Exposição Geral do Tema
Iniciando com os patriarcas temos, em primeiro
lugar, os altares e os sacrifícios que foram iniciados logo após a queda, até
que chegamos a Moisés, quando então o tabernáculo é construído. E, para o nosso
propósito, os livros que consideramos são Gênesis, para os patriarcas, Êxodo,
para Moisés, que nos fala sobre a construção do santuário, e Levítico, que
revela a função do santuário e tudo o que acontecia no santuário. A próxima
fase vem com o templo já construído, no tempo de Salomão (I Reis 6-8 -
construção do templo). Como se sabe, este templo durou 4 séculos, quando foi
destruído por Nabucodonozor. Um dos aspectos desta destruição é a profecia de
Ezequiel, que já olhava para o tempo de sua reconstrução e, no outro lado deste
evento histórico da destruição, temos a profecia de Zacarias, que foi chamado
ao ministério profético para estimular o povo a reconstruir o templo. O
primeiro templo é conhecido como o templo de Salomão e o próximo templo,
reconstruído, chamado também de templo herodiano. A razão de ser assim chamado
é que, após 5 séculos de sua reconstrução, o mesmo encontrava-se em grande
necessidade de manutenção, o que foi feito por Herodes, mas foi simplesmente
uma remodelação. Foi a este templo que Jesus veio (isto será considerado no
Evangelho de João), quando então morreu como um sacrifício, cumprindo todos os
sacrifícios anteriores. Em essência, portanto, a razão de ser do templo
terrestre terminou na morte de Cristo; teologicamente, já não exercia qualquer
função. Fisicamente o templo veio ao fim quando destruído pelos romanos em 70
AD.
No tempo intermediário, depois de Sua
ressurreição, Cristo subiu ao Céu e iniciou Seu trabalho no santuário
celestial. Isto é o que nos relata o livro de Hebreus - Jesus, nosso grande
Sumo-sacerdote, que sempre viveu para interceder por nós. Este trabalho de
intercessão é a primeira fase de Seu trabalho no Santuário celestial. Em 1844
atingimos a segunda fase, especialmente do julgamento de que falam os livros de
Daniel e Apocalipse. Isto é um esboço geral do trabalho no santuário terrestre,
que foi então sucedido pelo trabalho no santuário celestial. Esta é uma grande
transição, a qual foi profetizada em Daniel 9, onde fala sobre a reconstrução
do templo terrestre, em primeiro lugar, a seguir da destruição deste templo
terrestre e então da unção do santuário celestial. Hoje, se queremos obter
salvação, vamos, pela fé, diretamente ao Sumo-sacerdote que está neste
santuário celestial. No sistema do VT, se alguém queria salvação, ia ao templo
e oferecia sacrifício. Consideremos um exemplo: um indivíduo que vivia do outro
lado do Jordão, que foi impressionado com o conhecimento do verdadeiro Deus,
pelo seu contato com os Israelitas, como poderia ser salvo? Que programa teria
Deus, neste mundo, para salvá-lo? A resposta é: ele deveria ir ao templo em
Jerusalém, oferecer seu sacrifício nesse templo e, assim fazendo, ele entrava
em concerto com o verdadeiro Deus. Este é o plano vétero-testamentário da
salvação. Isto não significa que, ao mesmo tempo, houvesse um santuário
celestial. Temos um número importante de passagens no VT que indica que as
pessoas entendiam que existia um santuário celestial, que o que acontecia no
santuário terrestre e celestial era o mesmo, ou seja, era um só ministério.
Este é o esboço geral sobre a obra no santuário e, agora, preencheremos este
esboço. Consideraremos os livros de Gênesis, Levítico, Sacarias, João (na vida
e morte de Cristo), e, finalmente, os livros de Hebreus e Apocalipse.
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