstruir
a cidade.
O que Esdras começou, Neemias
terminou.
Os decretos de Esdras e Neemias são em
dois pares:
a. um par diz respeito à reconstrução
do templo;
b. outro par diz respeito à
reconstrução da cidade.
Daniel 9 - quando fala da reconstrução
da cidade, devemos considerar estes dois pares de decretos. Os evangélicos têm
um problema, pois iniciam a contagem das setenta semanas em 444 AC e assim
chegam até o ano 44 AD, além do tempo de Jesus. Para resolverem este problema,
dizem que os anos são lunares. Se usassem o ano correto para o início não
precisariam fazer esta adaptação com os anos lunares.
A maioria dos comentários dá o ano de
458 AC para o sétimo ano de Artaxerxes, quando o decreto foi dado a Esdras.
Nós, porém, dizemos que é o ano de 457 AC. Por quê? Tem que ver com a natureza
do calendário. Os judeus tinham dois tipos de calendário: (1) um que ia de
primavera a primavera; e (2) outro que ia de outono a outono. A data de 458
está relacionada com o calendário de primavera a primavera (religioso) e a data
de 457 está relacionada com o calendário que se inicia no outono (civil), que é
o calendário típico judeu usado para datar os anos dos reis. É por isto que
usamos o calendário civil, pois se trata de datar o ano de um rei (o sétimo ano
de Artaxerxes). Portanto, o início da profecia de Daniel 9:25 é o ano de 457
AC.
Sete semanas para a cidade - começando
em 457 alcançamos o ano de 408 AC. Problema: não temos confirmação para esta
data. Argumento baseado no silêncio. Não há qualquer documento, mesmo
extra-bíblico, que confirme esta data. Contudo, temos bastante informação
acerca de outros pontos da profecia (457 AC, 31 AD), mas sobre 408 AC nada
sabemos.
9:25 ú.p. - "...as praças e
circunvalações... tempos angustiosos." Este foi o período de Esdras (que
interrompeu os trabalhos) e Neemias, que conseguiu concluir, mas em situação
difícil.
9:26 - considerando o período após as
62 semanas, alcançando o tempo do Messias. Sobre que evento a profecia está
falando? Isto tem que ver com o significado da palavra "Messias", que
se origina de MASHAH - "ungir". Portanto, devemos olhar o evento na
vida de Cristo quando Ele foi ungido, o tempo quando o Messias realmente se
tornou o Messias. Isto ocorreu por ocasião do batismo de Jesus.
Para datar o batismo de Jesus,
começamos com Lucas 3:21-22, e também o verso 1, que diz que isto ocorreu no
15º ano do reinado de Tibério. Augusto era o César, que adotou a Tibério e, num
dado momento, colocou a Tibério como co-regente com ele. Augusto morreu em 14
AD e, se somássemos estes 15 anos de Tibério, chegaríamos a 29 AD para o
batismo de Jesus. Mas deve ser lembrado que Tibério era co-regente com Augusto
antes que este morresse. Assim, Tibério começou a reinar no ano 12 AD, de
maneira que seu 15º ano é o ano 27 AD, a data do batismo de Jesus. Portanto, as
62 semanas terminam no ano 27 AD.
Dan. 9:26 - "DEPOIS" -
portanto, após as 62 semanas, após 27 AD, o Messias será morto (cortado).
Dois significados para cortar:
a. ser expulso do acampamento (no dia
da expiação);
b. ser morto.
Notar a descrição da morte do Messias:
é dito que o Messias não deveria ter uma vida normal e nem uma morte normal -
Ele deveria ser cortado, morto. O verbo está na voz passiva, significando que o
agente da morte do Messias seria outro, e não Ele próprio. Portanto,
consideramos 27 AD como a data da unção e, em algum ponto depois desta data Ele
deveria ser morto - isto se cumpriu na pessoa de Jesus de Nazaré, quando foi
morto pelos soldados romanos.
9:26 - "e já não estará" -
frase que oferece muita dificuldade. Hebraico EN (forma negativa do verbo
"ser") e LÔ (preposição que significa "para", "em
direção a" ou "por", "em favor de", mais o sufixo
pronominal "ELE", portanto, "PARA ELE".
Literalmente: "NÃO SERÁ PARA
ELE".
Percebe-se que falta uma palavra nesta
expressão: "não haverá" ou "não será" ALGO para Ele. O que
é este "ALGO"? Que palavra ou idéia pode ser usada para preencher
este vazio?
1. "COISAS" - Assim a
tradução seria: "ELE NÃO TERÁ COISAS" - e isto descreveria a pobreza
do Messias, que é verdade em relação a Jesus de Nazaré, que não tinha onde
reclinar a cabeça.
2. Deus está mais interessado em
"PESSOAS" do que em "COISAS". Desta forma a tradução seria:
"NINGUÉM (ou nem uma pessoa) SERÁ POR (favorável) ELE". Esta
possivelmente seja a idéia correta. Assim, ninguém seria a favor dEle, seria
rejeitado. Quando seria Ele rejeitado? A frase precedente diz que Ele será
morto, portanto, rejeitado no momento em que for morto, e é isto o que
aconteceu com Jesus. Ele foi crucificado, os líderes religiosos O rejeitaram, a
multidão que ali estava O rejeitou e mesmo os discípulos não conseguiram
compreender - "nós esperávamos que Ele fosse o libertador de Israel".
Dan. 9:26 - "povo de um
príncipe" - dois pontos de vista sobre o "príncipe":
a.príncipe romano (maioria dos
comentaristas);
b. príncipe judeu, um Messias.
Pergunta: não foram os romanos que
destruíram a cidade? Sem dúvida isto é verdade. Mas por que eles fizeram isto?
A resposta é porque os judeus se rebelavam contra Roma. Portanto, os soldados
romanos foram os agentes físicos da destruição, mas a causa real foi a rebelião
dos judeus contra os romanos. O importante aqui é causa: o povo do Messias
causou a destruição da cidade.
JOSEFO - relata algo interessante
sobre isto. Ao escrever sobre a história dos judeus dá uma interpretação sobre
as profecias de Daniel. Ao falar de Daniel 9 diz que entre os judeus do
primeiro século havia dois pontos de vista sobre o príncipe: (1) para Josefo
era um príncipe romano (Tito); (2) outros judeus achavam que o príncipe era o
Messias, e esta profecia estimulou o povo a prosseguir em sua luta contra os
romanos, porque o ponto de vista era o seguinte: a profecia diz que em primeiro
lugar o Messias deverá vir e, para eles, nesse tempo, o Messias não havia
chegado, portanto eles continuariam a lutar esperando pelo Messias. Portanto,
para os judeus, Daniel 9 era um tipo de motivação baseada nas Escrituras que os
motivava em sua luta contra Roma.
O resto do verso diz como a cidade
será conquistada e destruída: "como um dilúvio" - as tropas que
inundam a cidade.
A mesma linguagem é encontrada em
Isaías, em relação com o exército assírio.
No fim do verso 26 é dito que a
desolação da cidade está determinada. Portanto, existe aqui uma determinação,
ou decreto, divino. Jesus profetizou a respeito disto (Mateus 24) - nenhuma
pedra do templo ficaria sobre a outra, e é exatamente isto o que ocorreu. O
templo foi tão completamente destruído pelos romanos que hoje não se encontra
nem mesmo os traços de onde ele se localizava. É por isto que os arqueólogos
discutem se o templo estava mais ao sul ou mais ao norte.
Daniel 9:27 - três pontos a destacar
(os dois primeiros tem que ver com o Messias):
1. O trabalho do Messias - "FARÁ
UMA FIRME ALIANÇA" (ou concerto). A que concerto se refere aqui? Do VT ou
do NT? Deve-se notar que o concerto abrange toda esta semana profética. Sabemos
que o concerto do NT começa na cruz. Mas aqui é a última semana deste período
de graça concedido ao povo. Quando dizemos que é
um
FIRME CONCERTO, significa que o concerto já existia e que agora está sendo
amplificado ou clarificado. Portanto, trata-se do concerto
vétero-testamentário, a última proposta feita por Deus ao Seu povo.
