Conflitos entre igrejas e pastores estão se tornando cada vez mais comuns. Os motivos são muitos e variados. Quaisquer que sejam as causas, esses conflitos ocorrem com tanta freqüência que absorvem muito tempo e energia, além de inibir a obra de Deus em muitos níveis.
Este artigo não tenta resolver todos os problemas entre pastores e membros; não explica por que eles ocorrem. Limita-se a delinear um processo pelo qual o conflito pode ser resolvido. Defende um processo que é bíblico e consistente com os princípios de ordem e decência em todas as coisas.
Sem dúvida, essa proposta é mais favorável aos pastores. Sou pastor e tenho a tendência de ver o ponto de vista dos pastores. Com muita freqüência, os pastores acabam sendo os bodes expiatórios nos conflitos da igreja local. E é bom lembrar que o conflito pode ter surgido em decorrência de o pastor fazer exatamente o que necessitava fazer com vistas ao bem da congregação. Um episódio intensificado de conflito pode também ser o resultado de questões profundas que vêm sendo parte do sistema da família congregacional por anos e enraizadas nas circunstâncias que ocorrem tempos depois da chegada do pastor. Portanto, meu objetivo é considerar de forma construtiva o conflito congregacional, buscando resoluções que envolvem com justiça o pastor, mas que não imputem tudo a ele.
Um dos problemas aqui apresentados pode ser visto como o envolvimento excessivo ou prematuro do presidente do Campo no conflito entre o pastor e os membros. Esse tipo de “combate a incêndio” é fatal para o desempenho da liderança do Campo e a visão criativa. O Campo não pode se permitir ter seu líder envolvido nessas disputas. O secretário ministerial é quem deve ser o principal negociador nos conflitos que não podem ser resolvidos, em primeiro lugar, pela congregação. Isso reserva a atenção do presidente às raras situações em que o conflito foge dos limites locais. O secretário ministerial tem a confiança dos pastores e, em muitos casos, é um pastor recém-saído de uma igreja; de modo que compreende a dinâmica congregacional.
Situações atendidas
Na maioria dos casos, o conflito inicia com um ou dois membros da igreja que se ressentiram do pastor devido a algo que ele disse ou fez, ou que não disse ou não fez. O conflito se propaga quando outros membros passam a falar sobre o assunto. Finalmente, acaba envolvendo pessoas em número suficiente para prejudicar a vida e o bem-estar do rebanho. Nessa altura dos acontecimentos, as pessoas gastarão mais tempo e energia falando a respeito do “problema” do que sobre Cristo e Sua missão através da igreja. A confiança entre pastor e membros é reduzida; a pregação e os ensinos passam a ser suspeitos. De ambos os lados, serão questionados os motivos. O caráter será posto em dúvida.
A questão central pode ser entendida como teológica, processual ou pessoal, mas prontamente deixa de ser a questão. Na verdade, virtualmente em todos os casos, a questão é alguma disfunção sistêmica. A solução definitiva pode ser alcançada ao se tratar das questões que parecem não dizer respeito à contenda e que podem envolver a família congregacional, juntamente com o pastor, em dor considerável e desnecessária. Infelizmente, poucas pessoas estão interessadas em crescer se isso significa dor. Assim, a resolução definitiva do conflito não ocorrerá, salvo se houver compromisso persistente e consistente.
Prioridades do processo
O processo é estabelecido em três prioridades derivadas da orientação de Cristo quanto ao trato de conflito interpessoal, delineada em Mateus 18.
Restrinja o conflito ao nível mais primário possível e busque resolvê-lo aí. Se o conflito for entre duas pessoas, isso significa que uma terceira parte não precisa inteirar-se dele, impedindo assim o mexerico. Nenhuma das partes deve falar sobre o conflito com outra pessoa. O mandamento “não dirás falso testemunho” impede que eu relate o problema a meus amigos, quando a outra parte envolvida não estiver presente para apresentar sua versão da história. O meu lado nunca é a verdade; é apenas a verdade como a concebo. A verdade total não será contada até que ambos os lados tenham a oportunidade de ouvir o outro lado e de responder em um ambiente tão limitado quanto o escopo do conflito.
