Em
outubro de 1996 estreou, nos Estados Unidos, a série para televisão
"Millennium" de Chris Carter. Depois de explorar fenômenos
sobrenaturais em uma série produzida anteriormente, o produtor norte-americano
apresentou em "Millenium" sua versão do apocalipse. Carter afirmou,
ao comentar a sua nova série, que não "podemos explicar o que é o mal,
mas podemos descobrir o lado maligno do ser humano". Millenium atingiu a
extraordinária marca de 12 milhões de domicílios nos Estados Unidos,
explorando o medo do telespectador com cenas de um mundo violento e
assustador. Um mundo violento e assustador! É exatamente esse o tipo de mundo
em que vivemos. Um mundo em guerra. Não importa onde você viva, se em Buenos
Aires ou Rio de Janeiro, se nas alturas de La Paz ou no centro financeiro de
Montevidéu. Este é um mundo em guerra. Não se trata de uma guerra com tanques
e canhões. Não é o Oriente contra o Ocidente, nem comunismo versus
capitalismo. É uma batalha entre o bem e o mal; entre o que é certo e errado;
entre a verdade e a mentira. O lado assombroso de tudo é que esta guerra não
acontece no ar, na terra ou no mar. O campo de batalha é a mente e o coração
do ser humano. A batalha começou no Céu e foi transferida para a Terra. Em
Apocalipse capítulo 12, versos 7 a 9, diz: "Houve peleja no céu. Miguel
e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus
anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E
foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás,
o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus
anjos". A análise de como esta guerra envolveu o nosso planeta, ajudará
muito na compreensão do livro do Apocalipse. O registro histórico de tudo
está na Bíblia. No primeiro capítulo de Gênesis encontramos o relato da
criação de um mundo perfeito. No terceiro capítulo é descrito o início da
grande guerra neste planeta: a luta pela mente e o coração do ser humano; o
esforço do inimigo para destruir a lealdade do homem a Deus. Os pontos
críticos são os mesmos do inicio do pecado no céu: adoração e obediência.
Vejamos como a história começa em Gênesis 3 verso 1: "Mas a serpente,
mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito,
disse à mulher: É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do
jardim?" Nesse verso observamos a principal estratégia do inimigo. Ele
não se mostra como realmente é. Disfarça-se, esconde-se, finge, simula e
representa. A serpente era o animal mais belo da criação. Não era o bicho
nojento que hoje é. Ela se arrasta hoje como resultado da maldição que recaiu
sobre ela depois do pecado. Mas, antes disso, era um animal de tão
extraordinária beleza que Eva não tinha motivo para temer ou fugir. O inimigo
parecia amigo. Era uma companhia agradável. Foi desse modo na criação. Foi
também assim ao longo da história. E, com certeza, será de igual maneira em
nossos dias. A Bíblia afirma em I Pedro 5, verso 8 que: "... O diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para
devorar". E acrescenta em II Coríntios 11, versículo 14: "Satanás
se transforma em anjo de luz." Não pense você que se na grande batalha
dos séculos, ele quiser arregimentá-lo para seu exército, irá se apresentar
pelo verdadeiro nome. Não. Virá a você disfarçado de algo maravilhoso e
sedutor. Pode ser uma teoria bonita, uma filosofia deslumbrante, uma religião
fascinante, ou até um anjo de luz. O texto Bíblico declara também que o
inimigo não disfarça apenas a sua pessoa; disfarça também o seu propósito.
Ele não disse a Eva que estava ali para destruí-la e trazer desgraça às
gerações futuras. Simplesmente levou-a para o terreno da religião. Usou a
Palavra de Deus, entretanto, torceu-a e tentou muda-la. Vamos ler em Gênesis
3, verso 1 o que ele disse a Eva: ..."É assim que Deus disse: Não
comereis de toda árvore do jardim?" Deus não tinha dito isso. Mas o
inimigo faz uma leve mudança naquilo que Deus disse. Quase nada. Você percebe?
Ele é um diabo religioso. Aceita a Palavra de Deus. Não a nega; não luta
contra ela. Apenas a torce um pouquinho. O suficiente para criar
desconfiança. "Você não precisa ser radical! A palavra de Deus não pode
ser levada tão a sério! Vamos, Eva! Qual a diferença entre esta e as outras
árvores do jardim? Afinal, todas são árvores, você não acha? Meu amigo,
guarde bem este argumento, por que ele será repetido muitas vezes ao longo da
história. "A Palavra de Deus não precisa ser levada tão a sério".
"É necessário ter mente aberta". "Deus não pode estar
preocupado com detalhes tão insignificantes". Lembre-se: esses
argumentos serão muito usados ao aproximar-se o novo milênio. O passo
seguinte da serpente, depois de ter minado a confiança de Eva na Palavra de
Deus, foi levá-la ao terreno da desobediência. "Coma do fruto. Não tema.