Jesus tornou muito clara esta
proposta, ou oferta, no Sermão do Monte. Ele retirou vários mandamentos deste
concerto antigo, mas não diz que eles foram abolidos, mas simplesmente os
amplia, e afirma que os mandamentos do velho concerto tem que ver com os
motivos do coração. Jesus era, portanto, o mensageiro deste concerto, e esta
era a última oferta que Deus fazia ao Seu povo. Interessante como Deus fez esta
proposta - Ele foi além da cruz, além do terrível ato da morte de Seu próprio
Filho, demonstrando Sua misericórdia, na tentativa de estabelecer esta firme
aliança com o Seu povo.
Pergunta histórica: o que marca o fim
desta semana?
Já foi falada das datas anteriores e,
matematicamente, chegou-se ao ano 34 AD, e o evento aqui considerado é o apedrejamento
de Estêvão. Dois pontos a serem salientados deste apedrejamento:
1. O que há de tão importante neste
apedrejamento de Estêvão? Qual é a sua importância teológica?
Existiram outros mártires no mesmo período, e mesmo
antes. Por que não foram tão importantes com Estêvão?
a. Atos 7 - perceber a natureza do discurso de Estêvão - é
um sermão com base histórica, em que recapitula a histórica de
Israel, desde o tempo de Abraão e Davi. Se
considerarmos o AT, esta é a maneira como faríamos um concerto: demonstrando o relacionamento histórico, passado, entre as duas partes que
vão estabelecer o concerto.
Os profetas usavam este mesmo estilo de recapitulação.
Nos profetas encontramos um tipo de introdução
ao concerto LAWSUIT, isto é, PROCESSO DE CONCERTO.
Neste tipo de sermão, os profetas diriam ao povo
que ele (o povo) era culpado de quebrar o concerto,
mas para introduzir este tipo de condenação recapitularia
tudo aquilo que o Senhor fizera em favor
de Seu povo no passado. Portanto, Estêvão está proferindo um sermão da mesma forma
que um profeta do VT faria aos líderes da nação.
2. Ele foi arrastado para fora da
cidade para ser apedrejado. v. 55 - teve uma visão do céu e
de Cristo. Após isto ele é apedrejado.
Estêvão teve uma VISÃO e quem tem uma visão é um PROFETA. Portanto, neste momento, por
definição, Estêvão é um profeta. E os judeus, naquele momento,
rejeitaram o profeta. Estão rejeitando não só as palavras
de Estêvão, mas de um homem inspirado que lhes traz a
palavra de Deus.
3. Quando estêvão morrer, será
substituído por alguém. Seu sucessor é Saulo/Paulo, que terá um
ministério para os gentios. Portanto, este ministério tem o seu
início aqui neste incidente, com a morte de Estêvão.
Aqui está, portanto, o significado
teológico sobre a morte de Estêvão como mártir.
Data da morte de Estêvão: em Atos não
há qualquer data atribuída a este evento. Então, como datar este fato? Paulo
assiste o martírio de Estêvão como um não-converso, portanto,s e pudermos datar
a conversão de Paulo, poderemos ter uma idéia sobre a data da morte de Estêvão.
Gálatas - Paulo menciona suas visitas
a Jerusalém:
1:18 - diz que visitou Jerusalém 3
anos após a morte de Estêvão.
2:1 - diz que 14 anos depois voltou a
Jerusalém.
Salienta que o evangelho que está
pregando não é de origem humana, recebeu diretamente de Deus, e mostra quão
pouco tempo passou em Jerusalém.
Temos, portanto, um período de 17 anos
entre suas visitas a Jerusalém.
No capítulo 2 de Gálatas ele se refere
à experiência de sua segunda viagem missionária, e podemos datar precisamente
sua visita a CORINTO nesta viagem. Quando ele vai a Corinto apresenta-se ao
procônsul romano GÁLIO. Há uma inscrição do tempo de Gálio que permite datá-lo
no ano 51 (o trabalho do procônsul era feito por um ano). Portanto, podemos
estabelecer uma data para o ponto médio desta segunda viagem missionária.
Assim, 51 AD menos 17 anos é igual a 34 AD (conversão de Saulo). Devemos
lembrar que ele ainda não era convertido por ocasião do apedrejamento de
Estêvão. Há, portanto, um curto período entre o martírio de Estêvão e sua
conversão. É um método indireto para se chegar a uma data bem próximo ao que
seria o cálculo da profecia.
Sumário:
1. Não há datas específicas no livro
de Atos.
2. A data é determinada indiretamente,
através do ministério de Paulo.
3. A melhor data é 34 AD para a
conversão de Saulo (e o martírio de Estêvão bem próximo disto).
Assim, temos a data final para a
profecia, e todas as datas estão juntas, como um colar, e elas se confirmam
umas às outras.
O PONTO SUPREMO destas datas é que
elas provam que Jesus de nazaré era o MESSIAS
predito.
Daniel 9:27b - "sacrifício no
meio da semana" - cessar o sacrifício. Trata-se do príncipe Messias,
Jesus. No meio da semana, sobre a cruz, cumpre tudo aquilo que os sacrifícios
prefiguravam.
Problema: o verso diz que fará cessar
o sacrifício, mas o templo durou até o ano 70 AD e, até esta data, ofertas e
sacrifícios foram oferecidos no templo. O que isto significa?
Quando Jesus morreu sobre a cruz,
cumpriu todo o sistema sacrifical do AT, o tipo encontrou o Antítipo, o véu se
rasgou. O que aconteceu no templo após este rasgar do véu foi simplesmente uma
coleção de cerimônias sem valor. Teologicamente, portanto, Jesus colocou um fim
a estes sistema de sacrifícios, embora fisicamente o templo só tenha sido
destruído em 70 AD.
Daniel 9:27c - fala sobre o ASSOLADOR,
os romanos que vêm a Jerusalém e a desolam. O assolador é Roma, mas há um
decreto que será derramado sobre ele, significando que o assolador também
encontrará o seu julgamento. Assim, ao mesmo tempo em que Roma teve a permissão
de cumprir este julgamento contra Jerusalém, ela própria receberá mais tarde
seu justo juízo (queda de Roma e conquista pelas tribos bárbaras).
Daniel 9:24 - Sumário: seis
declarações (as duas primeiras dizem respeito à responsabilidade dos judeus; as
outras duas, responsabilidade de Deus; as duas finais apresentam os
resultados):
1. fazer cessar a transgressão;
2. "dar fim aos pecados" -
PESHA' - pecado de rebelião contra Deus.
Estas duas são responsabilidade do
povo, pois que são eles que cometem o pecado.
Deus quer que um povo justo receba o
Messias, e Ele quer que este povo se prepare para receber o Messias a fim de
produzir frutos de justiça.
3. Expiar iniqüidade
4. Trazer a justiça eterna
Estas são coisas que as pessoas não
podem fazer por si mesmas. Deus deve fazer a expiação final, suprema. Notar o
que acontecia no sistema do VT (Levítico), cada vez que o sacerdote oferecia o
sacrifício, é dito que ele fazia expiação por si mesmo, mas isto durava pouco
tempo e ele tinha de fazê-la novamente. Portanto, a expiação no sistema do VT
era temporária, mas a expiação mencionada aqui é uma expiação final, bem maior,
que é cumprida por Jesus na cruz. Após esta expiação nenhum sacrifício
necessitaria mais ser oferecido. É por isto que o sistema cerimonial não tinha
mais razão de ser após esta morte na cruz. A expiação feita por Jesus tem o seu
efeito (resultado): TRAZ JUSTIÇA. Não se trata de uma justificação temporária,
mas uma justificação eterna, que teve seu início na cruz e dura por estes dois
mil anos e continuará para sempre.
5. "Selar a visão e a profecia" (Hebr. NABI' - profeta -
esta é a pessoa que profere a profecia e
recebe a visão).
Significado de selar:
a. testemunhar de que algo é correto,
verdadeiro;
b. selar no sentido de dar um fim a
alguma coisa (parece ser este o significado aqui).