O mexerico causa prejuízos incalculáveis à igreja e a seu ministério. O mais triste de tudo é a cegueira dos cristãos que não podem ou não desejam ver que falar a respeito das faltas alheias, sem primeiro ter conversado com a pessoa em questão, é mexerico. Em outras palavras, pare de fazer mexericos e o conflito se restringirá aos níveis primários.
Não faça reuniões secretas. Realizar reuniões secretas onde a pessoa em questão não é convidada é impróprio. Não há necessidade de buscar o conselho de outras pessoas. Jesus já nos deu instruções claras quanto ao que fazer.
Encare o conflito como oportunidade de crescimento, não de amargura. O conflito é tanto inevitável quanto um meio para o crescimento. Se a contenda for tratada corretamente, todas as partes sairão mais fortes e amadurecidas. Não podemos nos permitir evitar os problemas. Devemos trazê-los à tona, enfrentá-los e aprender deles. Conflitos são inevitáveis. Os membros da igreja não poupam ninguém. O livro de Atos descreve francamente os conflitos ocorridos na Igreja primitiva.
Jesus diz: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüí-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.” (Mat. 18:15-17).
A frase “se teu irmão pecar contra ti” estrutura a primeira pergunta que deve ser feita antes de iniciar o processo bíblico para a resolução de um conflito: “Meu irmão pecou contra mim?” Se a resposta for negativa, então devo encerrar a questão agora. Se a ofensa não for pecado, trata-se então simplesmente de divergências individuais. Por exemplo, algo que meu irmão fez inconscientemente contra mim, sem o desejo de me ferir, mas percebeu que me desagradou. Não gostei do ocorrido e sou livre para procurá-lo e falar a respeito, a fim de que não se repita.
Se estou zangado com meu irmão, sem motivo justo, e busco envolver outros em minha ira quanto a esse agravo imaginário ou exagerado, então eu pequei contra meu irmão e me torno objeto do processo descrito por Jesus. Ele desejou, claramente, que Suas instruções fossem seguidas sempre que surgisse um conflito entre os cristãos.
O processo é estabelecido em três prioridades derivadas da orientação de Cristo quanto ao trato de conflito interpessoal, delineada em Mateus 18.
Restrinja o conflito ao nível mais primário possível e busque resolvê-lo aí. Se o conflito for entre duas pessoas, isso significa que uma terceira parte não precisa inteirar-se dele, impedindo assim o mexerico. Nenhuma das partes deve falar sobre o conflito com outra pessoa. O mandamento “não dirás falso testemunho” impede que eu relate o problema a meus amigos, quando a outra parte envolvida não estiver presente para apresentar sua versão da história. O meu lado nunca é a verdade; é apenas a verdade como a concebo. A verdade total não será contada até que ambos os lados tenham a oportunidade de ouvir o outro lado e de responder em um ambiente tão limitado quanto o escopo do conflito.
O mexerico causa prejuízos incalculáveis à igreja e a seu ministério. O mais triste de tudo é a cegueira dos cristãos que não podem ou não desejam ver que falar a respeito das faltas alheias, sem primeiro ter conversado com a pessoa em questão, é mexerico. Em outras palavras, pare de fazer mexericos e o conflito se restringirá aos níveis primários.
Não faça reuniões secretas. Realizar reuniões secretas onde a pessoa em questão não é convidada é impróprio. Não há necessidade de buscar o conselho de outras pessoas. Jesus já nos deu instruções claras quanto ao que fazer.
Encare o conflito como oportunidade de crescimento, não de amargura. O conflito é tanto inevitável quanto um meio para o crescimento. Se a contenda for tratada corretamente, todas as partes sairão mais fortes e amadurecidas. Não podemos nos permitir evitar os problemas. Devemos trazê-los à tona, enfrentá-los e aprender deles. Conflitos são inevitáveis. Os membros da igreja não poupam ninguém. O livro de Atos descreve francamente os conflitos ocorridos na Igreja primitiva.
