6ª PALESTRA
I – Introdução:
Nesta semana
especial estamos falando sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e
hoje vamos analisar o Cordeiro do Jordão, aquele que foi apresentado por João
Batista.
O texto bíblico
está em João 1:29-36. (Ler o texto).
Quando os
escribas e fariseus quiseram saber a identidade de João Batista, porque
pensavam que ele poderia ser o Messias, João logo declarou: eu não sou o
Cristo.
Por outro lado,
João Batista foi muito feliz ao apresentar Jesus como o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo.
João Batista
teve o privilégio de ser o primeiro arauto de Jesus. O precursor daquele de
quem deram testemunho todos os profetas da antiguidade, como o verdadeiro
sacrifício. Não é de estranhar-se que mais tarde Jesus falara de João como o
maior profeta que houve em Israel. (Lucas 7: 28).
Na Bíblia Jesus
é apresentado e representado de muitas maneiras.
Quando Jesus
desceu o Monte das Oliveiras para alcançar Jerusalém, os líderes religiosos
saíram-Lhe ao encontro com temor, esperando dispersar a turba, a grande
multidão que O acompanhava. Quando o cortejo estava para chegar à cidade, foi
interceptado pelos principais.
Eles perguntaram
o por que de tanta festa. E ainda indagaram: quem é este?
Os discípulos
tomados de inspiração responderam repetindo as profecias a respeito de Cristo
dizendo:
Adão vos dirá: É
a semente da mulher que há de esmagar a cabeça da serpente. (Gênesis 3:15)
Perguntai a
Abraão, ele vos afirmará: É Melquisedeque, Rei de Salém. (Gênesis 14:18), Rei
de Paz.
Dir-vos-á Jacó:
É Siló, da tribo de Judá.
Isaías vos
declarará: Emanuel (Isaías 7:14), Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6.
Jeremias vos há
de afirmar: O Renovo de Davi, o Senhor, Justiça Nossa. Jeremias 23:6.
Afirmar-vos-á
Daniel: É o Messias.
Oséias vos dirá: É o Senhor, o
Deus dos Exércitos; o Senhor é o Seu memorial. Oséias 12:5.
Exclamará João
Batista: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29.
O grande Jeová
proclamou de Seu trono: Este é o Meu Filho amado. Mateus 3:17.
Nós, Seus
discípulos, declaramos: Este é Jesus, o Messias, o Príncipe da vida, o Redentor
do mundo.
E o príncipe das
potestades das trevas O reconhece, dizendo: Bem sei quem és o Santo de Deus.
Marcos 1:24.
Ao fazer a
afirmação de que Jesus é o Cordeiro de Deus, João estava apenas falando de algo
que conhecia profundamente.
João Batista
era:
a)
Profundo conhecedor da Bíblia.
b)
Vivia uma vida de profunda
devoção.
a)
Estava atento aos sinais dos
tempos.
b)
Cristo era o centro de sua vida
e mensagem.
O que significa
a frase, Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?
Para entender o
alcance desta afirmação de João batista temos que compreender a mensagem
ensinada pela doutrina do santuário.
I I – Jesus é o Cordeiro de Deus:
Embora nosso
tempo seja curto, vamos ver rapidamente o que Deus desejava ensinar com o
santuário.
Primeiro Deus
estabeleceu o tabernáculo no deserto, quando tirou seu povo da escravidão do
Egito.
E nos tempos de
Davi foram feitos os preparativos e Salomão seu filho edificou o magnífico
templo.
Desde os tempos
do Jardim do Éden quando Adão e Eva pecaram, Deus ensinou que sem derramamento
de sangue não há remissão de pecados.
Durante séculos
e milênios, cordeiros e mais cordeiros foram sacrificados, prefigurando o dia
quando Jesus o filho de Deus seria sacrificado, cumprindo assim a profecia de
Gênesis 3:15 que afirma que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da
serpente.