Então, o que significa a expressão
"selar a visão e a profecia"? Vimos que Estêvão, ao receber a visão,
era um profeta, mas o povo judeu rejeitou a sua mensagem profética, mataram-no
e, como resultado, a voz profética parou de falar a Israel; não houve mais
qualquer profeta enviado a Israel. Poderia ser mencionado que há mais profetas
no NT, e isto é verdade, mas há uma diferença: agora são profetas cristãos, que
foram enviados à igreja cristã. Portanto, Estêvão foi o último profeta a falar
a Israel na qualidade de um povo escolhido.
Portanto, ao final das setenta
semanas, quando chegamos a 34 AD, como resultado daquilo que estaria
acontecendo neste período, e o povo não se tornou a comunidade com as
qualidades que Deus esperava, não aceitaram a expiação provida por Deus, então
a voz profética cessou.
6. "Ungir o santo dos
santos" - QODESH QODESHIM - a ação é ungir. Duas interpretações:
a. a frase aponta para o Messias que é ungido para Seu ministério
terrestre;
b. a frase se relaciona com o santuário, que é ungido para
o serviço.
Pergunta: qual é a interpretação
correta?
Estudo Semântico
A frase QODESH QODESHIM é usada 30
vezes no VT, sempre em relação com o santuário, nunca usada em relação a uma
pessoa. Não é uma palavra específica para o lugar santíssimo; pode ser usada em
relação ao lugar santo, ao santíssimo, para todo o templo, ou referindo-se aos
móveis do santuário. Portanto, é uma palavra geral que pode se referir ao
santuário como um todo ou especificamente a uma parte do santuário.
Pergunta: Ao fim das setenta semanas,
teremos, de alguma forma, a unção de um santuário. Que santuário é esse?
a. Tabernáculo do deserto? Não existia
mais.
b. O primeiro Templo (de Salomão)?
Estava destruído.
c. O segundo Templo (de Herodes)
existia, mas seria em breve destruído. A profecia de sua
destruição se encontra no próprio texto. Portanto, o
segundo templo não é um bom candidato.
Portanto, se nem um destes templos é
adequado, precisamos de outro santuário.
d. Hebreus 8 e 9 fala do santuário
celestial, dentro do qual Jesus entrou para ser nosso
Sumo-sacerdote, por ocasião de Sua ascensão. Esta entrada,
portanto, ocorreu logo ao fim das setenta semanas, em 31 AD.
O que significa ungir?
Êxodo 40 - após a construção do
tabernáculo, colocaram óleo sobre a tenda, os utensílios, sobre os sacerdotes -
o santuário, portanto, foi ungido para dar início ao seu serviço.
Aqui se trata, portanto, da unção do
santuário celestial que dá início ao seu serviço, de uma maneira nova e
especial.
Sinal terrestre da unção do santuário
celestial: o Dia de Pentecostes (Atos 2).
MESSIAS - CONSIDERAÇÕES SOBRE SUA
PESSOA E OBRA - Dan. 9:
1. Ele fará uma EXPIAÇÃO final,
suprema - v. 24c
2. Trará justiça eterna - v. 24d
3. A profecia dá o TEMPO (DATA) em que
Ele viria - v. 25
4. Diz que o Messias será CORTADO,
MORTO - v. 26a
5. Seria REJEITADO - v. 26b
6. Faria a OFERTA FINAL DE CONCERTO ao
povo judeu - v. 27a
7. Porá FIM AO SISTEMA DE SACRIFÍCIO -
v. 27b
8. UNÇÃO DO SANTUÁRIO CELESTIAL - v.
24f
Todas estas declarações se cumpriram
na vida de Jesus de Nazaré. Esta profecia nos diz que Jesus de Nazaré foi tudo
aquilo que Ele reclamou ser.
CONEXÃO ENTRE
DANIEL 9 e 8
1. 9:24 - "CORTAR" - 70
semanas "cortadas" (determinadas).
HATAK - ocorre somente uma vez na Bíblia, portanto não pode ser comparada dentro da própria Bíblia.
Para entender seu significado precisamos analisar
outras fontes, mesmo extra-bíblicas, especialmente
o MISHNAH (Hebraico Mishnaico ou hebraico pós-bíblico),
onde ocorre 12 vezes. Em 11 casos significa
"cortar". Exemplo: Se um animal fosse trazido para o sacrifício e
houvesse uma ferida em uma de suas pernas, o sacerdote
deveria tirar esta ferida e o verbo usado para esta ação
do sacerdote é HATAK, portanto, o significado básico
deste verbo é CORTAR. Assim, as 70 semanas (tempo) devem
ser "cortadas" de um período maior de
tempo: as 2300 tardes/manhãs.
2. Se compararmos as profecias de
Daniel 8 e 9, veremos que ambas iniciam no período dos persas.
Daniel 8 - início com o CARNEIRO, que representa a Pérsia. Não é dada nenhuma data específica,
simplesmente um período geral.
Daniel 9 - o tempo do período inicia especificamente com um
decreto de um rei persa.
Portanto, no capítulo 8 temos um período geral da Pérsia e,
no capítulo 9, temos um período específico. A implicação é que deveríamos utilizar este
ponto específico de um decreto para compreender o
tempo geral do capítulo 8.
3. Daniel 9:22-23 - A que visão se
refere Daniel?
VISÃO - duas palavras que destacam este conceito:
a. HAZON - visão simbólica (Dn. 8:1-2)
b. MAREH - aparecimento de um ser pessoal (Dn. 10:5,7)
9:23 - "entende a visão" - MAREH - em outras Gabriel diz: "compreende as palavras que estou
lhe trazendo."
Ao Daniel compreender a palavra de Gabriel estaria compreendendo a VISÃO/MAREH. Que visão/mareh
é esta? Para entender, vejamos:
Dn. 8:26 - "visão" aparece duas vezes. Como ocorre em Hebraico?
"A visão (MAREH) da tarde e da manhã...
"tu, porém, preserva a visão (HAZON)
Por que ele usa as duas palavras aqui? Devemos considerar o conteúdo do capítulo 8. Há duas
seções:
vv. 1-12 - visão simbólica (HAZON)
Quando esta visão/hazon termina, dois anjos iniciam uma conversação e Daniel ouve. Há uma pergunta e
uma resposta. Aí vem a segunda seção da visão:
vv. 13-14 - Aparecimento (MAREH). Sabemos que é MAREH porque há referência à tarde/manhã.
Conexão:
8:14 «───────── 8:26 «───────── 9:23
tarde/manhã MAREH MAREH
tarde/manhã
9:23 - "entende a visão" - algo que você viu anteriormente - não diz que ele compreenderá
tudo o que viu no capítulo 8, mas algo específico no
capítulo 8, isto é, o aspecto cronológico, de tempo.
As profecias dos capítulos 8 e 9 são diferentes:
Daniel 9 - profecia específica para os judeus;
Daniel 8 - profecia simbólica em relação às nações em geral.
A história dos judeus no capítulo 9 não explica a história das nações em geral. O que será
explicado é a questão do tempo - a conexão em relação ao
período de tempo é dada justamente aqui em relação a
Daniel 8:14.
DANIEL 8
v. 2 - Daniel é transportado em visão (HAZON) para Elão, Susã,
junto ao rio Ulai.
v. 3 - visão do carneiro. Três características:
a. chifres de tamanhos diferentes sobre a cabeça, que vieram
numa ordem reversa (v. 20 - explicação sobre os
chifres - reis da Média e da Pérsia);
b. o carneiro ultrapassa seus limites e começa a conquistar em
três direções diferentes:
. Oeste: Babilônia -
conquistada em 539 AC
. Norte: Turquia/Anatólia -
Reino da Lídia - 547 AC
. Sul: Egito - conquistado
em 525 AC
c. v. 4 úp - "se engrandeceu"
A próxima parte da visão diz respeito ao BODE, que vem do OESTE e se
lança contra o carneiro persa. Características:
a. v. 5 - não tocava o chão - representa a velocidade das conquistas realizadas por
Alexandre, que em três anos
conquistou todo o mundo conhecido de então, desde
a Grécia até a India.
v. 21 - menciona
especificamente a Grécia e o grande chifre, o primeiro rei: Alexandre.
b. vv. 6-7 - luta entre o BODE E O CARNEIRO. O bode vence.
