7ª PALESTRA
I – Introdução:
Nesta semana
temos a alegria de estudar sobre o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo”.
Talvez a mais
significativa história envolvendo o cordeiro seja a que está no capítulo 22 do
livro de Gênesis.
Gênesis 22:1-13.
(Ler o texto).
A história
retrata o velho patriarca Abraão subindo a montanha ao lado de seu filho
Isaque.
A subida não era
fácil, mas se tornou mais difícil ainda porque Deus havia pedido a Abraão que
sacrificasse seu filho Isaque em holocausto ao Senhor, naquele monte.
O monte Moriá
embora não muito íngreme, foi a escalada mais dolorosa da vida de Abraão.
A história
bíblica conta como Deus concedera o filho a Abraão mediante uma promessa.
Aquele filho era tudo para ele. Era não apenas a alegria de sua velhice, mas
também sua esperança para o futuro.
Agora Deus
interrompe suas expectativas pedindo o filho da promessa em sacrifício sobre o
monte moriá.
I I – Deus Proverá o Cordeiro:
Abraão não
contou nem para a esposa e nem para o filho, e nem mesmo para os servos.
Subia ele a
montanha, acompanhado do moço em profundo silêncio e contrição. Seu coração
gostaria de parar de bater antes de chegar ao topo da colina. Ele não queria
ver aquela cena.
Embora confiasse
plenamente em Deus, a prova era grande de mais.
Mas Abraão
seguiu caminho afora.
Quando chegaram
lá em cima, Isaque olhou para o pai e não vendo o cordeiro disse:
“Meu pai, eis o
fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Gen. 22:7.
Abraão
simplesmente respondeu: “Deus proverá para si o cordeiro, meu filho”. Verso 8.
Quando o pai
explicou para o filho que ele, Isaque, era o cordeiro, e que Deus mesmo o havia
escolhido, uma sensação muita estranha percorreu a mente e o corpo de Isaque.
Porém Isaque também amava e servia ao Senhor e prontamente se dispôs atender à
ordem de Deus.
Quando tudo
estava completo, e não faltava nada senão a colocação do sacrifício sobre o
altar, tremulante Abraão referiu a Isaque tudo o que Deus havia revelado e
provavelmente acrescentou a isto sua própria fé na restauração de Isaque. É
difícil imaginar os sentimentos que devem ter surgido no pensamento de Isaque:
assombro, terror, submissão e finalmente fé e confiança.
Se esta era
vontade de Deus, consideraria como uma honra entregar sua vida em
sacrifício. Sendo um jovem de 20 anos,
facilmente poderia ter resistido. Em vez de fazê-lo, animou a seu pai nos
momentos finais anteriores à culminação.
O fato de Isaque
entender e compartilhar a fé de seu pai foi o nobre resultado da cuidadosa educação
que havia recebido através de sua infância e juventude.
Assim Isaque se
converteu em um símbolo adequado do Filho de Deus, que se submeteu á vontade de
seu Pai (Mateus 26: 39). Em ambos os
casos, o Pai entregou seu único filho.
É possível até
que Isaque ajudou a Abraão facilitando para que o pai o amarrasse.
Agonia e dor se
misturavam no coração de Abraão ao levantar o cutelo para sacrificar o filho.
Porém, quando o
braço descia para imolar o menino, o anjo do Senhor segurou o braço do cansado
patriarca e a Voz de Deus pronunciou a sentença: não faças mal ao menino porque
agora sei que temes a Deus.
I I I – Um Cordeiro no Lugar de Isaque:
Abraão enxugou
as lágrimas, respirou fundo e agradeceu a Deus.
Olhou para um
lado e lá entre os arbustos, preso pelos chifres, estava o cordeiro que Deus
havia preparado.
Gênesis 22:13
“Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um cordeiro preso pelos chifres
entre os arbustos; tomou Abraão o cordeiro e o ofereceu em holocausto, em lugar
de seu filho”.
Aquele cordeiro
morreu no lugar de Isaque.
Como um símbolo
do perfeito cordeiro de Deus, Isaque não ofereceu resistência nem expressou
nenhuma queixa.
