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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

3ª SESSÃO - COMPLEMENTO - PAIS EDIFICADORES DE AUTO.ESTIMA POSITIVA

PAIS EDIFICADORES DE AUTO-ESTIMA POSITIVA


O que um ser humano pensa de si mesmo, isso é o que determina, ou melhor, indica o seu destino.” H.Thoreau

Os nossos filhos têm uma imagem de si mesmos que se constrói desde os primeiros momentos da vida. Achar-se bonito ou feio, esperto ou burro, capaz ou incapaz, bom ou mau aluno, merecedor de amor ou de crítica, tudo passa pela imagem que nós, pais e mães (e outras pessoas importantes da sua vida, como irmãos, avós, professores, amigos…) lhes espelhamos.

Usamos constantemente palavras para descrever os filhos, e o valor positivo (“Mas que simpática e bem disposta é a minha filha”, “Adoro a forma como ajudas o teu irmão”) ou negativo associado (“Que estúpido tu me saíste!”, “Quando Deus distribuiu a inteligência tu estavas na casa de banho” ou “És tão mole e tão lento que só me apetece abanar-te”) vai levando a criança ou jovem a gostar ou não de si mesmo.

Ter uma boa auto-estima implica apreciar-se e ter confiança em si e nas suas competências, gostando de ser quem é, e tendo mesmo orgulho em sê-lo. É não querer ser outra pessoa nem ter como desejo central da vida ser diferente. Somos muito mais felizes, seguros e optimistas quando gostamos de nós e acreditamos nas nossas possibilidades, assim, o sucesso acompanhar-nos-á.




COMO EDIFICAR UMA BOA AUTO-ESTIMA


·      Diga ao seu filho muito mais coisas positivas do que negativas, elogie muito mais do que critique.

·      Mostre-lhe, com gestos de ternura, olhar carinhoso, alguns momentos de atenção positiva e agradável por dia e palavras respeitadoras, que o ama e aceita; ele pode saber dentro da sua cabecinha que o pai e a mãe gostam dele, mas não o sentir dentro do coração.

·      Distinga entre o que ele faz de errado e o que ele é (“Não gostei da forma como me respondeste” é muito mais saudável para a auto-estima do que dizer “Não gosto nada de ti quando me falas dessa maneira.”). Conseguir esta distinção ajuda o seu filho/a a perceber e a acreditar que, mesmo quando se porta mal, não deixa de ser amado/a e de ter valor, e que pessoas boas fazem coisas más, não passando a ser insuportáveis e odiadas por isso.



·      Tenha tempo para o ouvir. Conscientes que estamos das dificuldades de horários das mães e pais de hoje, não se exige mais do que quinze minutos diários para estar ao pé, sem críticas, sem pressões, só por estar e conversar, e para o seu filho/a sentir que tem importância para a mãe e para o pai.

·      Não faça grandes dramas dos pequenos erros do seu filho/a, antes aponte para melhorias: não generalize, antes descreva de forma específica o que quer ver melhorado (“Sei que és capaz de te portar melhor do que isto. Gostava que estivesses agora sentado durante cinco minutos. Vamos contar no relógio” em vez de “És insuportável, nunca paras quieto”).

·      Use palavras positivas na descrição que faz do seu filho/a (“És muito meiguinho”, “Tens imenso jeito para construir legos”, “ Olá campeão”) evitando a todo o custo rótulos negativos e aparentemente imutáveis (“És mesmo parvo” ou “Nunca fazes nada bem” aponta para as características fixas da personalidade, e a criança ou jovem vão acreditando que são mesmo assim e que não há nada a fazer, e comportam-se com a imagem que criam de si mesmos). Mesmo o filho/a mais difícil tem coisas boas que se podem valorizar.

·      Faça-o/a sentir especial e único – afinal não é isso que todos desejamos na vida? – contando-lhe histórias de coisas giras que ele/a fazia em bebé, elogiando-o/a frente a terceiros (com o cuidado de não o fazer com tal espalhafato que lhe cause vergonha).

·      Evite que ele/a precise de se esforçar por ser diferente para ser amado pelos pais. Por vezes parece que nada está bem para nós, que só vemos as asneiras e ofuscamos as coisas boas, e os filhos sentem que sendo como são nunca vão corresponder às nossas expectativas; assim, vão passar a vida a tentar agradar às mães e aos pais exigentes e negativos sem nunca o conseguir.

·      Sempre que o seu filho/a fizer coisas agradáveis elogie-o/a, abrace-o/a, beije-o/a, cole certificados de bom comportamento ou notas mais altas de pontos na porta do frigorífico. Torne pública a sua admiração, mesmo que seja uma pequena melhoria.

·      Não se mostre como uma pessoa perfeita, aceitando e lidando com os seus próprios erros (também faz muitos como qualquer mortal, não?) de forma equilibrada, para que o seu filho aprenda que ninguém é bom a fazer tudo. Mostre assim que cometer erros é, não só natural e típico, como um óptimo momento para aprender….

·      Encorage o seu filho/a a fazer o melhor que é capaz sem exigir a impossível perfeição. Nunca o/a compare com os outros (irmãos, amigos…) mas sempre consigo mesmo (hoje fizeste melhor que ontem).      

                                                                             Profª Drª Helena Águeda Marujo
                                                                             (De Pais para Filhos: Formas de Educar
                                                                             para a Felicidade)                                                                     

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