Nada vai lhe acontecer. Comer um simples fruto não é algo moralmente errado.
Deus está tão ocupado com o vasto Universo, que não terá tempo para
preocupar-Se com um detalhe insignificante". Satanás centra a discussão
em torno do fruto. Aparentemente ele tem razão: aquele era um simples fruto.
Mas o que estava em jogo não era o fruto e sim a obediência. É muito fácil
para o ser humano distrair-se com exterioridade e esquecer a profunda
realidade das coisas que não se vêem. Na grande batalha dos séculos, o
inimigo repetirá a mesma estratégia. Levará a humanidade a pensar que Deus
não pode estar preocupado com "simples detalhes", esquecendo que, o
que realmente está em jogo não são "detalhes", mas a Adoração e a
obediência que só Deus merece. A obediência é importante para Deus porque o
ser humano é importante. Deus leva a sério a obediência porque Ele ama o ser
humano e conhece o estrago que a desobediência gera no caráter e nos
relacionamentos do homem. Mas o ser humano ficou entusiasmado diante da
possibilidade de tornar Deus descartável. Fascinou-lhe a idéia de ser ele o
seu próprio deus. Diz em Gênesis 3, verso 5: "... Se vos abrirão os
olhos - tinha dito o inimigo - e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do
mal." Esse é o início da tentativa do homem de romper o seu limite de
criatura e tornar-se Divino. E a história é a mesma hoje. Esta passagem
Bíblica, tão antiga quanto pareça ser, retrata o modo como age e pensa o
homem moderno. Deus passa a ser apenas um objeto de discussão e deixa de ser
o supremo comandante da vida. Nos países sul-americanos, como o nosso, 99% da
população dizem acreditar em Deus, mas apenas 59% leram alguma vez qualquer
passagem da Bíblia, e menos de 40% freqüentam regularmente uma igreja. Esse é
o tipo de Deus que a serpente queria: apenas um Deus de nome, com quem o
homem se relacionasse sem nenhum compromisso. Ao longo dos séculos, o inimigo
usou de diferentes instrumentos humanos para abalar a soberania Divina. Karl
Max, para quem a religião era "o ópio do povo"; Sigmund Freud, que
considerava a fé uma expressão da infantilidade; Charles Darwin, que buscou
as raízes da origem humana na figura ridícula de um suposto ancestral símil;
e Friedrich Niezche, que teve a ousadia de decretar a "morte de
Deus". E o que dizer do racionalismo, que levou o ser humano a endeusar
sua própria capacidade de filosofar ou da tecnologia, que envolve o homem com
tantas maravilhas como o computador, o telefone celular, os aviões a jato e
as viagens espaciais, fazendo-o concluir que Deus pode ser dispensável?
Precisa o homem buscar a Deus neste século de tanta tecnologia? Essa é a
grande pergunta que o ser humano faz a si mesmo. E fica confuso. Tão confuso,
que corre de um lado para outro tentando encontrar resposta. Vale a pena
adorar a Deus? É preciso prestar atenção na Bíblia? Pode um livro tão antigo
ter respostas para as inquietudes modernas? Realmente o inimigo conseguiu
desestabilizar a confiança do homem em Deus e, juntamente com estes dois
assuntos vitais - adoração e obediência - a serpente levantou um terceiro
ponto: "Não morrereis". "Deus disse que se vocês comessem
desta árvore certamente morreriam, mas não é verdade". - continuou a
serpente - "A morte não é o fim da existência; é apenas a passagem para
outro tipo de vida. Você pode se reencarnar depois de morto. Ou pode chamar
os espíritos dos mortos e conversar com eles." Não são idéias
fascinantes? Sim, meu amigo, este é um mundo em guerra. Há duas forças
tentando conquistar o coração humano. Deus disse: "morrereis". O
diabo afirmou: "não morrereis". Deus aconselhou: "não
comais". O diabo contradisse: "se comerdes, sereis como Deus".
Existem duas forças e você está no meio. Seu coração e sua mente são o
objetivo final de ambos os comandantes. A guerra começou no céu e foi
transladada para a Terra; e, queiramos ou não, você e eu estamos envolvidos.
Não há como fugir dela. Não há como manter-se indiferente. Precisamos
colocar-nos de um lado ou de outro. Este é o grande desafio que o Apocalipse
apresenta. No momento em que vivemos precisamos tomar uma decisão urgente e
sábia. Qual será a sua?
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sexta-feira, 15 de novembro de 2013
A GUERRA DO MAL CONTRA O BEM
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