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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ESTUDO SOBRE O SANTUÁRIO 8 SESSÃO - HEBREUS




HEBREUS

          Introdução:

          Hebreus é uma carta incomum no NT. A natureza da carta é pastoral (posição do Prof. Shea), de um pastor interessado nos membros de sua igreja envolvidos em algum tipo de problema. Os membros são judeus-cristãos que correm o risco de voltar ao judaísmo. Sem dúvida é uma carta própria para este grupo: um grupo desanimado que se pergunta se ainda vale a pena seguir a Jesus Cristo, ou se não seria preferível voltar à fé de seus pais.

          O livro tem cinco seções e o ensino é dado paralelamente a uma exortação.

                                                 ESBOÇO:

  I. Exposição - cap. 1 - CRISTO SUPERIOR AOS ANJOS.
     Exortação - cap. 2a - não negligencieis a fé.

 II. Exposição - cap. 2b-3a - CRISTO SUPERIOR A MOISÉS,                                         particularmente em relação à revelação. A                              revelação dada a Moisés (Pentateuco) foi a                             maior que os judeus receberam, mas Jesus era                       ainda maior.
     Exortação - 3b-4 - Verbos específicos - avisos severos:
                                         . não desobedeçam
                                         . não se rebelem
                                         . não endureçam o coração
                                         . não abandonem a fé

III. Exposição - cap. 5a - CRISTO, SUPERIOR SACERDÓCIO (é apenas                          uma introdução ao assunto).
     Exortação - cap. 5b-6 - não sejam de ouvidos duros, não                        abandonem, continuem a dar frutos. Aqui é                            introduzido um novo elemento: CRISTO. Se você O                           abandonar, vai crucificá-LO novamente, lançará                      desprezo sobre Ele.

 IV. Exposição - Cap. 7-10a - é uma longa seção; envolve uma                          série de elementos relacionados com o                         tabernáculo e o santuário:
                              a. Cristo é MELHOR SACERDOTE;
                              b. Cristo providenciou um MELHOR SACRIFÍCIO                                                  (sangue). Sangue é usado 21 vezes em Hebreus                                e 15 apenas nesta seção.
                              c. Cristo serve em um MELHOR SANTUÁRIO;
                              D. Cristo administra um MELHOR CONCERTO.
     Exortação - Cap. 10b - breve e geral como a primeira.

  V. Exposição - Cap. 11-12:4 - é o grande capítulo da fé; é uma                        exposição doutrinária do tipo de fé que devemos                               ter. As pessoas mencionadas no capítulo 11 são                      também mencionadas nos outros capítulos do                         livro, onde eram inferiores ao serem comparadas                              a Cristo. Há um sentido de resposta aos                        problemas da primeira parte do livro. No                            capítulo 11 os homens são colocados como                       exemplos humanos para nós.
     Exortação final - Cap. 12:5-13 - na terceira seção Cristo é                      o elemento novo introduzido; nesta seção o                            Espírito Santo é introduzido. Temos também                           exortações gerais.

          Há uma progressão no livro: aviso geral -----> exortação sobre Cristo -----> exortação sobre o Espírito Santo. A exposição doutrinária torna-se cada vez maior através do livro e a exortação também, e de forma mais séria e firme.

          O TEMA que permeia o livro é "MELHOR" - tudo o que Jesus provê para os Seus seguidores é melhor:

          CRISTO - MELHOR do que os ANJOS.
          CRISTO - MELHOR DO QUE MOISÉS.
          CRISTO - MELHOR REVELAÇÃO DE DEUS.
          CRISTO - MELHOR SACERDOTE.
          CRISTO - serve em um MELHOR SANTUÁRIO.
          CRISTO - oferece um MELHOR SACRIFÍCIO.
          CRISTO - provê um MELHOR SANGUE.

          No final do livro aparece a MELHOR CIDADE, o MELHOR PAÍS, onde os santos da fé estarão.

          O autor diz aos cristãos hebreus que, se voltarem para o judaísmo, não encontrarão lá nada melhor do que possuem atualmente, pelo contrário, será inferior, pois o que ele recebe de Cristo é melhor.

          DATA DE AUTORIA - Na quarta seção, que templo ou santuário o autor usa como ilustração? O TABERNÁCULO DO DESERTO. Em nenhuma vez se menciona o templo de Jerusalém. Portanto, isto pode indicar que o livro tenha sido escrito antes da destruição do templo no ano 70 AD. Há duas possibilidades:

          a. escrito antes da destruição em 70 AD;
          b. escrito depois da destruição.