331 AC - Alexandre derrota Dario III, terminando assim o império persa.
c. v. 8 - "engrandeceu sobremaneira" - mas no auge do seu
poder o chifre é quebrado e, em seu lugar, aparecem
quatro chifres (oriundos deste que se quebra)
e se dirigem para os quatro pontos cardeais.
1. Macedônia
2. Ásia Menor
3. Síria (que incluía
Babilônia) - Norte
4. Egito - Sul
MACEDÔNIA
ASIA
MENOR
SIRIA
Palestina
EGITO
A Bíblia, em Daniel 11, dedica
interesse especial à SIRIA E EGITO, porque lutaram entre si pela posse da
Palestina. Começou em 301 AC, quando foram estabelecidos. Nos primeiros cem
anos a Judéia pertencia ao Egito e depois passou à Síria.
Até este ponto todos os comentaristas
estão de acordo, sejam ASD ou não-ASD. A diferença começa no v. 9.
v. 9 - CHIFRE PEQUENO - Quem é ele e
de onde vem?
Este chifre pequeno é dito vir
"de um deles" - significa a partir de um dos ventos ou a partir de um
dos chifres?
A posição do Prof. Shea é que se
origina de um dos ventos (direção).
Alguns comentaristas entendem que este
é o verso mais importante para se identificar o chifre pequeno. Na realidade, a
identificação deste chifre deve ser feita a partir do conjunto de suas
características, e não simplesmente a partir deste detalhe, deste verso.
PONTO DE VISTA DE SHEA:
ROMA vem do VENTO OESTE e se introduz
no leste, nas outras partes do império. Imaginemos Roma se introduzindo no
Oriente Médio através de um dos chifres anteriores. Qual seria este chifre?
Possivelmente o da Ásia Menor. Por quê?
133 AC - o rei de Pérgamo não tinha
herdeiro masculino, assim deixou um testamento constituindo Roma como herdeira.
Quando ele morreu, realmente Roma tomou posse do reino. Pela primeira vez Roma
tinha um território no Oriente Médio. Assim, por este chifre, Roma penetraria
no Oriente Médio.
Conquistas de Roma:
1. 168 AC - Macedônia (Grécia)
2. 133 AC - herdou Pérgamo
3.
60 AC - conquistou a Síria
4.
31 AC - conquistou o Egito
Há uma explicação para estas
conquistas:
v. 23 - no fim do seu reinado - notar
este aspecto cronológico. Em outras palavras, à medida em que todos estes que
sucederam ao grande chifre, cujos reinos estão chegando ao fim, é quando
podemos esperar este poder vindo à cena.
INTERPRETAÇÃO ALTERNATIVA - ANTÍOCO
EPIFÂNIO
Diz que é a partir deste chifre
(SIRIA/BABILONIA) que aparecerá um chifre menor: Antíoco IV, Epifânio. E pelo
fato de Antíoco ter sido muito duro em seu trato com os judeus, perseguindo-os,
alguns intérpretes o identificam com o chifre pequeno. Não aceitamos esta
interpretação, pois tudo aquilo que caracteriza Roma não serve para
caracterizar Antíoco.
1. Três pontos a serem notados na
progressão dos versos:
a. A Pérsia se engrandece;
b. A Grécia se engrandece
sobremaneira;
c. A ponta pequena se engrandece a tal
ponto que atinge o príncipe do céu.
Notar a progressão: PERSIA - GRECIA -
ROMA.
Mas se considerarmos Pérsia - Grécia -
Antíoco, viríamos de um grande rei
para um maior rei e deste para um pequeno rei.
Não há modelo a ser seguido aqui.
Este é o primeiro argumento: este
padrão de engrandecer cada vez
mais não se enquadra no caso de Antíoco Epifânio.
2. Aspecto cronológico: menção é feita
ao fim do reinado destes reinos (ou chifres). Se considerarmos
301 AC como início do reinado (dos quatro chifres) e 60
AC como o fim, encontraremos Antíoco no meio do
período (175 AC - 164 AC) e não no final. Na lista dos reis
que governaram este território (Síria) ele também é
colocado no ponto médio, cronologicamente falando.
3. Direção das conquistas
v. 9 - diz que as conquistas são para o LESTE, SUL e TERRA GLORIOSA (ou Palestina).
Antíoco realizou conquistas nestas direções?
SUL (EGITO) - Antíoco chegou a invadir o Egito em 168 AC,
conquistou o leste do Delta, mas não conquistou Alexandria, no
Oeste do Delta. No ano seguinte (167 AC) tentou esta conquista, mas o Egito pediu
ajuda a Roma, que enviou um embaixador/general, que se
encontrou com Antíoco e lhe disse que, se tentasse
conquistar o Egito, Roma imperial se voltaria contra ele. Assim,
ele voltou para a Síria e não mais tentou conquistar o
Egito.
LESTE - Quando Roma derrotou o seu pai, este perdeu a maior parte do império (que seria a
Babilônia), portanto Antíoco tentou reconquistar esta parte
leste. No início teve algum sucesso, mas morreu durante esta
campanha.
TERRA GLORIOSA - Quando assumiu o trono em 175 AC, a Judéia era parte do seu reino, não precisou
ser conquistada. Começou a perseguir os judeus,
o que causou uma revolta (Macabeus) e, como resultado, a
Judéia reconquistou a independência. Não somente
não conquistou esta terra como também é responsável por
havê-la perdido.
Portanto, comparando-se estas três características, vemos que ROMA se enquadra perfeitamente e
Antíoco não as cumpre.
Daqui por diante, portanto, quando nos referirmos à ponta pequena, estaremos pensando em Roma.
Cap. 8:9 - três direções de conquista
- primeira fase de Roma (Imperial).
v. 10 - fato novo que aparece - outra
direção de conquista: para cima, em direção ao céu; lança
por terra algumas das estrelas. O que significa isto? Vejamos a interpretação:
v. 24 - o seu poder é grande, causa
estupendas destruições.
"destrói os poderosos" -
possivelmente guerreiros;
"e o povo santo" - são atacados no
v. 10 - perseguição contra os
santos.
Dan. 12:3 - os justos são descritos
como se tornando estrelas; assim, em Daniel, os santos
são comparados a estrelas.
8:10-11 - os santos têm um príncipe
sobre eles, assim, ao atacar as estrelas, significa um
ataque ao próprio príncipe. Como ocorreu este ataque?
v. 11 - tirou do príncipe o
"diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo" -
CHALLA'T
TAMID - contínuo, diário - advérbio
que se refere a uma ação que acontece continuamente. No VT é usada cerca de 80
vezes, e cerca de 30 vezes é usada em relação ao santuário, como neste caso. O
que significa esta palavra quando usada em relação ao santuário?
Em Êxodo e Levítico é usada em vários
lugares em relação ao altar de holocaustos - os sacerdotes queimariam os
sacrifícios de forma contínua; também acenderiam as lâmpadas e apagariam a cada
noite e a cada manhã - isto era algo contínuo; os pães deveriam estar
continuamente diante do Senhor; toda vez que entrava no lugar santo, queimava
incenso no altar de incenso, cada manhã e cada tarde, e isto era um TAMID;
também carregava continuamente os nomes das tribos de Israel diante do Senhor.
Dan. 8 - única vez em que TAMID é
usada como substantivo. Em todos os outros lugares é um adjetivo modificando
alguma coisa. Portanto, devemos colocar alguma outra palavra para complementar
o sentido. Que tipo de palavra colocaríamos aqui? MINISTÉRIO OU MINISTRAÇÃO.
Assim teríamos o trabalho contínuo. o ministério do sacerdote que a ponta
pequena tenta retirar do santuário. O príncipe é Cristo, a Ele pertencem as
estrelas, também o TAMID ou ministração contínua, e a Ele pertence o santuário.
Portanto, o que a ponta pequena pretende fazer é retirar de Cristo o Seu
ministério.