Jesus diz: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüí-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.” (Mat. 18:15-17).
A frase “se teu irmão pecar contra ti” estrutura a primeira pergunta que deve ser feita antes de iniciar o processo bíblico para a resolução de um conflito: “Meu irmão pecou contra mim?” Se a resposta for negativa, então devo encerrar a questão agora. Se a ofensa não for pecado, trata-se então simplesmente de divergências individuais. Por exemplo, algo que meu irmão fez inconscientemente contra mim, sem o desejo de me ferir, mas percebeu que me desagradou. Não gostei do ocorrido e sou livre para procurá-lo e falar a respeito, a fim de que não se repita.
Se estou zangado com meu irmão, sem motivo justo, e busco envolver outros em minha ira quanto a esse agravo imaginário ou exagerado, então eu pequei contra meu irmão e me torno objeto do processo descrito por Jesus. Ele desejou, claramente, que Suas instruções fossem seguidas sempre que surgisse um conflito entre os cristãos.
Quatro passos práticos
Quando empregamos tais orientações na situação de conflito entre a congregação e o pastor, chegamos a um protocolo que envolve quatro passos.
Procurar diretamente o pastor. A pessoa que tem uma queixa deve procurar direta e particularmente o pastor, sem discutir suas queixas com outra pessoa. Em espírito de amor e humildade, deve reconhecer que pode ter havido um mal-entendido, apresentar o conflito ao pastor e pedir esclarecimentos. É exatamente isso o que foi dito ou feito? Era esse o propósito? Por que é objetável? O que a pessoa gostaria que fosse feito a esse respeito?
Se for alcançada resolução satisfatória nesse passo, a questão deve ser encerrada e não deverá ser levada a outras pessoas, nem pelo pastor nem pelo membro.
Fazer-se acompanhar de um ou dois anciãos. Caso haja persistência no impasse, o membro ofendido deve conversar com um ou dois anciãos, contar-lhes a respeito da queixa e informá-los de que o assunto já foi tratado diretamente com o pastor, mas em vão. Ou o pastor recusou-se ouvir ou deu explicação insatisfatória. Talvez o pastor tenha se recusado a desculpar-se ou mudar de atitude. Qualquer que seja a situação o membro ainda crê que o pastor está errado e que necessita ser corrigido.
Se os anciãos dizem ao membro que não houve agravo, o processo deve parar aí e nada mais deve ser dito ou feito. Mas se o membro sente firmemente que deve conversar com o pastor na presença dos anciãos, estes devem buscar resolver o conflito. Alcançando-se um resultado satisfatório na conversação, a questão é encerrada e ninguém mais deve tomar conhecimento do assunto. Caso não se chegue a uma solução, então o membro deve dar o passo seguinte, sem comentar com ninguém, além do pastor e dos anciãos.
Falar à comissão da igreja. Até aqui, o conflito era privado; agora ele se torna público. A comissão da igreja deve ouvir a queixa contra o pastor e, se necessário, fazer perguntas para determinar realmente qual é a questão. É princípio fundamental de justiça, e bíblico, que a pessoa acusada tenha o direito de enfrentar o acusador e ouvir a acusação. Portanto, todas as partes envolvidas no conflito devem estar presentes durante a discussão. Ambas devem ter oportunidade de se pronunciar. A comissão pode ser tentada a exercer influência para manter o conflito sob a mesa, mas ele deve ser explorado e discutido. A negação do conflito gera aborrecimento.
Felizmente, a discussão levará à resolução quando as duas partes ficarem satisfeitas. Caso contrário, a comissão deverá decidir da forma mais justa e misericordiosa possível, e preservar os melhores interesses da igreja. A afirmação de Paulo aos coríntios deve ser tida em mente: “Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois acaso indignos de julgar as coisas mínimas?” (I Cor. 6:2).
Havendo resistência a uma reconciliação e as partes continuem divididas, o próximo passo é envolver a liderança do Campo, a Igreja como um todo.
