SERMÃO DO MONTE - REPUDIAR A SUA MULHER
REPUDIAR A SUA MULHER
1.
"É lícito ao homem
repudiar sua mulher?" Mat. 19:3.
2.
3.
Entre os judeus era
permitido ao homem repudiar sua mulher pelas mais triviais ofensas, e a mulher
se achava então em liberdade de casar outra vez. Este costume levava a grande
infelicidade e pecado.
4.
No Sermão do Monte, Jesus
declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não
ser por infidelidade do voto conjugal. "Qualquer", disse Ele,
"que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela
cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério."
Mat. 5:32.
5.
Quando, posteriormente, os
fariseus O interrogaram acerca da legalidade do divórcio, Jesus apontou a Seus
ouvintes a antiga instituição do casamento, segundo foi ordenada na criação.
"Moisés", disse Ele, "por causa da dureza do vosso coração, vos
permitiu repudiar vossa mulher; mas, no princípio, não foi assim." Mat.
19:8.
6.
Ele lhes chamou a atenção
para os abençoados dias do Éden, quando Deus declarou tudo "muito
bom". Gên. 1:31. Então tiveram origem o casamento e o sábado, instituições
gêmeas para a glória de Deus no benefício da humanidade.
7.
Então, ao unir o Criador as
mãos do santo par em matrimônio, dizendo: Um homem "deixará... o seu pai e
a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gên.
2:24), enunciou a lei do matrimônio para todos os filhos de Adão, até ao fim do
tempo.
8.
Aquilo que o próprio Pai
Eterno declarou bom, era a lei da mais elevada bênção e desenvolvimento para o
homem.
9.
Como todas as outras boas
dádivas de Deus concedidas para a conservação da humanidade, o casamento foi
pervertido pelo pecado; mas é o desígnio do evangelho restituir-lhe a pureza e
a beleza.
10.Tanto
no Antigo como no Novo Testamentos, a relação matrimonial é empregada para
representar a terna e sagrada união existente entre Cristo e Seu povo, os
remidos a quem Ele comprou a preço do Calvário. "Não temas", diz Ele;
"porque o teu Criador é o teu marido; Senhor dos Exércitos é o Seu nome; e
o Santo de Israel é o teu Redentor." Isa. 54:4 e 5. "Convertei-vos, ó
filhos rebeldes, diz o Senhor; porque Eu vos desposarei." Jer. 3:14.
11.No
Cântico dos Cânticos ouvimos a voz da esposa, dizendo: "O meu Amado é meu,
e eu sou dele." Cant. 2:16. E Aquele que é para ela "o mais
distinguido entre dez mil" (Cant. 5:10), fala a Sua escolhida: "Tu és
toda formosa, amiga Minha, e em ti não há mancha." Cant. 4:7.
12.Posteriormente
Paulo, o apóstolo, escrevendo aos cristãos efésios, declara que o Senhor
constituiu o marido a cabeça da mulher, para ser-lhe protetor, o elo que liga
os membros da família, da mesma maneira que Cristo é a cabeça da igreja, e o
Salvador do corpo místico.
13.Portanto
Ele diz: "Assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as
mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. Vós, maridos, amai vossa mulher,
como também Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela, para a
santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a
apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a sua
própria mulher." Efés. 5:24-28.
14.A graça
de Cristo, e ela somente, pode tornar essa instituição o que Deus designou que
fosse: um meio para a bênção e reerguimento da humanidade. E assim as famílias
da Terra, em sua união, paz e amor, podem representar a família do Céu.
15.Hoje,
como nos dias de Cristo, a condição da sociedade apresenta triste quadro do
ideal celeste dessa sagrada relação. No entanto, mesmo para os que depararam
com amargura e desengano quando haviam esperado companheirismo e alegria, o
evangelho de Cristo oferece um consolo. A paciência e a gentileza que Seu
Espírito pode comunicar, suavizará a condição de amargura.
16.O
coração em que Cristo habitar, estará tão repleto, tão satisfeito com Seu amor,
que se não consumirá no desejo de atrair simpatia e atenção para si próprio. E
pela entrega da alma a Deus, Sua sabedoria pode realizar o que a sabedoria
humana deixa de fazer.
17.Por
meio da revelação de Sua graça, os corações que uma vez estiveram indiferentes
ou desafeiçoados podem ser unidos em laços mais firmes e mais duradouros que os
da Terra - os áureos laços do amor que suportará o calor da provação.
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