No santuário TAMID é usada em relação
ao altar de holocaustos, ao castiçal, à mesa dos pães, altar de incenso e
vestes sacerdotais. MAS TAMID NUNCA É USADA EM RELAÇÃO AO SANTÍSSIMO. Portanto,
quando se fala da ministração contínua, estamos falando do ministério que se
restringe ao lugar santo, nunca ao santíssimo. E isto é o que o poder tenta
fazer - tenta retirar do príncipe este ministério TAMID do príncipe e controlar
este ministério.
A ponta pequena tenta também derrubar
a fundação sobre a qual se assenta o santuário. Uma vez mais o santuário será
pisado.
Três ações distintas descritas aqui,
com natureza específica, religiosa, portanto estamos tratando com um poder com
natureza religiosa; é a segunda fase da ponta pequena: FASE RELIGIOSA:
1. perseguição aos santos;
2. substituição do ministério de
Cristo;
3. focalizar os olhos no santuário
terrestre em vez de no celeste.
Ao focalizar os olhos dos homens sobre
um sacerdócio substituto este poder está dizendo que existe um plano de
salvação rival, que a salvação está sob seu controle, que os seres humanos, se
quiserem obter a salvação, devem se dirigir a ele.
Há uma luta, portanto, em torno do
plano da salvação: há um verdadeiro e um falso. Temos o verdadeiro sacerdócio
celestial de Cristo e temos um substituto terreno; temos o verdadeiro santuário
celestial, onde o plano da salvação é uma realidade administrado e temos um
substituto terrestre que intenta focalizar os olhos dos homens sobre uma igreja
terrena. Estes dois sistemas estão lutando um contra o outro, teologicamente.
Notar a diferença em relação à teologia - diferença entre dois sistemas
teológicos: o verdadeiro plano de Deus para a salvação da humanidade e um
substituto humano, terreno. Isto nos leva ao fim do verso 12.
v. 12 úp - "deitou por terra a
verdade". Que verdade? Uma verdade em geral ou uma verdade específica?
Este verso é um sumário, que está no fim da seção desta visão. E o que Daniel
viu anteriormente era em relação com este santuário. Agora é dito que a verdade
é deitada por terra. Portanto, é uma verdade específica que foi derrubada,
sobre o sacerdócio de Cristo no Seu santuário.
Após isto é dito que tudo o que a
ponta pequena "fez", "prosperou". A visão é finalizada, mas
os santos não são levados para o reino celestial. Portanto, as cenas finais
acerca desta ponta pequena ainda estão se desenrolando, e isto levanta a
pergunta: quanto tempo isto aí vai durar? Para sempre? E é isto que o anjo vem
para responder - vv. 13-14.
v. 13 - natureza da pergunta:
"Até quando durará a visão?" Literalmente: "Quanto tempo é a
visão?"
Quatro coisas que a ponta pequena faz:
a. tira o diário - TAMID;
b. inicia a abominação;
c. pisa os santos;
d. pisa o santuário.
A pergunta não é "por quanto
tempo a ponta pequena fará isto?", mas a pergunta se refere a toda a
visão.
A razão porque esta pergunta é
significativa é a seguinte: temos a visão de Daniel 8, e há duas formas de
considerar a visão:
a. vv. 1-8
b. vv. 9-12 (assim fazem alguns
teólogos) e não consideram os versos anteriores.
Assim, a pergunta é torcida e se
transforma no seguinte: por quanto tempo a ponta pequena vai fazer tal coisa?
Mas a pergunta, em verdade, é sobre a duração da visão. A palavra neste verso
(v. 13) é HAZON. A pergunta do anjo se refere a HAZON, e a razão é que os
próprios anjos são a MAREH dos versos 13 e 14. Mas eles se referem à visão
simbólica. A resposta à pergunta:
v. 14 - 2300 tardes/manhãs - duração
da visão - visão total.
vv. 1 e 2 - o termo HAZON é usado.
v. 13 - pergunta em relação a esta
visão HAZON, não somente à parte da
ponta pequena.
Se compreendermos esta pergunta
cuidadosamente, teremos um ponto de início para as 2300 tardes e manhãs no
próprio capítulo 8 de Daniel. Se as 2300 tardes e manhãs cobrem a visão, e a
visão começa com o carneiro persa, então a profecia deve ter o seu início no
tempo deste carneiro. Não é dito o ponto exato, mas é dito que o início da
visão deve ser em algum ponto entre 539 AC e 331 AC, que é o período persa.
Análise do período de tempo: como
sabemos que um dia é formado por uma tarde e uma manhã?
Gênesis 1 - "tarde e manhã, o dia
primeiro..."
Alguns pretendem dividir isto em dois:
sacrifício da manhã e sacrifício da tarde, mas isto não é correto, pois os
sacrifícios da manhã e da tarde são considerados como pertencendo ao mesmo dia.
Por que a expressão tarde e manhã é
usada aqui? Não é por causa da criação, mas é um dia do santuário. Relembrar o
tabernáculo no deserto: a nuvem que está sobre o tabernáculo a cada entardecer
se tornava em uma coluna de fogo e cada manhã se tornava novamente numa nuvem.
Portanto, os sacerdotes não precisavam considerar o sol como a base do dia,
para saber quando o sacrifício deveria ser oferecido. O próprio Deus estava
indicando. Portanto, isto é um dia do santuário. Tarde/manhã não significava um
tempo normal para o judeu da antiguidade.
Esta descrição, portanto, fala de um
tipo especial de unidade de tempo, que foi escolhido porque há uma conexão
especial com o santuário. Tarde/manhã é um dia específico do santuário, logo,
uma profecia que está falando do santuário utiliza o tempo do santuário.
Devemos agora interpretar este tempo
do santuário, porque este é um símbolo do tempo.
Daniel 8 - a explanação desta profecia
é Daniel 11, que explica as pessoas e nações que se encontram em Daniel 8.
Em Daniel 8 temos o uso de símbolos,
como o carneiro; temos nações simbólicas, ações simbólicas e tempo simbólico.
Em Daniel 11 temos reinos literais,
ações literais e tempo literal.
Característica de Daniel 11: unidade
de tempo:
v. 6 - cabo de anos
v. 8 - por alguns anos
v. 13 - ao cabo de anos
Vemos, portanto, por três vezes: reis
literais, ações literais e tempo literal.
Tempo simbólico: 2300 tardes/manhãs
┌─────────────────────────────────────────────────┐
│ Daniel 8 │
│ Nações Ações │ │ simbólicas simbólicas │
├─────────────────────────────────────────────────┤
│ Daniel 11 │
│ Reis Ações │
│ literais literais │
└─────────────────────────────────────────────────┘
vv. 6, 8 Tempo literal v. 13
O que temos relacionado com a data em
Daniel:
1. Tarde/manhã = dia ( Gênesis 1 e dia
do santuário ).
2. Dia = ano (comparando Daniel 8 e
11).
3. Visão, no sentido temporal, começa
com a Pérsia, portanto, em Daniel 8 temos um tempo
aproximado e ligamos isto com...
4. Daniel 9 - que dá um início
preciso, tempo específico (457 AC), que leva à conclusão final
5. 2300 anos (457 AC - 1844 AD).
Daniel 8:14 - chegamos a 1844 AD - O
QUE ACONTECEU NESTA DATA?
É dito que o santuário será purificado,
vindicado, restaurado, corrigido. O termo hebraico é SEDEK, que basicamente
significa ESTAR CERTO, CORRETO. Exemplo: se estamos andando em um caminho, sem
sair do trilho, estamos "certos".
Se estivermos num correto
relacionamento com Deus podemos usar esta mesma palavra - SEDEK - que então se
torna um substantivo abstrato, que chamamos de JUSTIÇA. Portanto, a palavra
"justiça" vem do conceito de "estar certo", "estar
correto", "ser justo".
