3ª PALESTRA
I – Introdução:
É com alegria
que nesta semana estamos falando sobre O Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo. O tema para hoje é: O Cordeiro de Deus nas Profecias.
O maior de todos
os romances, ou histórias de amor não é Romeu e Julieta, nem Love Story, nem
mesmo E o Vento Levou, ou o Taj Mahal, ou ainda o Titanic.
A maior história
de amor está descrita em João 3:16, onde lemos que “Deus amou ao mundo de tal
maneira, que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não
pereça, mas tenha a vida eterna”.
O capítulo oito
do livro de Atos conta de um eunuco que estava lendo esta grande história de
amor no livro do profeta Isaías.
Vejamos o que
está escrito em Isaías 53:4-7. (Ler o texto).
Falar de Jesus como
o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, enche nosso coração de emoção,
emoção que vem da presença do próprio Deus.
Na quinta-feira
à noite, Jesus comeu a páscoa com os discípulos, isto é: A Santa Ceia.
Logo após, no
Jardim do Getsemani Judas o traidor O entregou.
Ele foi negado
por Pedro, julgado injustamente e depois de cuspido batido, ele foi açoitado
violentamente.
Não bastasse
tudo isto, o coroaram com uma coroa de espinhos, e então o crucificaram entre
dois ladrões.
Siga de perto o
desenrolar dos acontecimentos daquela noite.
Primeiro Jesus
foi traído por Judas, depois negado por Pedro, então julgado, açoitado,
cuspido, batido, coroado com espinhos, e finalmente levou a cruz para o
Calvário, onde o crucificaram entre dois ladrões. De um lado o ladrão
impenitente e de outro lado o ladrão arrependido.
Ele sofreu
sozinho, foi abandonado por todos e pensava até, ter sido abandonado pelo
próprio Deus, o Pai.
Todos o
abandonaram. Mas Ele permaneceu inabalável.
Que emocionante
a declaração de Isaías aproximadamente sete séculos antes dizendo que Jesus foi
levado como um cordeiro para o matadouro e como ovelha muda ele não abriu a sua
boca. Isaías 53:7.
I I – O Servo Sofredor:
Durante toda sua
vida Cristo soube o que era ser odiado, desprezado e rejeitado.
Quando tomou
sobre si a forma de homem, Jesus assimilou em sua própria carne a dor, a
tristeza e os desenganos que o homem conhece.
Por meio da humanidade de Jesus, a Divindade experimentou tudo o que o
homem havia herdado.
A Jesus tocou a
sorte de sofrer todos os maus tratos e as maldades que os homens ímpios e os
anjos caídos puderam causar-lhe. E isto culminou com a crucifixão.
Em vez de
partilhar a aflição de Cristo, os homens se apartaram dele com amargura e
desprezo. Não se apiedaram dele, senão
que o reprovaram por sua desdita e sorte. (Mateus 26: 29-31; 27: 39-44). Até seus discípulos o abandonaram e fugiram.
(Mateus 26: 56).
Não podemos
deixar de destacar a natureza vicária dos sofrimentos e da morte de
Cristo. O ato de que sofreria e morreria
por nós, e não por causa de si mesmo, é repetido nove vezes nos versos de
Isaías 53. Sofreu em nosso lugar. Tomou sobre si a dor, a humilhação e o
maltrato que nós merecíamos.
Digno de nota
também é o fato de que Jesus não protestou, nem se queixou para defender-se. O
silêncio foi a evidência de uma submissão total e incondicional. (ver Mat. 26:
39-44). O que o Messias fez, o fez voluntariamente e com alegria, a fim de que
o pecador condenado pudesse ser salvo.
O servo piedoso
foi morto como pecador, não como santo.
Deus não se
alegrou de que seu servo, o Messias, tivera que sofrer; mas por causa do bem
estar eterno dos homens e segurança do universo. Deve entender-se por esta
frase que tal foi a vontade de Deus. Unicamente assim teria êxito o plano de
salvação. Os sofrimentos de Cristo eram parte do plano eterno.
Por causa do pecado, o
homem perdeu sua inocência, a capacidade de amar e obedecer a Deus, seu lar,
seu domínio sobre a terra e a própria vida. Cristo veio para restaurar todas
estas cosas de forma permanente.