Desde Éden até o
calvário foram pelo menos quatro mil anos em que os filhos de Deus viveram sob
a opressão do pecado e de Satanás.
Quando chegou o
tempo determinado por Deus, Jesus apareceu na história da humanidade como ser
humano.
Os fiéis servos
de Deus acompanharam com expectação a vinda do Messias.
Há um texto que diz
que veio para o que era seu e os seus não o receberam, e é verdade porque a
nação judaica o rejeitou.
Porém, há também
relatos que mostram alguns que o esperavam.
Eu posso citar o
caso de Simeão, homem justo diante de Deus, que tomou o menino Jesus nos braços
e agradeceu a Deus.
Mas, não foram
apenas os seres humanos que ficaram na expectativa.
O Universo
inteiro esperou o momento quando nosso Salvador derrotaria Satanás e seu reino
na cruz do Calvário.
Para João a
declaração de que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é muito
mais do que simplesmente uma apresentação formal.
É sim a
declaração de que Deus estava agora interagindo com o homem, tornando-se homem
para cumprir um propósito que o próprio Deus estabelecera antes da fundação do
mundo.
O povo que
estava à beira do Jordão não compreendeu completamente a declaração de João.
É possível até
que você e eu ainda não tenhamos compreendido plenamente o significado desta
afirmação.
E seria bom que
entendêssemos porque ela é a base de nossa redenção.
Enquanto não
entendermos que Jesus é o enviado de Deus para nos redimir e nos limpar do
pecado, não há esperança de salvação para nós.
Porque como
seremos nós salvos se não sabemos que o Cordeiro de Deus é nosso Salvador?
I I I – Cordeiro de Deus em cada sacrifício feito:
Voltemos ao
tabernáculo e ao santuário.
Diariamente de
manhã e de tarde, o sacerdote oficiava no lugar santo, todos os dias do ano,
exceto um dia. O chamado dia da expiação que caia no dia dez do sétimo mês.
Durante todo o ano,
o sacrifício diário prefigurava o perdão dos pecados e uma vez ao ano, não o
sacerdote, mas o sumo sacerdote, entrava no segundo compartimento também
conhecido como lugar santíssimo e ali fazia expiação pelos pecados.
A expressão
Cordeiro de Deus, quer dizer, o cordeiro proporcionado por Deus. Só João designava assim a Cristo, se bem que
Lucas (Atos 8: 32) e Pedro (I Pedro 1: 19) empregam comparações similares
(cf. Isa. 53: 7). João, o Batista, apresenta a Jesus como “o
Cordeiro de Deus” a João o evangelista (João 1:35-36), e para o discípulo este
título deve ter tido um profundo significado. O símbolo - que faz ressaltar a
inocência de Jesus e sua perfeição de caráter, e a natureza vicária de seu
sacrifício (Isa. 53: 4-6, 11-12; ver com.
Êxodo12: 5)- faz recordar o cordeiro pascal do Egito, que simbolizava a
libertação do jugo do pecado. “Nossa páscoa, que é Cristo, já foi
sacrificada" (I Cor. 5: 7). Mediante a figura de um cordeiro, João
identifica o Messias sofredor como aquele em quem se faz real e tem significado
o sistema de sacrifícios dos tempos do Antigo Testamento. Na presença Divina e
no propósito de Deus, ali estava o “Cordeiro que foi morto desde o princípio do
mundo...” (Apocalipse 13: 8).
Só em virtude de
que o cordeiro de Deus não tinha pecado (Hebreus 4: 15; I Pedro 2:22) ele podia
tirar, isto é: limpar nossos pecados. (I João 3:5). Sendo que a carga de
pecados era demasiado pesada para que nós a levássemos, Jesus veio para
levantar a carga de nossas vidas destroçadas.
