LEVÍTICO
Esboço do livro - duas partes:
a. Sacrifícios b. Leis
JUSTIFICAÇÃO
SANTIFICAÇÃO
v. 16: dia da expiação
(centro)
11-15: Purificação 17-19,22:
diversas leis
8-10: evento histórico:
20-21: requisitos para
instalação sacerdócio
sacerdotes - como
devem ser.
7: procedimento do 23:
festas
sacerdote ao oferecer 25: sábados e jubileus
sacrifícios
5b-6: ofertas p/ culpa
26: bênçãos e maldições
4-5a: ofertas p/ pecado
1-3: sacrifícios 27:
resposta do povo:
especiais voto
Lev. 16:16 - tudo o que foi exposto
anteriormente é tratado no dia da expiação.
Cap. 15:31 - Sumário do capítulo -
impureza que contamina, profana, o lugar da presença de Deus.
Os eruditos, examinando a segunda
parte do livro de Levítico, que é constituída basicamente por leis,
deram-lhe um nome especial: CÓDIGO DE
SANTIDADE, porque a motivação para a guarda destas leis é dada dentro das
próprias leis. Por exemplo: Levítico 19:2 - nós servimos a um Deus santo,
portanto nós devemos viver uma vida santa para Ele. E esta é a razão pela qual
chamamos esta parte do livro de CÓDIGO DE SANTIDADE, porque a motivação para a guarda
destas leis é dada nas próprias leis. "Sereis santo, porque Eu sou
santo", portanto, se servimos a um Deus santo, devemos viver uma vida
santa. E este ainda é um bom motivo
hoje. Não é dito para obedecer a estas leis para obter a vida eterna; a santidade
de Deus, diante de Quem estamos, é a motivação para viver uma vida santa. Em
Teologia isto é chamado de SANTIFICAÇÃO, daí o nome CÓDIGO DE SANTIDADE.
Reconsiderando a primeira seção do
livro: temos os sacrifícios que são apresentados, e os sacrifícios que devem
trazer esta expiação dos pecados.
Levítico 4:20 - dois pontos a serem
considerados:
a. a expiação terá sido feita;
b. por causa desta expiação o
indivíduo recebeu o perdão.
Quando falamos sobre a expiação e o
perdão que esta expiação traz, chamamos a esta experiência de JUSTIFICAÇÃO. A
primeira metade do livro de Levítico trata da justificação e a segunda metade
trata da SANTIFICAÇÃO. Novamente vemos este equilíbrio na vida espiritual. Não
é só justificação nem só santificação; existe um equilíbrio perfeito entre os
dois. Podemos chamar a este equilíbrio de EVANGELHO NO LIVRO DE LEVÍTICO. O
livro de Levítico está ensinando o Evangelho através destas duas seções.
O clímax deste esboço, o centro do
livro, é o DIA DA EXPIAÇÃO. Por que o dia da expiação se encontra neste ponto?
O clímax de todo o sistema de sacrifícios aponta para este dia da expiação. O
tratamento preliminar para o pecado e o tratamento preliminar para a impureza,
agora encontra o seu tratamento final e amplo neste dia, portanto, toda a
primeira parte do livro aponta para este clímax do dia da expiação. Mas o que
acontece no dia da expiação? Quando o dia chega, e o
serviço tem lugar, há um resultado em relação ao povo: eles foram totalmente
purificados de sua impureza de qualquer registro de pecado - é o povo
totalmente puro, e este povo, foi preparado desta forma para viver para Deus desta forma. Portanto,
aí está o ponto de transição do livro. O povo doi purificado daquilo que se
menciona na primeira parte para viver segundo as orientações de Deus que se
encontram na segunda parte. Isto traz à tona o devido relacionamento entre a
justificação e a santificação. A pessoa está tão agradecida por haver sido
justificada (purificada) que agora está disposta a viver o tipo de vida que se
apresenta na
outra
metade do livro.
Capítulo
4
Excetuando-se o capítulo 16, este é o
capítulo mais importante do livro de Levítico.
I. O tema aqui é sobre as ofertas pelo
pecado. Neste capítulo é importante que se aprenda o termo Hebraico Hatat. Esta
é a palavra "pecado" e também a palavra para "ofertas pelo
pecado". Portanto, a palavra representa os dois sentidos. Há seis ou sete
palavras para pecado, e cada uma destas palavras tem a sua conotação especial.
Hatta't tem o significado de "errar o alvo", "sair dos
trilhos" (em Grego temos Hamartia, que também tem o mesmo significado).