Solicitar a presença do secretário ministerial. Esta será a primeira vez que o Campo irá se envolver no conflito. Apenas depois de terem sido envidados todos os esforços para resolvê-lo no âmbito local, é que o assunto deve ser levado às instâncias superiores.
O elo dos conflitos entre membros e o pastor é o secretário ministerial. Ele é a pessoa encarregada das relações entre o pastor e o Campo. Possui conhecimento profundo da vida pastoral e congregacional. Se o conflito não puder ser resolvido nesse nível, existe a possibilidade de se apelar ao presidente; mas somente depois que o processo delineado até aqui tenha sido colocado em prática.
O secretário ministerial deve se reunir com a comissão da igreja e o pastor. Todas as partes envolvidas devem estar presentes e ouvir a discussão. Não haverá lucros se forem mantidos segredos. Sem que a questão seja tratada com franqueza, os conflitos não serão resolvidos.
Quando empregamos tais orientações na situação de conflito entre a congregação e o pastor, chegamos a um protocolo que envolve quatro passos.
Procurar diretamente o pastor. A pessoa que tem uma queixa deve procurar direta e particularmente o pastor, sem discutir suas queixas com outra pessoa. Em espírito de amor e humildade, deve reconhecer que pode ter havido um mal-entendido, apresentar o conflito ao pastor e pedir esclarecimentos. É exatamente isso o que foi dito ou feito? Era esse o propósito? Por que é objetável? O que a pessoa gostaria que fosse feito a esse respeito?
Se for alcançada resolução satisfatória nesse passo, a questão deve ser encerrada e não deverá ser levada a outras pessoas, nem pelo pastor nem pelo membro.
Fazer-se acompanhar de um ou dois anciãos. Caso haja persistência no impasse, o membro ofendido deve conversar com um ou dois anciãos, contar-lhes a respeito da queixa e informá-los de que o assunto já foi tratado diretamente com o pastor, mas em vão. Ou o pastor recusou-se ouvir ou deu explicação insatisfatória. Talvez o pastor tenha se recusado a desculpar-se ou mudar de atitude. Qualquer que seja a situação o membro ainda crê que o pastor está errado e que necessita ser corrigido.
Se os anciãos dizem ao membro que não houve agravo, o processo deve parar aí e nada mais deve ser dito ou feito. Mas se o membro sente firmemente que deve conversar com o pastor na presença dos anciãos, estes devem buscar resolver o conflito. Alcançando-se um resultado satisfatório na conversação, a questão é encerrada e ninguém mais deve tomar conhecimento do assunto. Caso não se chegue a uma solução, então o membro deve dar o passo seguinte, sem comentar com ninguém, além do pastor e dos anciãos.
Falar à comissão da igreja. Até aqui, o conflito era privado; agora ele se torna público. A comissão da igreja deve ouvir a queixa contra o pastor e, se necessário, fazer perguntas para determinar realmente qual é a questão. É princípio fundamental de justiça, e bíblico, que a pessoa acusada tenha o direito de enfrentar o acusador e ouvir a acusação. Portanto, todas as partes envolvidas no conflito devem estar presentes durante a discussão. Ambas devem ter oportunidade de se pronunciar. A comissão pode ser tentada a exercer influência para manter o conflito sob a mesa, mas ele deve ser explorado e discutido. A negação do conflito gera aborrecimento.
Felizmente, a discussão levará à resolução quando as duas partes ficarem satisfeitas. Caso contrário, a comissão deverá decidir da forma mais justa e misericordiosa possível, e preservar os melhores interesses da igreja. A afirmação de Paulo aos coríntios deve ser tida em mente: “Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois acaso indignos de julgar as coisas mínimas?” (I Cor. 6:2).
Havendo resistência a uma reconciliação e as partes continuem divididas, o próximo passo é envolver a liderança do Campo, a Igreja como um todo.
Solicitar a presença do secretário ministerial. Esta será a primeira vez que o Campo irá se envolver no conflito. Apenas depois de terem sido envidados todos os esforços para resolvê-lo no âmbito local, é que o assunto deve ser levado às instâncias superiores.