O Patriarca
havia demonstrado amplamente sua fé e obediência e havia satisfeito plenamente
os requisitos de seu Deus. Jeová não desejava a morte de Isaque. Na realidade,
não tinha interesse em nenhuma oferenda que implicasse um sacrifício cerimonial
como tal.
Ao descobrir o
carneiro e aceitar sua presença como um sinal adicional da providência de Deus,
Abraão não necessitou esperar instruções de Deus no que diz respeito ao que
teria que fazer com ele. Ali estava o cordeiro que Abraão havia dito que Deus
proveria. Não foi em vão que trouxeram a lenha o fogo e o cutelo, nem se havia
erigido o altar inutilmente.
I V – Um Cordeiro Simbolizando Jesus:
Ao Abraão
proferir as palavras: “Deus proverá para Si um cordeiro”, ele nem imaginava a
profecia que estava fazendo.
Ninguém, dentre
os ouvintes, nem mesmo o que as proferira, discerniu a importância dessas
palavras: O Cordeiro de Deus. Sobre o monte Moriá, ouvira Abraão a pergunta do
filho: Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto? O pai apenas
respondera: Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto, meu filho.
E no cordeiro
divinamente provido em lugar de Isaque, Abraão viu um símbolo daquele que havia
de morrer pelos pecados dos homens. Por intermédio de Isaías, o Espírito Santo,
servindo-se dessa ilustração, profetizou do Salvador: “Como um cordeiro foi
levado ao matadouro. O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos.”
(Isa. 53:7 e 6).
V – Nenhum Cordeiro para Substituir Jesus:
Embora Isaque
seja um símbolo de Cristo, devemos entender que os símbolos não são perfeitos.
É verdade que Isaque não ofereceu resistência alguma. Assim como Jesus foi para
o sacrifício sem abrir a sua boca.
Mas vejamos
algumas diferenças.
Na hora do
sacrifício, Isaque via seu pai Abraão. Jesus o cordeiro de Deus não percebia a
presença do Pai, por isso exclamou: “porque me desamparaste?”
Isaque subiu a
montanha, acompanhado do pai. Jesus foi conduzido por aqueles que o odiavam.
Talvez a maior
diferença seja a que vou dizer a seguir.
No caso de
Isaque o anjo do Senhor segurou a mão de Abraão e a voz de Deus se fez ouvir.
Com Jesus nenhum anjo para segurar as mãos assassinas, nenhuma palavra de Deus.
Todo o
sofrimento de Jesus foi por mim e por você. Ele sofreu e morreu por nós. Ele é
o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
V I – Conclusão:
Louvado seja
Deus porque Jesus morreu em meu lugar. Jesus morreu em seu lugar amigo. Em
nosso lugar.
Nenhuma mão
segurou o braço do carrasco, nenhuma voz foi ouvida no céu. É que Deus estava
em Cristo reconciliando consigo o mundo.
Pensar no
sacrifício de Jesus é pensar não apenas num dos momentos mais tristes da
história do Universo, mas é pensar também no amor de um Deus que não poupou Seu
próprio filho por amor de nós.
Quanto você
pensa que vale?
Qual é o valor
de uma pessoa?
Neste mundo
corrompido pelo pecado algumas pessoas aparentemente valem muito mais do que
outras.
As modelos
famosas valem muito, os artistas valem muito também.
Os ricos valem
bastante em comparação com os pobres e assim por diante.
Mas diante de
Deus, todos somos iguais e cada um de nós tem um valor que não pode ser medido
pelo dinheiro, pela fama, pelo sucesso ou por qualquer ou meio de medir.
O nosso valor é
o preço do sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, derramado na
cruz do Calvário.
E Jesus teria
dado sua vida por apenas uma pessoa.
Esse é o seu
valor, esse é o meu valor.
Lembre-se que
aquele cordeiro que morreu no lugar de Isaque simbolizava Jesus e que Jesus
morreu para que você e eu vivamos para todo o sempre.
Sem comentários:
Enviar um comentário