Marta e Maria. Com qual delas você se
parece?
por Rosana Salviano
por Rosana Salviano
Quando estudamos a história de Marta e Maria em nossa classe de escola bíblica dominical nos deparamos com uma surpresa: a grande maioria das moças ali presentes, quando questionadas a respeito do comportamento dessas duas irmãs, atribuíram à Maria adjetivos de "preguiçosa" e "displicente". No entanto, quando paramos para pensar tranquilamente no comportamento dessas duas mulheres de Deus, podemos notar outras qualidades e defeitos em cada uma delas, que não as aparentes. Aparentemente, era isso mesmo: Maria preferiu ficar "sentada" e "conversando com a visita", no caso, Jesus, enquanto a pobre Marta foi logo tratando de fazer, talvez, "o melhor almoço" e proporcionar ao Mestre uma boa hospitalidade - a melhor possível.
Creio que Marta realmente tinha essas amorosas intenções em seu coração. É como nós, às vezes, agimos: trabalhamos, trabalhamos, trabalhamos... definimos um alvo e vamos em frente, sem olhar para os lados e sem tempo para averiguar se esse é realmente o caminho, se essa era a vontade de Deus para nossas vidas. Isso se chama Ativismo: um trabalho feito com boas intenções, mas só isso. Não é um trabalho feito por prazer, mas principalmente, por necessidade ou costume. É como estar sempre na igreja, participando de vários ministérios, mas sem uma real orientação do Espírito Santo. É estar tão ocupada nas atividades que não sobre tempo para mais nada, seja para a família ou aquele momento especial do dia para falar ou ouvir a Deus. É não perceber o quanto os filhos ou marido precisam de você bem mais que a máquina de lavar roupas... Marta estava nessa situação! Ficou tão ocupada com seus deveres de mulher que não percebeu que poderia estar ali, aos pés de Jesus, aprendendo com Ele. E o pior, queria ser reconhecida por seu trabalho. Queria servir, mas não ouvir a Jesus. Uma atitude incoerente que pode destruir um Ministério.
Quantas vezes você sentiu-se magoada ou até mesmo irritada por achar que não lhe deram o devido reconhecimento por um trabalho? Será que isso não demonstra que toda sua disposição baseia-se em suprir uma necessidade de sentir-se amada e querida, útil e serva?
Lembre-se das palavras de Jesus: "pouco é necessário" (vs.41 e 42). Quando achamos que Deus está exigindo muito de nós, provavelmente é porque não estamos no caminho certo para agradá-lo. E como podemos fazer isso, mostrar ao Mestre que estamos ali, prontas a obedecê-lo e fazer Sua vontade? Um bom começo é fazendo como Maria, nos achegando aos Seus pés com os ouvidos abertos para ouví-lo.
Quer ser uma boa serva? Então aquiete-se na presença de seu Senhor (Salmos 46:10), dê-lhe sempre o melhor que podes oferecer como pessoa - e não somente com bens - (Lucas 21:1- 4) e não queira agradar a homens ou alcançar reconhecimento próprio, mas sim, o engrandecimento do Reino de Deus (Mateus 26:6-13).
Escolha a "melhor parte" e... seja feliz!
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