O elo dos conflitos entre membros e o pastor é o secretário ministerial. Ele é a pessoa encarregada das relações entre o pastor e o Campo. Possui conhecimento profundo da vida pastoral e congregacional. Se o conflito não puder ser resolvido nesse nível, existe a possibilidade de se apelar ao presidente; mas somente depois que o processo delineado até aqui tenha sido colocado em prática.
O secretário ministerial deve se reunir com a comissão da igreja e o pastor. Todas as partes envolvidas devem estar presentes e ouvir a discussão. Não haverá lucros se forem mantidos segredos. Sem que a questão seja tratada com franqueza, os conflitos não serão resolvidos.
Resoluções de longo alcance
Muitas vezes os conflitos não são meramente mal-entendidos ou preocupações que podem ser resolvidos facilmente. Eles podem derivar de diferenças profundas quanto à igreja, ao ministério, teologia, liderança ou relacionamentos. O pastor pode estar em conflito com os membros e vice-versa, não devido à falta de entendimento mútuo, mas porque se entendem e percebem que estão numa luta por identidade ou missão da igreja. Por exemplo, o pastor crê que o culto deve ser uma celebração de adoração e louvor. Os membros crêem que o culto deve ser um momento solene de arrependimento e contrição da alma. Então, a chance de continuar o conflito é real.
A essa altura fica por conta da comissão decidir se o que deve prevalecer é a concepção que o pastor tem da igreja, do ministério e liderança, ou se é a concepção dos membros litigantes. Essa é uma decisão cuja responsabilidade deve ser claramente assumida pela comissão. Não há como tentar buscar acordo ou harmonia. Se o conflito é resultado de questões fundamentais e essenciais, então a comissão deve decidir qual será o rumo da congregação e agir de modo a confirmar a visão de um dos grupos.
Se o secretário ministerial puder ajudar a encontrar uma solução satisfatória, o processo funcionou e Deus foi honrado. Caso contrário, a comissão deverá decidir a questão da visão, do ministério, direção, missão e liderança, separada do problema do pastor. O ponto focal deve ser: “O que escolhemos como nossa visão para esta igreja?” Só então a comissão deve perguntar-se: “Será que cremos que este pastor pode nos liderar com vistas à concretização dessa visão?”
Algo que necessita ser reconhecido em toda a situação de conflito é a sua inevitabilidade, qualquer que seja a mudança buscada. A comissão da igreja deve estar certa de que o conflito, que cria tanto desconforto na congregação não é simplesmente o resultado de uma mudança inevitável, necessária e mesmo desejável entre eles. É importante lembrar que a boa liderança pastoral quase sempre produz mudança e esta é sempre desconfortável; especialmente em instituições que são inerentemente conservadoras. É um engano queimar o pastor que está orquestrando exatamente a mudança necessária para que a igreja seja mais eficaz.
A “liderança forte” de uma pessoa é “ditadura” para outra. Nem sempre é fácil saber o que está ocorrendo em determinada situação. A liderança leiga entrincheirada sempre resistirá a mudanças, especialmente o tipo de mudança que traz novas pessoas para os cargos de liderança. Em minha experiência, isso é, não raro, a causa de reclamações contra a liderança pastoral.
Essa liderança entrincheirada quase não tem a capacidade para enxergar que a mudança é boa e que o pastor é quase sempre identificado como a fonte de seu desconforto com respeito à mudança que está ocorrendo em sua congregação. Um dos objetivos da comissão da igreja é ver a questão e votar pela mudança, ainda que dolorosa. Na prática, é mais comum a comissão votar livrar-se do pastor. Se o secretário ministerial puder ajudar a comissão a ser mais objetiva e a ver a questão mais ampla, ótimo. Caso contrário, talvez o melhor seja transferir o pastor para uma congregação mais aberta e dócil.
