AS BEM-AVENTURANÇAS - OS POBRES DE ESPÍRITO
Os pobres de
Espírito Mat. 5:2 e 3
I.
introdução
A. palavras estranhas
1.
"E Ele passou a
ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o
reino dos Céus."
2.
Como um ensino estranho e
novo, estas palavras caem nos ouvidos da multidão admirada. Semelhante doutrina
é contrária a tudo que ouviram dos sacerdotes e rabinos.
3.
Nela não vêem coisa alguma
que lisonjeie seu orgulho ou lhes alimente as ambiciosas esperanças. Irradia,
porém, deste novo Mestre um poder que os conserva como que presos.
B. Jesus fala ao coração
1.
Dir-se-ia que a doçura do
amor divino transcendesse de Sua presença, como da flor o perfume. Suas
palavras caem "como a chuva sobre a erva ceifada, como os chuveiros que
umedecem a terra". Sal. 72:6.
2.
Todos sentem
instintivamente que existe um Ser capaz de ler os segredos da alma, e não
obstante, deles Se aproxima com terna compaixão. Os corações a Ele se abrem e,
à medida que O escutam, o Espírito Santo lhes desdobra alguma coisa do
significado daquela lição de que a humanidade de todas as épocas carece.
II. ricos e pobres
A. ricos
1.
Nos dias de Cristo os guias
religiosos do povo julgavam-se ricos em tesouros espirituais. A oração do
fariseu: "Ó Deus, graças Te dou, porque não sou como os demais
homens" (Luc. 18:11), exprimia os sentimentos de sua classe e, em grande
parte, da nação inteira.
2.
Mas na multidão que cercava
Jesus, alguns havia que tinham a intuição de sua pobreza espiritual.
B. pobres
1.
Quando, na pesca
miraculosa, se revelou o poder de Cristo, Pedro rojou-se aos pés do Salvador,
exclamando: "Senhor, ausenta-Te de mim, por que sou um homem pecador"
(Luc. 5:8); assim na multidão reunida no monte havia pessoas que, na presença
de Sua pureza, se sentiam desgraçadas, miseráveis, pobres, cegas e nuas (Apoc.
3:17); e estas almejavam "a graça de Deus, ... trazendo salvação a todos
os homens". Tito 2:11.
2.
Nessas almas, as palavras
de saudação de Cristo despertaram esperança; viram que sua vida estava sob a
bênção de Deus.
C. os ricos são os que não dependem de deus
1.
Jesus apresentara a taça de
bênçãos aos que se julgavam ricos e de nada carecidos (Apoc. 3:17), e eles, com
escárnio, volveram costas à dádiva misericordiosa.
2.
Aquele que se julga são,
que pensa ser razoavelmente bom e se satisfaz com o seu estado, não procura
tornar-se participante da graça e justiça de Cristo.
3.
O orgulho não sente
necessidade, fechando, pois, o coração a Cristo e às bênçãos infinitas que Ele
veio dar. Não há lugar para Jesus no coração dessa pessoa. Os que são ricos e
honrados aos próprios olhos, não oram com fé, para receberem a bênção de Deus.
Presumem estar cheios, por isso se retiram vazios.
D. os pobres sentem necessidade de salvação
1.
Os que sabem que não se
podem salvar a si mesmos, nem de si praticar qualquer ação de justiça, são os
que apreciam o auxílio que Cristo pode conceder. São eles os humildes de
espírito, aos quais Ele declara bem-aventurados.
2.
Aquele a quem Cristo perdoa, faz Ele primeiro
penitente, e é função do Espírito Santo convencer do pecado. Aquele cujo
coração foi movido pela convicção comunicada pelo Espírito de Deus, vê que em
si mesmo nenhum bem existe. Vê que tudo que já fez está misturado com o próprio
eu e o pecado.
III. as recompensas dos humildes
A. o perdão dos pecados
1.
Como o pobre publicano,
fica a distância, não ousando erguer os olhos ao céu, e clamam: "Ó Deus,
tem misericórdia de mim, pecador!" Luc. 18:13. Essas pessoas são
abençoadas. Há perdão para o penitente, pois Cristo é "o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo". João 1:29.
2.
A promessa de Deus é "ainda que os vossos
pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que
sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã". Isa. 1:18.
"E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um Espírito novo."
Ezeq. 36:26.
3.
Não somos dignos do amor de
Deus, mas Cristo, nossa segurança, é digno, e capaz de salvar abundantemente
todos os que forem a Ele.
4.
Qualquer que tenha sido
vossa vida passada, por mais desanimadoras que sejam vossas circunstâncias
presentes, se fordes a Jesus exatamente como sois, fracos, incapazes e em
desespero, nosso compassivo Salvador irá grande distância ao vosso encontro, e
em torno de vós lançará os braços de amor e as vestes de Sua justiça.
B. o reino dos céus
1.
Dos humildes de espírito, diz Jesus:
"Deles é o reino dos Céus." Mat. 5:3. Este reino não é, como
esperavam os ouvintes de Cristo, um domínio temporal e terreno. Cristo estava a
abrir aos homens o reino espiritual de Seu amor, Sua graça, Sua justiça.
2.
A insígnia do reino do Messias distingue-se
pela imagem do Filho do homem. Seus súditos são os humildes de espírito, os
mansos, os perseguidos por causa da justiça.
3.
Deles é o reino dos Céus.
Conquanto não se tenha ainda realizado plenamente, iniciou-se neles a obra que
os tornará "idôneos para participar da herança dos santos na luz".
Col. 1:12.
C. mediação de cristo
1.
Todos os que têm a intuição
de sua profunda pobreza de alma e vêem que em si mesmos nada possuem de bom,
encontrarão justiça e força olhando a Jesus. Diz Ele: "Vinde a Mim, todos
os que estais cansados e oprimidos." Mat. 11:28. Ele vos ordena que
troqueis a vossa pobreza pelas riquezas de Sua graça.
2.
Ele nos apresenta ao Pai,
trajados nas vestes brancas de Seu próprio caráter. Ele roga a Deus em nosso
favor, dizendo: Eu tomei o lugar do pecador. Não olhes a este filho desgarrado,
mas a Mim. E quando Satanás intervém em altos brados contra nossa alma,
acusando-nos de pecado, e reivindicando-nos como presa sua, o sangue de Cristo
intercede com maior poder.
3.
"De Mim se dirá:
Deveras no Senhor há justiça e força. ... No Senhor será justificada e se
gloriará toda a descendência de Israel." Isa. 45:24 e 25.
IV. conclusão
A. quem são os ricos?
1.
2.
3.
B. quem são os pobres?
1.
2.
3.
C. recompensas dos humildes
1.
2.
3.
D. aplicação e apelo
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