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terça-feira, 12 de novembro de 2013

SERMÃO DA MONTANHA - CONDUTA CRISTÂ



1.   "Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz." Mat. 6:22.



2.   Sinceridade de propósito, inteira devoção a Deus, eis a condição indicada pelas palavras de nosso Salvador. Seja o desígnio de descobrir a verdade e obedecer-lhe custe o que custar, sincero e inabalável, e haveis de receber divina iluminação. A verdadeira piedade começa quando termina toda transigência com o pecado. Então a linguagem do coração será a do apóstolo Paulo: "Uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Filip. 3:13 e 14. "Tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo."  Filip. 3:8.


3.   Mas quando os olhos se acham cegados pelo amor do próprio eu, não há senão trevas. "Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso." Mat. 6:23. Era essa terrível cegueira que envolvia os judeus em obstinada incredulidade,



4.   tornando-lhes impossível apreciarem o caráter e a missão dAquele que viera salvá-los de seus pecados.


5.   O ceder à tentação começa ao permitirdes que a mente vacile, seja inconstante na confiança em Deus. Se não preferirmos entregar-nos inteiramente a Deus, achamo-nos então em trevas. Quando fazemos qualquer reserva, deixamos aberta uma porta pela qual Satanás pode entrar para nos extraviar com suas tentações. Ele sabe que, se nos puder obscurecer a visão de maneira que os olhos da fé não possam ver a Deus, não haverá barreira contra o pecado.


6.   A predominância de um desejo pecaminoso revela a ilusão da alma. Cada condescendência com aquele desejo, avigora a aversão da alma para com Deus. Ao seguirmos a senda escolhida por Satanás, encontramo-nos envolvidos pelas sombras do mal, e cada passo leva a uma treva mais densa e aumenta a cegueira do coração.


7.   A mesma lei que rege o mundo natural, domina o espiritual. Aquele que permanece nas trevas perderá por fim a faculdade da visão. Fica encerrado por trevas mais profundas que as da meia-noite; e para ele o mais luminoso meio-dia não pode trazer qualquer luz. "Anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos." I João 2:11. Nutrindo persistentemente o mal, desatendendo voluntariamente as súplicas do divino amor, perde o pecador o amor do bem, o desejo em torno de Deus, a própria capacidade de receber a luz do Céu. O convite da misericórdia ainda é cheio de amor, a luz brilha ainda tão resplandecente como quando raiou a princípio em sua alma; mas a voz cai em ouvidos moucos, a luz em olhos cegos.



8.Alma alguma é abandonada por Deus, entregue a seus próprios caminhos, enquanto houver qualquer raio de esperança quanto a sua salvação. "O homem se desvia de Deus, não Deus do homem." Nosso Pai celestial acompanha-nos com apelos e advertências e afirmações de compaixão, até se tornarem de todo inúteis posteriores oportunidades e privilégios. A responsabilidade fica com o pecador. Resistindo ao Espírito de Deus hoje, prepara ele o caminho para uma segunda resistência à luz quando ela vier com maior poder. Assim passa ele de um grau de resistência a outro, até que por fim a luz deixa de causar impressão, e ele cessa de corresponder por qualquer maneira ao Espírito de Deus. Então mesmo "a luz que em ti há" se tornou em trevas. Mat. 6:23. A própria verdade que conhecemos ficou tão pervertida que aumenta a cegueira da alma.



"Ninguém pode servir a dois senhores." Mat. 6:24.



9.Cristo não diz que o homem não servirá a dois senhores, mas que ele não pode fazê-lo. Os interesses de Deus e os interesses de Mamom não têm ligação ou correspondência. Justamente onde a consciência do cristão o adverte para deter-se, para negar o próprio eu, para parar, aí mesmo o mundano ultrapassa a linha a fim de condescender com suas propensões egoístas. De um lado do limite se encontra o abnegado seguidor de Cristo; do outro lado está o amante do mundo, complacente consigo mesmo, cortejando a moda, empenhando-se em frivolidades e regalando-se em proibido prazer. Àquele lado do limite não pede ir o cristão.




10.Pessoa alguma pode ocupar uma posição neutra; não há classe neutra que nem ama a Deus nem serve ao inimigo da justiça. Cristo deve viver em Seus instrumentos humanos, e operar mediante suas faculdades, e agir por meio de suas aptidões. A vontade deles precisa estar submissa a Sua vontade; eles devem agir com o Seu Espírito. Então, não mais vivem eles, mas Cristo é que neles vive. Aquele que não se entregou inteiramente a Deus, acha-se sob o controle de outro poder, escutando outra voz, cujas sugestões são de caráter inteiramente diverso. Um serviço pela metade coloca o agente humano do lado do inimigo, como bem-sucedido aliado dos exércitos das trevas. Quando homens que se dizem soldados de Cristo se empregam na confederação de Satanás, e ajudam o seu lado, demonstram-se inimigos de Cristo. Traem sagrados depósitos. Formam um elo entre Satanás e os verdadeiros soldados, de modo que, por meio desses instrumentos, está o inimigo operando continuamente para roubar o coração dos soldados de Cristo.


11.O mais poderoso baluarte do vício em nosso mundo, não é a vida iníqua do abandonado pecador ou do degradado; é a vida que, ao contrário, parece virtuosa, respeitável e nobre, mas na qual é nutrido um pecado; a vida em que há complacência com um vício. Para a alma que está lutando intimamente contra alguma gigantesca tentação, tremendo à beira de um abismo, tal exemplo é um dos mais poderosos estímulos a pecar. Aquele que, dotado de altas concepções da vida, da verdade e da honra, transgride ainda voluntariamente um preceito da santa lei de Deus, perverteu seus nobres dons, tornando-os um laço para o pecado. O temperamento, o talento, a simpatia, mesmo a




12.generosidade e as boas ações, podem tornar-se um engodo de Satanás para seduzir almas para o precipício da ruína nesta vida e na futura.


13."Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo." I João 2:15 e 16.


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