          Se tivesse sido depois, provavelmente o autor da carta usaria a destruição como ilustração. Contudo, não é dito uma palavra acerca do templo ou sobre a cidade de Jerusalém.


          Ainda há serviços sendo realizados no templo, por isto os membros da igreja estão em perigo de voltar para o judaísmo. Quando entra na discussão do templo, volta ao santuário do deserto - uma ilustração antiga para falar de algo que acontecia no presente.

          Quando menciona Sião não se refere à cidade de Jerusalém terrestre, mas à Sião celestial, espiritual.

          Não menciona Jerusalém porque o templo ainda está lá e em atividade, e não quer chamar a atenção para ele, por isto busca outra ilustração.

          Capítulos 7 a 10

          Aqui está o coração do livro. Centro da argumentação do autor. Parte central de sua doutrina. Tem que ver com o santuário, com o sacrifício, com o sacerdote, etc. Apresenta o sacerdócio superior de Jesus. O Seu sacrifício feito uma vez por todas comparado com os sacrifícios repetitivos e imperfeitos do VT. Fala de um NOVO CONCERTO, onde as falhas do Velho podem ser restauradas, trazendo assim completa salvação.

          Quando se olha para o santuário nesta seção de Hebreus, há dois elementos:

          1. o véu do santuário; e
          2. lugares do santuário: santo ou santíssimo.

          O Véu do Santuário

          Esta questão foi levantada na IASD por Ballenger (1903-1905). A partir da expressão encontrada em Hebreus 6:19-20 - "a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra ATÉ O INTERIOR DO VÉU; aonde Jesus... entrou por nós, feito sumo-sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque." Ballenger inferiu que, por ocasião da ascensão, Cristo iniciou Seu ministério "dentro do véu", isto é, no lugar santíssimo do santuário celestial.

          O argumento de Ballenger é baseado no véu que há entre o santo e o santíssimo. Diz que a Septuaginta, em sua versão do VT, usa a mesma palavra encontrada em Hebreus 6:19 - KATAPETASMA.

          Duas perguntas:

          1. A palavra katapetasma é usada para o véu do santuário?             SIM!
          2. É usada somente para o véu do santíssimo? NÃO!



          Ballenger não analisou esta questão com o cuidado que ela requeria. No santuário do deserto havia três véus:
          a. o véu do pátio;
          b. o véu para se entrar no lugar santo; e
          c. o véu entre o santo e o santíssimo.

          Quando a Septuaginta fala do véu do pátio (o primeiro), das seis referências, em cinco usa a palavra katapetasma.

          O véu da entrada (que é o segundo) é mencionado onze vezes; em sete vezes é chamado de katapetasma e nas outras quatro de kaluma.

          O véu do santíssimo (o terceiro) aparece vinte e quatro vezes como katapetasma e uma vez como kaluma.

          A palavra dominante para todos os véus é katapetasma e kaluma é usada numa menor escala.

          Este é o argumento do VT contra a tese de Ballenger.

          Ballenger deveria ter olhado para Hebreus. No capítulo 9, verso 3, há uma seção que descreve o santuário do VT. Descreve o santo e os equipamentos que nele estão; também o santíssimo e seus equipamentos. Aqui o santo é chamado de primeira tenda e o santíssimo de segunda tenda.

          Percebamos claramente as palavras usadas no verso 3 - "mas depois do segundo véu estava a tenda (ou tabernáculo) que se chama o santo dos santos." O local se chama "santo dos santos". Onde se localiza? Após o segundo véu. Portanto, se este é o segundo véu, logicamente deve haver o primeiro. No livro de Hebreus a linguagem usada é segundo katapetasma, portanto deve haver o primeiro katapetasma que é, sem dúvida, o véu de entrada no santo.

          Este é o segundo argumento contra Ballenger.

         
          Lugares do Santuário

          O argumento de Desmond Ford concentra-se em Hebreus 9:8-9:

          1. Ele diz que os locais no santuário de Hebreus, o do céu                e o da terra, são basicamente os seguintes:
            
             a. a concentração no terrestre é no santo e a             concentração no santuário celestial é no santíssimo.                Há, portanto, uma divisão: o terrestre, um símbolo             para o VT; o celeste, um símbolo para o NT. O             problema é que o terrestre precisa permanecer para               que possa completar o celestial.
             b. A interpretação geral entre os eruditos ASD é que,                     quando se fala do terrestre, aparece a palavra              "santo"; quando fala do celeste, também usa a palavra               "santo". Portanto, não há contraste entre em relação                     a locais. Hebreus fala do terrestre e seu ministério              e do celeste e seu ministério; o celeste é superior e            o terrestre é inferior.

             c. Há dois santuários divididos em dois compartimentos;                 o terrestre representa o celeste. Tem duas divisões.                O livro de Hebreus enfatiza os dois compartimentos                    tanto no terrestre como no celeste.