A morte do servo
de Deus proporcionou uma expiação aceitável e efetiva do pecado que havia
ocasionado a perdição. Esse sacrifício era essencial para e redenção e a
restauração do homem.
Tudo o que se
perdeu por causa do pecado será restaurado. Cristo se converteu no herdeiro de
todas as coisas, e compartilha sua herança com os que resgatou das mãos do
inimigo. Eles compartilharão seu triunfo, não como vassalos e nem como
escravos, senão como homens e mulheres redimidos pelo sangue de Cristo, e
destinados a reinar com Ele para sempre.
I I I – O Cordeiro do Calvário:
O Cordeiro das
Profecias é o Cordeiro do Calvário. É Jesus, nosso Redentor.
A Inspiração nos
convida a olhar para o Homem do Calvário. Olhai para Aquele cuja cabeça foi
coroada com a coroa de espinhos, que suportou a cruz da ignomínia, que desceu
passo a passo o caminho da humilhação. Olhai para Aquele que foi um homem de
dores e que sabia o que é padecer, que foi desprezado e rejeitado pelos homens.
Devemos olhar
para o Calvário até que o nosso coração se enterneça diante do maravilhoso amor
do Filho de Deus. Ele não deixou nada por fazer para que o homem caído pudesse
ser elevado e purificado. O cordeiro das Profecias levou sobre si a nossa
culpa.
Mesmo a maneira
de Sua morte foi prefigurada. Como a serpente de bronze foi levantada no
deserto, assim devia ser levantado o Redentor por vir, “para que todo aquele
que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.
“E se alguém Lhe
disser: Que feridas são essas nas Tuas mãos? Dirá Ele: São as feridas com que
fui ferido em casa dos Meus amigos”. Zacarias 13:6.
“E puseram a Sua
sepultura com os ímpios, e com o rico na Sua morte; porquanto nunca fez
injustiça, nem houve engano na Sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-Lo,
fazendo-O enfermar”. Isa. 53:9 e 10.
Mas Aquele que
havia de sofrer a morte às mãos de homens vis, devia ressurgir como
conquistador sobre o pecado e sobre a sepultura. Sob a inspiração do
Todo-poderoso, o suave cantor de Israel havia testificado das glórias da manhã
da ressurreição. “Também a minha carne, proclamou jubiloso, repousará segura.
Pois não deixarás a Minha alma no inferno [a sepultura], nem permitirás que o
Teu Santo veja corrupção”. Salmo 16:9 e 10.
Poderia haver
detido os passos da morte e recusado ficar sob seu domínio; mas voluntariamente
entregou a vida, a fim de poder trazer à luz a vida e a imortalidade. Suportou
o pecado do mundo, sofreu-lhe a maldição, entregou a vida em sacrifício, para
que o homem não morresse eternamente.
Que maravilhoso
pensamento este, de que Jesus tudo sabe acerca das dores e aflições que
sofremos! Em todas as nossas aflições foi Ele afligido. Alguns dentre nossos
amigos nada sabem da miséria humana e da dor física. Nunca ficam doentes e,
portanto não podem penetrar plenamente nos sentimentos daqueles que se acham
doentes. Jesus, porém, Se comove com o sentimento de nossa enfermidade. Ele é o
grande missionário médico. Tomou sobre Si a humanidade e colocou-Se à cabeceira
de uma nova dispensação, a fim de que possa reconciliar justiça e compaixão.
Caso queiramos
afinal ser salvos, cumpre-nos aprender todos, ao pé da cruz, a lição de
penitência e de fé. Cristo sofreu humilhação a fim de salvar-nos da vergonha
eterna.
Consentiu em
receber escárnios e zombarias e maus tratos, para que nos pudesse proteger. Foi
nossa transgressão que Lhe adensou em torno da divina alma o véu da escuridão,
e arrancou-Lhe um brado como de pessoa ferida e abandonada por Deus. Ele tomou
sobre Si as nossas enfermidades; e as nossas dores levou sobre Si, por causa de
nossos pecados. Fez-Se oferta pelo pecado a fim de que, por meio dEle,
pudéssemos ser justificados perante Deus. Tudo quanto é nobre e generoso no
homem despertará em correspondência à contemplação de Cristo crucificado.