Muitas vezes os conflitos não são meramente mal-entendidos ou preocupações que podem ser resolvidos facilmente. Eles podem derivar de diferenças profundas quanto à igreja, ao ministério, teologia, liderança ou relacionamentos. O pastor pode estar em conflito com os membros e vice-versa, não devido à falta de entendimento mútuo, mas porque se entendem e percebem que estão numa luta por identidade ou missão da igreja. Por exemplo, o pastor crê que o culto deve ser uma celebração de adoração e louvor. Os membros crêem que o culto deve ser um momento solene de arrependimento e contrição da alma. Então, a chance de continuar o conflito é real.
A essa altura fica por conta da comissão decidir se o que deve prevalecer é a concepção que o pastor tem da igreja, do ministério e liderança, ou se é a concepção dos membros litigantes. Essa é uma decisão cuja responsabilidade deve ser claramente assumida pela comissão. Não há como tentar buscar acordo ou harmonia. Se o conflito é resultado de questões fundamentais e essenciais, então a comissão deve decidir qual será o rumo da congregação e agir de modo a confirmar a visão de um dos grupos.
Se o secretário ministerial puder ajudar a encontrar uma solução satisfatória, o processo funcionou e Deus foi honrado. Caso contrário, a comissão deverá decidir a questão da visão, do ministério, direção, missão e liderança, separada do problema do pastor. O ponto focal deve ser: “O que escolhemos como nossa visão para esta igreja?” Só então a comissão deve perguntar-se: “Será que cremos que este pastor pode nos liderar com vistas à concretização dessa visão?”
Algo que necessita ser reconhecido em toda a situação de conflito é a sua inevitabilidade, qualquer que seja a mudança buscada. A comissão da igreja deve estar certa de que o conflito, que cria tanto desconforto na congregação não é simplesmente o resultado de uma mudança inevitável, necessária e mesmo desejável entre eles. É importante lembrar que a boa liderança pastoral quase sempre produz mudança e esta é sempre desconfortável; especialmente em instituições que são inerentemente conservadoras. É um engano queimar o pastor que está orquestrando exatamente a mudança necessária para que a igreja seja mais eficaz.
A “liderança forte” de uma pessoa é “ditadura” para outra. Nem sempre é fácil saber o que está ocorrendo em determinada situação. A liderança leiga entrincheirada sempre resistirá a mudanças, especialmente o tipo de mudança que traz novas pessoas para os cargos de liderança. Em minha experiência, isso é, não raro, a causa de reclamações contra a liderança pastoral.
Essa liderança entrincheirada quase não tem a capacidade para enxergar que a mudança é boa e que o pastor é quase sempre identificado como a fonte de seu desconforto com respeito à mudança que está ocorrendo em sua congregação. Um dos objetivos da comissão da igreja é ver a questão e votar pela mudança, ainda que dolorosa. Na prática, é mais comum a comissão votar livrar-se do pastor. Se o secretário ministerial puder ajudar a comissão a ser mais objetiva e a ver a questão mais ampla, ótimo. Caso contrário, talvez o melhor seja transferir o pastor para uma congregação mais aberta e dócil.
Último passo
Se o conflito não puder ser resolvido nas reuniões entre as facções, na comissão da igreja ou com a intervenção do secretário ministerial, a última instância é apelar ao presidente do Campo. Mas esse é o fim do processo na busca de solução, não seu início. Provavelmente, o presidente não aceitará reunir-se com qualquer delegação da igreja até que o secretário ministerial lhe informe que todo o processo foi seguido e que não se chegou a uma solução. Enquanto o secretário ministerial estiver trabalhando no problema, e estiver disposto a continuar, é melhor que o presidente se mantenha afastado dele.
Se o conflito não puder ser resolvido nas reuniões entre as facções, na comissão da igreja ou com a intervenção do secretário ministerial, a última instância é apelar ao presidente do Campo. Mas esse é o fim do processo na busca de solução, não seu início. Provavelmente, o presidente não aceitará reunir-se com qualquer delegação da igreja até que o secretário ministerial lhe informe que todo o processo foi seguido e que não se chegou a uma solução. Enquanto o secretário ministerial estiver trabalhando no problema, e estiver disposto a continuar, é melhor que o presidente se mantenha afastado dele.
FONTE: DAVID VanDENBURGH
FIM
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