          PONTO DE VISTA DE UMA PEQUENA MINORIA:

          Hebreus 9:8 - a palavra aqui é TÓN HAGIÓN, que é traduzida de diferentes maneiras:

          a. santuário
          b. santo
          c. santíssimo.

          FORD interpreta como SANTÍSSIMO. Enquanto o primeiro tabernáculo ainda tem o seu lugar. Para alguns eruditos o primeiro tabernáculo (primeira tenda) se refere ao completo santuário do VT. Primeiro no que diz respeito a "tipo".

          Ford diz que é primeiro em termos de "lugar", isto é, lugar santo; o santo do terrestre que, finalmente, perde o lugar em direção a Deus, sendo substituído pelo santíssimo do celestial.

          v. 9 - "é uma PARÁBOLA...". Pergunta: qual a natureza da parábola?

          Para Ford o ministério do santo é uma parábola para o VT e o santíssimo uma parábola a era do NT no céu.

          A palavra relevante aqui é HÁGIOS, que aparece nove vezes nestes três capítulos. Mas esta palavra pode ser usada de diferentes maneiras: santuário, santo ou santíssimo. Daí a dificuldade de entendê-la, mas muito importante fazê-lo.













                        ESQUEMA DA SEÇÃO (observar o QUIASMO)




          E        TERRESTRE                                  CELESTIAL       E'
              9:1-10                       9:11-14
          1º tabern. - HÁGIA (Santo)          TA HÁGIA  "DIÁ"
      2º tabern. - HÁGIA HÁGION           Tabernáculo (Santo)
                   (Santíssimo)             1. Maior
                                                                         2. Perfeito
                                            3. Sem mãos




          D        CONCERTO                                  CONCERTO       D'
                     8:6-13                                        9:15-22




          C        SANT. CELESTIAL                         SANT. TERRESTRE      C'
                          8:1-5                       9:23-28
                    TÓN HÁGION = SS               Contraste c/ o celeste
            SKENE = Tabern. = S                 TA HÁGIA = SS
                      1. Verdadeiro                             HÁGIA = S
                      2. Sem mãos                 1. Verdadeiro
                      3. Cópia                                     2. Sem mãos
                      4. Tipo                                       3. Cópia
                                                                       4. ANTÍTIPO




          B        SACERDÓCIO                               SACRIFÍCIO        B'
                      Cap. 7                                         10:1-18




          A        VÉU                                             VÉU              A'
              6:19-20                                   10:19-20










          Cap. 6:19-20 - Cristo,  nossa esperança, está no céu, atravessa o véu.

          10:19-20 - também usa "véu" - podemos entrar no santíssimo, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que Ele nos inaugurou, através do véu.

          O próximo ponto é o sacerdócio. O capítulo 7 é o capítulo do sacerdócio. Faz-se uma comparação do sacerdócio de Cristo com o levítico. O de Cristo é chamado de sacerdócio de Melquisedeque, e é superior, pois dura para sempre; os sacerdotes levitas morriam.

          Cap. 10 - fala de sacrifícios. Os sacrifícios do VT não servem realmente para aquilo que deviam servir; eram temporários. Não purificavam nem aperfeiçoavam as pessoas. Mas o sacrifício de Cristo foi feito uma vez por todas; é capaz de limpar e extirpar o pecado.

          Cap. 8:1-5 - o santuário particularmente descrito aqui é o santuário celestial - modelo do terrestre.

          v. 2 - expressão "tabernáculo" e "santuário" - muitos acham que se refere a uma coisa só. A posição de W. Shea é que o autor de Hebreus fala de dois compartimentos: o santo e o santíssimo:

          a. verdadeiro tabernáculo;
          b. não feito por mãos humanas;
          c. cópia.

          Não são equivalentes, são partes diferentes.

          v. 2 - "como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo..."

          Em grego, a palavra "ministro" é colocada entre "santuário" e "verdadeiro tabernáculo". Portanto, se são compartimentos diferentes, por que usa esta linguagem?

          Lev. 16:16,20 - expiação dos pecados e impurezas no dia da expiação. A expiação começa pelo lugar santo (QODESH), pela "tenda" e pelo "altar".

          QODESH é a palavra usada para o santíssimo;
          TENDA é a palavra usada para o santo;
          ALTAR é a palavra usada para o pátio.