Em Levítico 4 temos quatro diferentes
grupos de pessoas (o tema da oferta pelo pecado está relacionado com estas
quatro categorias):
1. Sacerdotes - v. 1
2. Congregação e todo o povo - v. 13
3. Dirigentes - v. 22
4. Indivíduos - v. 27
Considerando o conteúdo das passagens:
v. 2 - fala sobre determinado tipo de
pecado (por ignorância) e o pecado destas quatro categorias é deste tipo.
Exemplo do sacerdote: traz um novilho
(v. 4), põe sua mão sobre a cabeça do novilho, o que significa basicamente a
transferência do pecado do sacerdote para o animal. Notar que quem mata o
animal é o próprio sacerdote. O outro sacerdote que ministra toma o sangue do
animal imolado numa bacia, vai para dentro do santuário, esparge parte deste
sangue sobre o véu por sete vezes, coloca parte do sangue sobre o altar e,
finalmente, toma o sangue, sai para o pátio e coloca este sangue na base do
altar de oferta.
Portanto, ele coloca o sangue em três
lugares distintos:
a. O sangue que é colocado sobre o véu
é destinado em realidade ao lugar Santíssimo, mas neste dia o sacerdote não tem
permissão de ir até o santíssimo. Portanto, ao ele espargir o sangue diante do
véu, ele está de fato espargindo junto ao SENHOR, cuja presença está no lugar
santíssimo.
b. Quando ele coloca o sangue sobre o
altar de incenso, está fazendo pelo lugar santo.
c. Ao colocar na base do altar de
holocausto, está fazendo em relação ao pátio.
Então pega uma parte deste animal que
foi sacrificado e o queima sobre o altar de sacrifícios, o resto do animal é
levado fora, onde será queimado.
O que se faz nos três casos que se
sucedem é essencialmente o mesmo, com uma exceção: no caso dos príncipes e dos
indivíduos, o sangue não é levado para o santuário. No caso do sacerdote (e
também da congregação) o sangue vai até dentro do santuário, mas nos dois
últimos casos o sangue não é usado no santuário, mas somente no pátio externo
do santuário.
PERGUNTA: Nos dois primeiros casos o
sangue vai para dentro do santuário, um registro de pecado, mas se o sangue não
é colocado dentro nos dois últimos casos, significaria que não há registro do
pecado destas ofertas que foram feitas pelos príncipes e indivíduos? A resposta
é: NÃO! Porque há uma outra maneira em que o pecado será registrado no
santuário (cf. Lev. 6:24 ss - instruções sobre como tratar com o pecado).
v. 26 - o sacerdote oficiante deve
comer a oferta no lugar santo.
Há uma aparente contradição, pois no
capítulo 4 não há registro para se comer a carne do animal; mas a explanação é
dada no capítulo 6:29-30 - notar a diferença: se o sangue do animal fosse
usado, o sacerdote não deveria comer deste sacrifício cujo sangue foi usado no
santuário; mas se o sangue do animal não fosse usado no santuário, o sacerdote
deveria comer deste sacrifício. Então, o comer da carne do animal sacrificado
pelo pecado do pecador, significa que o próprio sacerdote está tomando sobre si
o registro do pecado, assim, quando o sacerdote entra no santuário está
carregando o registro do pecado sobre si mesmo. Portanto, consideramos esta
entrada do pecado através do comer do sacrifício. Em todos os quatro casos há
um registro do pecado dentro do santuário. A única diferença é que este
registro penetra no santuário de forma diferente.
II. Oferta pela culpa - ASHAM
Esta é uma espécie de oferta pelo pecado que é cometido voluntariamente,
e não por ignorância. É dada uma lista de pecados que são representados por
este pecado de culpa. Novamente encontramos quatro grupos, mas não grupos de
pessoas e, sim, grupos de pecados:
a. 5:1-4 - dois tipos de pecados:
. testemunhar falsamente e juramento não cumprido;
. pecado de impureza.
b. v. 14 - voto a Deus de fazer alguma
coisa e não faz.
c. v. 17 - pecado mais abrangente - se
há um mandamento vindo do Senhor e este não é cumprido, a
pessoa se
torna culpada.
d. 6:1-4 - longa lista de pecados.
O que fazer por esses pecados considerados
voluntários? Vejamos como o sacrifício do animal era oferecido:
Cap. 5:6 - a oferta é trazida ao
sacerdote e este faz expiação pelo pecador (vv. 10, 12-13), mas em nenhum
desses casos há sangue que entre no santuário, não há registro de pecado dentro
do santuário.