Foi para nos
remir que Jesus viveu, sofreu e morreu. Tornou-Se um Varão de dores, para que
pudéssemos tornar-nos participantes das alegrias eternas. Deus permitiu que Seu
Filho amado, cheio de graça e verdade, viesse de um mundo de indescritível
glória para outro mareado e corrupto pelo pecado e obscurecido pela sombra da
morte e da maldição. Consentiu em que Ele deixasse Seu amoroso seio e a
adoração dos anjos, para sofrer a ignomínia, a injúria, a humilhação, o ódio e
a morte.
Cristo foi
tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele
tinha direito.
Foi condenado
pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos
justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que
nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertence.
Pela Sua vida e
morte, Cristo operou ainda mais do que a restauração da ruína produzida pelo
pecado. Era o intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna
separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar em mais íntima união com Ele do
que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se
à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda
a eternidade
I V – O Cordeiro Vitorioso:
Jesus via sempre
diante Si o resultado da Sua missão. Sua vida terrena, tão cheia de trabalhos e
sacrifícios, era iluminada pelo pensamento de que não seria em vão todo o Seu
trabalho. Dando a vida pela vida dos homens, restauraria na humanidade a imagem
de Deus. E havia de nos levantar do pó, reformar o caráter segundo o modelo de
Seu próprio caráter, e torná-lo belo com Sua própria glória.
Cristo viu os
resultados do trabalho de Sua alma e ficou satisfeito. Olhou através da
eternidade, e viu a felicidade daqueles que pela Sua humilhação haviam de
receber o perdão e a vida eterna.
Enquanto Jesus
pendia no Calvário, todo o Céu atentava com profundo interesse para a cena. O
glorioso Redentor de um mundo perdido, sofria a pena da transgressão do homem
contra a lei do Pai. Ele estava prestes a redimir Seu povo com o próprio
sangue. Estava pagando as justas reivindicações da santa lei de Deus. Era o
meio pelo qual se poria, enfim, termo ao pecado e a Satanás, e sua hoste seria
vencida.
Será que já
houve acaso sofrimento e dor iguais àqueles que foram suportados pelo moribundo
Salvador?
Não, realmente
não. Foi o senso do desagrado do Pai que Lhe tornou o cálice tão amargo. Não
foi o sofrimento físico que pôs tão rápido fim à vida de Cristo na cruz. Foi o
peso esmagador dos pecados do mundo, e o senso da ira de Seu Pai. A glória de
Seu Pai, Sua mantenedora presença, haviam-nO abandonado, e o desespero fazia
sentir sobre Ele o peso esmagador da treva, arrancando-Lhe dos pálidos e
trêmulos lábios o angustioso grito: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me
desamparaste?” Mateus 27:46.
Jesus unira-Se
ao Pai na criação do mundo. Por entre os angustiosos sofrimentos do Filho de
Deus, unicamente os homens cegos e iludidos permaneciam insensíveis. Os
príncipes dos sacerdotes e os anciãos ofendiam o querido Filho de Deus em Suas
ânsias de morte. Todavia a natureza inanimada geme em simpatia com Seu
ensangüentado e moribundo Autor. A Terra treme. O Sol recusa-se a contemplar a
cena. O céu se enegrece. Os anjos assistiram à cena de sofrimento até que não mais
puderam contemplá-la, e ocultaram o rosto da horrenda visão. Cristo está
morrendo! Está como que sem esperança! É retirado o sorriso aprovador do Pai, e
aos anjos não é permitido aclarar as sombras da hora terrível. Não podiam senão
olhar em assombro a seu amado Comandante, a Majestade do Céu, a sofrer o
castigo da transgressão do homem à lei do Pai.
Foi o amor pelos
pecadores que levou Cristo a pagar o preço da redenção.
V – Conclusão:
Os frutos do
sacrifício de Jesus só serão conhecidos realmente em toda a sua intensidade,
quando estivermos na eternidade.
Nesta vida nossa
mente não tem capacidade para alcançar plenamente os resultados do grande
sacrifício de Jesus por nós na cruz do Calvário.
A única coisa
que podemos fazer além de aceitar a salvação provida na cruz, é dizer: Louvado
seja o Senhor nosso Deus por tão grande amor.
Pessoalmente
cada um deve dizer: Senhor, eu aceito o Cordeiro de Deus nas profecias, o
Cordeiro do Calvário e seu sacrifício em meu favor.
Sem comentários:
Enviar um comentário