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domingo, 20 de outubro de 2013

A RELIGIÃO DE ALÁ



O islamismo foi fundado pelo profeta Maomé, no ano de 622 d.C.



Se a situação financeira permitir, pelo menos uma vez na vida todo o muçulmano deve ir até Meca, na Arábia Saudita. O ponto máximo da peregrinação é chegar até a Mesquita Sagrada de Meca e dar sete voltas em torno de uma grande edificação negra, a Caaba. Esse templo, segundo a tradição islâmica, foi construído por ordem de Abraão e representa o ponto em que os poderes divinos tocam a terra. Dentro do templo está uma pedra negra, que os muçulmanos devem beijar ou tocar.
Em seguida, os peregrinos vão para Mina, para participar das solenidades no Monte Arafat, onde o profeta Maomé fez seu último sermão. Embora as voltas em torno da Caaba sejam um momento muito emotivo para os peregrinos, as solenidades no Monte Arafat representam o clímax da Hajj - como é chamada a peregrinação pelos muçulmanos.

Os peregrinos também precisam ir até um lugar onde há três monumentos representando o demônio. Os fiéis apedrejam esses monumentos, para marcar sua fé. O final da peregrinação é num local perto de Meca, onde são oferecidos sacrifícios de animais. Em todo o mundo, nesta época, os muçulmanos sacrificam 500 mil ovelhas e 15 mil bois e camelos. A data da Hajj é determinada pelo calendário lunar. Mulheres são aceitas apenas se acompanhadas de um parente homem. O território sagrado de Meca e Medina é vedado aos não muçulmanos. A Hajj é um dos "cinco pilares" do islamismo. Os outros quatro preceitos são: a profissão de fé, as orações diárias, a contribuição para o Estado e o jejum do Ramadã.

A profissão de fé significa seguir os mandamentos da fé muçulmana. As orações diárias mandam que todo o fiel deve rezar, virado para Meca, cinco vezes por dia - de manhã, ao meio-dia, na primeira hora da tarde, ao pôr-do-sol e à noite. O jejum do Ramadã significa abster-se, durante o dia, de comida, bebida, fumo e sexo no nono mês do calendário lunar. Posto o sol tudo o que é legal é permitido. A contribuição ao Estado é, como o próprio nome já diz, um pagamento que todo o muçulmano faz ao Estado de acordo com sua renda.
O islamismo foi fundado pelo profeta Maomé (578-632 d.C.), em Meca, no ano de 622 d.C.. Toda a base da religião islâmica está no livro chamado de Corão ou Alcorão. De acordo com a doutrina islâmica, o conteúdo da obra foi revelado por Deus (Alá) a Maomé. Toda a vida religiosa, moral e política da comunidade gira em torno do Corão. Para o muçulmano, o Corão é a palavra ditada por Deus a Maomé e ninguém poderá acrescentar algo. O islamismo prega a fé num Deus único e a obediência irrestrita a suas ordens. O muçulmano é, antes de tudo, um submetido a Deus (muslim): "Aos olhos de Deus, a religião é a submissão" (Corão,3,19). O conteúdo do Corão é repleto de metáforas que podem ser interpretadas de várias maneiras. É por essa razão que grupos como o Taleban, no Afeganistão, cometem atos violentos em nome de Alá.

A religião de Alá é singular em vários aspectos. No culto islâmico não há lugar para música, nem para imagens. Nas relações sociais a poligamia é permitida aos muçulmanos: "Casai com quantas mulheres quiserdes, duas, três ou quatro: mas se temeis não poder tratá-las com eqüidade, então tende uma só" (Maomé). Segundo Maomé, os povos que não têm religião superior (caracterizada por livros sagrados) devem ser submetidos ao Islã.


Atualmente, o islamismo é a religião que mais cresce no mundo. São 16% a mais de fiéis a cada ano. O número de seguidores já é maior que o do cristianismo e já passou da casa de 1,1 bilhão - 20% do total de habitantes do planeta. Mais da metade desse número está na Ásia. Os Estados Unidos são, hoje, o lar de quase 4 milhões de muçulmanos, cinco vezes mais do que em 1970. Quase metade deles são negros. Há trinta anos, a França tinha onze mesquitas e hoje já são mais de 1.000. No início da década de 70, a Inglaterra possuía 3.000 muçulmanos. Agora, eles são 1 milhão. No Brasil, o número de seguidores de Maomé também cresce com rapidez. Há quarenta anos, o país abrigava uma única mesquita. Hoje são 52, freqüentadas por cerca de 2 milhões de fiéis. Dez anos atrás os seguidores de Alá no país eram todos descendentes de imigrantes árabes. Atualmente, milhares de brasileiros da gema já rezam virados para Meca.

Segundo pesquisadores que analisam o crescimento islâmico, o grande diferencial da religião e motivo principal da sua expansão é o contato direto com Alá, sem intermediários. Isso faz do Islã uma religião extremamente acessível. Já que não existe hierarquia e a fé pode ser praticada em qualquer lugar.

A guerra santa

A idéia da "guerra santa" surgiu quando Maomé se encontrava em Medina, depois da fuga de Meca (Maomé, no início de sua pregações, em Meca, foi perseguido e obrigado a fugir para Medina). Ele precisava defender-se dos habitantes de Meca e para isso necessitava organizar um exército, algo que exigia dinheiro. Segundo a tradição, então lhe apareceu o anjo Gabriel, que sugeriu que assaltasse caravanas. Sendo bem sucedido, viu nisso uma aprovação divina. Conseguiu levantar dinheiro e montar seu exército. Depois combateu e venceu os habitantes de Meca, impondo-lhes sua religião. Maomé viu nisso a aprovação de Alá e formulou a promessa: quem morre nessa guerra santa vai direto para o céu. Os outros deverão esperar até o fim dos tempos. 




Você sabia que...
... os ensinamentos contidos no Alcorão têm força de lei.
... os muçulmanos acreditam na ressurreição dos mortos, no inferno e no paraíso.
... o Deus do Islã pode ser identificado por 99 adjetivos expressos no Alcorão, entre eles, pacificador, misericordioso, clemente.
... um ditado conhecido entre os muçulmanos fala que "Deus está mais perto de nós do que nossa veia jugular".
... a mesquita é lugar sagrado de oração. Nela não há imagens nem cadeiras para sentar, apenas tapetes.
... os muçulmanos têm em comum com os cristãos não apenas o monoteísmo. No Corão Jesus é citado 25 vezes, seja como filho de Maria, ou o messias Jesus, filho de Maria. Mas "o Messias, filho de Maria, é apenas um profeta" (Corão 5, 75) entre os demais, um enviado de Deus aos filhos de Israel (3,49). É um servo de Deus.
... Maria, mãe de Jesus, é a única mulher que o Corão chama pelo nome.
Fábio Mariot/Redação Terra
Fontes: Reuters

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