Assim, qualquer coisa que estivesse
errada com o santuário anteriormente, deve ser agora corrigido; e sabemos que
estamos falando do santuário celestial, pois os versos 10-12 dizem que esta
ponta pequena se dirige PARA O CÉU. É uma profecia simbólica, e não se trata de
um ser humano literal que subiu ao céu para fazer tal coisa, mas a sua obra
sobre a terra afeta o santuário celestial. Portanto, a partir destes símbolos,
a ponta pequena realizou algumas coisas negativas em relação ao santuário
celestial:
a. LUGAR - derrubou por terra (aspecto
geográfico)
b. PESSOA - tentou retirar o
ministério do príncipe, a quem pertence este ministério; assim, quando a
ponta pequena tem controle sobre seu santuário terrestre,
introduz certas coisas no serviço que não deveriam lá
estar.
c. CONTAMINAÇÃO - provocada pela ponta
pequena - a introdução de alguma coisa diferente no
serviço, e isto tem que ver com o estado do santuário.
Lembrar que em Daniel 8, o problema
tem que ver com dois planos rivais de salvação. Os versos 10-12 tratam da
substituição, que é parte da falsidade. Mas há o outro lado, isto é, o plano
correto da salvação e o lugar correto da salvação. Os verdadeiros crentes
colocam a sua fé no verdadeiro santuário celestial, e quando esta fé se dirige
ao santuário celestial, há confissão, arrependimento e intercessão - portanto,
os pecados dos justos foram registrados no santuário e são também registrados
como tendo sido perdoados pelo sangue de Cristo.
COMO DEUS VAI RESOLVER ESTE PROBLEMA?
Há dois planos de salvação e dois grupos de pessoas participando de cada um
deste planos. Em algum momento no tempo, é importante que o indivíduo tome uma
decisão: participar do verdadeiro plano, tomando conhecimento de que fora
enganado anteriormente.
COMO DISTINGUIR ENTRE OS DOIS PLANOS?
É necessário que haja um processo de julgamento. Portanto, é de se esperar que
ao fim do período que está sendo considerado, quando o verdadeiro e o falso, e
os problemas envolvidos, forem distinguidos e reconhecidos, haja um julgamento
para cumprir esta distinção entre o falso e o verdadeiro. Este julgamento deve
cumprir diversas coisas:
a. demonstrar a todos os seres do
universo que o plano da ponta pequena é errôneo:
b. tomar uma decisão final em relação
ao problema do pecado, o que enfatiza ainda mais a
necessidade de um julgamento.
JUSTIÇA - palavra usada:
Lev. 11-15 - apresentam os estados de
impureza/contaminação - a palavra usada para tratar esta impureza/contaminação
é TAHER, que significa a purificação deste estado de impureza.
Num paralelo espiritual, o que a ponta
pequena fez contaminou o santuário celestial.
Historicamente, Nabucodonozor
contaminou o templo quando nele entrou.
Neste paralelo espiritual, a obra da
ponta pequena e seus exércitos contaminou o santuário celestial. Se quisermos
tratar somente deste problema de contaminação pela ponta pequena, deveria ser
usada a palavra TAHER para descontaminar, purificar. Contudo, o texto bíblico
usa uma palavra muito mais ampla: SEDEK, que significa:
a. purificar
b. right (colocar em estado correto)
c. vindicar, justificar (numa situação
de tribunal)
Se tratarmos simplesmente da
contaminação feita pela ponta pequena, usaremos a palavra TAHER, que só
englobaria o sentido de "purificar". Mas o santuário deve ser
devolvido ao seu local apropriado e também à pessoa correta (notar que aqui se
trata de símbolos) e os pecados que foram tratados também devem ser colocados
em seu lugar apropriado, ser tratados apropriadamente.
Portanto, a maneira correta aqui é
utilizar a palavra mais ampla, para cobrir todas estas atividades de
descontaminação, voltar à pessoa correta, local correto e tratar
apropriadamente dos pecados.
Neste julgamento, portanto, acontecem
duas coisas principais:
a. tratamento do pecado dos justos de
modo final; e
b. problemas que foram introduzidos no
santuário celestial pela ponta pequena, ou a atividade da ponta
pequena em relação ao santuário celestial.
LEVÍTICO 16 - DIA DA EXPIAÇÃO (dia de
julgamento para Israel).
O que acontecia nesse dia, quando a expiação final era realizada?
v. 16 - duas coisas eram tratadas:
a. impurezas
b. pecados
Assim, as impurezas indicam o que a
ponta pequena fez em relação ao santuário celestial e os pecados têm que ver
com os justos.
No dia da expiação, quando o sacerdote
levava o sangue para o santíssimo, fazia expiação por estes dois aspectos. Não
é possível tratar do problema da impureza sem tratar do pecado e vice-versa: os
dois são inseparáveis.
NATUREZA DA PURIFICAÇÃO DO SANTUÁRIO -
Alguns dizem que Daniel se refere à purificação relacionada com a contaminação
feita pela ponta pequena; outros dizem que não há nada relacionado com a
contaminação feita pela ponta pequena, mas simplesmente com os pecados dos
justos. Os dois lados estão corretos, pois, pelo modelo bíblico (Levítico 16)
sabemos que ambos são tratados, inseparavelmente.
Em Daniel 8 não temos uma descrição,
um quadro detalhado, do julgamento; Daniel não viu o julgamento tendo lugar,
ele apenas ouve o diálogo entre os dois anjos, que afirmam que haverá um
julgamento para esta purificação e, quando este julgamento ocorrer, vai
realizar tudo aquilo que é significado pela palavra SEDEK: purificar, vindicar,
corrigir, restaurar. Tudo aquilo que estava errado, por assim dizer, no santuário,
seja pelos pecados perdoados dos justos ou da obra da ponta pequena, tudo será
corrigido.
Daniel 7 - descrição do julgamento, é
quando ele realmente vê o julgamento.
Seria correto, razoável, analisar
Levítico para compreender a profecia em Daniel? Os evangélicos não concordam
com isto, não crêem que Daniel tenha qualquer relacionamento com Levítico.
Vejamos, porém, alguns aspectos em Daniel 8 que apontam diretamente para
Levítico, e o ponto central é que Daniel 8 é uma profecia sobre o santuário e,
se queremos considerar alguma parte da Bíblia que fala direta e extensamente
sobre o santuário, só encontramos em Levítico. Estudar Daniel 8 sem estudar
Levítico é deixar de lado a mais importante fonte de informação.
Relação entre Daniel 8 e Levítico:
1. Carneiro │ Os animais de Dan. 8 contrastam com Dan. 7
- « neste os animais são bestas/feras, enquanto
2. Bode │ naquele são animais domésticos, que se
│ USAVAM NOS SACRIFÍCIOS.
3. Chifres - após se quebrar o grande
chifre na cabeça do bode, quatro outros crescem em seu
lugar. Num jogo de palavras com um israelita
daquele tempo, se falássemos "quatro
chifres", a idéia associada seria "altar" (os
chifres do altar)
4. Santuário - a palavra é utilizada
três vezes na profecia
5. Tamid - palavra que é usada para
ministração - ocorre 30 vezes no VT em relação ao santuário.
6. Tarde/manhã - tempo do santuário
(Deus indicava o tempo através da nuvem).
7. Santo (Dan. 8:13) - a palavra usada
no VT para ANJO é MALA'K, mas não é este o termo
empregado aqui. SANTO é um título raro no VT. Por que a
palavra santo em relação aos anjos? Porque são santos e estão
servindo num santo lugar. O que é este lugar santo? O
SANTUÁRIO. Isto foi demonstrado no próprio santuário:
querubins sobre o propiciatório e figuras de anjos nas
cortinas.
Portanto, estes itens estabelecem a
ligação entre Daniel e Levítico e é perfeitamente lógico buscar informações
sobre o santuário no livro de Levítico.
Daniel 8 - visão em 548 AC
Daniel 7 - visão em 550 AC - visão
inaugural de Daniel, quando se torna verdadeiramente um profeta, de direito.
Embora encontremos profecias no livro antes desta data, neste caso ele servirá
de forma diferente. Em Daniel 2 e 4, foram sonhos do rei e Daniel serve como
intérprete, um sábio. Mas no capítulo 7 ele próprio recebe a visão, em forma de
sonho (v. 1).
v. 2 - GRANDE MAR - duas teorias:
a. é simplesmente uma grande
porção de água;
b. referência específica de
um local do Grande Mar, neste caso o Mar Mediterrâneo (posição do
Prof. Shea).