Há uma exceção: de alguma forma há um
registro, mesmo que o sangue não seja levado até dentro do santuário.
Encontramos isto no capítulo 7:1, onde trata da oferta pelo pecado de culpa. Em
cada caso há duas partes: uma parte diz como o pecado deve ser tratado e na
outra diz como o sacerdote deve manusear este sacrifício (vv. 6-7 diz que a
oferta pela culpa deve ser comida pelo sacerdote no lugar santo). Seja qual a
forma em que este registro é feito, através do sangue ou da carne do animal,
tudo representa um registro do pecado.
III. Oferta Queimada
Esta oferta, mesmo tendo sido trazida de forma diferente, é parte de
todo o sistema, mesmo que nem o sangue ou a carne entrassem no lugar santo.
Capítulo 1 - subdivisão das ofertas
queimadas:
a. Regulares;
b. Especiais ou individuais.
Em Levítico 1 trata da oferta queimada
especial ou individual:
v. 4 - o indivíduo que traz a oferta
coloca a mão sobre a cabeça do holocausto e depois imola o animal (v. 5).
Três coisas a serem notadas:
a. o pecador coloca a sua mão sobre a
cabeça do animal;
b. o próprio pecador imola o animal;
c. este fato faz expiação pelo
pecador.
Após esses três passos, o sacerdote é
quem vai lidar com o sacrifício. Ele usa parte do sangue junto ao altar e o
resto será queimado sobre o altar. Neste caso, nem carne nem sangue vão para
dentro do santuário. Mas, em realidade, é tratado e compreendido da mesma
forma, porque também neste caso existe a expiação.
5:10 - o homem pobre traz pombas ou
rolas - um é queimado e o sangue é usado e, no outro caso, o sacrifício é
queimado.
v. 13 - a oferta que é queimada também
exerce a função expiatória.
Podemos dizer que em I e II, pecados
especiais estavam sendo tratados, mas há também uma oferta pelo pecado de um
modo amplo e o tempo mais apropriado para esta oferta era orar por perdão no
momento do sacrifício da manhã e da tarde. Ellen G. White diz a mesma coisa,
que não deveríamos nos deitar sem antes ter confessado os pecados a Deus. Há um
tempo apropriado para isto e, no tempo do Israel antigo, também havia um tempo
especial para isto, através das ofertas queimadas regulares. Portanto, devemos
considerar com cuidado estas ofertas queimadas regulares como uma oferta geral
que cuida de todos os tipos de pecados em geral. Poderíamos dizer que estes
pecados não são registrados no santuário, mas estes pecados são considerados
como parte de todo o sistema.
16:16 - o que o sangue do bode cumpre
no dia da expiação? Este sangue trata de toda impureza, de todo pecado, de todo
tipo de problema. Isto inclui as confissões deste sacrifício queimado e também
o sacrifício pela culpa e a oferta pelo pecado. Isto é a purificação final de
tudo isto. Em muitos casos existe o registro específico destes pecados sendo
levados ao santuário, mas em alguns casos não há a explicação do registro
específico, mas ainda é considerado como tendo sido registrado no santuário.
Lev. 4:20 - Quando o Israelita era de
fato perdoado?
a. quando se tira a gordura da oferta
e queima - v. 26;
b. Idem - v. 31;
c. Idem - v. 35 - posteriormente será
tratado com este pecado, no dia da expiação.
O Israelita, portanto, era perdoado
quando a oferta era oferecida.
O que significa o colocar das mãos
sobre a cabeça do animal?
Lev. 1:4 - caso da oferta queimada -
pecador coloca a mão.
Lev. 4:4 - oferta pelo pecado - o
pecador coloca a mão.
O mesmo é dito sobre a oferta pela
culpa.
Exemplos de transferência de pecado:
Lev. 10:16 - caso de quando Moisés
estava irado com os filhos de Arão, porque eles não haviam oferecido a oferta
de modo apropriado. Por que estava Moisés tão irado com eles? Seria isto
simplesmente um caso de eles não terem seguido as instruções? É mais do que
isto. Ao eles não terem seguido as instruções não cumpriram o que a oferta
deveria ter cumprido.
Lev. 10:17 - não comeram a oferta no
lugar santo - o pecado não foi transferido porque não comeram a carne, assim o
pecado não foi levado para o santuário.
Lev. 16:21 - caso do bode emissário -
as mãos de Arão são colocadas sobre a cabeça do bode - ele leva as iniqüidades
do povo. Ao Arão confessar os pecados sobre a cabeça do animal os pecados são
transferidos.