          Portanto, em Levítico 16 aparece QODESH 7 vezes para o santíssimo, e quando deseja falar do SANTO usa a palavra "tenda" e para o PÁTIO usa a palavra "altar". Esta é a linguagem em Levítico.

          Parece, portanto, que em Hebreus 8:2, o autor usa a mesma linguagem. O modelo é Levítico 16.

          POR QUE USA ESTA LINGUAGEM? Porque o centro do livro de Levítico é o capítulo 16, que trata da expiação. Portanto, toma a linguagem do dia mais importante do ano.

          Logo, em Hebreus 8:2, HÁGION e o "tabernáculo" (SKENE) não são a mesma coisa; referem-se a dois lugares no ministério do céu. HÁGION é o santíssimo e SKENE, o santo.

          9:23-28 - Nesta seção fala do santuário celestial em contraste com o terrestre.

          vv. 23-24 - "Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu (HÁGIA)..." Este lugar é definido pela mesma palavra usada em 9:1-2 - HÁGIA (sem artigo definido e se referia ao lugar santo do santuário celestial). Portanto, faz uma comparação, onde contrasta o santo terrestre com o santo celestial.

          v. 24 - a palavra para FIGURA é "antítipo", enquanto que em 8:5 é "tipo". Há então um paralelismo: TIPO refere-se ao TERRESTRE e ANTÍTIPO refere-se ao CELESTE. Assim, temos a relação entre os dois santos.

          9:25 - "... como o sumo-sacerdote cada ano entra no santo dos santos..." Que tipo de serviço está falando no qual deveria entrar uma vez por ano? NO DIA DA EXPIAÇÃO. Fala de uma nova parte do santuário, descrita por uma palavra diferente: TA HÁGIA (com artigo).

          Há um contraste entre os versos 24 e 25. No verso 24 usa HÁGIA (sem artigo) para santuário (santo); no verso 25 usa a palavra TA HÁGIA (com artigo) para santíssimo.

          No capítulo 8 há o mesmo contraste. No verso 2 usa TÓN HAGIÓN para santíssimo e SKENE (tabernáculo) para santo, onde há quatro modificadores e todos se aplicam ao tabernáculo (SKENE):

          a. verdadeiro
          b. sem mãos
          c. cópia
          d. tipo.

          Voltando a 9:24, HÁGIA (sem artigo) refere-se ao santo, também com os mesmo quatro modificadores:

          a. verdadeiro
          b. sem mãos
          c. cópia
          d. ANTÍTIPO (note a diferença).

          Próxima seção: 8:6-13          9:15-22

          O assunto aqui é o concerto. O concerto do passado (8:6-13) era o velho concerto que falhou e foi substituído por um melhor (9:15-22), onde Cristo é o Mediador de um novo concerto.

          É simples, direto, e ambas as seções dizem a mesma coisa.

          Última seção

                    9:1-10                       9:11-14
          Santuário terrestre          Santuário celestial

          Analisemos a linguagem usada pelo autor:

          9:1-5 - há um primeiro tabernáculo, chamado HÁGIA (sem artigo) - SANTO. E há um segundo tabernáculo, chamado HÁGIA HÁGION - SANTÍSSIMO. Temos, então, o santo e o santíssimo. E aparece o que há em cada compartimento (tabernáculo):

          Primeiro tabernáculo (compartimento):

          a. candelabro
          b. mesa e os pães da proposição.

          Segundo tabernáculo (compartimento):

          a. incensário
          b. arca (com tudo o que nela havia - vv. 4-5).

          Refere-se, portanto, ao santuário terrestre.

          9:11-14 - novamente aparece a linguagem do tabernáculo. Cristo entra "através" (preposição grega DIÁ) do tabernáculo, indo do santo para o santíssimo.

          Alguns crêem que o "tabernáculo" do verso 11 se refira ao tabernáculo terrestre, entretanto não pode ser o terrestre, porque aparecem os modificadores (MAIOR, MAIS PERFEITO, NÃO FEITO POR MÃOS).

          E no verso 12 o SANTO LUGAR é descrito como TA HÁGIA, portanto, santíssimo. Note que TA HÁGIA não tem modificadores, pois se refere ao santíssimo. Aqui se percebe claramente o movimento de Jesus indo do santo para o santíssimo. Entretanto, podemos notar um movimento inverso em Hebreus 8:1-5, onde Cristo aparece sentado à direita do trono de Deus, de onde sai para iniciar Seu ministério no santo - portanto, um movimento do santíssimo para o santo.



                                                 SUMÁRIO

          Existem, portanto, quatro seções sobre o santuário em Hebreus:

          Primeira seção: 8:1-5 - dois termos técnicos:
          a. Tabernáculo (para santo)
          b. Santuário (para o santíssimo).