As águas deste mar representam povos
(Ap. 17:15), mas, em particular, o povo ao redor do Mediterrâneo, pois é deste
lugar que estes quatro poderes advirão. Dois dos países mencionados são
tipicamente mediterrâneos e dois deles conquistaram até às praias do
Mediterrâneo, portanto, de alguma maneira, todos têm alguma relação com o Mar
Mediterrâneo.
VENTOS QUE SOPRAM SOBRE ESTE MAR -
distúrbios políticos. Após esta perturbação política surgem estes quatro
poderes.
Diferença entre Daniel 7 e Daniel 8:
Daniel 8 - a direção dos símbolos
(carneiro/bode) são bem específicas.
Daniel 7 - não há referência a
qualquer direção que os animais tenham seguido; simplesmente
aparecem um após o outro.
Primeiro animal - LEÃO (v. 4) - dois
aspectos:
a. tem asas como águia e, quando estas
são arrancadas, ele se levanta sobre seus pés como homem e
b. é-lhe dado uma mente (coração) de
homem. Num texto babilônico, Nabucodonozor fala de um rei que
coloca sobre Jerusalém, e diz que colocou um rei
segundo o seu coração, que traduzimos como um rei segundo
a sua própria escolha.
Perceber que em primeiro lugar foi
falado sobre o BODE do capítulo 8 que voou sobre a terra, representando a
velocidade de suas conquistas. As ASAS DO LEÃO também deveriam representar esta
velocidade das conquistas de Nabucodonozor, que construiu seu império em pouco
mais de 15 anos. Mas quando este império foi construído, o leão perdeu as
características do leão; não é mais uma besta de conquista, mas foi domada, é
suave, como se fosse um ser humano. O rei verdadeiramente experimentou uma
transformação no fim do seu reinado.
Duas interpretações acerca desta
transformação do rei:
1. o próprio Nabucodonozor passou por
esta transformação, quando viveu o episódio descrito no capítulo
4; depois que se curou de sua doença, não era mais um
general conquistador do mundo;
2. tratam-se dos reis mais fracos que
se seguiram a Nabucodonozor (esta é a posição do Prof.
Shea).
O símbolo de um leão é perfeito para
Babilônia. A cidade era cortada pelo Eufrates, havia uma praça no centro, muros
em redor e, na parte norte do muro, havia o PORTÃO DE ISHTAR, um portão bem
elaborado, cerca de 12 metros. Nas paredes junto a este portão utilizaram
cerâmica vitrificada para fazer figuras, desenhos de animais, sendo que os
principais eram touro e LEÃO - há cerca de 300 destes animais, com
aproximadamente 1,80 m. - de maneira que quem entrasse por este portão
forçosamente veria estes animais ali.
Há uma teologia por trás disto: os
babilônios criam que os deuses cavalgavam (montavam) estes leões, sendo,
portanto, utilizados para representar Babilônia.
Segundo animal - URSO - é um animal
das montanhas - não vivia nas planícies de Babilônia, mas nas planícies do
leste. O principal país do leste era a PÉRSIA, portanto, uma representação
muito apropriada para a nação persa.
Duas características:
1. levantou-se de um dos seus lados
(como os chifres no capítulo 8) - indica a dupla natureza deste
reino: os Medos subiram antes e os Persas, depois e
mais alto, mas os dois povos estavam relacionados,
constituíam um só reino.
2. tem três costelas na boca:
referência às conquistas do urso:
a. Lídia - 547 AC
b. Babilônia - 539 AC
c. Egito - 525 AC
Terceiro animal - LEOPARDO (é o BODE
do capítulo 8, onde temos a indicação específica, pelo nome: GRÉCIA). Duas
características:
1. tem asas nas costas (velocidade de
conquista)
2. quatro cabeças (quatro chifres do
capítulo 8) - indicam as divisões que o império sofreria.
Quarto animal - NÃO TEM QUALQUER NOME
- não é nomeado no capítulo 7 nem no capítulo 8. Devemos, portanto, fazer uma
pergunta histórica: qual o poder ou nação que se seguiu à Grécia? A resposta
histórica é: ROMA. Este animal é mais forte e poderoso que os precedentes.
v. 7 - comparação com o capítulo 2:
aqui o ferro descreve o quarto império e em Dan. 7:7 é dito possuir
"dentes de ferro", o que demonstra que estamos tratando do mesmo
reino.
"Dez chifres" - explicação
no verso 24. São as divisões deste quarto reino em dez reinos menores (em Dan.
2 e 7, as palavras para reis e reinos são utilizadas de forma intercambiável).
O ponto importante aqui é que há um
décimo-primeiro chifre, e este pequeno chifre se levanta após estes dez chifres
ocuparem o seu lugar. Isto dá um início de descrição das características da
ponta pequena.
CARACTERÍSTICAS DA PONTA PEQUENA EM
DANIEL 7:
1. provém do animal representando
ROMA,logo, tem o seu caráter.
2. TEMPO quando se levanta - depois
dos dez chifres ocuparem o seu lugar - portanto, se
quisermos uma data aproximada, devemos considerar a queda de
Roma em 476 AD.
3. a ponta pequena DESARRAIGOU três
outras - acontecimento no sexto século, três nações da Europa foram derrotadas
em guerra, por outras tribos ou pelo imperador, mas nestes três casos
particulares o Bispo de Roma esteve especialmente envolvido, porque a teologia
cristã estava em jogo: eram tribos cristãs, ARIANAS:
508 AD - VISIGODOS - francos (França)
533/4 AD - VÂNDALOS - Justiniano
538 AD - OSTROGODOS
Portanto, estas não foram guerras
simplesmente para conquista de território, mas havia questões teológicas
envolvidas, e a vitória significou uma vitória do bispo de Roma. As forças
ortodoxas cristãs lutaram contra as forças heréticas do cristianismo, e a
vitória da ortodoxia representa uma vitória do bispo de Roma.
Pela primeira vez na história cristã,
a igreja utiliza o braço militar do estado para forçar (to enforce) suas
crenças. Portanto, temos um tipo de união entre igreja e Estado, que aparece
com esta ponta pequena.
4. Daniel 7:8, 25 - "uma boca que
falava com insolência"
"proferirá palavras contra o Altíssimo"
Blasfêmia - pretensão de ser o vigário
de Cristo sobre a Terra. Isto é bastante amplo. Missa: quando o sacerdote diz:
"Este é o meu corpo", é como se Deus fosse OBRIGADO a descer,
obedecer, em função do ofício do sacerdote, independentemente do seu estado
espiritual. Nas religiões pagãs o propósito é usar a Deus para usufruir
benefícios, mas o ponto de vista bíblico é de que Deus usa o homem para seu
próprio benefício.
5. Perseguição:
a. inquisição
b. massacre na noite de S. Bartolomeu
c. Holanda (Duque de Alba) - cinqüenta mil mortos.
6. v. 25 - "cuidará em mudar os
tempos e a lei" - quatro vezes é utilizada a palavra
"tempo" mas, no original, temos duas palavras diferentes:
a. "Mudar os tempos" - aramaico ZEMAN, que significa um ponto
específico no tempo; mas neste caso aparece no plural - ZeMNIM - que significa
uma série de pontos no tempo, e aqui está relacionado com a lei.
EM QUE CASO TEMOS UM PONTO
REPETIDO NO TEMPO RELACIONADO COM A LEI?
O SÁBADO (quarto mandamento) - ponto
no tempo repetido a cada sete dias.
b. A outra palavra para tempo é 'IDDAN, cujo significado não é um ponto
no tempo, mas um período de tempo contínuo, neste caso três tempos e meio. Esta
palavra não é usada para "ano" (ano= SHAMAH). Quando dizemos que é um
ano profético, trata-se de uma interpretação sobre o tipo de tempo que está
representado aqui por esta palavra.
7. Como saber que um tempo se refere a
1 ano? Há 3 textos:
a. Daniel 4 - é dito que sete tempos passariam sobre Nabucodonozor.
