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terça-feira, 12 de novembro de 2013

SERMÃO DO MONTE - REPUDIAR A SUA MULHER



REPUDIAR A SUA MULHER

1.   "É lícito ao homem repudiar sua mulher?" Mat. 19:3.

2.    

3.   Entre os judeus era permitido ao homem repudiar sua mulher pelas mais triviais ofensas, e a mulher se achava então em liberdade de casar outra vez. Este costume levava a grande infelicidade e pecado.

4.   No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal. "Qualquer", disse Ele, "que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério." Mat. 5:32.

5.   Quando, posteriormente, os fariseus O interrogaram acerca da legalidade do divórcio, Jesus apontou a Seus ouvintes a antiga instituição do casamento, segundo foi ordenada na criação. "Moisés", disse Ele, "por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, no princípio, não foi assim." Mat. 19:8.

6.   Ele lhes chamou a atenção para os abençoados dias do Éden, quando Deus declarou tudo "muito bom". Gên. 1:31. Então tiveram origem o casamento e o sábado, instituições gêmeas para a glória de Deus no benefício da humanidade.

7.   Então, ao unir o Criador as mãos do santo par em matrimônio, dizendo: Um homem "deixará... o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gên. 2:24), enunciou a lei do matrimônio para todos os filhos de Adão, até ao fim do tempo.

8.   Aquilo que o próprio Pai Eterno declarou bom, era a lei da mais elevada bênção e desenvolvimento para o homem.

9.   Como todas as outras boas dádivas de Deus concedidas para a conservação da humanidade, o casamento foi pervertido pelo pecado; mas é o desígnio do evangelho restituir-lhe a pureza e a beleza.

10.Tanto no Antigo como no Novo Testamentos, a relação matrimonial é empregada para representar a terna e sagrada união existente entre Cristo e Seu povo, os remidos a quem Ele comprou a preço do Calvário. "Não temas", diz Ele; "porque o teu Criador é o teu marido; Senhor dos Exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor." Isa. 54:4 e 5. "Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o Senhor; porque Eu vos desposarei." Jer. 3:14.

11.No Cântico dos Cânticos ouvimos a voz da esposa, dizendo: "O meu Amado é meu, e eu sou dele." Cant. 2:16. E Aquele que é para ela "o mais distinguido entre dez mil" (Cant. 5:10), fala a Sua escolhida: "Tu és toda formosa, amiga Minha, e em ti não há mancha." Cant. 4:7.

12.Posteriormente Paulo, o apóstolo, escrevendo aos cristãos efésios, declara que o Senhor constituiu o marido a cabeça da mulher, para ser-lhe protetor, o elo que liga os membros da família, da mesma maneira que Cristo é a cabeça da igreja, e o Salvador do corpo místico.

13.Portanto Ele diz: "Assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher." Efés. 5:24-28.

14.A graça de Cristo, e ela somente, pode tornar essa instituição o que Deus designou que fosse: um meio para a bênção e reerguimento da humanidade. E assim as famílias da Terra, em sua união, paz e amor, podem representar a família do Céu.

15.Hoje, como nos dias de Cristo, a condição da sociedade apresenta triste quadro do ideal celeste dessa sagrada relação. No entanto, mesmo para os que depararam com amargura e desengano quando haviam esperado companheirismo e alegria, o evangelho de Cristo oferece um consolo. A paciência e a gentileza que Seu Espírito pode comunicar, suavizará a condição de amargura.

16.O coração em que Cristo habitar, estará tão repleto, tão satisfeito com Seu amor, que se não consumirá no desejo de atrair simpatia e atenção para si próprio. E pela entrega da alma a Deus, Sua sabedoria pode realizar o que a sabedoria humana deixa de fazer.

17.Por meio da revelação de Sua graça, os corações que uma vez estiveram indiferentes ou desafeiçoados podem ser unidos em laços mais firmes e mais duradouros que os da Terra - os áureos laços do amor que suportará o calor da provação.

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