Lev. 24:14 - caso de um homem no
acampamento que blasfemou o nome de Deus - deveria ser apedrejado - todas as
testemunhas que ouviram a blasfêmia colocam a mão sobre a cabeça daquele homem,
identificando o pecado com o pecador.
Números 8:10 - quando os Israelitas
deixaram o Egito, o primogênito de cada família era aceito por Deus de maneira
especial, pois foram salvos da última praga e foram consagrados para o
sacerdócio. Mas houve uma mudança de planos: os levitas foram colocados no
lugar dos primogênitos. A transferência foi feita convocando-se todos os filhos
de Israel, que colocam suas mãos sobre a tribo dos levitas, assim expressando
esta transferência de autoridade ou de posição. O direito dos primogênitos foi
assim transferido para os levitas.
Números 18:1 - expressa a mesma coisa
de Levítico 10 - o sacerdote leva a iniqüidade.
Número 27 - outro caso de
transferência - ritual de imposição de mãos - poder e posição são transferidos
de Moisés para Josué.
Levítico 16 -
DIA DA EXPIAÇÃO
Três ofertas, além das ofertas da
manhã e da tarde:
a. Oferta do novilho pelo pecado do
sacerdote - vv. 11 e 14 apresentam como se lidava com o sangue: era
levado ao lugar santíssimo. O sacerdote deveria ser aceito por Deus para poder
ministrar em favor do povo.
b. Dois bodes (lançava-se sorte)
O sangue do bode para o SENHOR é levado para dentro do santuário, é
espargido sobre o propiciatório e perante a face do propiciatório, também sobre
as pontas do altar por sete vezes (altar de sacrifício no pátio); a expiação
também é feita pelo altar de incenso (v. 18). Assim o santuário é expiado em
relação ao santíssimo, ao lugar santo e ao pátio. Duas coisas importantes são
cumpridas:
b.1. ele tratou de todas as
transgressões de Israel; e
b.2. de todas as impurezas.
O sangue é espargido sobre o
propiciatório, que é como uma tampa que significa o trono de Deus sobre a
terra. Portanto, este sangue é espargido diretamente a Deus, distinto de
qualquer outro momento durante o ano. Mas se o propiciatório fosse levado para
outro lugar, onde o sangue cairia? O que era colocado dentro da arca? Os Dez
Mandamentos. Portanto, o significado real do sangue espargido sobre o
propiciatório é que o sangue é espargido sobre a lei que é quebrada. Deus
aceita este sangue assim como aceitou o sangue de Cristo na cruz.
Duas funções do sangue no antigo
Israel:
1. contaminar;
2. purificar.
Durante o ano o sangue é manejado de
fora para dentro, contaminado o santuário, mas no dia da expiação é manejado de
dentro para fora, purificando o santuário.
No dia da expiação, os pecados recebem
o seu tratamento final, até mesmo os registros do pecado são removidos.
BODE PARA AZAZEL (EMISSÁRIO)
Aparentemente representa um ser oposto
a Deus - um bode é escolhido para o Senhor e o outro é escolhido para Azazel,
portanto, há um contraste entre ambos e aquilo que representam. Um é o
verdadeiro Deus e o outro é oposto a Deus, um tipo de poder demoníaco. A idéia
de que Azazel representa Satanás não é uma idéia original dos ASD. No livro de
I Enoque (2º séc. AC) há uma lista de anjos, que recebem muitos nomes, que são
dados aos anjos bons e aos maus; entre os anjos maus está o nome de Azazel.
Portanto, em tempos pré-cristãos, Azazel foi identificado com um poder
demoníaco.
Notar que este bode não é imolado, não
há sangue usado no ritual.
Lev. 4, 5 - quando o indivíduo
confessa e imola o animal, há expiação, mas se não há derramamento de sangue
não há expiação.
Lev. 17:11 - a vida da carne está no
sangue - o propósito do sangue é dar perdão.
O fato de Azazel não ter sido imolado
significa que não há perdão neste caso.
c. Lev. 16:24 - oferta queimada pelo
sacerdote e pelo povo. Serve para reiniciar todo o
ritual diário - tratar do pecado de todo indivíduo cometido naquele dia
(expiação) e que não tenha sido confessado antes.
Um tipo de pecado que não encontrava
perdão no sistema típico de Levítico:
Núm. 15:30-31 - pecado de mão
levantada - este é o tipo de pecado que não encontra o perdão, pecado de
rebelião. É uma pessoa que não tem nem mesmo o desejo de perdão. Este é o
último grupo de pessoas em que o pecado era tratado diferentemente.
