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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O ARMAGEDOM



Podemos considerar o Armagedom como a terceira guerra mundial?
por Alberto R. Timm
Muitas teorias especulativas têm sido propostas na tentativa de interpretar o Armagedom mencionado em Apocalipse 16:12-16. Hoje, uma das mais populares é a de que ele será uma guerra nuclear de grandes proporções. Como já ocorreram duas guerras mundiais, e o texto bíblico fala que nesse confronto estarão envolvidos os "reis do mundo inteiro" (verso 14), muitos imaginam que o Armagedom só poderá ser uma terceira guerra mundial. Por mais fascinante e lógica que essa idéia possa parecer, ela não passa de uma teoria especulativa, sem base bíblica.
Conflitos bélicos certamente continuarão existindo, e mesmo se intensificando, até o fim dos tempos (ver Mat. 24:6-8). Mas o Armagedom é descrito no livro do Apocalipse como "a peleja do grande Dia do Deus todo-poderoso" (16:14), travada entre os poderes demoníacos da "besta" e dos "reis da terra, com os seus exércitos", de um lado, e o "Rei dos reis e Senhor dos senhores" e "o seu exército", do outro (19:16 e 19).
A natureza essencialmente espiritual desse conflito é confirmada pela participação nele tanto de Cristo, o "Rei dos reis e Senhor dos senhores" que monta o "cavalo branco" (Apoc. 19:11, 16, 20), quanto do "dragão", que é Satanás, e de outros "espíritos de demônios" (Apoc. 16:13 e 14 e 12:9). Os dois grupos conflitantes serão definidos pelo seu relacionamento com os "mandamentos de Deus" e o "testemunho de Jesus" (Apoc. 12:17). De um lado, estarão "os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus", e que, conseqüentemente, não adoram "a besta e a sua imagem"; e, do outro, estarão os que adoram "a besta e a sua imagem", e que, por conseguinte, não "guardam os mandamentos de Deus" e que não "têm o testemunho de Jesus" (Apoc. 12:17, 14:9-12).
Longe de ser um mero conflito bélico-nuclear, o Armagedom será o confronto cósmico final entre as forças do bem e os poderes do mal, no qual será decidido, para sempre, quem é digno de adoração (comparar com I Reis 18). Embora os ímpios se prepararão belicamente para a batalha (Apoc. 16:14; ver também 20:7-9), cremos que os justos jamais assumirão uma postura de combatência militar (ver Mat. 5:38-48, Rom. 12:17-21). Nesse conflito espiritual (ver Efé. 6:10-18), Cristo e os Seus anjos pelejarão em favor dos justos, triunfando definitivamente sobre Satanás e suas hostes (Apoc. 20:1-21:8).
Fonte: Sinais dos Tempos, março/abril de 2001. p. 19 

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