I V – Cordeiro do Jordão:
João ficara
profundamente comovido ao ver Jesus curvado como suplicante, rogando com
lágrimas a aprovação do Pai. Ao ser Ele envolto na glória de Deus, e ao
ouvir-se a voz do Céu, reconheceu o Batista o sinal que lhe fora prometido por
Deus. Sabia ter batizado o Redentor do mundo. O Espírito Santo repousou sobre
ele, e, estendendo a mão, apontou para Jesus e exclamou: Eis o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29.
Ninguém, dentre
os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas
palavras: "O Cordeiro de Deus".
Sobre o monte
Moriá, ouvira Abraão a pergunta do filho: "Meu pai, onde está o cordeiro
para o holocausto?" O pai respondera: "Deus proverá para Si o
cordeiro para o holocausto, meu filho". Gênesis 22:7 e 8. E no cordeiro
divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo dAquele que havia
de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo,
servindo-se dessa ilustração, profetizou do Salvador: "Como um cordeiro foi
levado ao matadouro", "o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de
nós todos" (Isaías 53:7 e 6); mas o povo de Israel não compreendera a
lição. Muitos deles consideravam as ofertas sacrificais muito semelhantes à
maneira por que os gentios olhavam a seus sacrifícios - como dádivas pelas
quais tornavam propícia a Divindade. Deus desejava ensinar-lhes que de Seu
próprio amor provinha a dádiva que os reconciliava com Ele.
V – Conclusão:
Assim como João
Batista fez, devemos nós fazer também: Exaltar a Jesus, clamando: "Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1:29. Unicamente Ele
pode satisfazer o anseio do coração, e dar paz à alma.
De maneira clara
precisam os pastores e mensageiros apresentar a verdade tal como é em Jesus.
Sua própria mente precisa compreender mais plenamente o grande plano da
salvação. Podem, então, conduzir a mente dos ouvintes, das coisas terrestres
para as espirituais e eternas.
Muitas pessoas
há que querem saber o que fazer para
serem salvas. Querem uma explicação simples e clara dos passos indispensáveis
para a conversão e nenhum sermão deve ser feito sem que nele se contenha uma
porção especialmente destinada a esclarecer o caminho pelo qual os pecadores
podem atingir a Cristo para se salvarem. Devem encaminhá-los a Cristo, como o
fez João e, com comovedora simplicidade, estando-lhes o coração a arder, com o
amor de Cristo, devem dizer: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo. João 1:29. Veementes e fervorosos apelos devem ser feitos ao pecador
para que se arrependa e se converta.
Ainda hoje as
pessoas precisam ouvir a voz dizendo: Eis o Cordeiro de Deus.
Exaltemos a
Jesus, mais e mais, dizendo: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo. João 1:29. Ao ouvirmos o clamor: "Ó Deus, tem misericórdia de mim,
pecador", (Lucas 18:13) encaminhai a alma ao refúgio de um Salvador que
perdoa o pecado.
A toda alma
penitente, a mensagem é: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Mateus 11:28.
Jesus Cristo é a
sabedoria do Pai e nosso grande Mestre enviado por Deus. Cristo declarou no
sexto capítulo de João que Ele é o pão que desceu do Céu. “Na verdade, na
verdade vos digo que aquele que crê em Mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da
vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce
do Céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do
Céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e este pão é a Minha carne,
que Eu darei pela vida do mundo”. João 6:47-51
Digamos aos
pecadores: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. João 1:29.
Mediante o apresentar a Jesus como representante do Pai, seremos habilitados a
dissipar as sombras que Satanás tem lançado em nosso caminho, a fim de não
podermos ver a misericórdia e o inexprimível amor de Deus tal como se manifesta
em Jesus Cristo. Olhai à cruz do Calvário. Ela é permanente penhor do amor
infinito, da incomensurável misericórdia do Pai celestial”.
Você e eu
precisamos daquele Cordeiro apresentado por João Batista. Que o Senhor Jesus
seja não apenas o nosso Cordeiro, mas que seja também o nosso Salvador.
A Ele o nosso
louvor.
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