Duas maneiras pelas quais o pecado
podia entrar no santuário:
1. os pecados que poderiam contaminar
o santuário, o registro destes pecados no santuário;
2. através das impurezas, em várias
formas - contaminação pelas impurezas - Lev. 15:31; 21:12,23; 20:3; Salmo 79:1;
74:7; Jer. 2:7; 7:30; 32:34; Ezq. 9:7; 23:39; Mal. 2:11; Sof. 3:4. Estes textos
apresentam sete condições em que o santuário pode ser contaminado:
a. por um homem impuro (leproso, etc);
b. o sacerdote que não está em condições
de oficiar, mas que entra no santuário para servir;
c. cadáveres na área do templo (ex.:
guerra);
d. conquistador inimigo que entra na
área do templo;
e. colocação de um ídolo na área do
templo;
f. adoração de um ídolo pagão na área
do templo;
g. sacrifício humano, especialmente de
crianças, ao deus Moloque (vale de Hinon), mesmo sendo feito
fora da área do templo, contaminá-lo-ia.
Isto estabelece um pano de fundo para
Daniel 8 - o que contamina o santuário? Os pecados dos justos ou a obra da
ponta pequena? Ambos contaminam.
Lev. 16:16 - no dia da expiação se
tratava dos pecados e impurezas. Não era possível tratar de um sem tratar do
outro.
Dois aspectos da obra realizada no
santuário: Salvação e julgamento.
O julgamento de 1844 não é o único
julgamento realizado no templo. Há um bom número de julgamentos mencionados no
VT, que advinham do tabernáculo no deserto, do templo em Jerusalém e do templo
no céu.
Juízos no Antigo Testamento - numa
escala menor:
Há vinte e seis destes mini-juízos:
I. Juízos do tabernáculo no deserto:
A. Desfavoráveis (negativos)
1. Imediatamente fatais
a. Nadabe e Abiú (Lev. 10 - o verso 4 dá a
idéia de que o juízo saiu do santuário).
b. Coré, Datã e Abirão (Números 16) -
tomaram o incensário, colocaram-se à porta do tabernáculo; a glória de Deus apareceu - houve juízo
contra os rebeldes. As situações de Nadabe
e Abiú, Coré, Datã e Abirão, são os únicos
casos (imediatamente fatais) em que os juízos
foram identificados especificamente como emitindo-se
diretamente do santuário.
2. Sentenças retardadas:
a. Números 14 - casos dos espias -
incredulidade - por este fato tiveram que vaguear por
40 anos no deserto,
até surgir uma nova geração.
b. Números 20 - caso de Moisés, que deveria
falar à rocha - por isto não entrou na terra prometida - o texto
não declara especificamente que
a sentença sobre Moisés veio do tabernáculo,
mas é uma possibilidade.
3. Uma sentença menor:
a. Números 12 - rebelião de Miriã e Aarão
contra Moisés - Miriã expulsa do acampamento 7 dias.
B. Favoráveis (positivos)
1. Com respeito à função:
a. Números 11 - distribuição
de responsabilidades com os setenta anciãos.
b. Números 17 -
florescimento da vara de Aarão - confirmação como Sumo-sacerdote.
2. Juízo com respeito à terra:
a. Números 27 - filhas de
Zelofehad
II. Juízos do templo celestial:
A. Nos Salmos:
1. Salmo 11
2. Salmo 14
3. Salmo 29
4. Salmo 53
5. Salmo 76 - conexão entre o templo terrestre
e celestial
6. Salmo 102 - Teodicéia
7. Salmo 103 - Salmo de gratidão
B. Nos profetas:
1. Miquéias 1
2. I Reis 22 - caso de Acabe - profeta Micaías
III. Juízos desde o templo terrestre:
A. Nos Salmos:
1. Salmo 9 - julgamento
contra o inimigo
2. Salmo 50 - Teofania -
Deus vem de Sião para julgar Seu povo
3. Salmo 60 - contra Edom -
juízo contra o inimigo
4. Salmo 73 - Salmo de
Sabedoria - exame da justiça de Deus e problema da
prosperidade do ímpio.
5. Salmo 99 - salmo de
entronização - do trono Deus executa juízo.
B. Nos profetas:
1. Isaías 6
2. Isaías 18
3. Amós 1
4. Joel 2 e 3
5. Malaquias 3
6. Ezequiel 1-10
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