Neste capítulo, a palavra para "dias" e a palavra para
"meses" já foram utilizadas anteriormente, mas uma unidade de tempo
que não é utilizada no capítulo 4 é a palavra "ano", portanto, é
lógico que se pense que o termo "tempo" em Daniel 4 se relacione com
o período de tempo "ano". Assim, Nabucodonozor esteve mentalmente
enfermo por um período de sete anos. Quando a Septuaginta traduz esta expressão,
já o faz empregando "sete anos". Portanto, é claro que este termo
"tempo" é compreendido como "anos" no caso de
Nabucodonozor.
b. Daniel 12 - série de datas em PROGRESSÃO:
v. 7 - três tempos e meio
v. 11 - 1290 dias
v. 12 - 1335 dias
Se matematicamente considerarmos estas
três menções de tempo, chegaremos a uma unidade para os três tempos e meio do
verso 7 (que equivalem a 1260 dias).
c. Apocalipse 12:6, 14 - Esta passagem estabelece equivalência entre
1260 dias e três tempos e meio.
Portanto, para identificar a ponta
pequena, devemos considerar todas as características, e não simplesmente um
detalhe isolado.
Daniel 8 - a ponta pequena está
prosperando, crescendo.
Daniel 7 - demonstra o que está
acontecendo: cena do tribunal celestial. Duas cenas descritas, mas que estão
separadas no texto:
a. vv. 9-10 - INICIO DO JULGAMENTO
b. VV. 13-14 - FIM DO JULGAMENTO
É dito claramente que se trata do
início de alguma coisa; é a descrição de DEUS que Se desloca e vai para um novo
lugar no céu, e o Seu trono está nesse lugar, onde não estivera até então. As
figuras aqui empregadas são do mundo antigo - os tronos eram guardados no
palácio e, quando havia um julgamento, o trono era retirado do palácio e levado
até a corte/tribunal. Temos algo semelhante aqui, porém maior e sobrenatural.
Temos a carruagem de fogo de Deus, o que poderíamos dizer se tratar de um TRONO
em carruagem, que toma o seu lugar, os anjos se acercam, os livros são abertos,
e o julgamento se inicia. DEUS vai a um novo lugar para fazer um outro tipo de
trabalho.
ANCIÃO DE DIAS - único lugar da Bíblia
onde este título é atribuído a DEUS - indica a grande idade de Deus, Sua
existência eterna, e isto tem que ver com o julgamento, pois quando Ele vem
para julgar ninguém poderá dizer que Ele não estava no momento em que a pessoa estava.
Portanto, Deus era contemporâneo de todos os eventos da história antiga,
presenciou e interagiu com todos os seres humanos que também conheceu - ninguém
fica fora do escopo deste julgamento.
ANJOS - v. 10 - número poético,
simbólico - indica que todos os anjos estão presenciando o julgamento. Função:
servir de testemunhas. Todo ser humano tem o seu anjo da guarda; quando os
livros são abertos, o anjo que viveu ao lado de cada santo estará lá para dar o
seu testemunho.
LIVROS - v. 10 úp. - original
"rolo" - os céus guardam um registro que será examinado no
julgamento.
Nesta primeira cena temos uma PESSOA -
ANCIÃO DE DIAS - DEUS PAI.
Segunda cena - outra PESSOA - FILHO DO
HOMEM.
Filho do homem - há uma preposição
comparativa: "um como" e não há qualquer artigo antes, portanto, a
tradução mais exata seria "um como um filho do homem".
O QUE SIGNIFICA? Nos Evangelhos JESUS
usou claramente o título "Filho do homem" em relação a Si mesmo e
está relacionado com este texto de Daniel.
Mas aqui em Daniel o propósito é
diferente - é uma descrição. Há casos na Bíblia em que a expressão
"homem" e "filho do homem" são utilizadas paralelamente,
portanto, nem toda utilização da expressão "filho do homem" é messiânica;
pode se referir a um homem normal (exemplo em Ezequiel). E esta é a função
desta expressão aqui: Daniel está descrevendo alguma coisa que está vendo, e o
que ele vê é este ser, e isto é algo incomum. Quando olhamos para o céu
esperamos ver Deus e anjos, pois são os habitantes normais do céu - e Daniel os
vê na primeira cena. Mas agora Daniel vê algo incomum - há um ser semelhante a
um homem no céu, e o que é mais impressionante é que este homem é aquele que é
digno de receber o reino, que está no verso 14 - "foi-lhe dado o
domínio... e o reino..."
DOMÍNIO - significado teológico: cada
reino teve poder e domínio por um tempo. Isto levanta um problema: por acaso os
homens devem sofrer sob o domínio destes reis? NÃO! Porque chegará um dia em
que haverá um governante que receberá o domínio, e que durará eternamente, e a
pessoa que recebe este domínio é este como "filho do homem" que está
no céu.
Como se movimenta este filho do homem?
Com as nuvens do céu.
NUVENS - referência a DEUS, Seu ser
sempre rodeado de nuvens (cf. Salmo 97:2). Portanto, quando vemos uma
referência a alguém rodeado de NUVENS, é uma indicação de que se trata de um
SER DIVINO.
Esta pessoa, portanto, que recebe o
domínio, tem o aspecto como o "filho do homem" e tem também o aspecto
divino, indicado pelas nuvens que O circundam. O que isto significa? Uma
descrição deste ser que é ao mesmo tempo divino e humano, tem DUPLA NATUREZA, e
só um Ser, em toda a história do Universo, tem esta característica: JESUS
CRISTO.
RESULTADOS DO JULGAMENTO:
1. O "Filho do homem" Se
torna rei do mundo para sempre - v. 14
2. Os santos do Altíssimo vão para o
reino - v. 27
3. Destruição dos ímpios e
especialmente da ponta pequena - v. 26
É a resposta de Deus em relação ao
problema do pecado, a resposta final que vem do julgamento, que ocorre antes
que o reino de fato tenha sido estabelecido. Ocorre antes da segunda vinda, o
Filho recebe o reino antes de vir à Terra.
COMPARAÇÃO ENTRE DANIEL 7 e 8
Daniel 7 Daniel 8
Leão
- Babilônia ------------------
Urso
- Pérsia Carneiro
Leopardo
- Grécia Bode
Quarta
besta - Roma I Ponta pequena -
1ª fase - Imperial horizontal
Ponta
pequena - Roma II Ponta pequena -
2ª fase -
Religiosa vertical
Cena
do tribunal celestial: Purificação do
santuário
juízo
Dois pontos importantes ( os primeiros
três animais são evidentes em si):
a. as duas fases da ponta pequena em
Daniel 8 correspondem ao quarto animal e seus chifres em Daniel 7
b. a purificação do santuário ocorre
no mesmo lugar em que se estabelece a cena de juízo em Daniel 7.
A essência do capítulo é dada a
seguir, em que se procura apresentar a razão porque se consideraram as
profecias em ordem inversa:
1. Tem que ver com o período de tempo
abrangido por estas profecias:
ORDEM
CRONOLÓGICA
│ 70 semanas │
a. Daniel 9 ├──────────────────│
CURTA
│ │
457 AC 1º séc. AD
│ 2300 anos - MÉDIA │
b. Daniel 8 ├───────────────────────┤
│ 457 AC -
1844 AD │
LONGA
│ Há um período de tempo -
1260 │ Santos no
c. Daniel 7 ├─────────────────────────────────│ céu -
│ anos - mas o julgamento
alcança │ reino
um tempo posterior eterno
2. Tem que ver com a descrição dada a
Cristo nestas profecias:
a. Daniel 9 - Cristo como SACRIFÍCIO
b. Daniel 8 - Cristo como príncipe no
santuário celestial - SACERDOTE
c. Daniel 7 - Cristo como REI
Ordem temática em relação à obra de
Cristo: Ele é primeiro SACRIFÍCIO e, como resultado de ter feito este
sacrifício, pode Se tornar nosso SACERDOTE e MEDIADOR e, como resultado de
ministrar em nosso favor, torna-nos cidadãos do reino sobre o qual Ele reinará
- REI.
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