          Segunda seção: 9:1-10 - aparecem o primeiro e o segundo tabernáculo:
          a. HÁGIA (para o santo)
          b. HÁGIA HÁGION (para o santíssimo)

          Terceira seção: 9:11-14 - aparecem dois termos:
          a. Tabernáculo (refere-se ao santo)
          b. TA HÁGIA (o santo = santíssimo)

          Quarta seção: 9:23-28 - aparece a palavra HÁGIA:
          a. HÁGIA (sem artigo) - santo
          b. TA HÁGIA (com artigo) - o santo = santíssimo.

          9:8-9 - estes versos falam do santuário terrestre e suas funções.

          v. 8 - sumariza o que esta lição ensina - "querendo com isto dar a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou , enquanto o PRIMEIRO TABERNÁCULO continua erguido."

          A palavra usada para "tabernáculo" é SKENE, entretanto, aqui aparece PROTO SKENE (primeiro tabernáculo).

          O verso diz que enquanto o primeiro tabernáculo (PROTO SKENE) ainda tem sua função, o caminho está aberto para o santo no céu.

          Pergunta: É o primeiro em termos de tempo ou de localidade?

          Resposta: Em termos de tempo.

          9:1 - usa a mesma palavra para primeiro concerto e santuário terrestre.

          9:2 - diz que o tabernáculo está aberto por causa do sacrifício de Jesus. Entretanto, enquanto o primeiro tabernáculo tinha uma função especial em relação a Deus, este caminho ainda não estava aberto.




          9:9 - QUAL É A PARÁBOLA?

          Se estivesse relacionada com as funções dos dois santuários, a palavra usada seria TUPOS, porém, a palavra empregada é PARABOLÉ, que significa "ensino", com uma lição central, cujos detalhes não são relevantes. O importante na parábola é sua lição central.

          A parábola usada em Hebreus tem que ver com a data e o contexto em que o livro foi escrito. Nunca usa o templo de Jerusalém em sua comparação, apesar de este templo ainda estar lá. Este era o templo para o qual os judeus cristãos estavam correndo o risco de retornar. Então o escritor usa o santuário que deixara de ser usado há mil anos como uma parábola para o templo ainda em uso. Sua argumentação é: o templo de Jerusalém não tem importância perante Deus; não voltem às práticas antigas do judaísmo; elas não têm valor perante Deus; um novo caminho está aberto perante nós.

          HÁ TRÊS MINISTÉRIOS NO SANTUÁRIO CELESTE:

                                
     ────                       
                 2º DIÁRIO          JULGAMENTO ANUAL
──────────────────────────────────────────────────────────────
Antes de iniciar     Intercessão       1844  
o "diário" -
apresentação do
Seu sacrifício


                LOCALIZAÇÃO OU COMPARTIMENTOS DO SANTUÁRIO:

          Quando comparamos o ministério de Cristo em Hebreus com o de Levítico, vemos Jesus como Sumo-sacerdote. Quando Jesus entra no lugar santo, inicia a segunda fase de Seu ministério (após a ascensão). A partir de 1844, quando entra no lugar santíssimo, dá início à terceira fase de Seu ministério.

          O PRIMEIRO MINISTÉRIO foi apresentar o sacrifício a Seu Pai. Ellen White descreve a ascensão de Jesus na linguagem do Salmo 24. Não recebe honra dos anjos e dos mundos não caídos que ali estão para recebê-LO, enquanto não apresenta Seu sangue ao Pai. O sacrifício foi suficiente, a raça humana foi redimida. O concerto eterno foi selado. Esta é a primeira fase do ministério de Cristo.






                                     A EXPIAÇÃO EM HEBREUS

          Há várias passagens, em termos de santuário terrestre, em Hebreus. Qual a função delas?

          FORD aceita a idéia de que, por ocasião da ascensão, Jesus iniciou o ministério equivalente ao dia da expiação do antigo Israel.

          MAS, É ESTE O USO EM HEBREUS?  NÃO! A maneira como se usa a expiação em Hebreus é a seguinte:

          a. Existe um sistema sacrifical usado no VT, mas todos os           sacrifícios juntos não podem se igualar ao sacrifício de      Cristo.

          b. O dia da expiação era o principal dia do sistema de       sacrifícios. Era o melhor que podia oferecer; mas não       era suficiente.

          c. A relação com o dia da expiação não tem que ver com TIPO    e ANTÍTIPO, mas SUPERIOR e INFERIOR. Portanto, não se             pode, no livro de Hebreus, usar TIPO e ANTÍTIPO.

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